Chaves não disponibiliza bilhetes da final em separado
O Chaves sujeita-se a ser multado pela Federação Portuguesa de Futebol caso coloque à venda, a partir de segunda-feira, um pack (bilhete mais um kit do clube) para a final da Taça de Portugal, com o F. C. Porto, uma vez que se trata de uma organização da FPF.
A necessidade de angariar fundos para o clube, que atravessa uma fase de dificuldades financeiras, levou os seus dirigentes a procurar obter mais receitas, para o que optaram por não vender os ingressos em separado, mas integrando um kit, constituído por chapéu, cachecol e t-shirt, ao preço de 25 euros, para os sócios e de 30 para os não-sócios.
Para já, foram mandados fazer oito mil, embora o número de ingressos a receber chegue aos 11 mil, admitindo-se que a oferta seja muito superior à procura.
Realmente, há um número significativo de potenciais interessados, insatisfeitos com esta "inflação" dos bilhetes (originariamente, valeriam dez euros) que estão a tentar arranjar alternativas de compra, seja na A. F. Vila Real, seja na própria FPF, através de familiares. De qualquer modo, o Chaves pode facturar cerca de 200 mil euros, caso venda, pelo menos, os tais oito mil kits, quantia a que se terá de subtrair a verba dos bilhetes (receita a dividir pelo F. C. Porto e pela FPF) mais os mil a dois mil euros de multa.
Efectivamente, o Regulamento de Disciplina (RD) da FPF prevê no seu artº 81 ("Da irregularidade nos ingressos") que "o clube que, em jogo oficial, de que a FPF seja a entidade organizadora... cobre pelos ingressos, e por qualquer meio, quantia superior à fixada, será punido com multa de mil a dois mil euros e indemnização ao lesado no montante dos prejuízos".
No entanto, "no caso de o clube praticar irregularidade relativa a ingressos com o propósito de ocultar da FPF, alterar ou tentar desvirtuar, perante esta, o movimento financeiro do jogo" a pena prevista é elevada ao dobro.
Ora, como o pack não faz a separação entre o bilhete e o resto, tendo um preço unitário, a contabilidade fica mais complicada. Recorde-se que o preço oficial varia dos cinco aos 30 euros.
"Não vamos vender bilhetes"
Para o presidente do clube, Mário Carneiro, a venda de um pacote promocional associado ao bilhete, não é ilegal. Diz que é uma questão de interpretação. "Nós não vamos vender bilhetes, o Chaves vai disponibilizar aos sócios e simpatizantes um kit para uma festa de futebol, que inclui um bilhete", justificou.
Assim, quando os bilhetes forem postos à venda, na sede do clube, haverá só a venda de kits: "Tendo em conta as solicitações que já houve, estou convencido que o movimento vai ser muito", afiança. Para Mário Carneiro, esta é única forma de conseguir suportar as despesas da participação na final. Com as contas penhoradas, na sequência de uma acção judicial interposta por um ex-dirigente, Castanheira Gonçalves, não usufruirá da receita que virá a arrecadar na final. Porém, os flavienses discordam e o JN sabe que alguns já reclamaram junto da FPF. "Em casa somos todos sócios, mas com kit não concordo. Por alma de quem? Já basta ter de comprar o bilhete e a viagem", alega Fátima Sousa. Joaquim Batista, mais moderado, diz que só faria o "sacrifício" se o dinheiro fosse para pagar os salários aos atletas e aos funcionários. "Agora, para a penhora, não concordo", concluiu.in JN
Então não eram estes que estavam preocupados com as despesas que os flavienses teriam que fazer para ir ao Jamor?
Pois, sim...toma lá um Kit e não bufes...a 25 euros e 30 euros, quando o bilhete mais barato era de 5/10 euros...
Contas penhoradas...extinção que não fazem falta nenhuma...quem não pode , não tem vícios... lembrarem-se disso antes de chegar à Final...E o Inácio e o Naval até tinham gostado...:-)