0 PRESIDENTE do FC Porto, Pinto da Costa, compareceu esta semana na esquadra da PSP de Vila Nova de Gaia, para fazer o reconhecimento e levantar uma série de objectos que lhe tinham sido furtados pela ex-compa-nheira, Carolina Salgado.
Foram precisos dois furgões para transportar os mais variados objectos, a maioria dos quais relativa a ofertas que Pinto da Costa recebeu ao longo dos 25 anos de presidência do clube das Antas. Outros foram herança de família.
Para o líder do FC Porto, porém, o assunto ainda não fica por aqui. Em declarações ao SOL, Pinto da Costa garante que o caso está «longe de estar encerrado porque as coisas de maior importância ainda não apareceram».
Quadros e livros raros
Entre os vários objectos que, no decorrer da separação tempestuosa do casal, Pinto da Costa se queixou terem-lhe sido roubados, consta um quadro de Cargaleiro, mais de 700 livros (incluindo a primeira edição das obras de Júlio Dinis), bem como dois quadros naturalistas do século XIX que herdou de sua mãe, Maria Elisa Bessa Lima de Amorim Pinto.
O caso remonta a Maio de 2006 e só agora o Ministério Público (MP) pediu a busca domiciliária ao apartamento da autora de Eu, Carolina (livro editado em 14 de Dezembro último pela ex-companheira de Pinto da Costa e que levou a Procuradoria-Geral da República a constituir uma equipa especial, liderada por Maria José Morgado, para coordenar as investigações do polémico processo Apito Dourado). Após terem sido apreendidos pela PSP, o MP determinou a restituição dos bens a Pinto da Costa.
O SOL tentou em vão contactar Carolina Salgado. A ex-companheira de Pinto da Costa sempre negou ser autora deste crime.
No entanto, Paulo Lemos -um funcionário de uma casa de chaves, contactado por Carolina para mudar as fechaduras das duas garagens e do apartamento de Gaia oferecido por Pinto da Costa - garante ter feito o transporte desses bens, da casa de uma irmã de Carolina para aquele apartamento.
Lemos garante que se lembra do quadro de Cargaleiro: «Estava pendurado na sala e o azul era a cor predominante». Ele é, aliás, uma das testemunhas-chave arroladas pelo MP, na sequência de uma série de queixas de pessoas referenciadas no livro Eu, Carolina.
Na passada quarta-feira, Paulo Lemos foi ouvido pela décima vez. Em causa estão alguns crimes que diz que Carolina Salgado lhe terá pedido para executar: desde uma tentativa de homicídio a Fernando Póvoas - o conhecido 'médico das dietas', amigo de Pinto da Costa - ao pedido para incendiar uma casa de férias do presidente do FC Porto.
Confrontado com a apreensão de alguns dos objectos roubados a Pinto da Costa, Paulo Lemos recorda, sobretudo, o busto do dirigente dos Dragões, por ter sido ele a transportá-lo da casa da irmã de Carolina para uma das garagens desta: «Pediu-me para ir entregar o busto à casa do Benfica de Canidelo, em Gaia. Recusei porque, embora estivesse apaixonado por ela, sou portista».
Por seu lado, o presidente do FC Porto, alvo de vários processos ligados ao Apito Dourado entretanto reabertos com a publicação do livro da ex-companheira, diz-se tranquilo: «Espero que fique provada a justeza da minha queixa. Não tenho dúvidas de que não há nada como o tempo para se desencantar a verdade».
Texto e imagens digitalizadas por mim do semanário SOL
Foram precisos dois furgões para transportar os mais variados objectos, a maioria dos quais relativa a ofertas que Pinto da Costa recebeu ao longo dos 25 anos de presidência do clube das Antas. Outros foram herança de família.
Para o líder do FC Porto, porém, o assunto ainda não fica por aqui. Em declarações ao SOL, Pinto da Costa garante que o caso está «longe de estar encerrado porque as coisas de maior importância ainda não apareceram».
Quadros e livros raros
Entre os vários objectos que, no decorrer da separação tempestuosa do casal, Pinto da Costa se queixou terem-lhe sido roubados, consta um quadro de Cargaleiro, mais de 700 livros (incluindo a primeira edição das obras de Júlio Dinis), bem como dois quadros naturalistas do século XIX que herdou de sua mãe, Maria Elisa Bessa Lima de Amorim Pinto.
O caso remonta a Maio de 2006 e só agora o Ministério Público (MP) pediu a busca domiciliária ao apartamento da autora de Eu, Carolina (livro editado em 14 de Dezembro último pela ex-companheira de Pinto da Costa e que levou a Procuradoria-Geral da República a constituir uma equipa especial, liderada por Maria José Morgado, para coordenar as investigações do polémico processo Apito Dourado). Após terem sido apreendidos pela PSP, o MP determinou a restituição dos bens a Pinto da Costa.
O SOL tentou em vão contactar Carolina Salgado. A ex-companheira de Pinto da Costa sempre negou ser autora deste crime.
No entanto, Paulo Lemos -um funcionário de uma casa de chaves, contactado por Carolina para mudar as fechaduras das duas garagens e do apartamento de Gaia oferecido por Pinto da Costa - garante ter feito o transporte desses bens, da casa de uma irmã de Carolina para aquele apartamento.
Lemos garante que se lembra do quadro de Cargaleiro: «Estava pendurado na sala e o azul era a cor predominante». Ele é, aliás, uma das testemunhas-chave arroladas pelo MP, na sequência de uma série de queixas de pessoas referenciadas no livro Eu, Carolina.
Na passada quarta-feira, Paulo Lemos foi ouvido pela décima vez. Em causa estão alguns crimes que diz que Carolina Salgado lhe terá pedido para executar: desde uma tentativa de homicídio a Fernando Póvoas - o conhecido 'médico das dietas', amigo de Pinto da Costa - ao pedido para incendiar uma casa de férias do presidente do FC Porto.
Confrontado com a apreensão de alguns dos objectos roubados a Pinto da Costa, Paulo Lemos recorda, sobretudo, o busto do dirigente dos Dragões, por ter sido ele a transportá-lo da casa da irmã de Carolina para uma das garagens desta: «Pediu-me para ir entregar o busto à casa do Benfica de Canidelo, em Gaia. Recusei porque, embora estivesse apaixonado por ela, sou portista».
Por seu lado, o presidente do FC Porto, alvo de vários processos ligados ao Apito Dourado entretanto reabertos com a publicação do livro da ex-companheira, diz-se tranquilo: «Espero que fique provada a justeza da minha queixa. Não tenho dúvidas de que não há nada como o tempo para se desencantar a verdade».
Texto e imagens digitalizadas por mim do semanário SOL