sábado, outubro 18, 2008

MISÉRIA GOLEADORA



(os melhores)


FC Porto: primeiro o sofrimento e só depois a goleada caída do céu


Um cabeceamento de Tarik mesmo em cima do intervalo colocou o FC Porto em vantagem e abriu caminho para a equipa continuar na Taça de Portugal, num jogo em que sentiu sempre muitas dificuldades perante um adversário que joga no terceiro escalão. Na segunda parte, Farías e companhia aumentaram a vantagem, mas pelo meio o Sertanense desperdiçou um punhado de oportunidades e Nuno brilhou com duas excelentes defesas. Na parte final, vieram os restantes golos que os homens da casa não mereciam e que repetiram os mesmos 4-0 com que o FC Porto afastou este mesmo Sertanense há um ano.

Jesualdo Ferreira pensou sobretudo no confronto com o Dínamo de Kiev para a Champions (terça-feira) e apresentou na Sertã uma equipa constituída praticamente por segundas linhas. O resultado foi sofrível e mostrou que o plantel dos actuais campeões nacionais é demasiado curto em termos de qualidade. Principalmente quando se tenta colocar Mariano a fazer de Lucho e Lino na posição de Raul Meireles e se deixa de fora muitas das principais figuras.

Ao intervalo, o FC Porto estava a ganhar, mas poderia estar a perder. Isto porque as melhores oportunidades pertenceram aos homens do Sertanense, onde Baba e Joca fizeram a vida negra a um Stepanov. O segundo, logo aos 4’, passou pelo central e teve quase tudo para fazer golo. Seguiu-se uma boa oportunidade de Marco Farinha e, aos 34’, foi Baba quem rematou às malhas laterais depois de ter deixado Tomás Costa (que jogou como lateral direito) e Stepanov pelo caminho. Mas o grande momento aconteceu aos 41’, quando Bruno Xavier encheu o pé fora da área e só uma grande defesa de Nuno evitou o pior — o guarda-redes portista, de resto, voltou a salvar a equipa já na segunda parte (47’), num cabeceamento de Joca.

O jogo foi demasiado pobre por parte dos campeões nacionais. Nem a vencer conseguiram evitar que o Sertanense continuasse a jogar pelo campo todo e a criar perigo.

Jesualdo tentou melhorar a equipa e retirou a nulidade que foi Benitez, passando Lino para lateral esquerdo e fazendo entrar Bolati para o meio. Mas as coisas não melhoraram. Na frente, Hulk praticamente não existiu e só se mostrou (44’) com um remate de fora da área. Mas diga-se que o meio campo também nunca funcionou e as bolas raramente chegavam lá à frente em condições.

Salvou-se no meio de tudo isto o regresso em alta de Tarik (marcou o primeiro golo e construiu a jogada que permitiu a Farías aumentar a vantagem quando estavam decorridos 59’). Só depois veio a goleada.


in público


Já li vários comentários e vão todos no mesmo sentido: um resultado enganador, pois o F.C.Porto passou muitas dificuldades e até aquele golo no final da primeira parte cheirou a injustiça.

Valeu-nos São Nuno, que parece querer agarrar o lugar e o regresso do desconcertante Tarik. Esta é uma boa notícia.Quanto ao resto , dizem as críticas que mesmo marcando dois golos, Farias foi uma nulidade e Hulk esteve um pouco melhor mas pouco.

Enquanto as miseráveis exibições derem vitórias eu não me importo...espero para ver terça-feira como os principais se comportarão...