Que sejamos exigentes, acho muito bem. Que exageremos nessa exigência é que já me parece exagerado.
Leio alguns comentários, leio as declarações do treinador, onde quase só faltou dizer que devíamos ter perdido para ficar espantado com tudo isto.
Um jogo, onde durante mais de 45 minutos tivemos controlo absoluto sobre o adversário, posse de bola a rondar os 70% ou 60 e muitos, remates à baliza, oportunidades de golos ou pelo menos jogadas de perigo não sei quantas vezes superior ao adversário que jogava em casa.
Bastou uma segunda parte mais equilibrada, onde que me lembre o adversário de 3 oportunidades de perigo, marcou 2 golos, em que um deles foi oferta de um jogador do FC Porto, o outro foi um golo que tão depressa não repete a façanha, do resto não vi mais nada, quando James também podia ter sentenciado o jogo com o remate à barra.
Se juntarmos a isto, duas grandes penalidades, uma duvidosa sobre Atsu, que noutras latitudes não daria lugar a quaisquer dúvidas, outra clara sobre Kléber, em contra-ponto a um fora-de-jogo mal assinalado ao ataque do Rio Ave , onde por acaso estou convencido o Helton iria chegar primeiro à bola, mais ums decisões polémicas em algumas faltas.
Perante isto, vejo que afinal o FC Porto é que deveria ter perdido e o Rio Ave foi extraordinário. Ou seja, agora fazem-se análises só às partes do jogo onde somos mais fracos ou menos dominadores. E parece que muitos portistas vão na onda. Uns porque já conhecemos as razões, os outros acham que isto se resolve com nota artística.
É verdade, que não fizemos uma exibição brilhante, mas as facilidades, o nosso domínio estava a ser tão grande que até deu para relaxar, mas daí a dizer que os outros é que mereciam ganhar vai uma grande distância.
Eu quero ver se no final da época alguém vai contabilizar a nota artística e se isso vai trazer-nos mais pontos.
Sejamos exigentes, mas não daremos tiros nos pés, só para parecermos muito "lúcidos" e "auto-críticos", quando isso no futebol vale zero. Há sempre quem ande a chorar para tirar dividendos. Estejamos atentos e não sejamos "anjinhos".