
Até Sábado.
Vou tentar exprimir tudo o que me vai na alma portista... "FAZEM FALTA PESSOAS COM LIBERDADE PARA DIZER O QUE PENSAM." Rui Madeira
" A subida não agradou a todos. Há meia dúzia de sócios que são uns Filhos da Puta e não ficam contentes com os nossos exitos, mas podem descansar: comigo na equipa, não descemos."
O mau o vilão e a RTP
A RTP exibiu anteontem à noite, em 'prime-time', um documentário sobre Pinto da Costa, intitulado "O bom, o mau e o vilão", (o "bom", como se verá à frente, estava naturalmente a mais) na que terá sido a peça pretensamente jornalística mais parcial da televisão portuguesa dos últimos anos, em que apenas pretendeu - e conseguiu - ridicularizar Pinto da Costa e o Porto.
É difícil entender o que leva a RTP, que até tem um passado de subserviência ao F.C. Porto, aos seus rivais Benfica e Sporting, mas também ao poder político, a decidir-se pela exibição em horário nobre de um pretenso documentário que se limita a recolher e a exibir as piores imagens das últimas três décadas do F.C. Porto, mesmo que não tenham absolutamente nada a ver com Pinto da Costa (uns dois ou três minutos com o episódio da camisola rasgada de Rui Jorge por José Mourinho, situação em que o presidente do F.C. Porto não foi tido nem achado), numa espécie de "worst off" do F.C. Porto.
Logo no início, a narradora informa-nos de que os amigos não quiseram falar, porque Pinto da Costa está de relações cortadas com a RTP e a partir daí, como que aproveitando a deixa, tudo serve para deixar mal na fotografia o presidente do F.C. Porto e quem mais se lhe aproxime - lamentável a insinuação sobre Alípio Dias, quando se diz que foi o Crédito Predial Português que prestou a garantia bancária que travou a penhora do Estádio das Antas. Alípio Dias era então presidente do banco e aparece a abraçar Pinto da Costa e logo a seguir a narradora conclui, insinuante "Hoje é presidente do Conselho Superior do F.C. Porto".
Ao longo de uma hora o tom é sempre de desdém, seja pela imensa série de vitórias nacionais e internacionais da equipa de futebol, que mais não são do que uma nota de rodapé no programa, o que é estranho quando se trata da biografia de um dirigente desportivo, seja pelo gosto por poesia, seja pelas relações afectivas do protagonista, hoje bem conhecidas de todos, quanto mais não seja pelo mediatismo do livro da ex-companheira Carolina Salgado. De resto, não deixa de ser sintomático que o único ex-treinador do F.C. Porto a falar no documentário seja Octávio Machado, ele que é o único dos ex-treinadores a dizer mal de Pinto da Costa. Bobby Robson, Victor Fernandez, Artur Jorge, Carlos Alberto Silva, Quinito, Ivic, António Oliveira, Fernando Santos treinaram o clube. Todos já tantas e tantas vezes falaram publicamente bem de Pinto da Costa, mas a RTP só recolheu o testemunho de Octávio Machado. Coincidência.
Pinto da Costa está sob investigação, as escutas conhecidas são, no mínimo, comprometedoras e não abonam nada a favor do presidente do F.C. Porto. A justiça, cedo ou tarde, se encarregará de demonstrar a responsabilidade de Pinto da Costa. A RTP, no entanto, considera que se trata de serviço público fazer o julgamento televisivo, apresentando uma hora de emissão em que o melhor que se ouve é quando Jorge Costa diz que o F.C. Porto é obra de Pinto da Costa. Goste- -se ou não, é capaz de haver um bocadito mais de coisas a dizer, como acentuar o sucesso desportivo do clube, as contratações bem feitas, que permitiram, por exemplo, aproveitar Deco e Maniche, dois proscritos do Benfica, fazê-los campeões da Europa e transferi-los por milhões de euros, etc, etc.
A perspectiva de serviço público da RTP é tanto mais curiosa se recordarmos que em 2003, no ano em que o F.C. Porto venceu a Taça UEFA, o canal público não transmitiu os jogos em casa do clube, não porque algum concorrente se tenha antecipado e comprado os direitos, mas apenas porque a RTP considerou que era dinheiro mal gasto. O critério, curiosamente, já não foi o mesmo em 2005, quando o Sporting foi à final da Taça UEFA, ou na época passada, quando o Benfica chegou aos quartos- -de-final. Neste caso, a RTP até chegou a transmitir as meias-finais na RTP-N porque já tinha comprado o jogo em casa do Werder Bremen, adversário da equipa portuguesa, caso esta tivesse chegado às meias-finais. Isto para não falar do Verão de 2003, quando a RTP se preparava para não transmitir a final da Supertaça europeia, entre F.C. Porto e Valência, alegando, primeiro, que o jogo não era oficial, depois, que não se tratava de final.
Aliás, para que estas coisas sejam realmente transparentes - e a RTP é uma empresa pública, subsidiada por todos nós, com obrigação de boas práticas e contas claras -, a estação deveria, por exemplo, tornar público quanto pagou pela transmissão de jogos do F.C. Porto, do Benfica e do Sporting nos últimos cinco, dez ou 15 anos. Todos perceberíamos melhor o conceito de serviço público para a RTP e o documentário de anteontem à noite.
“Fomos uma equipa em todo o campo e estivemos muito fortes, nomeadamente no aproveitamento dos espaços”
“Com o golo do Braga, houve algum abaixamento. Mas, depois, entrámos de novo no ritmo e no controlo de jogo, ganhando bem, apesar de termos sofrido novamente nos últimos seis ou cinco minutos”.
“Foi bom ver o FC Porto sofrer”
“Tivemos sorte nas bolas paradas; as coisas saíram bem ao Ricardo, que fez dois golos excelentes. Foram dois pontapés com muita confiança. Conheço o Ricardo, sei como ele treina e do que é capaz e tive sempre a sensação de que a bola podia entrar. O segundo golo foi fabuloso”
“As bolas paradas foram apenas consequência do trabalho feito”.
O Conselho de Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD emitiu esta sexta-feira um comunicado, na sequência da suspensão aplicada ao atleta Lisandro Lopez, em virtude da expulsão no encontro particular com o Den Bosch, realizado há mais de um mês, na Holanda.
COMUNICADO
Face ao castigo aplicado pela Federação Portuguesa de Futebol ao nosso atleta Lisandro Lopez, vem o Conselho de Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD comunicar o seguinte:
1 - O atleta Lisandro Lopez foi expulso no jogo internacional de carácter particular, realizado na Holanda, no pretérito dia 14 de Julho, frente ao Den Bosch;
2 - Na sequência da ocorrência a que alude o parágrafo anterior a F.C. Porto - Futebol, SAD, de acordo com disposto no Regulamento Disciplinar da FIFA (artigo 38, alínea h), deu cumprimento à suspensão do jogador, nomeadamente no jogo amigável imediatamente subsequente, que se realizou na Bélgica, no dia 18 de Julho, com o clube Genk;
3 - Posteriormente, no dia 3 de Agosto, o Conselho de Disciplina da F.P.F. decidiu aplicar um jogo de suspensão e multa de 500 euros ao referido atleta, com base na documentação que lhe foi remetida pela federação holandesa;
4 - Onze dias depois, isto é, a 14 de Agosto, o Conselho de Disciplina da F.P.F. entendeu notificar a F.C. Porto - Futebol, SAD da sua decisão de 3 de Agosto, informando ainda que o cumprimento do castigo aplicado ao jogador tem início a partir da data da recepção do respectivo ofício;
5 - Ora, se a decisão teve lugar a 3 de Agosto, porque não procedeu o Conselho de Disciplina de imediato à notificação dos interessados, conforme manda o próprio regulamento disciplinar da F.P.F., o qual dispõe que «toda a deliberação que afecte os interessados em procedimento disciplinar desportivo é notificada àqueles no prazo mais breve possível, por carta registada, por telecópia ou através da Internet»?
6 – Perante esta norma, como explicar o hiato entre 3 e 14 de Agosto?
7- Mais: Como explicar as contradições contidas nas notificações remetidas à F.C. Porto – Futebol, SAD? Na de 14 de Agosto, bem como no ponto 7 do ofício recepcionado esta sexta-feira, é afirmado que a deliberação teve lugar no dia 3 de Agosto, facto contrariado no ponto 10 do mesmo ofício, que declara ter a decisão sido tomada no dia 10 de Agosto?
8 - E porque não foi a notificação efectuada antes do jogo da Supertaça Cândido de Oliveira, que teve lugar a 11 de Agosto?
9 - Em faxe datado de hoje, explica o Conselho de Disciplina que, no dia 3 de Agosto, decidiu ordenar a tradução do relatório do jogo enviado pela federação holandesa e aplicar a decisão de suspensão ao atleta. Depois diz que não foi possível traduzir o dito relatório e que requereu à sua congénere que reenviasse o texto em inglês;
10 - Face às explicações do Conselho de Disciplina constantes no parágrafo anterior, impõem-se outras questões:
a) Se o Conselho de Disciplina aplicou de imediato a sanção ao atleta, qual a finalidade de requerer simultaneamente a tradução do relatório?
b) Se não compreendeu o conteúdo do mesmo, com que base é que aplicou a sanção?
11 – Por fim, entendeu o Conselho de Disciplina considerar que o jogo de suspensão que o jogador cumpriu frente ao Genk afinal não releva e que, de acordo com as regras da F.P.F., a suspensão só poderá ser cumprida após a notificação do Conselho de Disciplina ao clube e em compromisso oficial, diversamente do que dispõe o regulamento da FIFA, que obriga a cumprir o castigo no jogo particular imediatamente subsequente;
12 – Apresenta-se claro que os adeptos do futebol terão dificuldade em perceber tal comportamento ambíguo e vacilante, que em nada contribui para a credibilidade da modalidade;
13 – A F.C. Porto – Futebol, SAD, face ao exposto, vai exigir responsabilidades disciplinares a quem de direito.
Porto, 17 de Agosto de 2007
O Conselho de Administração
Só quatro claques legalizadas
Apenas quatro claques de clubes foram consideradas, pelo Governo e pela Liga, como estando em condições regulamentares de actuarem.
São duas do F. C. Porto e duas do Sporting. Ou seja, os SuperDragões e o Colectivo Ultras 95 (F. C. Porto) e a Torcida Verde e o Directivo Ultras XXI (Sporting).
Hermínio Loureiro confirmou a notícia ao JN, dizendo que era "um sinal claro de que está a trabalhar-se para dar dignidade às claques que cumprem a lei".
Essa aprovação resultou de várias reuniões entre a Liga e o Conselho Nacional contra a Violência no Desporto (CNVD), em que foram avaliados esses grupos organizados de adeptos.
Segundo a lei 16/2004, no seu art.º 18, aos "promotores dos espectáculos desportivos é lícito apoiarem, exclusivamente", as claques "constituídas em associações".
Só que estas têm de se registar, nos termos gerais do Direito, no CNVD, o que, actualmente, só acontece com as quatro associações referidas.
Se houver incumprimento, segundo a legislação em vigor, os promotores dos espectáculos, no caso os clubes, poderão ver-se impossibilitados "de promover qualquer espectáculo desportivo".
Assim, para fugirem a essa eventual sanção, os clubes não podem apoiar, oficialmente, os seus grupos de apoio, com risco de serem penalizados por isso.
No JN
FC Porto pode apresentar queixa contra o Braga
A direcção da SAD do FC Porto admite a possibilidade de apresentar uma queixa formal contra o Braga nas entidades competentes - Liga, UEFA e FIFA - por causa dos contactos entre o clube minhoto e o médio portista, Jorginho.
Paixões
Bruno Paixão errou e prejudicou o FC Porto no jogo da Supertaça. Não viu a bola ser desviada pelo braço de Tonel na área do Sporting, deixando passar em claro uma grande penalidade que poderia ter colocado o campeão nacional em vantagem no marcador. Pior do que isso, até porque o lance da grande penalidade foi suficientemente rápido para lhe valer o benefício da dúvida, resolveu parar o jogo para permitir a assistência a Derlei com uma precisão quase cirúrgica, senão vejam: não parou o jogo quando o jogador se magoou num choque com o companheiro Romagnoli durante um ataque do Sporting; não parou o jogo enquanto a bola esteve na posse de Liedson que nunca mostrou vontade de a colocar fora de campo para o companheiro ser assistido; nem sequer parou o jogo quando o FC Porto lançou o contra-ataque, mas Adriano estava em desvantagem entre Polga e Abel. Parou-o apenas quando Adriano ficou em vantagem no lance e em situação privilegiada para alvejar a baliza de Stojkovic. Um decisão incompreensível e a destempo com prejuízo claro para os portistas. Mas não foi por causa do árbitro que o FC Porto perdeu o jogo. A verdade é que apesar das duas bolas desviadas nos postes da baliza do Sporting, o campeão nacional se satisfez durante demasiado tempo em manter o adversário controlado. Com Raul Meireles colado a João Moutinho e Lisandro amarrado a Miguel Veloso, o FC Porto manteve o lonsago de Paulo Bento controlado, mas perdeu iniciativa ofensiva, deixando Quaresma e Adriano entregues à sua sorte entre os defesas sportinguistas e limitando-se a reagir às incidências do jogo, sem nunca ser capaz de o definir. Uma postura a rever. Com urgência.
Perguntas
Na entrevista que concedeu ao Correio da Manhã durante o último fim-de-semana, Leonor Pinhão admitiu ter sido contratada pela editora D. Quixote para trabalhar na edição do livro de Carolina Salgado, "Eu, Carolina". A dada altura da mesma entrevista, a jornalista e colunista admitiu que a versão final do livro não corresponde ao manuscrito original, sublinhando que tal é absolutamente normal. "Um livro não sai da editora tal como lá chega", refere. É óbvio que não. Todos os livros são editados. São feitas correcções, tiram-se umas coisas, sublinham-se outras, faz-se todo um trabalho de edição que também reflecte a personalidade do editor, neste caso da editora, uma conhecida benfiquista. Ainda assim, nada disso seria relevante se "Eu, Carolina" fosse tratado como uma vulgar obra de ficção, um romance ou uma novela. Acontece que ao livro de Carolina Salgado foi atribuído um valor documental que justificou, entre outras coisas, a nomeação por parte do Procurador Geral da República, Pinto Monteiro, de uma equipa especial liderada por Maria José Morgado para conduzir as investigações do processo Apito Dourado. Aliás, foi com base no valor documental atribuído a "Eu, Carolina" e às revelações cirúrgicas que continha que a ex-companheira de Pinto da Costa foi ouvida pela procuradora e os processos ao presidente do FC Porto, entretanto arquivados, foram reabertos. Ora, tendo ao livro sido atribuído um valor documental, é obviamente relevante que a versão final e publicada não corresponda ao manuscrito original, mais ainda agora que se sabe quem foi responsável pela sua edição. Afinal, que elementos ficaram de fora, com que intenção foram retirados e até que ponto a sua ausência afecta a credibilidade e integridade do documento como um todo? E se isso não é relevante, se afinal o livro não é um documento, como se explica que tenha sido tratado como tal pela Procuradoria da República, e não como uma vulgar obra de ficção, sem qualquer valor jurídico?
Escutas e escuteiros
Pelos vistos, tudo o que Luís Filipe Vieira considerava importante ouvir de Pinto da Costa era a negação da veracidade das escutas que foram realizadas no âmbito do processo Apito Dourado e, depois, cirúrgica e regularmente vertidas na comunicação social. Curiosamente, o próprio presidente do Benfica foi escutado numa longa conversa com Valentim Loureiro durante a qual se manifestou irritado pelo facto de não ser Paulo Paraty a apitar o jogo das meias-finais da Taça de Portugal de 2003/04, partida que o Benfica acabaria por vencer ao Belenenses por 3-1. Durante essa conversa telefónica, Valentim Loureiro tenta apaziguar os ânimos do presidente do Benfica, sem grande sucesso, sublinhe-se, sugerindo-lhe uma série de alternativas a Paulo Paraty que Luís Filipe Vieira vai descartando. "Não me dá garantias", afirma sobre um deles, até se chegar a um nome consensual: João Ferreira. "O João pode ser", refere. Ora, o presidente do Benfica também nunca negou a veracidade desta escuta. Também é verdade que não precisou de a negar, porque a equipa especial nomeada pelo procurador Pinto Monteiro e liderada por Maria José Morgado para conduzir as investigações em torno do processo Apito Dourado não considerou tal conversa relevante. Também nunca explicaram o que torna esta escuta menos relevante do que as restantes, quando parece evidente que a mesma configura a existência de tráfico de influências, tanto mais quando Valentim Loureiro era, à data, presidente da Liga enquanto os árbitros para a Taça de Portugal eram nomeados pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. Mas, lá está, eu não sou jurista, e tudo isto terá certamente uma explicação lógica.
Lucho
Bastou um jogo a sério para a maior parte dos portistas concluir que Lucho, afinal, é uma necessidade básica, especialmente em épocas de crise. Mesmo um Lucho pouco ostensivo, como aquele que habitou o meio-campo do FC Porto durante a última temporada, mesmo um Lucho assim, espremido até ao tutano pelo clube e pela selecção argentina, desgastado por duas épocas consecutivas sem férias é melhor do que a pobreza mais ou menos franciscana que lhe serve de alternativa. E, assim, com a clareza dos testes laboratoriais e dos exemplos práticos, se percebeu para lá de qualquer dúvida razoável o que levou Jesualdo Ferreira a insistir na utilização do médio argentino durante a última época, apesar de ser evidente, em alguns momentos, que Lucho não estava, nem podia estar, física e psicologicamente ao seu melhor nível. Esclarecida a importância do argentino para a equipa, resta saber até que ponto poderá o FC Porto resistir ao assédio de que o médio tem sido alvo. Para além das cruciais e decisivas questões financeiras, há outros aspectos a avaliar. Lucho voltou a não ter o luxo de gozar férias a sério este ano, marcando presença na Copa América pela selecção argentina. De resto, não se pode dar ao luxo de se concentrar no trabalho porque as notícias de uma eventual saída continuam a suceder-se, tranzendo com elas a promessa de salários verdadeiramente luxuosos. Distrações que podem acrescentar algum desgaste emocional ao inevitável desgaste físico e que se arriscam a tornar Lucho redundante. E de redundâncias está o meio-campo do FC Porto cheio.
Renovação
Apenas três anos depois de ter oferecido à Selecção Nacional a estrutura na qual, embora relutantemente, Luiz Felipe Scolari fez assentar a a equipa vice-campeã europeia, o FC Porto volta a fornecer a coluna dorsal da equipa das quinas. Depois de Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Costinha, Deco e Maniche, o FC Porto renovou-se a si próprio e é agora o maior contribuinte para a renovação da própria Selecção com Bruno Alves, Bosingwa, Raul Meireles e Quaresma. Dos jogadores que participaram na conquista da Liga dos Campeões pelos portistas e na caminhada de Portugal até à final do Estádio da Luz com a Grécia, resta apenas Hélder Postiga como elo comum. Os outros foram vendidos, ou como prefere sublinhar uma parte da crítica, foram desbaratados, enquanto o FC Porto procedia, diziam, ao atabalhoado desmantelamento da equipa campeã europeia construída por José Mourinho. Aliás, não faltou quem visse nesse "desmantelamento" uma espécie de condenação do FC Porto ao degredo dos lugares secundários do campeonato por tempo indeterminado. Curiosamente, o que aconteceu foi precisamente o contrário. Depois de um ano de transição, em que apesar disso lutou pelo título até à última jornada, o FC Porto surgiu renovado e reforçado, pronto para reassumir o domínio do futebol português com a conquista dos dois últimos títulos de campeão nacional com uma equipa nova em folha. E é assim que, apenas três anos depois de Gelsenkirchen, apenas dois após ter "desmantelado" a equipa campeã europeia, o FC Porto volta a ser o maior vendedor do futebol europeu e a base da Selecção Nacional de onde, por sinal, depois de deixarem o FC Porto, Costinha, Maniche e Nuno Valente deixaram também de ser opções.
"O Jorge Costa não joga"
- 53´ PENÁLTI DO CONTRA O SPORTING POR MÃO CLARÍSSIMA DE TONEL.
- 67´ EXPULSÃO PERDOADA A LIEDSON POR AGRESSÃO A RAÚL MEIRELES.
- HILARIANTE QUANDO AOS 27´, O FCPORTO PERIGOSAMENTE NO ATAQUE, ADRIANO ÍA ISOLADO E O PAIXÃO INTERROMPE O JOGO PARA ASSISTIR...DERLEI...INACREDITÁVEL
- FORAS-DE-JOGO MAL MARCADOS AO ATAQUE DO FCPORTO.
- O CRITÉRIO DISCIPLINAR FOI DE IR ÁS LÁGRIMAS...AMARELOU LOGO QUE PODE OS PORTISTAS, MAS ESQUECEU-SE DE FAZER O MESMO AOS SPORTINGUISTAS POR FALTAS IGUAIS OU PIORES...OS CRITÉRIOS DE SEMPRE...
- FALTAS POR MARCAR, NOMEDAMENTE QUANDO PERTO DA GRANDE ÁREA SPORTINGUISTA BOSINGWA É CLARAMENTE OBSTRUIDO MAS NADA...
- Conclusão...em grande forma: Bruno Paixão e seus muchachos tecnológicos.
COMUNICADO
Na sequência das ocorrências registadas esta segunda-feira no regresso da equipa do F.C. Porto do Torneio de Roterdão, e que foram amplamente divulgadas pela Comunicação Social, vem a Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD informar o seguinte:
1 – O F.C. Porto contratualizou com a TAP uma viagem entre Amesterdão e a cidade do Porto, que deveria ter terminado no Aeroporto Sá Carneiro às 16h10 desta segunda-feira;
2 – Desde logo, a partida do Aeroporto de Schiphol aconteceu com duas horas de atraso;
3 – Já na parte final do voo, o comandante comunicou que, devido a motivos de controlo de tráfego, o avião teria como destino Lisboa e não o Porto, ao contrário do que estava contratualizado. O F.C. Porto, entretanto, já apurou que os motivos evocados se prendiam com a necessidade do avião rumar a Paris, partindo da Portela, em claro prejuízo de todos os passageiros que nele viajavam com destino ao Porto;
4 – À chegada a Lisboa, os passageiros que se dirigiam para o Porto foram encaminhados para uma outra aeronave, sem explicações concretas;
5 – O avião, que ligaria Lisboa ao Porto, apresentava um número de passageiros superior aos lugares disponíveis, situação que provocou um impasse e evidente mal-estar entre todos;
6 – Para além desta situação, que demonstra evidente desorganização da transportadora, sempre que confrontada com pedidos de esclarecimento, a tripulação nunca mostrou disponibilidade para explicar a situação, nem amabilidade na abordagem;
7 - A única comunicação dirigida aos passageiros foi feita pelo comandante, dizendo que a partida aconteceria dentro de cinco a dez minutos, o que não veio a verificar-se, reforçando o inconformismo generalizado;
8 – Face ao evidente prejuízo que estava a ser causado à equipa do F.C. Porto, o seu responsável desportivo procurou encontrar soluções, dirigindo-se à chefe de cabine. Já numa situação de grande tensão, a conversa acabou por ser acalorada;
9 – Para espanto do referido dirigente e de toda a comitiva, foi solicitada a presença a bordo das forças da autoridade, com o intuito de retirar o responsável do F.C. Porto, alegando que este se tinha excedido verbalmente;
10 - Se a TAP pretendia resolver a questão da sobrelotação retirando passageiros em excesso, então, depois da saída do dirigente do F.C. Porto, ainda faltava arranjar solução para mais três;
11 – Perante este acumular de situações, a comitiva do F.C. Porto decidiu abandonar o avião, em sinal de solidariedade;
12 – Foram, entretanto, feitas diligências pelo responsável da comitiva do F.C. Porto no sentido de tentar resolver a situação junto do comandante, tendo a chefe de cabine recusado qualquer contacto directo;
13 – Depois de tudo isto, a comitiva cuidou de encontrar meios próprios para, no maior conforto possível, regressar à Invicta;
14 – A chegada ao Estádio do Dragão, por volta da 01h30, a encerrar um dia que devia ser tranquilo, desde logo prejudica e condiciona desportivamente toda a preparação concebida para uma semana que antecipa a primeira competição oficial da temporada;
15 – Face ao disposto, o F.C. Porto, instituição que tenta reger-se pelo profissionalismo, rigor e eficiência, só pode mostrar-se indignado e exigir que entidades que com ele se relacionam o façam utilizando os mesmos princípios;
16 – Assim sendo, por não ter a garantia de que algo idêntico volte a suceder com a TAP, o F.C. Porto deixará de viajar com a companhia e desde já alerta as equipas profissionais para a eventualidade de viverem episódios semelhantes;
17 – Reunido esta manhã, o Conselho de Administração aguarda o esclarecimento dos procedimentos disciplinares internos da TAP, sem prejuízo de já ter encarregue o Departamento Jurídico de actuar em conformidade.
Porto, 07 de Agosto de 2007
O Conselho de Administração