Baseado na sua última crónica, sonhei com excertos de uma crónica de um Miguel Sousa Tavares do Benfica, do Dortmund ou do Leverkusen...:-))
"1- Vi o FC Porto-B.Munique até aos 10 minutos de jogo e 2-0 no marcador. Depois, desliguei, porque um jogo de futebol é um espectáculo em que duas equipas se batem uma contra a outra, mesmo que à partida se saiba que as forças em presença são desiguais e a vitória só poderá, normalmente, tender para um dos lados. Mas isso não obriga nem desculpa que o mais do que provável vencido renuncie a bater-se pelo melhor resultado. Ora, sem querer tirar mérito algum à dinâmica ofensiva do FC Porto, a verdade é que aqueles onze supostos profissionais de futebol que a B.Munique fez alinhar no Dragão não o demonstraram a mais pequena vontade de se baterem pelo resultado ou de, ao menos, tentarem adiar a derrota. Pelo contrário, assim que ouviram o apito inicial, não descansaram enquanto não viram a derrota feita, consumada e garantida. E nisso gastaram apenas 10 minutos, penosos de ver. Literalmente borrados de medo assim que viam uma camisola azul e branca nas proximidades, eles abriram alas atrás para o ataque do FC Porto, renunciaram a bater-se pela bola no meio-campo e se, coisa rara, ultrapassavam a linha divisória do campo, a responsabílidade dava-lhes uma tamanha tremedeira que não descansavam enquanto não oferecessem a bola a um adversário, como se dissessem: ‘tomem na lá e joguem vocês, que nos não viemos cá para isso’. Dizia o seu treinador no final que os seus jogadores se tinham «batido bem» e que os 3-1 e a forma como aconteceu «não deixara marcas». Deixou sim: uma marca de vergonha a manchar o passado glorioso da B.Munique.
E deixou também uma questão, a que chamo a ‘lição dos alemães no Dragão.’: o que faz uma equipa como este B.Munique na Liga dos Campeões? O que fazem estas e outras equipas que apenas estão, porque, como exemplificou o inenarrável Sr. Platini, presidente da UEFA para chegar ao cargo é preciso reunir uma maioria de votos e isso consegue-se prometendo o alargamento da Liga dos Campeões e o consequentemente aumento de receitas a clubes que não têm quaisquer condições desportivas» financeiras, de infraestruturas — para lá estarem com um mínimo de Competitividade e até de decência, pagando os ordenados aos seus jogadores.
* Qualquer semelhança com esta crónica é pura coincidência...:-)
Não deixe se ser curioso, que agora é que reparei que a Pinhão não deixou escapar:
Quando se entra no discurso do "abrir as pernas"...funciona nos dois sentidos...dá para tudo quando se quer tirar mérito a quem jogou bem e fez por isso, pese todas as contingências de um jogo...fica a lição para o MST...