Jorge Maia no OJogo:
Acordei ontem de manhã ao som dos gritinhos histéricos de uma multidão de virgenzinhas chocadas com a agressão de Scolari a Dragutinovic e ultrajadas pela falta de explicações do seleccionador nacional no final do jogo. Como se Scolari não tivesse passado os últimos anos a agredir meio-mundo sem dar satisfações a ninguém. Como se não tivesse agredido verbalmente inúmeros jornalistas sem consequências ou como se não tivesse insultado a inteligência colectiva dos portugueses com a ausência de explicações sobre as suas inexplicáveis escolhas para a Selecção Nacional. Pareceu-me tudo tão estranho que ainda me belisquei para ter a certeza de que não estava a dormir, apenas para soltar eu próprio mais um gritinho histérico que, felizmente, se confundiu na multidão.
Por mim, achei que Scolari esteve igual a si próprio no Portugal-Sérvia. Tal como fez desde que chegou a Portugal, escolheu uma equipa que não levou em consideração o momento de forma dos jogadores, até porque, ao contrário do que se foi vendendo quando toda a gente queria comprar, o seleccionador não acabou com as vacas sagradas, apenas se limitou a trocar de vacas. De resto,tal como de costume, mexeu tarde e de forma conservadora numa equipa que estava claramente a perder o controlo do jogo. E, finalmente, reagiu mal à contrariedade que ele próprio tornou inevitável descarregando a frustração em Dragutinovic. A diferença, talvez a única diferença para o que é habitual, foi o alvo. Desta vez, Scolari errou o alvo. E o erro pode sair-lhe caro.
DESCULPAS
Pedido ou oferta?
Ao fim da tarde de ontem, quase 24 horas depois do jogo com a Sérvia, lá conseguiram convencer Scolari a pedir desculpas. Visivelmente contrariado, ainda convencido da sua razão, Scolari lá se esforçou para reconhecer que talvez, se calhar, de certa forma, é possível que tenha errado. Zequinha foi mais convincente e está suspenso pela FPF por um ano...
Só verdades
Há 5 horas