A respeito disto, Jorge Maia no OJOGO:
Internacionais
Esta última vaga de convocatórias para jogos internacionais que ameaça varrer o plantel do FC Porto é apenas uma das muitas maneiras de aferir a sua qualidade.
Podia-se chegar lá pelo somatório do número de títulos conquistados nos últimos anos, pelo rendimento individual e colectivo ou, simplesmente, pelo preço. A nobre classe dos administradores, por exemplo, avalia tudo exclusivamente pelo preço.
Mas, mais de uma dúzia de jogadores chamados às respectivas selecções num universo de 27 é um dado significativo e uma prova inequívoca da qualidade do material humano à disposição de Jesualdo Ferreira. E é, simultaneamente, a demonstração do prestígio que o FC Porto acrescenta aos seus jogadores.
Afinal, alguns destes 14 internacionais estão em vias de representar as respectivas selecções pela primeira vez, como acontece com Rolando, ou pelo menos, pela primeira vez em muito tempo, como é o caso de Mariano González. Contudo e tal como acontece muitas vezes - tantas que até há mais do que um lugar comum para descrever este tipo de situação - esta é uma típica faca de dois gumes, ou um proverbial pau de dois bicos. Sucede que estes 14 jogadores correspondem a uma dúzia de titulares - sim, eu sei que uma equipa de futebol só tem onze jogadores, mas façam-me o favor de descontar aqui Quaresma, internacional e titular indiscutível... se jogasse - que vão falhar a última semana de preparação da equipa antes do arranque do campeonato, arriscando inclusivamente a presença no jogo com o Belenenses.
Afinal, é esse o preço a pagar por um plantel de qualidade. O mesmo que pagam outros gigantes europeus...