18 meses - Quatro meses e 13 milhões põem Scolari no Usbequistão
Ex-seleccionador de Portugal, despedido do Chelsea em Fevereiro, esteve a negociar desde então com o Bunyodkor, clube que já tem Rivaldo e quase convenceu Eto'o. A parada de estrelas não pára aqui: grandes em final de carreira interessam, como Figo.
Luiz Felipe Scolari fala numa "série de detalhes" que o seduziram a aceitar o desafio de ir treinar o Bunyodkor, do Usbequistão, por 18 meses. "A questão financeira deve ser a última a ser ponderada", explicou o ex-seleccionador de Portugal, despedido do Chelsea em Fevereiro, com cerca de 8,5 milhões de euros de indemnização. Mas 13 milhões de euros - há quem sugira que pode ser um pouco mais, mas abaixo dos 15 milhões - não podem ser a última das razões.
Segundo apurou o DN, as negociações entre Scolari e o Bunyodkor começaram logo a seguir à saída do treinador brasileiro de Stamford Bridge. Scolari ponderou, estudou as parcas possibilidades de se manter no topo e acabou por aceitar um desafio, no mínimo, exótico. Vai ganhar quase tanto como o mais bem pago do mundo: José Mourinho ganha sensivelmente dez milhões de euros/ano, desde que renovou com o Inter de Milão. Felipão, tendo como cálculo uma época europeia, auferirá cerca de nove milhões.
"A ideia do presidente, a forma como fui recebido pelas pessoas nas duas vezes que estive no Usbequistão. O projecto do estádio, para Março totalmente completo, sete campos de treino. A forma como o clube está focando uma nova realidade futebolística no Usbequistão", explicou Scolari, que ontem regressou a Londres de Tashkent, capital do Usbequistão e onde está sediado o Bunyodkor.
Num país em que o salário médio é pouco maior do que 20 euros, e em que há 40% de desempregados, o Bunyodkor é quase um mistério. Ou não: à boca cheia, mas sem qualquer confirmação (protegida pela censura), a propriedade do clube é apontada a Gulnara Karimova, filha do autocrata presidente do Usbequistão, Islam Karimov - o país entra na lista negra das Nações Unidas por prática "sistemática" de tortura e desrespeitos grosseiros dos direitos humanos.
Aliás, é por isso que o principal promotor do Bunyodkor, o Barcelona, está, discretamente, a retirar-se de campo. O Barcelona já fez um treino com o Bunyodkor, na Catalunha, apontando-se a amizade de Joan Laporta com Isok Akbarov, presidente do clube de Tashkent. A questão é que o Barcelona publicita a Unicef nas suas camisolas e, depois, faz acordos com um regime fortemente suspeito de desrespeitar os direitos humanos. Sem resposta a esta pergunta, o clube até já cancelou a viagem a Tashkent para inaugurar, no Verão, o novo estádio.
Para Luiz Felipe Scolari está reservado um papel: colocar o Bunyodkor no mapa do mundo do futebol. Ganhando a Liga dos Campeões da Ásia - o clube está nos quartos-de-final, que se jogam em Julho.in DN
Há gajos que nasceram com o cú virado para a Lua....gostei particularmente no salário médio de 20 euros e de 40% de desempregados...o mundo está podre e sem valores...Aliás, toda esta transferência é estrondosa...o clube lidera o campeonato , está nos quartos-de-final da Liga dos Campeões da Àsia mas o Scolari é que vai colocar o clube no mapa do futebol .:-)))))))))))
Gostei também da parte "o país entra na lista negra das Nações Unidas por prática "sistemática" de tortura e desrespeitos grosseiros dos direitos humanos. "
É um clube com a cara chapada do Scolari :-))