Quando parecia tudo perdido, quando parecia que não haveria arte e engenho para mudar os acontecimentos, quando a partir do meio da 2ª parte deixou de haver futebol, porque os jogadores do Benfica estavam sempre no chão a queimar tempo ou o Proênça ajudava com uma das arbitragens mais irritantes que me lembro dele, quando James falha clamorosamente só com o guarda-redes pela frente, Vítor Pereira lança Liedson e Kelvin que resolvem com um belo golo já nos descontos. Já há muito que não me lembro de festejar um golo com esta intensidade. Festejemos a vitória , mas não o campeonato, pois outros há que festejaram no Marítimo e vejam a situação em que estão. Vai ser tremendamente difícil, mas se a pontinha de sorte nos ajudar e tão arredada andou ela durante toda a época, tenho esperança que poderemos ganhar este disputadíssimo campeonato que já muitos davam por perdido. Eu fui um dos descrentes, mas sempre apoiei, não fui um bota-abaixo, como certas personagens mediáticas da nossa praça, alguns ridiculamente e extemporaneamente até pediram cabeças na estrutura portista, que se calhar vão aparecer agora a recolher louros, mas fico feliz pelo Vítor Pereira que merece mais do que ninguém esta vitória. Aquelas lágrimas no golo, é de um treinador sofredor, não com os de fora mas por causa dos seus. E o homem não merece, nunca mereceu o que disseram dele, mesmo que perdesse o campeonato. Uma palavra para o Fernando, que saiu lesionado, que tem sido de um pulmão tremendo, vai falhar o último jogo e muita falta vai fazer, mas esperemos dedicar-lhe o título, pois tem muito dele. Aos benfiquistas, uma palavra de conforto. Esta custou. Doeu e muito.