ATT no OJogo:
1. Vinte e cinco anos de Pinto da Costa à frente dos destinos do FC Porto e, com todas as virtudes e os defeitos do personagem, um palmarés perfeitamente inimaginável até meados dos anos 70 – não esquecer que o mesmo Pinto da Costa foi director plenipotenciário (digamos assim) do futebol portista a partir da época 76-77, tendo até 80 estado mesmo à beirinha de um tricampeonato, com José Maria Pedroto. José Maria Pedroto com quem aliás regressou às Antas no dia 17 de Abril de 82, para constituir o seguinte rol de triunfos: 14 campeonatos nacionais, 9 Taças de Portugal, 14 Supertaças Cândido Oliveira, 1 Taça UEFA, 1 Taça dos Campeões, 1 Liga dos Campeões, 1 Supertaça Europeia e 2 Taças Intercontinentais!
2. Quer dizer: no período que vai de 82 até hoje (sem contar com a edição 2006/07 do campeonato, que tem muitas possibilidades de vencer) deixou apenas, na principal competição interna, 11 triunfos – 8 do Benfica, 2 do Sporting e 1 do Boavista – para os seus rivais; e externamente foi por duas vezes campeão da Europa e do Mundo, fora o resto. Repito: não só notável como absolutamente inimaginável no início tal cavalgada (porque dizer caminhada é curto para dar a imagem daquilo que ao longo destes anos conseguiu alcançar).
3. ... Tanto mais que, antes que ele e José Maria Pedroto tivessem inaugurado esta fase portista, o FC Porto era o que se sabe: um clube muito simpático (sobretudo quando ficava em 3º ou 4º lugar) que, azar dos azares, “começava a perder logo que atravessava, rumo ao Sul, a ponte D.Luís"...
4. Ora, este palmarés ninguém pode tirá-lo ao presidente portista. Um palmarés que representa sem dúvida, no que lhe diz respeito, um atestado de competência indisfarçável, bem como um atestado de incompetência, ou pelo menos de menos, muitíssimo menos competência, igualmente indisfarçável, relativamente aos seus principais rivais, históricos “donos” até à sua entrada em cena do futebol português.
5. Conclusão: tem sido a derrota da capital, que ganha seja no que for menos no futebol! Embora – como diria o outro, fino desportista que, por isso mesmo, não diz nunca, em circunstância alguma, a menor patacoada – não se possa ganhar sempre, nem em tudo.
É o caso.
P.S: