Bomba de Hugo Almeida em Milão ficou em segundo lugar.
A descrição no Ojogo para o melhor golo de 2005:
Magia pura!
O melhor do FC Porto-Rio Ave estava guardado para o fim. Os portistas tinham dominado a primeira parte e a segunda, tinham multiplicado as oportunidades de golo e tinham encostado os vila-condenses às cordas mas, aos 80', o jogo continuava encravado num empate sem golos e a tensão crescia nas bancadas do Estádio do Dragão. Co Adriaanse fazia entrar Quaresma, depois de apostar em Alan e Hugo Almeida para tentar vencer o jogo por esmagamento e o facto é que, dessa vez, foi bem sucedido. Quaresma só precisou de oito minutos em campo para fazer magia. O lance foi desenhado pelos três suplentes: Alan fez o passe a rasgar do outro lado do campo e Hugo Almeida teve a presença de espírito de deixar a bola passar por entre as pernas fazendo-a chegar a Quaresma. Um lance bonito até aí, e absolutamente fantástico logo a seguir. O extremo recebeu a bola e avançou para dentro da área perante a oposição de Idalécio e Milhazes. Os defesas ofereceram-lhe o centro do terreno, protegendo o flanco. Afinal, era mais provável que o Quaresma procurasse a linha de fundo para fazer o cruzamento com o pé direito do que fosse para o centro onde o remate teria que ser desferido com o pé esquerdo, o pior dos dois. Mas o extremo do FC Porto não obedece às leis das probabilidades nem da física. Tinha espaço no centro e aproveitou-o. Enquadrou-se com a baliza e deu razão aos defesas. Não rematou com o pé esquerdo, mas com a parte de fora do direito, de trivela. A bola descreveu um arco impossível, sempre longe do alcance de Mora, acabando por entrar na baliza junto ao angulo superior esquerdo. Há quem jure ter ouvido o extremo murmurar qualquer coisa antes do remate e há quem aposte que foram as palavras mágicas: "abracadabra".