Jorge Maia no Ojogo:
Critérios
1- Manteve-se a tendência centralista na escolha de árbitros para os clássicos que envolvem o FC Porto. A regra da anterior comissão de arbitragem da Liga fez escola e foi mantida pela actual que, depois de livre das limitações impostas pelo antigo critério geográfico - que impedia a nomeação de árbitros pertencentes à mesma associação dos dois clubes envolvidos em qualquer jogo - passou a escolher, invariavelmente, árbitros de Lisboa - ou na melhor das hipóteses, árbitros lisboetas inscritos em Setúbal - para os jogos entre o FC Porto e os rivais da capital.
Curiosamente, os árbitros do Porto até podem ser chamados para clássicos entre Benfica e Sporting, mas nunca são uma opção para jogos dos portistas contra os rivais da capital. Uma curiosidade, talvez apenas uma coincidência, mas interessante, mesmo assim, e a justificar uma pergunta: que barulho não se faria por aí se o critério fosse o oposto?
2- Numa altura em que se prepara para fazer o seu centésimo jogo no nosso principal campeonato - o TAC realizado ontem despistou a hipótese de qualquer sequela resultante do choque com Gregory no jogo com o Marítimo - Helton está no centro das atenções e das polémicas. Depois do frango contra o Chelsea, o guarda-redes brasileiro errou frente ao Marítimo. Errou, em primeira instância, ao tentar segurar a bola numa zona de risco e sob pressão de um adversário quando a devia ter socado para longe, e errou, em segunda instância, ao demitir-se do lance para discutir com o árbitro a hipótese de uma falta que nem parece existir. Numa fase crucial da temporada, o FC Porto precisa de Helton igual a si próprio, tranquilo e capaz de transmitir tranquilidade aos companheiros e não o contrário.
RECONHECIMENTO
"Paulo Bento deu-me muitos conselhos, que se revelaram importantes para a minha formação"
Quaresma, jogador do FC Porto