terça-feira, maio 10, 2005

"Importante é controlar homens de taco na mão"

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A revolta do presidente do FC Porto sobre a falta do controlo antidoping após o jogo em Moreira de Cónegos aumentou quando tomou conhecimento que uma equipa do CNAD esteve no campeonato nacional de bilhar a controlar os atletas do FC Porto, Rui Manuel e Alípio Jorge.


O presidente do FC Porto fez ontem "mea culpa" em relação às declarações efectuadas a O JOGO após o encontro com o Moreirense quando se referiu, de forma indignada, à ausência de controlo antidoping no final da partida de Moreira de Cónegos. Esta "inflexão" de Pinto da Costa ficou a dever-se ao facto de ter tido conhecimento que os médicos do CNAD estiveram no campeonato nacional individual de bilhar a "controlar os homens do taco".

"Não me lembrei, quando denunciei a falta do controlo antidoping no nosso jogo com o Moreirense, que o dr. Luís Horta devia ter razões fortíssimas para que tal se tivesse verificado. É que havia o campeonato nacional de bilhar e foi para lá que enviaram uma equipa para fazer o controlo anti-doping, tendo-o feito aos nossos atletas Rui Manuel, que foi campeão nacional, e a Alípio Jorge, que se classificou em quinto lugar", revelou o líder dos dragões.
Mantendo o mesmo tom, Pinto da Costa considerou:
"Não vale a pena apelar ao senhor secretário de Estado para nada, pois está tudo explicado perante tão fortes argumentos. De facto, é muito mais necessário controlar indivíduos que jogam com o taco na mão do que aqueles que andam a correr, e bem, durante 90 minutos".
Ironias à parte, o responsável máximo do FC Porto reiterou tudo o que tinha dito na véspera, manifestando indignação e revolta pela facilidade com que se brinca
"com coisas que são muito sérias".
Recorde-se que os jogadores do FC Porto já foram sujeitos, esta época, a quatro controlos surpresa no Centro de Estágio do Olival, sendo dois deles foram efectuados na semana que antecedeu duas deslocações importantes dos dragões: a Alvalade e a Moreira de Cónegos. A questão não teria grande relevância se depois daquelas duas partidas, o CNAD tivesse enviado uma equipa para efectuar o respectivo controlo antidoping, o que não sucedeu.