O FC Porto B foi vice-campeão da II Liga. No atual plantel principal não está nenhum jogador dessa equipa [Rúben Neves era júnior]. Se fosse o Tozé a decidir, que jogadores teriam sido promovidos?
«O Pedro Moreira [agora no Rio Ave] é um médio excelente, muito bom. O Gonçalo Paciência [continua na B], apesar de todos os azares com as leões, será a referência dos pontas-de-lança portugueses a médio prazo. O Tiago Ferreira [a jogar no Zulte-Waregem] também tem muita qualidade e seria sempre uma boa opção».
A seleção de sub21 consegue grandes resultados, mas nos clubes grandes [FC Porto e Benfica, pelo menos] continua a não haver espaço para os jovens portugueses. Como olha para este paradoxo?
«O maior problema é a falta de oportunidades. Como se ganha experiência? Em campo, a jogar. Só jogando, só competindo. Um jogador com 20 anos, se tiver qualidade, deve merecer a aposta dos clubes grandes. Seja no Porto, no Benfica ou no Sporting isso raramente acontece. O futuro passa pelo futebolista português. Os responsáveis não podem ter medo que o jovem erre. O estatuto conquista-se, surge naturalmente com o crescimento. É isso que eu vejo em Inglaterra, Holanda e noutros países. Falhar é natural. A palavra-chave tem de ser qualidade e não nacionalidade».
Falava no erro. Sentiu esse receio dos responsáveis na pele?
«Acho que para algumas pessoas o jogador português só está formado aos 24 anos. Não percebo isso. Depois vejo estrangeiros mais jovens a terem oportunidades com mais facilidade. Isso entristece-me, claro, porque há muita qualidade em Portugal. Mas isso vai mudar».
Consegue perceber essa aposta mais fácil no futebolista de outros países?
«O que acontece é que a margem erro do jogador português é menor. Mesmo para o adepto. É mais fácil assobiar o jogador da casa. É criticado e deitado abaixo mais facilmente. Não me sinto inferior aos jogadores que estão no plantel do FC Porto. Se calhar até faria mais e cheio de coração, cheio de paixão».
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Uau...o gajo fala bem...Muito bem dito...Ele tem toda a razão do mundo...mas não sei se isto vai mudar como ele espera e deseja...o típico adepto... na teoria... até diz que gosta e deseja os jovens da casa no plantel, mas se a equipa não ganha ou se não rende de imediato são os primeiros a abatê-lo à primeira contrariedade...e quando vem um do estrangeiro fica tudo eufórico mesmo que seja um puto qualquer do fim mundo...só porque é estrangeiro...o mesmo se passa com os treinadores...o Carlos há tempos explicou...OS PAROLOS DA PARÓQUIA :-)))