O drama menor é o do actual FC Porto. Escrevi aqui há quinze dias: «O desfecho próximo e feliz desta equipa do FC Porto está nas mãos do departamento médico: quanto mais tempo demorarem a devolver Falcão e Álvaro Pereira, maiores são as hipóteses de o FC Porto não passar incólume pelo conturbado mês de Fevereiro. Ao menos a tempo do joguinho do dia 2...»
De facto, o que mais ou menos tem safado o FC Porto, é que, durante as longas ausências de Álvaro Pereira e Falcão, nos arrastados meses de Dezembro e Janeiro, apanhámos um calendário excepcionalmente favorável, com três quartos dos jogos disputados em casa e três quartos deles contra equipas fáceis. Isso, mais o génio à solta de Hulk, serviu para disfarçar tanto quanto foi possível os erros de contratações da pré-época: não se preencheu o imenso lugar vazio de Bruno Alves no centro da defesa; sem Álvaro Pereira, não há quem faça o corredor esquerdo; falta um verdadeiro médio de ataque ao lado do Belluschi, que não seja o inócuo João Moutinho ou o triste e deprimido Rúben Micael; não há quem nos livre dos constantes sobressaltos e baldas de Fernando; e não há, claro, nem sombra de alternativa a Falcão (e pensar que pagaram seis milhões por 75% do passe de Walter, enquanto Liedson foi vendido por dois milhões e Matheus por milhão e meio!).
Mas, chegados ao tal joguinho do dia 2, o primeiro a doer, o departamento médico do FC Porto não conseguiu recuperar nem Álvaro Pereira, nem Falcão e ainda deu baixa ao único central de jeito que por lá anda — Otamendi. E foi o que se viu: em 25 minutos, o eixo do mal — Helton, Rolando, Maicon e Fernando — tinha entregue a eliminatória da Taça ao Benfica. Os quatro têm em comum várias coisas: serem o eixo frontal da defesa, aquele que não pode falhar; serem todos altos, mas lentos e simultaneamente precipitados, sem pensar antes de executar; terem todos imensas dificuldades em fazer passes de meia-distância e em sair com a bola jogável da defesa. Escreveu-se que Jesus deu um banho de táctica a Villas Boas, com a estratégia da «pressão alta». Bom, não digo que não, mas, alta ou baixa, basta pôr pressão naquele quarteto e algum ou alguns deles hão-de falhar. Para azar nosso, naquela noite falharam todos ao mesmo tempo. Acontece que, tirando o jogo com o Benfica, há três ou quatro jogos, há um mês, que Helton não tem de fazer uma única defesa, porque os adversários, pura e simplesmente, não rematam à nossa baliza. O Benfica rematou três vezes e marcou dois golos. Não foi o Benfica que ganhou o jogo, foi o Porto que o entregou. A tal «pressão alta» só existiu até ao 0-2: a partir daí, o Benfica só defendeu — defendeu bem e em pressão baixíssima, mas nada mais. E Villas Boas ainda deu uma ajuda, com três substituições a despropósito e a destempo. É verdade que o banco é uma tristeza, mas tirar James para pôr Rodriguez e tirar Belluschi para pôr Guarín foi entregar o resto do ouro ao bandido. Extraordinária a sua declaração, quando o questionaram sobre a ausência de um ponta-de-lança no banco- podia ter dito, e todos o percebiam, que, entre Walter e ninguém, tinha preferido ninguém, apostando em como não iria precisar de um ponta-de-lança. Mas, em vez disso, saiu-se com a inimaginável explicação de que Guarín, Rúben Micael, Rodriguez e Mariano (!) lhe davam «garantias de profundidade ofensiva». Viu-se: nem uma oportunidade de golo em toda a segunda parte!
A seguir, ainda houve que suportar o penoso jogo contra o Rio Ave, onde Hulk se apagou (também tem direito a um dia de folga!), e o Porto se reduziu à condição de equipa banalíssima. «Sobrecarga de jogos», explicou André Villas Boas. Como? Contra o Gil Vicente, o Beira-Mar, o Nacional, o Tourizense ou o Rio Ave («uma excelente equipa», como sentenciou Varela) — tudo no Dragão? Bem, a seguir vem o Braga, fora, e o Sevilha. Felizmente, não vou estar cá para ver, vou apenas sofrer à distância, de muito longe. E angustiado por saber que temos apenas três grandes jogadores — Hulk, Álvaro e Falcão — e outros três bons, mas intermitentes — Belluschi, James e Varela. E que, quem de três tira dois, fica absolutamente exposto, que é o que nós estamos agora. Oxalá esta curta manta consiga ainda ir encobrindo os pés e tapando a cabeça!
Eu não me canso de repetir...a tal equipa "extraordinária" da Rameira, que agora andamos a comparar com esta...então comparemos...:-) Má preparação física...equipa banalíssima...treinador com substituições absurdas...declarações ainda mais absurdas...naaa...ísto só pode ser mentira...:-)
Ah, também acho uma piada aos treinadores de bancada (ou seja todos nós), que dizemos à boca cheia e do alto da nossa sapiência técnica/táctica , que estava na cara que o jogador xpto tem que jogar, só o burro do treinador é que não vê...mas depois nos jogos seguintes , o treinador coloca a jogar o jogador xpto que por acaso só faz merda e a equipa ainda fica pior...aí com o rabinho entre as pernas viram-se para outro alvo e assim sucessivamente...não há ninguém que despeça estes treinadores da treta de bancada? :-)
Uffa...que alívio:-)) :
Mangala pago ao Standard de Liège
O Standard Liège confirmou ontem, através de um comunicado publicado no seu sítio oficial, que o FC Porto já liquidou a dívida de dois milhões de euros relativa à primeira tranche de Mangala. O clube belga, que tinha avançado com um ultimato de dois dias para os portistas transferirem a verba em questão, informou ainda que retirou, de imediato, a queixa que tinha apresentado na FIFA por incumprimento. Recorde-se que a dívida relativa à primeira tranche da transferência de Defour já tinha sido paga no final de Outubro, ficando agora resolvido o problema do central.
in ojogo
Agora não percam os próximos capítulos da saga : "Standard de Liége ameaça queixa à FIFA" ...agora respeitantes à segunda tranche de Defour...depois à segunda tranche do Mangala...depois a terceira tranche do Defour...a terceira tranche do Malaga...e não sei quando isto acaba...:-))
A única coisa que sei, é que nos próximos anos não virá mais nenhum bidão do Standard de Liége...aliás, por aquilo que se vê...se não tivesse vindo nenhum é que teria sido um grande acto de gestão financeira e desportiva...assim, para já, está a ser uma desgraça...
Olha o Azenha:
Carlos Azenha, Treinador
"Quem resolve senão Hulk?"
"Vítor Pereira tem uma herança muito pesada. O FC Porto não está muito pior, o Benfica é que está muito melhor. No início, o FC Porto de Villas-Boas ganhava sem grandes exibições e chegou a ter a sorte que está a faltar agora. No início desta época houve um compromisso em manter a estrutura. Mas, como se sentem os jogadores depois de serem abandonados pelo treinador e verem o Falcao ser vendido? No ano passado havia Hulk e Falcao. Quando um não estava bem, resolvia o outro. Agora, quando o Hulk não está bem, quem resolve? O Kléber não."
Pois...
Bem, os lampiões empataram em casa com os marretas do Basileia e segundo dizem "Basileia saiu da Luz a dominar completamente a partida" , mas o pasquim lampião faz esta capa:
Golo de sonho...ahahahah....Assim se enganam os tolos...é deste tipo de imprensa que o Vitinho precisava...:-)