A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) remeteu hoje para a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) denúncias sobre a alegada utilização irregular de jogadores por Benfica, Sporting B e Marítimo B, sob a forma de processo disciplinar. Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que os três clubes utilizaram jogadores em jogos disputados em menos de 72 horas de intervalo, pelo que o Conselho de Disciplina da FPF, que não pode apreciar o caso nesta fase, remeteu-o para a Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da LPFP.
De acordo com a mesma fonte, um dos casos refere-se à utilização do colombiano Santiago Arias, no jogo da equipa principal dos "leões" da terceira eliminatória da Taça de Portugal, que terminou com a derrota no terreno do Moreirense (3-2, após prolongamento), em 21 de outubro de 2012, às 20:15, e também na visita do Sporting B ao Santa Clara, que os "verde e brancos" venceram por 2-0, em 24 de outubro, a partir das 20:00.
No caso do Marítimo B, a denúncia visa a utilização de Gonçalo Abreu no encontro com a Oliveirense, da terceira eliminatória da Taça, que os insulares venceram por 2-1 após prolongamento, disputado em 21 de outubro de 2012, às 16:00, e na deslocação do Marítimo B ao recinto do Trofense, que os "verde-rubros" ganharam por 1-0, em 24 de outubro de 2012, também às 16:00.
Estes dois casos diferem da utilização irregular de Emídio Rafael por parte do Sporting de Braga e a sua equipa B, bem como da alegada utilização irregular de três futebolistas nas duas equipas do FC Porto, uma vez que nestes estão em causa a utilização de jogadores numa competição organizada pela FPF e outra pela LPFP.
Quanto ao Benfica, em causa está a marcação de dois jogos de duas competições organizadas pela LPFP, casos da vitória dos "encarnados" no terreno do Estoril-Praia por 3-1, em jogo da 13.ª jornada da I Liga disputado em 06 de janeiro de 2013, às 20:15, e a receção à Académica, para a Taça da Liga, que a formação lisboeta venceu por 3-2 e foi jogado a partir das 19:45 de 09 de janeiro de 2013. Neste caso, a denúncia contestava a marcação de dois jogos num período inferior às 72 horas, sendo que o treinador da equipa encarnada, Jorge Jesus, utilizou Jardel, Pablo Aimar, Lima e Ola John nos dois encontros.
in ojogo
Hoje há mais:
A Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga deve arquivar o processo de utilização irregular de jogadores por parte de Benfica, sabe o Maisfutebol. Salvio, Lima, Ola John, Pablo Aimar e Jardel e o próprio clube viram ser-lhes instaurado um processo disciplinar pelo Conselho de Disciplina da Federação. O mesmo sucedeu a Santiago Arias e ao Sporting, e ainda a Gonçalo Abreu e ao Marítimo.
Nesta quarta-feira, a agência Lusa deu conta de que o CD da federação remeteu para aquela comissão da Liga a análise do caso das três equipas, que, alegadamente, teriam utilizado futebolistas em jogos com menos de 72 horas de diferença entre si (final do primeiro, início do segundo).
A agência de notícias refere que os casos em que futebolistas atuaram com menos de 72 horas de diferença são os seguintes:
O Sporting utilizou Santiago Arias num jogo da equipa principal, frente ao Moreirense, para a Taça de Portugal. Depois, o colombiano foi utilizado pela equipa B frente ao Santa Clara;
O Marítimo utilizou Gonçalo Abreu no jogo com a Oliveirense, para a Taça de Portugal, e depois na deslocação da equipa B ao terreno do Trofense; uma prova realizada pela Federação, outra pela Liga, diga-se.
Na informação da Lusa, o Benfica terá jogado com o Estoril para o campeonato e depois com a Académica, para a Taça da Liga, com menos de 72 horas de diferença. Nos dois encontros estiveram Jardel, Pablo Aimar, Lima e Ola John. Dois jogos da equipa principal, ao contrário dos casos de Sporting e Marítimo.
Ora, de acordo com o que o Maisfutebol apurou, a Liga deve arquivar o caso, por denúncia anónima, em relação aos três clubes, com base no número 226.5, do Regulamento Disciplinar da Liga.
Este ponto diz: «As participações anónimas ou que não digam respeito a factos concretos, ainda que indicados com pouco rigor ou determinabilidade, serão imediatamente arquivadas sem dar lugar à instauração de processo disciplinar, salvo se em si mesmas constituírem o objecto de uma infracção disciplinar.»
Entretanto, o Benfica já reagiu ao caso. Em comunicado, o clube da Luz indica a mesma ideia, de que «denúncias anónimas e sem fundamento devem ter um único tratamento por parte deste órgão disciplinar [Conselho de Disciplina da FPF]: lixo».
No Regulamento de Competições, o ponto 7 do artigo 23 diz que «salvo acordo escrito entre os clubes contendores, qualquer jogo oficial de competição nacional deverá respeitar um intervalo entre jogos de 72 horas, calculado entre o final do primeiro jogo e o início do segundo jogo da competição nacional»
Porém, quanto a utilização de jogadores, apenas há referência para 72 horas no anexo V, ou seja, o regulamento de inscrição e participação das equipas B. O artigo 13º diz: «Qualquer jogador poderá apenas ser utilizado pela equipa principal ou pela equipa B, decorridas que sejam 72 horas após o final do jogo em que tenha representado qualquer uma das equipas, contadas entre o final do primeiro jogo e o início do segundo.»
Refira-se que o Sporting de Braga B foi castigado com perda de três pontos por ter utilizado Emídio Rafael frente ao Belenenses, quando o lateral tinha jogado menos de 72 horas antes pela equipa principal dos minhotos.
A Federação também abriu um processo disciplinar à utilização irregular de jogadores por parte do FC Porto frente ao V. Setúbal, na Taça da Liga, e que coloca em causa a continuidade dos dragões na prova.
in maisfutebol
Olha...olha...olha eles preocupados com as denúncias anónimas....ahahahahah...aonde estavam os contadores de minutos do pasquim lampião nestes casos? Pois...não interessava...isso já sabíamos nós...que se calariam que nem ratos se a irregularidade fosse em tons encarnados...
Curiosamente hoje aparece mais uma teoria:
É um dos temas mais 'quentes', por estes dias, no futebol português: a utilização de jogadores no prazo mínimo de 72 horas entre jogos. O Jornal de Notícias ouviu um professor da Faculdade de Engenharia do Porto que «iliba» os dragões. Este docente das cadeiras de Estatística e Gestão da Manutenção entende que da forma como está escrita a lei... «71h e 45m corresponde a 72 horas».
Segundo Armando Leitão, os dragões cumpriram a lei, mesmo que a diferença entre um encontro e o outro tenha sido de 71 horas e 45 minutos.
«O tempo mede-se e não se conta», começa por dizer, ao JN.
«Quem fez a lei definiu uma precisão à hora e não ao minuto. A partir do momento em que a precisão é a hora, 71 horas e 45 minutos são 72 horas», destaca, explicando o arredondamento.
«Setenta e duas horas é o intervalo entre 71 horas e 30 minutos fechado até 72 horas e 30 minutos aberto», revela o professor universitário.
No entender de Armando Leitão, o FC Porto só corria o risco de ser eliminado da Taça da Liga se a norma tivesse uma precisão diferente.
«Se estivesse escrito 72 horas e zero minutos», explica.
in jn
Por acaso o Carlos quando comentou este assunto escreveu: "Ainda falta saber se nesta questão das 72h há arredondamentos. Uma boa questão jurídica."
Eu por mim continuo a dizer...IRRADIEM-NOS PARA SEMPRE...sempre fui a favor da Taça da Liga...sabem muito bem como critiquei várias vezes as opções do FC Porto...o que diziam alguns adeptos...que estavam sempre a menosprezá-la...e não via grande diferenças para a Taça de Portugal, outra que os adeptos do FC Porto também tem alergia sempre que tem de ir ao Jamor...e passam a vida a falar em desgraças, em segurança, quando desgraças acontecem em todo o lado... ver o que aconteceu recentemente em Braga no jogo com o FC Porto...
Quem dá prestígio à prova é a seriedade com que os clubes a encaram...doutra forma não há nada a fazer...mas a Liga e os clubes que aprovam os regulamentos também tem de fazer a sua parte...desde a estúpida forma de desempate, até este caso das 72 horas...onde não foi o departamento de fiscalização da Liga que detectou, mas os contadores de minutos do pasquim lampião ao serviço do clube do regime...pelos vistos só contam o que lhes dá jeito...
Mas o mais curioso nisto tudo, quando esta Taça da Liga estava a caminhar para o desaparecimento...com desistências do patrocinador...prémios monetários reduzidos, o FC Porto, não tanto por vontade própria mas fruto das circunstâncias deu grande dignidade à prova como nunca tinha feito até aqui...ameçando que poderia ganhá-la...
Agora ao ver este folclore todo...ao ver os casos que já aconteceram não punidos...enquanto outros já foram punidos...mais este circo de interpretação de regulamentos...sinceramente ...tirem-nos deste filme...
Já ninguém leva a sério esta prova...eliminem-nos à vontade...e a continuar assim...duvido que a prova regresse para o ano... e mesmo se regressar , especialmente nos mesmo moldes, e visto que os clubes são obrigados a participar... que o FC Porto faça tudo o que estiver ao seu alcance para infringir os regulamentos para ser expulso o mais rapidamente possível...