Não me custa admitir que o FC Porto tivesse atrasado o início do jogo de propósito, mesmo que tenham sido uns míseros e insignificantes 2 minutos e pouco. É a mesma verdade desportiva, daqueles que demoram uma eternidade para lançar uma bola lateral, para marcar um livre, que simulam lesões, as substituições com os jogadores a passo e a perder o maior número de tempo, os apanha-bolas que desaparecem do campo ou começam a ter problemas locomotores etc,etc. Há muitos subterfúgios para se utilizar no jogo, sem necessidade de atrasar o início dos jogos. Essa lesão dos princípios da ética e verdade desportiva não incomoda ninguém, pelos vistos. O que me fez arrepiar os cabelos, foi ler hoje no Ojogo que os instrutores Cláudia Cruz Santos e Pedro Coelho Simões concluíram que o FC Porto "prejudicou" o Sporting, concluíram essas mentes brilhantes. Ou seja, os 2 minutos de atraso que foram largamente compensados pelas constantes simulações dos jogadores do Marítimo, sem que o FC Porto tivesse contribuído em nada para isso, tanto mais que esteve a perder até ao minuto 85 e entrou para a segunda parte do jogo, tal era a ânsia de continuar a "prejudicar" o Sporting, antes que o seu adversário, tudo isto é culpa e justificação para o prejuízo do Sporting. Bravo!!! Concluo eu que só haveria verdade desportiva se o jogo do Sporting acabasse ao mesmo tempo do FC Porto. Concluo eu que se os jogos tivessem começado ao mesmo tempo, e tendo em conta o número de minutos que se justificariam para as constantes perdas de tempo dos jogadores maritimistas, de 6 minutos para cima e não os 4 dados, haveria sempre um processo ao FC Porto porque o jogo do Sporting teria acabado mais cedo e os princípios da ética e verdade desportiva teriam sido colocados em causa. O Sporting mais uma vez seria uma vítima e estes brilhantes instrutores concluiriam que o Sporting foi "prejudicado". Se não estamos no reino da estupidez e anedota, não sei em que estamos. O futebol português em todo o seu esplendor.