sábado, dezembro 31, 2005

BOM ANO 2006



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Últimas do ano

Crónica de José Manuel Ribeiro no OJOGO:

Entreposto

Por pouco que as notícias sobre uma eventual transferência de Lucho González tenham de verdadeiras, possuem o suficiente para ilustrar o problema kafkiano das boas equipas europeias que não têm um mercado a suportá-las. O FC Porto pode ganhar a Liga dos Campeões, se calhar até duas vezes numa década, mas precisaria de um oceano de gemada e de um quadro de jogadores ainda mais vasto (e abonado) do que o actual para gerar em tempo útil os trinta milhões de portugueses imprescindíveis para enfrentar os quarenta milhões de espanhóis, os cinquenta milhões de ingleses, os sessenta milhões de italianos e os oitenta milhões de alemães que vêem televisão, bebem Coca Cola, usam fatos de treino e lavam a cabeça com champô.

Não há grandes clubes, há grandes mercados. É por isso que o próximo investimento a anunciar por Luís Filipe Vieira terá de ser na engenharia genética: para cumprir a promessa de fazer do Benfica o maior do Mundo, só logrando o muito ambicionado cruzamento entre o "homo benfiquista" e o coelho. Não basta incluir subrepticiamente no KIT Novo Sócio um frasco de Viagra disfarçados de amendoins e um exemplar daquela memorável Maxmen com a Marisa Cruz.

Sendo isto tão evidente, não sei como poderia o FC Porto, ou outro qualquer de tamanho semelhante, evoluir para outra coisa que não seja o célebre e muito subestimado entreposto de jogadores. De que outra forma chegaria Lucho González ao campeonato português? E quais são as receitas alternativas? Os futebolistas mais em conta enchem melhor os estádios? Convencem as televisões a engordar os cheques? Se Lucho fosse, eventualmente, vendido por uma soma superior a dez milhões de euros e o FC Porto duplicasse a verba investida, não teria valido a pena? Sem dúvida, seria de lamentar que se fosse embora tão cedo, mas só um idiota lamentaria que tivesse vindo.

POR EXEMPLO

"Acho que o FC Porto fez uma bela contratação"

Tinga sobre Anderson


No PATO:

Diogo Valente é já praticamente jogador do FC Porto, embora a "papelada" que vai consagrar isso mesmo seja assinada apenas no início de Janeiro. E até talvez ele só vá para o seu novo clube no final da época, pois o desejo de jogar o Europeu de Sub-21 a isso obrigará, com certeza: no Bessa tem muito mais possibilidades de ser titular do que no Dragão.

Chumbita Nunes já há algum tempo negociou Moretto, por 500 mil euros, com o Benfica, Benfica que (apesar de tudo) pagou ao Setúbal 100 mil euros por José Fonte. Nada mau.
PS.: O FC Porto é que, pelo visto, nunca esteve interessado no guarda-redes sadino, que vai ganhar 75 mil euros líquidos/mês na Luz, e José Fonte 25 mil.


Há muita coisa interessante, e curiosa, no meio (para não variar...) da Arbitragem.
Estranhamente, um dos assistentes nomeados para o recente Benfica-Nacional - Eduardo David - foi substituído, sem qualquer tipo de explicação, por José Luís Melo, conhecido em certos meios como o "benfiquista de Valongo"...

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Opiniões

José Manuel Ribeiro no Ojogo:


Peso


1. A necessidade, no FC Porto, de um ponta-de-lança que dê troco a Quaresma e Lisandro dispensa confirmação. Podia ser McCarthy, mas não é. Podia ter sido Hugo Almeida, mas ainda lhe falta qualquer coisa e, para além de lhe faltar qualquer coisa, as características que tem entram em litígio com os pés voadores e os passes esperançosos da dupla de extremos. Pode ser Bruno Moraes, em quem algumas pessoas bem colocadas na SAD acreditam muito, mas não seria sensato - nem justo - esperar tanto, tendo em conta o joelho avariado. Não podia ser Sokota, porque a utilidade de Sokota não é essa. Pode ser Lisandro, porque sabe marcar golos, mas os golos que ele sabe marcar já tem marcado: não é razoável esperar que, passando a ponta-de-lança, marque esses e outros ainda. Ou seja, se Lisandro for chamado a marcar os golos do ponta-de-lança, quem marcará os golos de Lisandro? O FC Porto precisa de alguém que marque os golos que estão por marcar e não os que já são marcados.

2. O problema do lateral-direito já o definiu Co Adriaanse quando contratou Sonkaya: mediano não chega. Para esse lugar, o que o FC Porto procura é um que seja muito bom e os que são muito bons transferem-se para o Liverpool (página 14). Visto de fora, parece que o holandês tomou uma decisão: já que não conseguia pôr ali um jogador plenamente satisfatório, resolveu aproveitar a vaga para fornecer à equipa o peso que lhe fez falta, por exemplo, na Liga dos Campeões. Não é que ela se tenha notado mais na defesa, mas o sector que precisava de crescer e engordar não pode fazê-lo, porque seria criminoso. Quem aceitaria agora que ele tirasse o Paulo Assunção do onze para pôr uma bisarma à frente dos centrais?


Mas o centro da FIFA não

"Um clube investe num jogador, paga-lhe um salário, mas depois fica sem ele. É uma situação chata e que terá de ser alterada rapidamente, até porque o centro do futebol encontra-se na Europa"

Jorge Manuel Mendes, empresário




Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto ao Ojogo:


"McCarthy deve ser vendido"

O FC Porto deve vender McCarthy e contratar outro ponta-de-lança?
R Acho que sim. Até percebo as razões que a SAD teve para não o vender no Verão, mas agora não faz sentido mantê-lo no plantel. Acho que o FC Porto deve contratar outro ponta-de-lança, talvez explorando o filão argentino. Já que tem dado bom resultado, acho que podia apostar nesse mercado.


"FC Porto tem de apostar num lateral de qualidade"

Kromkamp foi para o Liverpool. É urgente reforçar o lado direito da defesa?
R Absolutamente. Acho que o lado direito da defesa é o grande drama da equipa. Não gosto de nenhuma das soluções testadas até agora, mas admito que há um jogador no plantel que pode ser aproveitado. É o Ibson, que no Brasil já jogou nessa posição. De qualquer maneira, o FC Porto deve ir ao mercado e apostar num jogador de qualidade. O Seitaridis foi um bom negócio e, apesar de não ter feito uma grande época, actualmente não há nenhum jogador com o mesmo nível para o lado direito da defesa. O Sonkaya foi uma falha.


"Helton é bom de mais para estar no banco"

Vê vantagens na contratação de Moretto e numa eventual cedência de Helton?
R Vejo, se isso representar uma redução de custos do plantel. O Helton é um bom guarda-redes, mas muito caro. É um crime ter um guarda-redes dessa qualidade no banco, um desperdício de qualidade. É bom de mais para ser o suplente, pelo que vejo benefícios na contratação do Moretto se for, efectivamente, para reduzir custos. Mas tirar o Baía está fora de causa, é o titular indiscutível. Aliás, também acho que o FC Porto deve renegociar o contrato de Bruno Vale.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Novos estrelados

José Manuel Ribeiro no OJogo:


Digam Adriaanse, Couceiro ou Fernandez o que quiserem sobre a juventude, ela tem uma característica que os estrategos militares costumam considerar decisiva: o elemento surpresa. Ninguém espera verdadeiramente que um futebolista de 26 ou 27 anos mostre recursos que nunca usou antes - embora lhe possa ser exigido que os utilize sempre -, mas um miúdo de 17, 20 ou 22 anos é um jogador inteiro por descobrir. Ninguém sabe o que está lá dentro. O melhor do Mundo? Numa eleição recente, acharam estranho que Robinho fosse a promessa mais votada, à frente de Messi, Rooney ou Cristiano Ronaldo, mas não é nada estranho: ganhou porque, dos quatro, é o que se viu menos na Europa. As pessoas escolheram o jogador que lhes deu maior espaço para a imaginação. Significa, literalmente, que quanto menos conhecem mais esperam. De Anderson, apesar de tudo quanto temos escrito sobre ele, incluindo a cobertura do Mundial'sub-17, no Peru, os adeptos nada sabem ao certo, o que quer dizer que se têm fartado de dar gás à fantasia. O bizarro é que, às vezes, a imaginação mais fantástica acaba ultrapassada, como me parece que está a acontecer com Quaresma. Por outras palavras, graças aos golos deste e à chegada do outro, o FC Porto mantém a expectativa e dá ao público motivos para ir ao estádio que com jogadores mais velhos não existiriam. Melhor: agora tem provas de que compensa esperar pelas surpresas.


O caso
Fraude é uma palavra chata

Luís Filipe Vieira chamou fraude ao alegado boicote do FC Porto à utilização de Maciel e foi levado a sério, mas é preciso cuidado com o que se diz. Ontem, o Benfica pôs sob contrato um jogador que rescindiu unilateralmente o vínculo ao Setúbal dias antes da partida com aquele que, sabe-se agora, seria o seu novo clube. Nasceu primeiro o contrato ou a rescisão? Por respeito a Fonte, não tenho dúvidas de que foi a rescisão, mas é como com o Anderson, o que não se sabe faz-nos imaginar. Tendo em conta que chamou fraude a uma prática habitual no campeonato português, o que chamaria Vieira a isto se fosse o FC Porto a fazê-lo?


O conselho

"Acredito que a SAD pretende garantir um jogador para a posição de lateral-direito , mas deve contratar alguém para estar no clube durante alguns anos"


Semedo, antigo jogador do FC Porto




P.S: SERVIÇO PÚBLICO :-)))

Para aqueles que nos seus blogs têm o "script" para saber quem o visitou, e que agora não aparece nada, tentem actualizar, escrevendo no endereço do script:

http://www.truefresco.org/referrers.js


Em vez de:

http://www.downes.ca/referrers.js

Comigo funcionou...

quarta-feira, dezembro 28, 2005

PARABÉNS JORGE NUNO PINTO DA COSTA



Pinto da Costa está hoje de parabéns. Completa 68 anos de idade. Está aí para as curvas...

Nada melhor que um grande benfiquista a falar sobre Pinto da Costa:


Fernando Martins (ex-presidente do Benfica)

"Pinto da Costa é um dos meus maiores amigos"



P Como é que um ex-presidente do Benfica ficou tão amigo do presidente do FC Porto?
R Eu falo por mim. Fui presidente do Benfica e já era amigo de Jorge Nuno Pinto da Costa; deixei o cargo e continuei com essa amizade. Aliás, é um dos maiores amigos que tenho. Há um episódio que ilustra isso muito bem: parti a perna e nos primeiros quatro meses, em que fiquei de cama, ele telefonou-me todos os dias, quer se encontrasse em Portugal ou no estrangeiro, para saber como é que eu estava. Nunca houve nenhuma divergência entre nós e essa ligação acabou por beneficiar o futebol português, contribuindo para que, na altura, houvesse harmonia entre os clubes.


"Ele percebe muito de futebol"

P Encontra algum segredo para justificar o sucesso de Pinto da Costa?
R Quando estive no Benfica ainda lhe ganhei algumas vezes [risos]. Conquistei quatro campeonatos, em seis anos, e isso nunca atrapalhou a nossa amizade. Penso que o segredo é ele perceber muito de futebol. Só percebendo de futebol é que se pode ganhar. Ele percebe e, por isso, ganha tantas vezes. É como em qualquer negócio: é preciso saber do assunto de que se trata para se conseguir ser bem sucedido.


"Vitórias do FC Porto prestigiaram Portugal"

P Pinto da Costa é uma das figuras mais controversas. Como é que avalia a influência dele no futebol português ao longo destes anos?
R Teve uma influência muito positiva, conforme se nota pelo que conquistou no clube dele, um clube que faz parte do futebol português. Logo, todas as vitórias, sobretudo as que foram conseguidas a nível internacional, contribuíram para prestigiar o nome de Portugal e do futebol nacional.

Abriu a época das mentiras...

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1 - KROMKAMP: "O FC Porto e o Villarreal estão a discutir a cedência do lateral-direito até ao final da época, com opção de compra.O único obstáculo encontrado está nessa cláusula: os portistas querem sete milhões; os espanhóis pedem quinze." ...Precisámos de um, não sei se este é o mais indicado...se não serve paa o Villareal, muito menos para o FCPORTO, e também têm um custo proíbitivo...

2 - HELTON vs MORETTO: Corinthians atento ao empréstimo de Helton....Que Helton queira sair, para jogar com regularidade, dada a sua qualidade ainda acredito, mas precisa de mais algum calo de banco e títulos...agora Moretto??? Se o objectivo do gaijo é jogar , então que vá para os lampiões, pois no FCPORTO com o actual Baía não têm hipóteses...se o ojectivo é títulos, então no Dragão estava na casa certa...

3 - LUCHO : Lucho sempre esteve nos planos de Mourinho...Bem, se isto for verdade...pode estar aqui o Euromilhões do FCPORTO,dada a ausência de receitas da LC, mas com a contratação de Maniche, não deve chegar a vias de facto...

4 - McCARTHY: McCarthy não quer ir à CAN...Este meu , passa a vida a surprender-me...ora quer sair, ora quem dar tudo pelo clube...as coisas não lhe têm corrido bem ultimamente, mas que têm dado o litro pelo clube , ai isso têm...

5 - SEITARIDIS: Possível regresso...Se for o Seitaridis que por aqui passou...que fique em Moscovo por muito tempo...se for o outro, o do Euro2004 então era capaz de lhe dar uma segunda oportunidade, mas não é jogador que me entusias-me. Se era para entrar no negócio QUARESMA , nem vale a pena dizer nada...não!!! QUARESMA a ser transferido, têm que ser por muito dinheiro...

6 - PAULO ASSUNÇÃO: Assunção será cem por cento do FC Porto.O FC Porto vai comprar os 50 por cento do passe de Paulo Assunção que ainda pertencem ao Nacional....Uma boa opção, dada a qualidade e o influência que têm demonstrado no FCPORTO actual.

7 - IVANILDO: Saint-Étienne , Belenenses , Estrela querem Ivanildo...Este puto merecia mais oportunidades, penso eu de que...

8 - DUDA: extremo esquerdo português Duda solicitou a rescinsão do contrato que o liga ao Málaga até final do ano e poderá, a partir de Janeiro, negociar o futuro profissional com qualquer clube fora de Espanha. O F.C. Porto parece ser o destino mais provável do jogador, mas só na próxima temporada. Aos 25 anos (completa 26 em Junho), Duda, tripeiro de Campanhã, é apontado como reforço do F.C. Porto desde o último defeso....Sei que disse em entrevista recente, que em Portugal só no FCPORTO, mas desconheço o seu potencial...

terça-feira, dezembro 27, 2005

MIGUEL SOUSA TAVARES - Exclusivo

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SCOLARI TÊM UM PROBLEMA


A excelência do Ricardo Quaresma deve manter-se assim um segredo de Polichinelo partilhado entre os seus admiradores, sussurrado como segredo de Estado, Suficientemente baixo e ténue para que, no final, se ele for chamado, possa ficar a impressão que todo o mérito da escolha se deve a Luiz Felipe Scolari.


1- Scolari tem um problema e esse problema chama-se Ricardo Quaresma. Assim mesmo: foi assim que vi escrito algures e é assim que oiço comentar, entre amigos que gostam de futebol, o "problema que está a ser criado ao seleccionador nacional" pelas consecutivas exibições de luxo do n.Q 7 do FC Porto, hoje claramente o melhor jogador em palco na Superliga.

Mas afinal - perguntará alguém desembarcado de outro planeta - qual é o problema de Sco-lari? Desde quando é que o aparecimento de um grande jogador, em forma exuberante, fora da lista inicial dos conjecturáveis, constitui uni problema? Que seleccionador no Mundo não gostaria de ter um problema destes para resolver a seis meses de um Mundial?

Pois, dá-se o caso de o nosso seleccionador ter anunciado já há dois meses que, dos 23 que irão ao Mundial, 20 já estavam escolhidos, faltando apenas escolher três, entre os quais um guarda-redes. E, nos dois que sobram, não constaria Ricardo Quaresma, que o seleccionador generosamente se dis-poria a ceder à Selecção de Esperanças. Na lista fechada de Scolari não há lugar para revelações de última hora, nem sequer com seis meses de antecedência. Trata-se da sua lista, do seu grupo, dos seus rapazes de confiança, do seu célebre balneário - o tal que tem misteriosas regras que não consentem a inclusão de gente com personalidade e ideias próprias, como Vítor Baía. Enfim, é a Selecção de Scolari e, se ela se abrisse a importunos como Ricardo Quaresma, ou se se guiasse por estritos critérios de desempenho e de justiça consensuais, deixava de ser a Selecção de Scolari e passaria a ser a Selecção de Todos Nós, como gostam de dizer. Um perigo.

Gente que, como eu, acha que Ricardo Quaresma faz parte daquela restrita lista de jogadores de futebol que justificam o preço dos bilhetes e o incómodo da deslocação ao estádio, aconselham a que se esteja calado nesse sentimento: quanto menos se falar do rapaz, mais-hipóteses tem ele, dizem, de poder vir a ser chamado à Selecção. Porque o que, antes de mais, está em causa, não é a competência nem o mérito, mas a fina susceptibilidade do seleccionador. A excelência do Ricardo Quaresma deve manter-se assim um segredo de Polichinelo partilhado entre os seus admiradores, sussurrado como segredo de Estado, suficientemente baixo e ténue para que,no final, se ele for chamado, possa ficar a impressão que todo o mérito da escolha se deve a Luiz Felipe Scolari.

Pois eu cá, não me consigo conter. Gosto suficientemente de futebol para não conseguir disfarçar o deslumbramento quando vejo um génio à solta em campo. São eles, sejam quem forem os seus clubes ou os seus países, que escrevem os momentos mágicos que nunca mais esquecemos quando falamos de futebol e que atraem para este jogo fabuloso sucessivas gerações de miúdos deslumbrados com as proezas dos seus ídolos.

2- Talvez o público de Guimarães, que tem o mérito de seguir sempre o seu clube e não falhar no estádio, faça parte do rol dos que não se importam de ver Ricardo Quaresma fora do Mundial. Há sempre gente para quem o despeito é mais importante do que a justiça ou até a qualidade do espectáculo. No futebol, todos têm uma paixão pelo seu clube, mas há quem se limite a isso e quem tenha também uma paixão pelo futebol. Se o meu clube ganha jogando mal ou beneficiando de um erro do árbitro, eu não gosto: fico frustrado, irritado, zangado com a equipa. Mas há muitos para quem tanto lhes faz: querem é que o seu clube ganhe, mesmo que com um golo mareado com a mão e sem nada ter feito para o merecer. Em Guimarães, aos 21 minutos dejogo e devido ao mau estado da relva, Ricardo Quaresma escorregou quando ia pontapear um livre frontal e acabou por fazer um passe ao guarda-redes. Os adeptos do Vitória romperam num coro de assobios, difícil de psicanalisar: que as-sobiavam eles - o génio do Quaresma, a sua infelicidade? Nunca saberemos explicar. Só sabemos que, volvidos dois minutos, o mesmo Quaresma, de dedo na boca, os fazia calar, depois de, à vista das bancadas, ter-lhes mostrado o que é capaz de fazer um grande jogador de futebol que recebe uma bola sobre a esquerda, a trinta metros da baliza e com um adversário a tapar-lhe o caminho. Vinte e cinco minutos volvidos, esse mesmo adversário, entrando-lhe às pernas pela terceira ou quarta vez, conseguiu enviá-lo definitivamente para o balneário - que é o lugar reservado aos génios como ele, quando jogam perante um público que não gosta de os ver jogar.


3- Maniche está no mercado. Para quem quiser um jogador que lhões de contos a um clube e um mês depois se dava ao luxo de se dizer "inadaptado". Que, por ignorância ou avidez, se convenceu que Moscovo era a Paris do Leste, que deve pensar que se pode ao mesmo tempo querer emigrar para ganhar uma fortuna e ter o sol e as sardinhas assadas ao dispor, que se acha tamanha vedeta que nada - clube algum, adeptos alguns, equipa alguma -jamais serão suficientemente importantes para acolherem a sua importância. Espero bem que Pinto da Costa não caia numa das suas habituais tentações de ir recomprar o que vendeu e bem. Os resultados dessas operações de pseudo-recuperação têm sido, regra geral, desastrosos.


4- Di Canio, obscuro jogador da Lazio de Roma, deve a fama ao seu exibicionismo ideológico, que o leva a celebrar em campo com a saudação fascista dirigida aos adeptos.: Os jogos de futebol não servem para os jogadores fazerem propaganda política das suas ideias, menos ainda quando as suas ideias são abjectas manifestações daquilo que a Europa civilizada rejeitou definitivamente. Espero bem que a FIFA remeta este fascistói-de italiano para o lugar que lhe pertence, longe dos estádios.

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Crónicas incongruentes

Crónica de Jorge Maia no Ojogo:


Há um problema de coerência nas críticas que têm sido feitas ao FC Porto esta temporada. Os portistas chegam ao Natal com quatro pontos de vantagem sobre o Nacional, seis sobre o Benfica e sete sobre o Sporting. Conseguem-no graças ao melhor ataque do campeonato e sustentados na quarta defesa mais eficaz da prova, atrás do Braga, Setúbal e Nacional, mas significativamente à frente do Benfica e do Sporting. E ainda por cima jogam bem, com Quaresma no papel de protagonista embora devidamente secundado por Lisandro, Lucho, Paulo Assunção e por aí fora.

Ora, a julgar por alguma crítica mais feroz, o mérito de Co Adriaanse em tudo isso é... nulo.

A vantagem em relação aos adversários, a eficácia ofensiva, o equilíbrio defensivo e até a qualidade do futebol jogado é uma inevitabilidade, uma consequência natural da enorme qualidade do plantel à sua disposição.

Para esses críticos, se o holandês é responsável por alguma coisa, é precisamente por não ter sido capaz de explorar devidamente todo esse potencial. O que nos leva à tal incongruência de que falava no início.

Sucede que os críticos que não reconhecem qualquer mérito a Adriaanse no actual momento da equipa são exactamente os mesmos que passaram vários atestados de incompetência aos administradores portistas responsáveis pela construção do actual plantel.

Ora, como é que os administradores podem ter sido incompetentes se construíram um plantel tão bom, mas tão bom que só não é campeão à passagem da 16ª jornada porque o treinador não presta?

A menos que tenha sido a empregada da limpeza a contratar Quaresma, Lisandro, Paulo Assunção, Lucho e Diego. Aí, tudo faria sentido.


Negócios
Descubra as diferenças


Benfica e Setúbal tinham um contrato alinhavado para a transferência de Moretto quando, de repente, a vontade de Helton jogar colocou os portistas na corrida pelo guarda-redes sadino que, pelos vistos, vai mesmo acabar vestido de azul-e-branco. Ora, o caso de Marcel, avançado da Académica de Coimbra, é muito parecido. O Benfica está interessado no brasileiro, a Acdémica sabe disso, e o FC Porto também. A grande diferença entre os dois casos é o preço, cerca de três milhões de euros no caso do ponta-de-lança.

Feliz Natal

A todos os leitores desejo um feliz Natal.

sábado, dezembro 24, 2005

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EMPRESTADOS

Ponto de situação dos emprestados:


SANDRO , depois do empréstimo falhado nos turcos do Manisaspor, está próximo do Setúbal...

MACIEL, emprestado ao U.Leiria

MARCO FERREIRA, emprestado ao Penafiel ÚLTIMA HORA: RESCINDIU hoje com o FCPORTO, menos um...
AREIAS , emprestado ao Boavista

BRUNO VALE, emprestado ao Estrela da Amadora
PAULO MACHADO, emprestado ao Estrela da Amadora

LÉO LIMA, emprestado ao Santos
CLÁUDIO PITBULL, emprestado ao Santos

LEANDRO DO BONFIM, emprestado ao S. Paulo

LEANDRO, emprestado ao Cruzeiro

HÉLDER POSTIGA, emprestado ao Saint-Étienne

sexta-feira, dezembro 23, 2005

GUIMARÃES 0 - FCPORTO 2

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Sem mais comentários...Genial golo de QuaresmaImage hosted by Photobucket.comImage hosted by Photobucket.comImage hosted by Photobucket.com...Tenho pena que o Guimarães ande tão em baixo, pois têm uma massa associativa apaixonante, pena é que também são dos adeptos mais violentos, que fazem distúrbios em todo o lado...aquela história das cadeiras, é um filme n vezes repetido...


TOP Marcadores FCPORTO:

Lucho 5 golos
Lisandro 5 golos
César Peixoto 4 golos
Hugo Almeida 3 golos
Quaresma 3 golos
Jorginho 3 golos
Ricardo Costa 1 golo
Alan 1 golo
McCarthy 1 golo
Ivanildo 1 golo (1 Taça)
Diego 1 golo

TOP Disciplina FCPORTO:

Bruno Alves 1 vermelho directo ( 2 jogos castigo, 2 cumpridos)
Ricardo Costa 4 amarelos ( 1 Taça) - PERIGO DE SUSPENSÃO
Paulo Assunção 4 amarelos ( 1 Taça) - PERIGO DE SUSPENSÃO
Raul Meireles 3 amarelos ( 1 Taça)
Cesar Peixoto 3 amarelos
Pedro Emanuel 3 amarelos
Jorginho 2 amarelos
Sonkaya 2 amarelos ( 1 Taça)
Quaresma 2 amarelos
McCarthy 2 amarelos
Hugo Almeida 1 amarelo
Bruno Alves 1 amarelo
Ibson 1 amarelo
Lucho Gonzalez 1 amarelo
Bosingwa 1 amarelo
Chech 1 amarelo
Lisandro 1 amarelo
Diego 1 amarelo
Pepe 1 amarelo

FOI LINDO...

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A história repete-se...e não os ouço...nem traficante de droga, nem ex-empresário penhorado... a APAF anda a oferecer excelentes prendas, não é...

MODALIDADES

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ANDEBOL

ABC 24 - FCPORTO 22

1ºBELENENSES 33
2ºÁGUAS SANTAS 31
3ºFCPORTO 30 (-1 JOGO)


BASQUETEBOL

FCPORTO 98 - AVEIRO BASKET 68

1ºFCPORTO 80%
2ºOVARENSE 80%


HÓQUEI EM PATINS

HC BRAGA 1 - FCPORTO 7

1ºFCPORTO 25
2ºÓQUEI BARCELOS 25

quarta-feira, dezembro 21, 2005

" Não respondo a COBARDES "

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Pinto da Costa sobre o escarro Cholari:


"Para essas palavras não há seguros. Por princípio, não respondo a cobardes. Considero cobarde todo aquele que lança suspeitas, que diz coisas e depois diz que não disse. Com cobardes não sei nem quero lidar. Essa polémica não fica para mim".




P.S: Realiza-se hoje , o encontro amigável entre o Setúbal e os Lampiões...De acordo, com o estabelecido já há muito tempo entre as direcções dos clubes, o Setúbal joga sem 5 titulares que já rescindiram...Bravo...como dizia MST: Foi uma questão de "timing" ...depois de Estoril, temos mais um jogo forjado...assim sim. Biba a verdade desportiva!!!

Os habilidosos

José Manuel Ribeiro in OJogo:


Sobre o que é mais importante escrever hoje? Scolari ou a escolha do golo de Quaresma como melhor do ano para a Eurosport? A arte do relambório ou da bola? O gesto feio ou o gesto bonito? Qualquer pessoa compreenderá que a decisão é difícil. São ambos artistas, cada um ao seu jeito. Mais habilidoso o primeiro, menos individualista o segundo. Quaresma especializou-se na trivela; Scolari já esteve, com certeza, num bom restaurante de Tondela. As semelhanças acumulam-se, mas há um dado, que não técnico nem de balneário, pronto a revelar-se definitivo na opção por um destes dois imperadores do drible: ninguém, fora deste nosso rectângulo torcido, quer saber das opiniões do seleccionador para nada (nem das minhas, já agora), ao contrário do que aconteceu com o golo de Quaresma. Esse ficou no olho de milhares de ignorantes, desfasados da importância do futebol jogado entre chuveiros, cacifos e banheiras de hidromassagem. É só um movimento. A parte de fora do pé - o lado oposto à parte de dentro, portanto - bate na bola como um taco de golfe e ela encurva. Encurva a bola, encurva o guarda-redes, encurva o resultado e encurva o papel de Quaresma, que era suplente e deixou logo de ser, porque Adriaanse é, pelos vistos, um dos ignorantes (entre aspas, entre aspas) que não preferem o futebol falado. Lá está. Deve ir pouco ao balneário.


SCOLARI
Dados, comunicados e outros seres animados

A assessoria de Imprensa da Federação Portuguesa de Futebol divulgou ontem um comunicado em que, entre outros considerandos de alto valor argumentativo, o seleccionador chama abusivas às interpretações feitas destas suas palavras a respeito de João Pinto e Baía:

"Disponho de dados técnicos e de balneário que nunca revelarei mas que poderão estar na base das minhas decisões. São meus e só meus".

Podia queimar umas linhas a discutir ponto por ponto esta questão (tenho muita experiência; o meu filho de seis anos também tenta ser assim esperto de vez em quando), mas o caso Baía é assunto digerido e evacuado. Se Scolari entendeu regurgitá-lo foi porque, nos últimos meses, ganhou força definitiva a tese de que alguns dos seus comportamentos não têm explicação. Por isso, decidiu arranjar uma para este, pondo a funcionar a má língua dos que lhe são afectos.

A respeito deste assunto e perante o esclarecedor comunicado, resta uma pergunta à qual ele não se lembrou de responder: as declarações levantam ou não suspeitas sobre o carácter dos dois jogadores?

O MELHOR GOLO DE 2005

Golo de Quaresma ao Rio Ave foi o melhor de 2005 para o Eurosport.

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Bomba de Hugo Almeida em Milão ficou em segundo lugar.

A descrição no Ojogo para o melhor golo de 2005:



Magia pura!

O melhor do FC Porto-Rio Ave estava guardado para o fim. Os portistas tinham dominado a primeira parte e a segunda, tinham multiplicado as oportunidades de golo e tinham encostado os vila-condenses às cordas mas, aos 80', o jogo continuava encravado num empate sem golos e a tensão crescia nas bancadas do Estádio do Dragão. Co Adriaanse fazia entrar Quaresma, depois de apostar em Alan e Hugo Almeida para tentar vencer o jogo por esmagamento e o facto é que, dessa vez, foi bem sucedido. Quaresma só precisou de oito minutos em campo para fazer magia. O lance foi desenhado pelos três suplentes: Alan fez o passe a rasgar do outro lado do campo e Hugo Almeida teve a presença de espírito de deixar a bola passar por entre as pernas fazendo-a chegar a Quaresma. Um lance bonito até aí, e absolutamente fantástico logo a seguir. O extremo recebeu a bola e avançou para dentro da área perante a oposição de Idalécio e Milhazes. Os defesas ofereceram-lhe o centro do terreno, protegendo o flanco. Afinal, era mais provável que o Quaresma procurasse a linha de fundo para fazer o cruzamento com o pé direito do que fosse para o centro onde o remate teria que ser desferido com o pé esquerdo, o pior dos dois. Mas o extremo do FC Porto não obedece às leis das probabilidades nem da física. Tinha espaço no centro e aproveitou-o. Enquadrou-se com a baliza e deu razão aos defesas. Não rematou com o pé esquerdo, mas com a parte de fora do direito, de trivela. A bola descreveu um arco impossível, sempre longe do alcance de Mora, acabando por entrar na baliza junto ao angulo superior esquerdo. Há quem jure ter ouvido o extremo murmurar qualquer coisa antes do remate e há quem aposte que foram as palavras mágicas: "abracadabra".

terça-feira, dezembro 20, 2005

MIGUEL SOUSA TAVARES - EXCLUSIVO

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UMA QUESTÃO DE "TIMING"


Norton de Matos ou se demitia antes da derrota no Funchal e de os jogadores terem começado a abandonar o barco ou segurava tudo mais uns dias e demitia-se depois de ter mostrado contra o Benfica o mesmo brio e empenho que mostrou, por exemplo, contra o FC Porto.

1- Há várias semanas que Luís Norton de Matos tinha previsto que a crise de desintegração iria ocorrer no Vitória de Setúbal. Há dois meses que a sua demissão estava por um fio. Aconteceu agora, após uma derrota que indicia, talvez, o fim de um ciclo lindo mas que não tinha sustentação. Depois de o primeiro jogador já ter abandonado o barco e quando se prefigura a debandada em série. E a três dias ' do Vitória-Benfica.

Foi pena. Luís Norton de Matos, ex-jogador do Benfica, ex-treinador do terceiro classificado do campeonato, ex-garante da unidade do grupo contra a irresponsabilidade dos dirigentes, deveria ter esperado mais uns dias, ter segurado os jogadores ainda mais um pouco, ter-se despedido em beleza, mostrando contra o Benfica o mestno espírito de luta e brio que o levou, por exemplo, a roubar dois pontos no Dragão, defendendo o 0-0 com tanto empenho e tenacidade que disso parecia depender o pagamento dos salários em atraso logo após o jogo. Ou então, se já não dava mesmo para segurar mais um dia que fosse o barco, deveria ter-se . demitido 48 horas antes - e não depois da derrota no Funchal, de os jogadores terem começado a abandonar e de se chegar às vésperas do jogo com o Benfica.

À parte a questão do timing da demissão do treinador; a crise do Vitória de Setúbal é exemplar de várias coisas, a saber: a mentira funcional em que vive o chamado futebol profissional em Portugal, mentira devidamente coberta e incentivada por uma Liga de clubes que se habituou a preferir a batota com o Fisco, a Segurança Social e os salários dos jogadores a uma reforma radical, cuja necessidade e contornos são hoje evidentes e consensuais para todos menos para aqueles que tinham obrigação de ser os primeiros a ver e a agir; exemplar da face oculta do futebol profissional português, muito mais comum do que se imagina e muito mais incontrolável do que se supõe (quando há jogos da Liga assistidos por 900 espectadores, podem crer que a tempestade apenas acabou de começar); e exemplar, finalmente, da natureza dos dirigentes do futebol português, regra geral chicos-espertos em busca de protagonismo e acreditação social, que | acham que a gestão de um clube 1 profissional se limita ao acto de comprar e vender jogadores no defeso e despedir treinadores quando os seus brilhantes negócios não dão os resultados esperados. No caso do Vitória, é evidente que se chegou ao extremo absoluto - este Chumbita vai ficar para a história dos malfeitores do futebol português - mas o que não falta por aí é Chumbitas de ocasião a alimentar a mentira em que vivemos. O exemplo contrário e louvável é o de João Nabeiro, presidente do Campomaiorense: sonhou em trazer o Alentejo de volta ao futebol de primeira e, do nada, ergueu um clube dotado de estruturas, de um belo campo e de regras de seriedade. Mas, quando percebeu que não havia público nem mercado que sustentasse o seu sonho, pagou as dívidas e fechou a porta, em lugar de continuar a tentar alimentar a mentira em negócios imobiliários com a autarquia ou em poupanças nos salários a pagar.

2- Em Agosto e Setembro, quando Co Adriaanse mostrou não contar com Quaresma para a sua equipa habitual e quando já se falava na inevitável venda do jogador em Janeiro, escrevi aqui por três vezes que o afastamento de Ricardo Quaresma seria um "acto de uma extrema irresponsabilidade e ignorância, pois que ele era, de longe, o melhor património desportivo do actual FC Porto. A generalidade dos comentadores, porém, dava razão a Adriaanse, argumentando que Quaresma era um indisciplinado, um individualista e um mau jogador de equipa. Contra argumentei que ele era um miúdo e um génio: aos miúdos podem-se corrigir os defeitos e a missão de um treinador é essa e não a de os afastar liminarmente; e aos génios deve-se permitir a dose suficiente de individualismo que eles usam para fazer a diferença e resolver tantas vezes os jogos - como aliás o Quaresma mostrou na época passada e na Selecção de esperanças.

Em Outubro Adriaanse decidiu-se a meter o Quaresma no quarto de hora final de dois jogos consecutivos e ele resolveu-lhe os dois jogos: logo houve quem, esclarecidamente, viesse dizer que o Quaresma só servia para os últimos minutos. Mas o génio estava lá e mesmo Adriaanse não teve como evitar experimentá-lo mais do que, por exemplo... o Hélder Postiga.

Hoje o resultado é evidente por si: o Ricardo Quaresma transformou-se não só no melhor jogador do FC Porto, não só no melhor jogador português da actualidade, mas no mais promissor e entu-siasmante jogador europeu do momento. Dizem os que ontem achavam que ele não tinha lugar na equipa que o mérito foi de Adriaanse, que, através de um notável (e fulgurante) trabalho psicológico, o transformou em jogador de equipa. Gostava de saber em que língua terá sido levado a cabo esse revolucionário trabalho psicológico: no inglês sem vocabulário de Adriaanse, que o Quaresma deve entender perfeitamente?

Não. O mérito não se deve a Adriaanse, deve-se ao próprio Ricardo Quaresma, que gosta tanto de jogar que até fez o favor de passar a vir atrás defender, percebendo que esse era o preço do bilhete para a titularidade. E que teve o talento e a sorte de resolver aqueles dois jogos nos 10 minutos de cada um deles que lhe foram concedidos: de outro modo, estaria agora na equipa B. De resto, limitou-se a continuar a dar asas ao seu génio e ele impôs-se por si. Todavia, há um mérito que reconheço a Adriaanse e foi já salientado por José Manuel Ribeiro, nas páginas de O Jogo: foi ter trocado o flanco a Quaresma, passando-o da direita para a esquerda, embora por vezes, e bem, com alternâncias. Não é a primeira vez que um destro é colocado como ponta-esquerda, hoje uma moda corrente (Simão Sabrosa é um bom exemplo). Mas Ricardo Quaresma está a revolucionar a moda e a função, porque não se limita a executar bem o movimento de sair da esquerda para o centro, como se espera de todos os destros actuando sobre a ponta esquerda. Ele consegue também cruzar com os dois pés, consegue fintar para dentro e para fora, mas sobretudo consegue aquele cruzamento exterior executado com o pé direito, a que chamam de trivela, e que é qualquer coisa de absolutamente novo e inesperado que, como ainda este sábado se viu, é capaz de abrir por completo uma defesa.

Espero bem que o prazer e a fome que ele tem de futebol sejam sempre suficientes para o manter longe do deslumbramento e dos tiques de vedeta que, por exemplo, já são hoje imagem de marca de Cristíano Ronaldo. O Barcelona há-de lamentar muito tê-lo deixado sair no negócio do Deco.

3- Jorge Sousa teve uma arbitragem infeliz, que valeu dois. pontos ao Benfica, no jogo contra o Nacional. Foi infeliz na falta que deu o golo, e que certamente não viu, mas foi mais infeliz ainda na duplicidade de critério disciplinar, essa sempre mais difícil de perceber. Mas seguramente que não está em perigo de jarra: não deve fazer parte da lista negra do senador Veiga.

4- Subitamente, Maciel tornou-se o jogador indispensável do União de Leiria. Alguém me sabe dizer quantos golos leva marcados o Maciel e porquê ele é assim tão indispensável?
A semana passada tive ocasião de explicar por que razão, ao arrepio do politicamente correcto, sou a favor dos acordos de cavalheiros sobre os jogadores emprestados. Mas a verdade é que estão proibidos pelo art.s 22 do Regulamento Disciplinar da Liga e punidos com uma multa pecuniária, que deve ser aplicada ao FC Porto e ao União de Leiria.

Custou-me um bocado a perceber, todavia, porque estaria o Benfica tão interessado em que o FC Porto fosse multado, ao ponto de ir fazer queixa à Liga. Mas depois li um delirante artigo pseudojurídico onde se explicava que à situação descrita no art.Q 22 se deveria aplicar, não a sanção aí prevista, mas sim a do art.e 54, salvo erro, que contempla o caso de resultados combinados entre as duas equipas, nomeadamente através da utilização por uma delas de um onze "notavelmente inferior" ao habitual. Essa sanção seria a de derrota ou três pontos perdidos - que os autores do parecer transformaram em três pontos a menos para o União de Leiria e seis para o FC Porto (os três da vitória, que eram perdidos, e mais três da pena). Justamente a diferença actual entre o FC Porto e o Benfica. Aí percebi tudo.

Textos a ler e reler

1- Rio avaliza interesse municipal do Dragão

Novo estatuto foi ontem aprovado por unanimidade, em reunião do executivo camarário portuense, depois de uma proposta apresentada pelo vereador da Cultura e do Turismo. E com o voto favorável de Rui Rio

Depois do reconhecimento nacional e internacional, com a atribuição dos mais variados prémios ao longo dos últimos dois anos, chegou finalmente a altura de ser a cidade que alberga o Estádio do Dragão a render-se ao "interesse" que a obra tem despertado por esse mundo fora. E entenda-se por "cidade" tão somente os órgãos municipais, que ontem aprovaram por unanimidade uma proposta desencadeada pelo FC Porto no sentido de catalogar o recinto do Dragão como um Imóvel de Interesse Municipal. O mesmo é dizer que o estádio passou a representar "uma mais valia para o Município do Porto, pelo seu valor enquanto símbolo e testemunho de um acontecimento relevante (Euro'2004) e pela sua concepção arquitectónica".

Esta proposta foi apresentada ontem na reunião do executivo camarário por Fernando Almeida, vereador da Cultura e do Turismo do executivo de Rui Rio, e aprovada por unanimidade, com os votos favoráveis de todos os vereadores: sete da coligação PSD/CDS-PP, cinco do PS e um da CDU. A mesma proposta considera que o Estádio do Dragão "constitui um exemplar de uma nova concepção de equipamentos desportivos multiusos", para além de ser "uma peça essencial no Projecto Urbano das Antas, enquanto elemento de referência urbanística".

Depois das muitas críticas iniciais, que chegaram a colocar em causa o projecto, Rui Rio acabou agora por valorizar, através do seu voto favorável, aquela que já é considerada por muitos como uma das mais emblemáticas obras da cidade do Porto.

in Ojogo


Ainda sobre o mesmo assunto, Fernando Santos no Ojogo:

Sua Excelência

Assinale-se o gesto contemporizador - bom senso? - de Rui Rio ao viabilizar a proposta de transformação do Estádio do Dragão em Imóvel de Interesse Municipal


O excelentíssimo presidente da Câmara Municipal do Porto terá esbanjado ontem uma parte substancial da imagem de coerência e de credibilidade de que gozava na opinião publicada a partir de Lisboa, o centro decisor e investido dos galões do exclusivo do pensamento no País. Rui Rio, imagine-se!, deu o seu contributo através do voto à aprovação unânime em executivo autárquico para se encetar o processo de catalogação do Estádio do Dragão como Imóvel de Interesse Municipal.

A desconfiança sobre o acto de Rui Rio é grande para os seus críticos. Agora "sentado" numa maioria absoluta resultante das eleições deste ano, terá tido o homem um raro momento de lucidez? - inquirir-se-ão muitos, sólidos na ideia de que tamanha magnanimidade não invalida nem apaga todo o protagonismo de Sua Excelência no controverso processo de construção do Estádio do Dragão e no qual, à custa de alguma demagogia, ensarilhou, acabando por o cosmetizar, o Plano de Pormenor das Antas - sem o qual não haveria estádio.

Percebo que haja alguma desconfiança sobre as verdadeiras razões de tão benemérito gesto ontem protagonizado; entendo inclusive a existência de quem nele veja uma tentativa de aproximação de Rui Rio aos seus mais empedernidos adversários portistas por forma a que um destes dias monte mais juntinho ao estádio um dos barracões-mamarrachos que tem espalhados pela cidade com os calhambeques que o fazem feliz, sponsorizados pelo Continente...

Confesso: nem sequer tentei aclarar as dúvidas e obter um putativo esclarecimento sobre as convicções de Rui Rio. Para o excelentíssimo presidente, como é público, os jornalistas (não confundir com os seus "aparatchiks" do Gabinete de Imprensa...) são aparentados a produtos menores que se devem usar e deitar fora e recuso-me ao beija-mão, convicto de que os ditadores estão em vias de extinção na Europa...

Sejam quais forem as conjecturas, assinale-se o gesto contemporizador de Rui Rio ao viabilizar a proposta de transformação do Estádio do Dragão em Imóvel de Interesse Municipal - tão assinalável nesta altura como o pré-aviso de greve dos jogadores do Setúbal para o jogo com o Benfica ou as polémicas em redor da Arbitragem. Por distracção, regeneração ou mero taticismo, o excelentíssimo presidente da Câmara Municipal do Porto acaba por perder uma parte da auréola junto dos opinadores-mordomos sediados em Lisboa mas isso agora também não interessa nada. As próximas eleições estão à distância de quatro anos...



2- As fantásticas crónicas de José Manuel Ribeiro in Ojogo:

A dignidade de Jorge Costa

1. Há um argumento de ferro por detrás do direito moral que o Benfica tem de exigir ao FC Porto absoluto respeito pela verdade desportiva no dossiê Maciel: na época passada é possível que o seu director-geral tenha permitido ao Estoril a utilização de uma equipa inteira. Do seu bolso. Duas vezes. E ambas na condição de benemérito anónimo. Guarda-redes, defesas, médios e avançados; todos jogaram contra o Benfica. Só não pôde emprestar o campo porque a bondade de um homem tem limites.

2. Ainda assim, os regulamentos da Liga obrigam os clubes a jogar nos estádios que designaram aquando da inscrição, "sem prejuízo de, em circunstâncias especiais e de força maior, ser autorizado ou obrigado" a jogar noutro sítio. Era o caso, a avaliar pelo que Cunha Leal não fez e podia ter feito ou, pelo menos, que não perguntou e podia ter perguntado. O Estoril precisava desesperadamente de dinheiro e como, para a Liga, não há força maior nem circunstância mais especial do que essa, a troco de dinheiro vendeu, com toda a legitimidade (disse-se), uma parcela das hipóteses que tinha de discutir o resultado com o Benfica, na etapa decisiva do campeonato e não noutra qualquer.

3. Depois do jogo, o adjunto do treinador do Estoril, Carlos Xavier, acusou o director-geral do Benfica de ter despedido logo ali o seu chefe de equipa, do qual, segundo a lei, ele não podia ser patrão. Dois meses mais tarde, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, encerrou um processo já longo declarando "falta de transparência" na alienação das acções de José Veiga a duas sociedades estrangeiras. Acompanhando o processo, O JOGO bateu à porta da sede de uma delas, em Londres. No quarto andar do número 33 de Cavendish Square nunca se ouvira falar nem das empresas, nem de Estoril, nem de Veiga. A CMVM queixara-se do mesmo: escrevera cartas, mandara faxes e nada.

4. Verdade desportiva? Falou-se, escreveu-se e disparatou-se muito sobre ambas há uns anos, quando Jorge Costa marcou um golo na própria baliza, durante um jogo entre o Marítimo e o FC Porto, estando ele emprestado aos madeirenses. O mesmo Jorge Costa que nestes últimos meses sofreu uma milagrosa melhoria de carácter - de acordo com a Imprensa que se especializou no carácter das pessoas -, na altura ainda não era tão bem visto, pelo que não faltou quem lhe questionasse a dignidade. Exactamente: a dignidade. A tal que se tornou evidente e inquestionável para tantos comentadores com insuficiência de fósforo logo que ele falou em sair do FC Porto.


Fraudes descartáveis

Chamar fraude às alegadas restrições que o FC Porto impõe à utilização dos jogadores que empresta é frontalmente desonesto. Quer dizer, é desonesto de uma forma tão cristalina que até merecia outra palavra qualquer. E é tão desonesto dito por Luís Filipe Vieira como pelas beatas histéricas que o antecederam na condenação desse "hábito abominável" de interferir nos direitos das outras equipas cedendo-lhes melhores jogadores do que aqueles que elas deveriam ter. Pela parte da Imprensa, ninguém quer saber que um erro de um jogador emprestado num jogo com o FC Porto não seria propriamente bem compreendido. Não se pode suspeitar tanto de um clube e estranhar que ele se previna. Podem recusar-se a acreditar que é assim, mas é na mesma. Luís Filipe Vieira conhece muito bem esta realidade, porque seria o primeiro a chamar fraude a um frango de Bruno Vale, com a mesma indignação que usou ontem para chamar fraude a uma ausência e com o mesmo efeito nos artigos de opinião e alinhamentos televisivos. A quem estiver neste momento a fazer aquele sorrizinho condescendente de cidadão metropolitano e a pensar "lá está o provinciano com as paranóias do costume", eu antecipo a resposta que dou sempre: não se pode ter seis milhões de adeptos para uma coisa e não se ter seis milhões de adeptos para a outra. Só não devia é ser tão fácil tirar partido disso. Conforme já escrevi antes, nós, a Imprensa, não podemos deixar de perguntar o que quer José Veiga quando, depois de um FC Porto-Benfica, nos diz que só aceita falar numa zona interdita a jornalistas. E, falando em fraudes ou comportamentos suspeitos, já que estamos em fase delas, também devíamos perguntar que critérios são esses da Comissão Disciplinar e se foi feito tudo o que devia para que Petit tivesse sido castigado nos prazos impostos pelos regulamentos. Ou, já agora, porque é que o gesto de Nuno Gomes em Braga, visto por toda a gente, quer o censuremos ou não, motivou apenas um inquérito e este caso Maciel passou directamente a processo.


Encantador

Tenho um amigo que gosta de Scolari. Esteve com ele uns dias, recentemente, e voltou encantado com a simpatia do homem. Não foi o primeiro a regressar nesse estado. Eu devo ser imune ou então o vírus tem um raio de acção muito pequeno, porque acompanhei a selecção brasileira, no Japão, durante toda a segunda fase do campeonato do Mundo e, embora admita que nunca mais estive perto do homem, não entendo como se pode ver nele esse amor de pessoa de que tantos falam. O Scolari lido, pelo menos, não é simpático. De cada vez que abre a boca acentua essa ideia. O último abalo sísmico, oferecido ao site do Clube Nacional de Imprensa Desportiva, é este: "Disponho de dados técnicos e de balneário que nunca revelarei mas que poderão estar na base das minhas decisões". As "decisões", questionadas pelo jornalista, eram o desaparecimento de Baía e João Pinto das convocatórias nacionais. Ao que Scolari respondeu, não sei que nome dará o dicionário da Lisboa Editora; o da Porto Editora chama-lhe difamação.

Falar em motivos técnicos quando os mencionados são Baía e João Pinto prova apenas a ligeireza com que, em simultâneo, o seleccionador julga os assuntos e a inteligência dos súbditos portugueses. Falar em dados de balneário é uma "insinuação grave e completamente irresponsável", para usar as palavras que a assessoria de Imprensa da FPF destinou ao meu colega Jorge Maia depois dele ter comentado as conversas entre Scolari e os empresários de jogadores. Grave e completamente irresponsável é incentivar assim o boato, sobretudo porque não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez. O seleccionador já o fez a respeito de Maniche, de Meira, de Sérgio Conceição e, se quisermos, até de Rui Costa e Fernando Couto, quando se lembrou de dizer que sempre teve na cabeça aquele onze do segundo jogo do Europeu mas não podia usá-lo. O simpático e humano Felipão.

Baía e João Pinto passaram, portanto, a ser culpados de tudo o que as pessoas forem capazes de imaginar. Não é que a vida deles mude por aí além, porque há muito que Scolari criara esse ambiente, mesmo sem o ter posto em tantas palavras como agora. Ou melhor, em tão poucas.


A mentira
Maus e bons suplentes

Se a palavra é balneário, a primeira ideia que ocorrerá aos leitores talvez seja a célebre indisponibilidade de Baía para ser suplente, muito comentada e tida por argumento válido para o tratamento que Scolari lhe deu. Não sei se ela corresponde à realidade, mas admito que Baía não se sinta à vontade no banco; a carreira não lhe permitiu habituar-se. O que sei é o que vi, na Coreia do Sul, minutos antes do final do último jogo da selecção nacional: Rui Costa a abandonar o banco, irritado por ter sido preterido na terceira substituição de Oliveira, e a dirigir-se para o túnel dos (reticências) balneários, onde um colega preocupado correu a impedi-lo de entrar. Meses depois, Rui Costa, que não fez nada de mal, foi apenas emotivo como qualquer de nós, viu-se fartamente elogiado e considerado imprescindível por Scolari. E assim se manteve quase até ao fim.


3- Crónica do não menos brilhante Jorge Maia do Ojogo que até mereceu uma resposta da assessoria de imprensa do escarro Cholari :

Negócios

1 Talvez seja perfeitamente normal que o seleccionador nacional fale com os empresários dos jogadores internacionais, aconselhando-os a que mudem de clube. Mas, se tem mesmo que dar conselhos, porque não o faz directa e exclusivamente aos jogadores? Bem, talvez neste caso, como em muitos outros, exista uma boa razão para explicar o fenómeno. Ou milhões de boas razões. Afinal, é verdade que a selecção não compra jogadores mas pode muito bem ajudar a vendê-los. Nos tempos que correm, o carimbo de internacional português no passaporte de um jogador pode fazer a diferença entre milhares e milhões de euros. Até que ponto isso é, ou deve ser, uma preocupação do seleccionador nacional é que já me escapa. Percebo perfeitamente o interesse de qualquer empresário de futebol em ter uma ligação directa ao seleccionador nacional, mas o inverso já não me parece tão normal. Por outro lado, sempre me disseram que eu era um bocado ingénuo.

2 Num campeonato tão irregular como este tem sido, é sempre difícil fazer previsões mas, se a Maya pode, eu também posso e nem sequer cobro nada por isso. Então cá vai: em condições normais, a 15ª jornada pode deixar o FC Porto ainda mais só no primeiro lugar do campeonato, até porque o principal perseguidor dos portistas tem um jogo complicado pela frente. O Nacional vai ao Estádio da Luz, defrontar o Benfica, e o resultado mais natural será o triunfo da equipa da casa. O que significa que, se o FC Porto vencer o Penafiel no Dragão, pode cavar o fosso em relação ao segundo classificado para quatro pontos. De resto, qualquer resultado no jogo da Luz serve os interesses dos portistas. Se o Nacional perder é bom, se empatarem também se os madeirenses ganharem não é nada mau. Deve ser por isso que se diz que a candeia que vai à frente ilumina duas vezes.


5- Para terminar em beleza...a resposta do FCPORTO no seu site às galinhas :

A piada do Luisinho

O ridículo tem destas coisas. Quando julgamos que não pode surpreender-nos, tal o cúmulo que atinge em episódios recorrentes, eis que surge nova tirada para provar que, afinal, é sempre possível soltar mais gargalhadas. Desde já, obrigado! Rir é bom para desanuviar.

Desta vez fala-se de «fraude» e defende-se que «os jogos ganham-se dentro das quatro linhas». Dá para rir. Nem La Palisse teria dito melhor na defesa cínica do futebol. Já agora, a bola é obrigatoriamente redonda e têm de ser 11 jogadores para cada lado? «E a relva é verde!», acrescentará o falso moralista.

É interessante como a ausência de um atleta num jogo de campeonato pode originar tanta piada. É curioso detectar a gritaria ofendida de quem é tolhido pela falta de memória. Se agora inventa esta pérola de humor, que peça maquinaria se, por exemplo, recordasse a época passada e desse de caras com um exemplo refinadíssimo de absurdo?

Será que toda a gente se esqueceu que um clube dito grande tinha como dirigente alguém com influência num concorrente? Alguém que pode ter escolhido directores, treinadores e atletas e que definiu projectos? Riam! Esta também é uma bela anedota, um hino ao humor negro que, pasme-se, até motivou uma estranha mudança de estádio. Ainda hoje, alguns meses mais tarde, se fica com a barriga a doer de tanto rir. Não é que uma equipa de bem perto de Lisboa decidiu receber um vizinho no Algarve, num palco muito melhor que o seu e, por conseguinte, em desvantagem? Não configurará esta situação uma das tais «fraudes», uma criação que pode ter valido um título? O humor é criativo...

E fê-lo para beneficiar quem? O turismo da região mais a sul de Portugal e os turistas nórdicos? Não é plausível. Como também não é admissível que o humorista ficasse calado caso o tal atleta que o inspirou jogasse e marcasse um golo na própria baliza. Aí, seguramente, a piada seria outra. Mas na mesma ridícula.

FCPORTO 3 - PENAFIEL 1

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Mais uma vez...um remate...um golo dos adversários, e toca a correr atrás do prejuizo!

Gostei...Quaresma soberbo, e os argentinos estão a atinar com a baliza...aquele Lisandro cansa só de o ver jogar, não pára...McCarthy muito esforçado, em baixo de forma , mas a jogar para a equipa.

Um nota: Assobios na entrada de Jorginho!!!!! Vão assobiar para PQP....Que mal o tipo fez? Foi só o jogador mais valioso da SuperLiga que acabou...foi dos jogadores em melhor forma no ínicio de época, havendo jogos que era Jorginho e mais 10 e ainda por cima ele é o maior criador de golos desta Liga, tendo nove dos 23 golos portistas passado pelos seus pés....agora está mais em baixo de forma, mas não compreendo nem aceito que se queira deitar abaixo um elemento do plantel como ele. Esses que assobiam que fiquem em casa...é melhor 20 mil bons do que 30 mil com assobiadores pelo meio.

P.S: Mais uma roubalheira na lampiolãndia, e o que nos serve a CORJA da Abola na primeira página??? Nem uma referência...lembram-se da primeira página do jogo do FCPORTO contra o GIl ? Cambada de FDP...


TOP Marcadores FCPORTO:

Lucho 5 golos
Lisandro 5 golos
César Peixoto 4 golos
Hugo Almeida 3 golos
Quaresma 2 golos
Jorginho 2 golo
Ricardo Costa 1 golo
Alan 1 golo
McCarthy 1 golo
Ivanildo 1 golo (1 Taça)
Diego 1 golo

TOP Disciplina FCPORTO:

Bruno Alves 1 vermelho directo ( 2 jogos castigo, 2 cumpridos)
Ricardo Costa 4 amarelos ( 1 Taça) - PERIGO DE SUSPENSÃO
Paulo Assunção 4 amarelos ( 1 Taça) - PERIGO DE SUSPENSÃO
Raul Meireles 3 amarelos ( 1 Taça)
Cesar Peixoto 3 amarelos
Jorginho 2 amarelos
Sonkaya 2 amarelos ( 1 Taça)
Pedro Emanuel 2 amarelos
Quaresma 2 amarelos
McCarthy 2 amarelos
Hugo Almeida 1 amarelo
Bruno Alves 1 amarelo
Ibson 1 amarelo
Lucho Gonzalez 1 amarelo
Bosingwa 1 amarelo
Chech 1 amarelo
Lisandro 1 amarelo
Diego 1 amarelo

Assistência: 30108

MODALIDADES

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ANDEBOL

FCPORTO 31BELENENSES 22

1ºBELENENSES 33
2ºÁGUAS SANTAS 31
3ºFCPORTO 29 (-2 JOGOS)


HÓQUEI EM PATINS

FCPORTO 5 - LA VENDEENNE 0

O FCPORTO é a única equipa portuguesa a passar à fase de grupos da Liga dos Campeões, depois do Benfica ter sido eliminado. A maior surpresa foi a eliminação do Barcelona (pelo Follonica), que têm sido o nosso carrasco nas finais da Liga dos Campeões. Esperemos que seja desta...Ficámos no Grupo A com : Bassano - Thunerstern - Follonica

FUTEBOL JOVEM

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FCPORTO B

FCPORTO 2 - ESMORIZ 2

1ºPAREDES 17
8ºFCPORTO B 13 (-1 jOGO)


JUNIORES A

VIZELA 2 - FCPORTO 1

1ºBOAVISTA 32
2ºFCPORTO 29


JUNIORES B

FCPORTO 6 - SALGUEIROS 0

1ºFCPORTO 45
2ºLEIXÕES 43
3ºBOAVISTA 38


JUNIORES C

FCPORTO 3 - FREAMUNDE 0

1ºFCPORTO 40
2ºPENAFIEL 29

terça-feira, dezembro 13, 2005

Pré-históricos


O valor histórico do Benfica-Manchester, que o presidente do FC Porto tentou dissecar na sexta-feira, não se discute. Ou, pelo menos, não devia discutir-se. Normalmente, a História não se decide de um dia para o outro, embrulhada à força numa primeira página, nem costuma deixar que os directores de jornais falem por ela. Imaginemos que o Benfica é campeão europeu; o jogo acabará por perder importância entre os três ou quatro outros momentos históricos necessários para lá chegar. O FC Porto foi campeão europeu de facto e lembro-me de que o anuário de 2004 de um dos nossos semanários quase se esquecia disso, quanto mais do empate "histórico" em Old Trafford que constou do percurso, e a ninguém, mas mesmo a ninguém, ocorreria chamar "histórica" à vitória por 2-1 que o antecedeu, no Estádio do Dragão.

Se quisermos ser maus - e é o caso -, o Benfica é o Artmedia do Manchester United: enquanto em Bratislava os eslovacos perdiam o fôlego perante a façanha que foi a eliminação do FC Porto, em Portugal toda a gente se pergunta como foi possível fazer só um ponto com aqueles nabos. Troque-se Bratislava por Lisboa e Portugal por Manchester e já se compreende o que quero dizer. De um lado, o mérito inquestionável; do outro, o demérito indesmentível. É só para incomodar os adeptos do Benfica que escrevo isto? Não. Escrevo porque acho que seria saudável pôr as actuais circunstâncias em perspectiva: se Co Adriaanse fosse treinador do Benfica e levasse seis pontos de avanço sobre o FC Porto (isto, antes do jogo de ontem à noite), teria a competência enxovalhada ou exaltada? Se, por acaso, tivesse ganho em Bratislava e o Rangers perdido em Glasgow - o que só exigiria um pouco de sorte -, seria agora melhor ou pior do que Koeman, historicamente falando?

Nota: não renego as críticas que também fiz e continuarei a fazer ao treinador do FC Porto; repudio é o enxovalho permanente em que esse exercício se tornou, algumas vezes sem outra razão que não seja a profunda ignorância dos autores.

José Manuel Ribeiro in Ojogo

MIGUEL SOUSA TAVARES - EXCLUSIVO

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O HORIZONTE ESTÁ VERMELHO

Tenho de reconhecer que me precipitei quando há semanas atrás, e depois de ter visto a triste exibição do Benfica contra o Li lie,comparei Koeman a Adriaanse, unindo FC Porto e Benfica na mesma "desgraça holandesa".

1- Semana de luxo para o Benfica, iniciada com a feliz e sofrida vitória no Funchal, continuada com a brilhante e justíssima vitória sobre o Manchester United e fechada com um triunfo merecido sobre um Boavista que pareceu mais cansado que o Benfica.

Tenho de reconhecer que me precipitei quando há semanas atrás, e depois de ter visto a triste exibição do Benfica contra o Lil-le, comparei Koeman a Adriaan-se, unindo FC Porto e Benfica na mesma "desgraça holandesa". A verdade é que, ao contrário do seu compatriota, Koeman mostrou nos últimos jogos que é capaz de definir uma estratégia coerente em função de cada jogo, de estudar bem os adversários e de tirar o melhor rendimento possível dos jogadores que tem ao dispor. E, tendo muito menos recursos humanos que Adriaanse, conseguiu que o Benfica ultrapassasse a fase de grupos da Liga dos Campeões, enquanto Adriaanse nem a Taça UEFA conseguiu.

2- São bem compreensíveis a alegria e o alívio que Co Adriaanse demonstrava no final do jogo de Leiria. Um novo resultado negativo seria dificilmente gerível, depois dos fiascos acumulados em todos os jogos importantes que até aqui teve de enfrentar: quatro da Liga dos Campeões, mais o Benfica e o Sporting no Dragão. A vitória em Leiria, categórica e determinada, foi um sopro de vida caído do céu. Mas nada, nada, nem o título, poderá fazer esquecer a hecatombe europeia, motivada exclusivamente por erros gritantes do treinador. Na semana em que o FC Porto disse adeus à Europa e adeus ao capitão Jorge Costa (chutado para canto por Adriaanse, como roupa velha) torna-se evidente que o treinador responsável por ambas as coisas está condenado a ficar eternamente sob suspeita. Não sei se por um, se por dois, se por três anos.

E se o FC Porto não perdeu em Bratislava e ganhou em Leiria, apenas três dias após aquele inferno, deve-se aos jogadores e à tal mística de que fala Vítor Baía e Jorge Costa tão bem simbolizava. O homem pode até vir a ser campeão, o que nem sequer é difícil, com a equipa e o orçamento que tem. Mas duvido que recupere a confiança e a simpatia do balneário e das bancadas. Aliás, não sei seja repararam mas esta época é a primeira, em 20 anos de presidência de Pinto da Costa, que não o vejo sentado ao lado do treinador nos jogos fora.

3- Como toda a gente já disse, não foi em Bratislava que o FC Porto se despediu da Liga dos Campeões mas apenas e também da Taça UEFA. Mas pergunto-me se por acaso fosse um dos tubarões europeus a jogar ali a continuidade na Liga a UEFA consentiria que o jogo se disputasse naquelas circunstâncias. Em mais de 40 anos a ver futebol nunca assisti a um jogo disputado num terreno assim - nem sequer na célebre final de Tóquio.

4- Não consigo entender a lógica ou a legitimidade moral de o Estádio da Luz assobiar o Cristiano Ronaldo ou o João Pinto. É verdade que o clu-bismo por vezes é cego mas podia ao menos ter algum pudor. É também verdade que nada disso desculpa os gestos de Cristiano, ao despedir-se do público da Luz. Mas o que mais me espantou ainda foi o espanto de tantos: por acaso não tinham ainda reparado que, de há uns tempos para cá, quer na Selecção quer no Manchester, o Cristiano tem dado sobejas demons-trações de um vedetismo insuportável? E, descrevendo todos e cada um dos jogos dele em Inglaterra e na Selecção como autênticas e únicas peças de arte, faça ele o que fizer, a imprensa não terá também alguma responsabilidade neste estatuto de semideus com que ele se pavoneia, como se o talento para jogar futebol não fosse apenas isso - talento para jogar futebol?

5- Grande alarido porque o Maciel, emprestado pelo FC Porto ao União de Leiria, ficou sentado na bancada, por imposição do acordo de cavalheiros vigente entre ambos os clubes. De repente toda a gente pareceu esquecer-se de que o mesmo tipo de acordo já vigorou este ano e nos anteriores a favor do Benfica e do Sporting. Aliás, e se não estou em erro, até foi esta a primeira vez que o FC Porto o impôs durante este campeonato. Pois eu, ao arrepio do politicamente correcto, devo dizer que sou a favor destes acordos.

Primeiro porque é um acordo privado, celebrado entre duas partes livremente e honrado pela palavra de cavalheiros, que ninguém tem legitimidade para exigir que seja quebrada; segundo porque, sendo, como é norma, o ordenado dos jogadores emprestados pago entre os dois clubes, custa-me entender que alguém possa servir simultaneamente dois amos; terceiro porque é melhor que os jogadores, apesar desta limitação em dois jogos por ano, possam rodar noutros clubes que estarem encostados, sem proveito para ninguém, nos clubes de origem; e quarto porque a sua utilização contra o clube de origem daria fatalmente azo a todas as suspeitas, em caso de azar. Por exemplo: o Bruno Vale, emprestado pelo FC Porto ao Estrela da Amadora, até jogou no Dragão e fez uma excelente exibição. Mas se, por acaso, tem encaixado um frango, quem acreditaria que tinha sido involuntário? E se o Maciel tem jogado no sábado e tem falhado umpenalty ou um golo de baliza aberta?

6- Depois da desastrada prestação no FC Porto-Spor-ting da última jornada, Lucílio Baptista reapareceu para o Benfica-Boavista e com uma irresistível tendência para só ver faltas para um dos lados. Constatei, curiosamente, que a sua nomeação não deu motivo a quaisquer críticas nem comentários. Nem sequer ouvi o sr. Veiga a falar na jarra ou nos árbitros envolvidos no Apito Dourado. Deve ter sido esquecimento...

7- Luiz Filipe Scolari é um homem de fé e um homem de sorte, como conheci raros na vida. Não sei se foi a fé na Senhora de Fátima ou a sorte que o persegue que mais uma vez o cumularam de benesses com o sorteio para o Mundial. Sei que melhor era impossível.

Para que a sorte fosse completa só era preciso que Vítor Baía não continuasse, semana após semana, do tapete do Dragão ao lamaçal de Bratislava, a demonstrar que não há melhor guarda-redes que ele em Portugal. E que Ricardo Quaresma não continuasse também a insistir em mostrar que actualmente é talvez o jogador português em melhor forma e o mais útil a uma equipa. Para que alguns de nós (também portugueses, se não se importam...) não ficássemos a pensar que, com eles, a Selecção do Sul de Portugal e Comunidades Emigrantes se poderia tornar finalmente a Selecção de Todos Nós.

TRETAS

1 - Image hosted by Photobucket.com Um ponto positivo a retirar da eliminação das competições europeias e consequente diminuição de receitas. A SAD costuma funcionar melhor com pouco dinheiro...

2 - Image hosted by Photobucket.comO FCPORTO entrou num semi-blackout, por alegadamente as palavras de Co Adriaanse serem constantemente distorcidas... Eu não me importava que o Co Adriaanse dissesse a maior das asneiras, logo que não fizesse o mesmo durante os jogos...

3 - Image hosted by Photobucket.comO Saint-Etienne é o próximo destino de Helder Postiga...eu gosto deste meu, mas se não é opção para o treinador e é um dos mais bem pagos, se calhar é melhor sair...E rezam as notícias:

Milhão em caixa

FC Porto e Saint-Étienne oficializaram ontem o acordo para a cedência de Hélder Postiga até ao final da presente temporada. Entre os salários que poupam e o preço do empréstimo, os dragões vão lucrar um milhão de euros com o negócio.

O negócio prevê a cedência do avançado por seis meses, num acordo que rendeu meio milhão de euros aos cofres dos dragões. Para além da verba que despendeu para contar com Postiga até ao final da época, o emblema francês vai ter ainda de suportar na totalidade os salários do internacional português. Ou seja, feitas as contas, a SAD azul e branca vai lucrar um milhão de euros com o negócio, divididos pelo que ganhou com o empréstimo (500 mil) e pelo que poupou com os vencimentos do jogador (outros 500 mil). A cedência, tal como O JOGO escreveu, contempla ainda uma opção de compra no final da temporada na ordem dos seis milhões de euros.

in Ojogo

Helder Postiga:"Saio magoado com Co Adriaanse e saio triste por deixar o FC Porto, pois passei 12 anos naquela casa. É complicado ver-me nesta situação de um momento para o outro. Sinto-me magoado com o treinador, porque foi ele que tomou esta decisão. E quando não se está bem, tem de se mudar"

4 - O "nosso" Domingos está perto de ser o próximo treinador do Marco. Felicidades para ele se assim for...

5 - Image hosted by Photobucket.comFiquei escandalizado com as primeiras páginas da Abola e Record depois da vitória dos lampiões sobre a aquela equipa ainda pior que o Glasgow Rangers.Só fizeram um pequenina referência num dos cantos da capa, certo? Foram primeiras páginas tal e qual quando o FCPORTO foi Campeão do Mundo, Campeão Europeu, vencedor da Taça UEFA e das n vezes que passou à segunda fase, às meias-finais, aos quartos e aos oitavos da Liga dos Campeões,e que mereceu sempre destaque o novo corte de cabelo da menina Nuno Gomes, ou as fotografias de infância do Simão Sabrosa. Agora passou-se o mesmo, certo? Ou estarei a sonhar?

6 - Image hosted by Photobucket.comCholari já advertiu. o Grupo de Portugal é fortíssimo e não há favoristos..ahahhahahah...por isso já sabem, se a equipa de Cholari passar é tudo mérito seu, pois o grupo é muito difícil...aliás a qualificação para este Mundial também foi dificilima...especialmente com os guarda-redes que temos na seleção...tenho de concordar foi um feito medonho. Aliás sobre este assunto, o António Tavares Teles escreve um artigo interessante:

Sorte do caraças

  • Que se diga que, na Alemanha, quando entrar em campo para disputar os jogos da sua série contra Angola, o Irão e o México, Portugal tem de ser maduro, realista, eficaz, com certeza: não podemos embarcar, como em 2002, em triunfalismos que são sempre por definição exagerados.
    Agora, que não se queira reconhecer que estamos num grupo fácil, por amor de Deus! Tal como estivemos num grupo fácil, no apuramento para este Mundial. Dizer o contrário, é conversa fiada. A não ser que a tão propalada qualidade (e até experiência) da nossa equipa seja apenas fogo de vista, ou então argumento a ser utilizado só nas horas em que isso é conveniente...

  • A propósito: comparando a selecção do Brasil com a selecção portuguesa, Scolari afirmou há pouco que, enquanto uma (a selecção do Brasil) não precisa de pensar muito em jogo colectivo e em tácticas, porque tem diversos jogadores que desequilibram, a outra (a portuguesa) tem é de preocupar-se em ser um bloco, porque lhe faltam esses tais craques desequilibradores! E dizer que (sem menosprezar é claro o aspecto colectivo do nosso jogo) todos andávamos convencidos do contrário, isto é, que Cristiano Ronaldo, Quaresma, mesmo ainda Figo, Simão, o próprio Deco eram desequilibradores nato! Pelo visto, estávamos errados...

  • Curiosamente (leio na "Dez"), e embora seja certo que alguns dos jogadores que integram o famoso "escrete" jogam fora do Brasil, o que é facto é que o melhor defesa do Brasileirão foi... Gamarra (paraguaio), ex-aequo de resto com o uruguaio Lugano, e o melhor avançado... Tevez, argentino como toda a gente sabe... Azar!

  • Voltando porém à Alemanha: podemos talvez não ter equipa para sermos campeões do Mundo, mas Scolari não pode esconder-se por detrás de uma realidade, que é a seguinte: fomos terceiros no Europeu de 2000, fomos segundos no de 2004, temos Paulo Ferreira, Miguel, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade, Meira, Costinha, Maniche, Petit, Deco, Cristiano Ronaldo, Figo, Quaresma, Simão, Nuno Gomes, Pauleta, etc. etc., num notável misto de experiência e de juventude aliás, pelo que dispomos sem qualquer dúvida de matéria-prima da melhor qualidade. Para além de que, como a "linha" até já está praticamente feita depois daquele (de tão triste memória) jogo de abertura do Euro-2004 contra os gregos...

  • De qualquer modo, uma coisa é verdade: Scolari tem tido uma sorte do caraças, desde que aqui chegou. Já tinha sido campeão do Mundo pelo Brasil, isso ninguém põe em causa (apesar de os jogadores brasileiros serem tão bons, tão desequilibradores, que quase nem precisam de preocupar-se com as tácticas, o jogo colectivo...). Mas que tem tido uma sorte do caraças, isso tem.

  • Curto assunto, agora.


7-Image hosted by Photobucket.com Pinto da Costa ao seu melhor estilo...Pinto da Costa recordou durante a celebração do segundo aniversário da Casa do FC Porto no Oeste, nas Caldas da Rainha, o percurso da equipa na época passada, mais ou menos por esta altura, e chegou a uma conclusão curiosa: a conquista da Taça Intercontinental e a passagem aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, com uma vitória decisiva sobre o Chelsea, foram resumidas no final do ano como sinais de uma temporada para esquecer. Um ano depois, o cenário mudou. "Foi dito e escrito que a nossa época foi frustrante. O nosso adversário passou aos oitavos-de-final com uma vitória sobre o Manchester, que está a dez pontos do Chelsea no campeonato inglês, e foi dito e escrito que ficará na história", disse o presidente portista, a propósito do rescaldo feito à vitória do Benfica. Em função desses dados, e com uma Taça do Mundo que fez questão de mostrar ontem aos adeptos que o ouviram nas Caldas, Pinto da Costa concluiu que o FC Porto "é mesmo um clube diferente", rematando o assunto com as diferenças de tratamento: "Para nós foi frustrante; os outros são heróis nacionais".

A finalizar a noite, o presidente dos dragões aproveitou para felicitar o Estrela da Amadora, que venceu em Alvalade. "É o sistema", ironizou. E acrescentou: "Mesmo com um penálti fora da área, que Bruno Vale defendeu, o Estrela conseguiu ganhar. O árbitro não era o Lucílio Baptista", disse, lembrando a passagem recente do juiz setubalense pelo Dragão, onde apitou o jogo com o Sporting.

Antes deste discurso, Pinto da Costa tinha aproveitado para dar umas alfinetadas a Scolari, que continua a ignorar Vítor Baía. "Recordo o que me disse um dirigente do Artmedia: se este guarda-redes não tem lugar na Selecção, nem como suplente, então Portugal será campeão do Mundo de certeza, porque não sofrerá golos".


8- Image hosted by Photobucket.comImage hosted by Photobucket.comDÓI...OUVIR ISTO: JORGE COSTA, O ETERNO CAPITÃO: "Tremeu-me o coração quando rescindi"

Vale a pena ler o que diz o grande capitão na sua última entrevista como jogador do FCPORTO ao OJogo:

Um contra-senso. É esse o qualificativo que o ex-capitão do FC Porto atribui aos cinco meses passados fora dos convocados de Co Adriaanse, porque, na sua perspectiva, não fez sentido lamentar tantas vezes a falta de experiência tendo um poço dela ali à mão. Na primeira entrevista depois do divórcio, feita entre Porto e Bruxelas, Jorge Costa critica essa e outras opções públicas, sem trair o balneário mas também sem virar as costas aos temas quentes. Nem ao regresso.



Jorge Costa já está na Bélgica. Quatro anos depois da partida forçada para Inglaterra, o central voltou a embarcar com a amargura de deixar para trás o clube e a cidade do seu coração. A partir desta manhã será, oficialmente, o jogador com a camisola número três do Standard de Liège. Sê-lo-á por um ano e meio, porque é seu desejo continuar a jogar e provar, a si mesmo, que ainda tem capacidades para o fazer ao mais alto nível, o que não acontecia no FC Porto. Não se pense, no entanto, que sai zangado com Co Adriaanse, mesmo discordando de algumas das ideias do holandês, uma parte das quais aceitou comentar. Durante a viagem de pouco mais de duas horas para Bruxelas, Jorge Costa conversou com O JOGO sobre os cinco meses sem o nome na lista de convocados, mas houve tempo para abordar também o estágio de pré-temporada, o apoio que recebeu de Pinto da Costa, a saída de Nuno Valente, a colocação de Hélder Postiga na equipa B e até para um alerta: a mística do clube está em perigo. Embora considerando que a braçadeira está bem entregue a Pedro Emanuel, o "bicho" lembrou que faltam jogadores que amem verdadeiramente o FC Porto.

O JOGO| Quando custou mais sair? Agora ou da primeira vez, para o Charlton?
JORGE COSTA| Custou mais da primeira vez. Pelas circunstâncias que me fizeram sair, pelo facto de ter sido pai pouco tempo antes, pela idade e pelo clube, que não conhecia. Não sabia para onde ia. Desta vez, vai custar menos, porque conheço as pessoas e a realidade do clube. E porque a razão pela qual vou sair não é a mesma. Não é repentina, é mais pensada e também porque espero ir para um clube onde possa jogar sempre para vencer.

P| A rescisão com o FC Porto foi consumada na sexta-feira. A mão tremeu quando teve de assinar o fim de uma ligação de 15 anos?
R| Tremeu a mão, o coração e até os olhos, porque não foi fácil. No fundo, foi a paixão pela minha profissão que falou mais alto. Se calhar, é provar a mim próprio que tudo o que penso hoje está certo: que poderia ser útil dentro do campo ao FC Porto. Mas não foi fácil.

P| Imagino que os últimos dias também não tenham sido fáceis?
R| Sobretudo em termos familiares. Olhar para os meus filhos, para a minha mulher e ver a expressão deles...[pausa]. Mas não é o fim do Mundo. Estou perto e sei que me vou sentir bem e ser feliz. Não gosto de despedidas, porque acho que isso é para quem vai morrer e eu não vou morrer. Vou continuar a ir à minha cidade e a ver o meu clube.

P| Chegou mesmo a pensar em acabar já a carreira?
R| Havia essa hipótese ou esta, pela qual acabei por optar. O que me levou a prosseguir foi achar que era a melhor maneira. Acabar sem provar a mim mesmo que poderia ter feito algo mais não era o que queria.

P| O contrato com o FC Porto terminava dentro de meio ano. Agora, vai ficar um ano e meio em Liège. É para provar alguma coisa?
R| Mentiria se dissesse que não. Mas o mais importante sou eu. Quero ter a certeza de que as minhas ideias estão certas. No FC Porto tinha assumido o compromisso de acabar no final da época; se calhar, estes cinco meses em que descansei dão para jogar um ano e meio na Bélgica.

P| Mais uma vez mudou para um clube que veste de vermelho...
R| É a terceira vez, depois da selecção e do Charlton.

P| E já sente saudades da camisola azul e branca?
R| É evidente que sim. Já mesmo antes de vir e vou continuar a sentir, porque o FC Porto é, e continuará a ser, o clube do meu coração.

P| Pinto da Costa disse que apoiaria sempre a sua decisão, mas tentou convencê-lo a ficar...
R| Tentou até conversar com o treinador. Nessa altura, ele disse-me que percebia a minha situação e por tudo o que dei ao clube e pelo respeito que tem por mim deu-me liberdade para fazer o que quisesse.

"O único responsável pela minha saída é o treinador"


P| Co Adriaanse é o único responsável por esta saída?
R| Não querendo parecer que estou a apontar o dedo ao assassino mas, partindo do princípio de que a opção é dele por ser o treinador e quem faz as convocatórias, e já que saio para poder jogar, é.

P| Sentiu-se desrespeitado em algum momento?
R| Nunca. Sempre tive uma relação normal com ele. Sempre me tratou bem e sempre me respeitou nos treinos.

P| Pode saber-se que explicações lhe foram dadas para não ser opção?
R| Ele foi claro. Não entrou em pormenores, mas disse que tinha cinco centrais, que eu seria a quinta opção e que seria difícil jogar.

P| Mesmo assim, esperava ter uma ou outra oportunidade?
R| Por isso mesmo fiquei. Na altura, não desisti porque sempre pensei que ele mudaria de opinião.

P| Houve algum momento em particular em que percebesse que a oportunidade não ia surgir?
R| Houve uma fase em que as coisas não estavam a correr bem ao FC Porto e em que os adeptos, os sócios e mesmo os jornalistas começaram a falar na possibilidade de jogar, mas não fui chamado. A partir desse momento, especialmente depois do jogo da Taça de Portugal com o Marco, senti que só aconteceria se houvesse um milagre. Foi nessa altura que comecei a pensar em definir a minha vida.

P| Tem consciência de que a grande maioria dos adeptos gostaria que ficasse?
R| Claro. E ficar também era a minha vontade. Mas não queria acabar a minha carreira desta maneira, sentindo-me muito pouco útil, para não dizer inútil, e portanto tomei esta opção. As pessoas, apesar de quererem que acabasse aqui, compreendem a minha posição, porque vou à procura da minha felicidade.

"A mística está cada vez mais difícil"


P| Como vai o FC Porto ficar servido de centrais?
R| Na mesma... Está bem servido. Não vai ficar melhor nem pior.

P| E a braçadeira está bem entregue?
R| Muito bem. Mas tenho a certeza absoluta de que o capitão da equipa do FC Porto é o Vítor Baía e de que toda a gente o vê dessa forma, inclusive as pessoas fora do clube, os árbitros e os jornalistas.

P| Co Adriaanse não quer que a braçadeira esteja no guarda-redes. Entende essa ideia?
R| Se calhar, é por problemas que em Portugal não existem...

P| A mística do FC Porto enfraqueceu com a sua saída?
R| É complicado, porque cada vez há menos jogadores formados no clube. Por muito que se tente transmitir, e consegue-se em alguns casos, ou se tem uma maioria no grupo ou fica complicado. Espero que o FC Porto possa inverter essa situação, porque cada vez é mais difícil.

P| Apostar em jogadores de fora foi um dos erros da época passada?
R| No ano passado, saíram muitos jogadores e houve uma mudança muito grande do plantel. Aconteceram coisas muitos estranhas mas, se calhar, isso é verdade. O grande trunfo do FC Porto sempre foi a mística dos seus jogadores.

R| O Vítor Baía é o único sobrevivente?
R| O Vítor tem a ajuda do Pedro Emanuel e do Ricardo Costa, entre outros. Por isso é que digo que é importante, nesta fase de transição, que o FC Porto se preocupe em formar e em ter no plantel jogadores com verdadeiro amor ao clube.

"Se estive nas dispensas? Não há fumo sem fogo"


P| Durante o estágio, um episódio não ficou bem esclarecido. É verdade que chegou atrasado a um pequeno-almoço e que foi castigado por isso? Esse episódio terá deteriorado a relação com o treinador?
R| Não tem nada a ver. Houve, de facto, uma ocasião em que cheguei atrasado, no relógio dele, ao pequeno-almoço. Mas outros jogadores também chegaram atrasados. Penso que não terá sido por aí. Até porque, desde que começou a época até ao último dia de treinos, se era para estar lá às nove, cheguei sempre às oito e meia.

P| Na altura também se disse que o Jorge Costa estaria na lista de dispensas. Foi apenas um rumor?
R| É um facto que houve rumores. Não sei se isso foi verdade ou não, mas costuma dizer-se que não há fumo sem fogo. Certo é que, na primeira conversa que tive com o treinador, perguntei-lhe se era para ficar ou ir embora e ele disse que a decisão era minha. Por isso, não sei até que ponto estaria ou não numa lista de dispensas. Sei é que, se quisesse vir embora, teria vindo.

P| A última vez que jogou foi contra o Vitesse e nem mesmo nos particulares que se seguiram se sentou no banco. Consegue encontrar uma justificação?
R| Foi na altura em que começaram os torneios e o treinador começou a definir os jogadores com que contava. A explicação foi dada por ele três dias depois desse jogo, quando disse que não contava comigo.


"Vou festejar o título em casa"


P| O FC Porto tem condições de conquistar o título?
R| Sim, até porque nesta fase só nos resta o campeonato e a taça. Penso que os jogadores vão saber unir-se em prol de um grande objectivo, que é ser campeão. Não tendo a Europa, penso que vão ser cada vez mais fortes e conseguir.

P| Os rivais são apenas o Sporting e o Benfica ou considera que o Braga e o Nacional vão aguentar a pedalada?
R| Já no ano passado diziam que o Braga não aguentava e só a três ou quatro jornadas é que saiu da corrida. É evidente que o Benfica e o Sporting serão sempre os eternos rivais do FC Porto, mas acredito que este ano o Braga vai estar na luta. É bom para os adeptos ter quatro, cinco ou seis equipas a lutar pelo título.

P| No final do campeonato, vai festejar ao Dragão?
R| Se calhar para o Dragão ou para a baixa não vou, mas irei certamente festejar o título em casa com a minha família, que é toda portista.

"É um contra-senso dizer que a equipa precisa de experiência"


P| Como é o relacionamento de Co Adriaanse com o plantel?
R| Normal. Não direi que é um treinador com mentalidade muito aberta, mas também não seria ético da minha parte estar a falar do relacionamento com os jogadores.

P| A ausência na lista de convocados era a única atitude do treinador com a qual não concordava?
R| No que me dizia respeito, sim.

P| Como foram encaradas as repreensões públicas do treinador a determinados jogadores?
R| O que se passa ou passou no grupo de trabalho do FC Porto pertence apenas ao grupo e não é por estar fora que irei divulgar alguma coisa. Até porque não é do meu feitio. Se tivesse que dizer, tinha dito quando lá estava.

P| Como interpreta as palavras do técnico quando diz que tem uma equipa jovem e inexperiente e ao mesmo tempo deixa sair ou não utiliza jogadores como o Jorge Costa ou o Nuno Valente?
R| Respeito as opções dele, mas não concordo. Acho um contra-senso dizer que a equipa precisa de experiência e não me pôr a jogar. Como acho um contra-senso dizer que eu treinava a cem por cento e que fui um grande jogador e nunca ter feito um minuto ou integrado uma convocatória, fosse para o campeonato, para a Taça ou para a Liga dos Campeões.

"Não percebo o Postiga na B"


P| Enquanto capitão de equipa, como acompanhou o processo que resultou na saída do Nuno Valente?
R| Com tristeza, até porque o Nuno, com respeito por todos os outros jogadores, gostava do clube e seria muito útil. Com um bocadinho de bom senso, ele era, neste momento, jogador do FC Porto e da selecção.

P| E como viu a ida do Hélder Postiga para a equipa B?
R| Não percebo. Não sei como é que um jogador com o valor do Postiga e com as qualidades humanas que ele tem é relegado para a equipa B.

P| O treinador explicou ao grupo as razões?
R| Deixe-me pensar... Não me lembro ao certo o que disse, mas sei que não foi por questões disciplinares.


"Custou-me perder com o Benfica"


P| Nestes últimos cinco meses, em que jogo lhe custou mais ficar de fora?
R| Vários. Os primeiros porque era o início, o da Taça de Portugal porque estava convencido de que ia jogar e o do Benfica.

P| O que mais custou perder?
R| O do Benfica.

P| Há precisamente um ano, estava a regressar do Japão depois de levantar mais um troféu. Imaginou que seria o último?
R| Não, mas o futebol é uma caixinha de surpresas e tão depressa estamos em cima como já estamos lá em baixo. Mas posso orgulhar-me de olhar para trás e de não haver nada que possam apontar à minha carreira no FC Porto.

P| Haverá um novo capítulo do seu livro a explicar esta saída?
R| Se acharmos que vale a pena, sim. A falar dos últimos cinco meses, mas sem segredos, porque está tudo claro.

Sorteio favorável à selecção, mas...


Jorge Costa abandonou a selecção no final do Mundial'2002, uma competição em que a concorrência da primeira fase era, teoricamente, acessível. Mas as coisas não correram bem e Portugal ficou pelo caminho bem cedo. Na sexta-feira foram sorteados os nomes dos adversários no Mundial do próximo ano. Jorge Costa admite que a sorte esteve do lado português, mas deixou um aviso à selecção.

"Em 2002 também tivemos um sorteio bom e não passámos da primeira fase. Volto a dizer, acho que é um sorteio favorável mas que o Mundial anterior sirva de mau exemplo e que não se volte a repetir". O facto de Portugal apadrinhar a estreia de Angola também mereceu um comentário. "Será bonito. Para nós é um grupo acessível, mas vai ser complicado para Angola. Espero que o México fique para trás e passem Portugal e Angola".

"Se continuar ligado ao futebol a prioridade vai para o FC Porto"


P| No último defeso surgiram notícias que o apontavam como possível adjunto de Adriaanse, o que não se confirmou. E se esse convite surgir no final do contrato com o Standard de Liège?
R| Não me estou a ver como treinador de futebol, porque não tenho curso. Não volto a cometer o mesmo erro que cometi nas últimas férias quando disse que ia acabar a minha carreira. Tenho um ano e meio como jogador e quando acabar o contrato pensarei no que fazer a seguir.

P| Mas a ideia é regressar ao Porto?
R| Se continuar ligado ao futebol, é evidente que a prioridade vai para o clube do meu coração.

P| Consegue imaginar-se a fazer o quê?
R| Depende do que me possam propor.

P| Notou alguma hipocrisia nos últimos tempos? Designadamente, pessoas a dizer que deveria jogar quando há um ano defendiam a sua saída do onze?
R| É como tudo. Infelizmente, o futebol está rodeado de pessoas que aparecem à custa do futebol sem o merecerem. Com isso consigo lidar bem. O que me importa são as pessoas que pagam as quotas, que muitas vezes vão ao futebol com dificuldades e vivem para o futebol e não à custa dele.


9 -Image hosted by Photobucket.com Então os queixinhas lampiões fizeram uma queixão à sua Liguinha de Clubes por causa de Maciel??? Ahahahah...macacos de imitação...

10 - Image hosted by Photobucket.comSALDOS NA LAMPIOLÂNDIA: O Estádio da Luz bateu o record de assistência esta época, 50741 espectadores...como foi possível? Ofereceram um bilhete por cada um comprado, ou seja...a assistência do costume, menos de 25 mil mais os que aproveitaram a borla...está certo , já só falta pagar as cotas a todos os sócios para chegaram a maiores do mundo:-)))