PARABÉNS
É UM ORGULHO SER ADEPTO DESTE CLUBE
Vou tentar exprimir tudo o que me vai na alma portista... "FAZEM FALTA PESSOAS COM LIBERDADE PARA DIZER O QUE PENSAM." Rui Madeira
Estádio Da Mata Real
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Fonte:ZeroZero
Estádio Do Dragão
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Fonte:Zerozero
Santana Lopes abandona entrevista à SIC Notícias cortada pela chegada de Mourinho
O social-democrata Pedro Santana Lopes abandonou ontem uma entrevista que estava a dar à SIC Notícias sobre as eleições do PSD depois da sua intervenção ter sido interrompida por um directo sobre a chegada de José Mourinho a Lisboa. "Eu vim aqui com sacrifício pessoal, e sou interrompido por um treinador de futebol… Acho que o país está doido. Não vou continuar a entrevista, acho que o país tem que aprender", afirmou Santana Lopes, antes de sair dos estúdios.
"A mim não me interrompem com a chegada de um treinador de futebol. Acho que há regras, a SIC tem regras diferentes das minhas. Tenho que ser respeitado"
"Ainda se fosse um acontecimento importante do País, do mundo, que justificasse... o Presidente da República, o primeiro-ministro, agora um treinador de futebol... e eu gosto do José Mourinho..."
No Publico
Arbitragem polémica
Pode parecer repetitivo, mas o Estrela da Amadora não merecia tamanha traição da equipa de arbitragem, que promoveu um penálti-fantasma no fim do encontro (90'+1') permitindo que o Benfica empatasse a partida, por intermédio de Freddy Adu, e depois, na lotaria das grandes penalidades, seguisse para a fase de grupos com um travo a injustiça, pois foi inacreditável a sua exibição ontem na Reboleira.
UEFA contra as bolas fora para assistência a lesionados
A UEFA decidiu colocar uma pedra sobre uma das mais antigas polémicas no futebol ao recomendar que as equipas não coloquem a bola fora quando há um jogador lesionado no relvado. Segundo o órgão máximo do futebol europeu, terá de ser sempre o árbitro a avaliar a situação e a optar pela interrupção do jogo.
Uma recomendação que segundo Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, foi feita na semana em que se iniciaram as competições em Portugal e que tem sido passada às equipas pelos árbitros antes do início de cada jogo. "São instruções da UEFA e, como tal, têm sido passadas às equipas", destacou o dirigente sem querer comentar os objectivos da nova medida.
Apesar da recomendação já estar bem clara nas leis de jogo, quando há um jogador lesionado em campo, são os jogadores que, na maioria das vezes, optam por interromper a partida para que o adversário possa receber assistência. Mas a UEFA alerta que, nestas situações, a equipa não deve, depois, esperar que o adversário devolva a bola como ditam as "leis" do fair-play.
A UEFA recomenda, assim, que seja o árbitro a decidir interromper o jogo, para que o jogador lesionado possa receber assistência e que o lesionado só regresse ao jogo depois deste ter sido reatado. Uma recomendação que fere o sentido de solidariedade entre os jogadores e que vem dar razão a treinadores como Jorge Jesus que, recentemente, qualificou o "fair-play", nestes casos, como uma "treta".
ZEQUINHA | ESCORRALI | |
ACTO | Roubo de cartão, tentando evitar a expulsão de um colega. | Agressão com um murro, em suposta defesa de um jogador que nas imagens não se vê quem seja. |
CASTIGO UEFA
| 3 Jogos | 4 jogos + multa |
CASTIGO FPF
| 1 ano de Suspensão | VOTO DE LOUVOR |
1- O golo de Rui Costa à Naval é uma obra de arte de inteligência e simplicidade. É daqueles golos que podem ser repetidos dez, vinte vezes, e nunca cansam de ver. Ao vê-lo revê-lo e voltar a vê-lo, cada vez me convenço mais de uma ideia que há muito tenho: no futebol moderno, só os jogadores inteligentes a jogar podem ser bons jogadores. Aliás, basta observar todo o jogo de Rui Costa: ele pode já não correr como outrora, mas faz a bola correr por ele. Num só passe, é capaz de virar o sentido do jogo de pernas para o ar, de poupar à equipa uma progressão em passes e mais passes laterais ou recuados, de rasgar uma defesa de alto a baixo. O seu futebol é clássico, clarividente, tremendamente simples no seu objectivo final: chegar ao golo. E, agora que a sua carreira se aproxima inexoravelmente do fim, Rui Costa parece ter aprimorado as qualidades que sempre se lhe viram, como se não quisesse despedir-se sem deixar a todos a lembrança de um futebol cristalino.
Já há largos meses tinha feito aqui o seu elogio, escrevendo que, em minha opinião, ele era o melhor jogador, o jogador essencial do Benfica. Ele aceitou o desafio de risco de continuar por mais uma época, porque se sentiu à altura das exigências e, sobretudo, sem dúvida, porque jogar continua a dar-lhe prazer. Luís Filipe Vieira diz agora que Rui Costa está dar uma bofetada de luva branca nos que duvidaram dele — «entre os quais, muitos de vocês», disse ele, apontando para os jornalistas. Como sabemos, não é verdade: quem duvidou de Rui Costa, em termos até insultuosos, foi esse grande benfiquista Joe Berardo, com lugar cativo ao lado de Vieira, no camarote presidencial da Luz. Quem é esbofeteado de luva branca, jogo após jogo, é Berardo. No campo e fora dele, Rui Costa mostra todos os atributos que fazem a inveja de muita gente que acha que o dinheiro compra tudo: categoria, estilo, classe.
Agora, cavalgando a oportunidade e qual monarca iluminado, Vieira diz que vai «preparar» Rui Costa durante três anos para lhe suceder como presidente. Aos olhos do presidente do Benfica, uma coisa decorre naturalmente da outra: só um grande jogador, como Rui Costa, pode dar um grande presidente, como Vieira. A história, porém, ensina-nos outra coisa: nenhum presidente, por maior que seja, consegue fabricar grandes jogadores; mas grandes jogadores, muitas vezes, sustentam presidentes.
2- Vi muito mau futebol, este fim-de-semana. Futebol de faltas sucessivas, interrupções constantes, equipas sem imaginação, sem vontade nem capacidade de jogar para o golo, treinadores mais preocupados em dizer mal dos árbitros do que em pôr as suas equipas a respeitar os espectadores que vão aos estádios. Por junto, para além do fabuloso golo de Rui Costa, a única coisa decente que vi foram, surpreendentemente, os primeiros vinte e os últimos vinte minutos da Naval no Estádio da Luz. No final, fiquei a saber, surpreendentemente também, que o imenso presidente Aprigío Santos, da Naval, achou porém que aquilo foi pouco, que as bolas na barra e a derrota foram culpa do treinador. E, aí vamos: quatro jornadas, três treinadores despedidos. Presidentes despedidos: zero.
Comecei por ver o Setúbal-Braga e confirmei a impressão que o Braga me havia deixado do primeiro jogo contra o FC Porto: está ali uma equipa constituída por ex-vedetas e ex-futuras vedetas, que se portam como tal. Jogadores que, em campo, são o exemplo oposto do que foi o seu treinador, Jorge Costa. Jogam como se estivessem a fazer um frete, como se, de cada vez que tocam na bola, o adversário devesse parar para os aplaudir. Em 90 minutos de jogo, o Braga só acertou com uma bola na baliza do Vitória, e essa foi de penalty, caído do céu. É demasiado pouco para quem tem ambições a ser o «quarto grande».
Depois, vi o FC Porto-Marítimo. Um Marítimo inofensivo, só sabendo defender, e um FC Porto arrastado, previsível, deprimente. Já cheguei ao ponto de não saber se Jesualdo Ferreira terá ou não razão em não pôr a jogar nenhum dos doze reforços que comprou. Não sei se é ele que não lhes dá oportunidades suficientes para se integrarem e mostrarem o que valem, ou se, de facto, são eles que não valem e o melhor é deixá-los de fora. Não sei se o Stepanov é melhor ou pior que o Pedro Emanuel ou o João Paulo, se o Bolatti é melhor ou não que o Paulo Assunção (que confrangedora forma em que ele está!), se o Mariano González é ou não melhor que o Lisandro, se o Farías seria mais útil que o Adriano ou o Lisandro. De facto, só tenho a certeza de uma coisa: o Leandro Lima é bem melhor do que o Raul Meireles — é a diferença entre alguém que tem uma ideia e um objectivo de jogo e alguém que nunca se percebe muito bem o que por ali anda a fazer.
Vi o Benfica entrar em campo, contra a Naval, com cinco aquisições desta época — e não foram seis porque, inesperadamente, Camacho deixou Cardozo no banco. Ao contrário, o FC Porto entrou sem nenhum reforço e foi preciso meio jogo inócuo para aparecer Farias. Mas a fé, ou a teimosia, de Jesualdo Ferreira crescem com estas primeiras vitórias. Enquanto vai ganhando, mais aumenta a impressão de que ele acha possível dar conta de uma época vencedora com a mesma equipa do ano passado… sem o Pepe e o Anderson. Tremo só de olhar para a constituição da equipa que vai entrar em campo, logo à noite, contra o Liverpool.
Também fui espreitando, a bocejar de tédio, o Estrela da Amadora-Sporting. Foi mais uma daquelas vitórias à Sporting, que antes de ser já o era. Antes que pudesse haver dúvidas, o adversário entregou o jogo e, daí até final, arrastaram-se ambos em campo, com o entusiasmo de amanuenses de uma qualquer repartição pública. Ó meus senhores, jogar futebol é assim uma profissão tão chata?
3- Previsível e conservador até ao limite, Jesualdo Ferreira integra, porém, um extenso lote de treinadores que obedecem intransigentemente à conhecida máxima de que «em equipa que ganha não se mexe». Para mim, é das verdades mais idiotas do futebol, mas ao menos compreendo que tem a sua lógica. O que eu nunca tinha visto é um treinador defensor da máxima «em equipa que não ganha não se mexe». Luiz Felipe Scolari é o primeiro defensor do género. Ele é capaz de repetir sucessivamente — Arménia, Polónia e Sérvia — os mesmíssimos jogadores que já toda a gente, menos ele, viu que não estão a jogar nada. Mas, tal como aqui escrevi há tempos, a Selecção de Scolari não é, nunca foi ou será, a Selecção dos melhores em cada momento, mas sim a Selecção dos amigos de Scolari. O que nos vale é que eu nunca conheci, em tantos anos a ver futebol, alguém com tanta sorte como o nosso seleccionador nacional. Com metade dos erros que já cometeu, qualquer treinador teria sucumbido a resultados e nenhum treinador português se teria aguentado em funções.
Quanto ao resto, ao que se passou após o Portugal-Sérvia, quarta-feira passada, já lá vai demasiado tempo e demasiados e reveladores comentários para justificar também o meu. A seu tempo…
4- Bonito de ver foi os jogadores da Selecção de râguebi a abrir alas para a saída dos All Blacks e estes a devolver o gesto. Impensável de ver num jogo de futebol.
Portugal batido mas não humilhado pela Nova Zelândia
A Nova Zelândia bateu Portugal por 108-13 no jogo que há momentos terminou em Lyon, referente à fase final do Campeonato do Mundo, em que o nosso país é a única selecção formada por jogadores não profissionais. Depois da estreia frente à Escócia, em que foi derrotado por 56-10, não obstante uma boa exibição, esperava-se que Portugal se apresentasse frente ao principal candidato ao título descontraído, a jogar o jogo pelo jogo, a dar a resposta possível ao poderio esmagador do adversário. E foi o que aconteceu. A nossa selecção actuou tão bem e ofereceu tanta resistência, que os neozelandeses, numa atitude de respeito, nunca baixaram o ritmo de jogo. Recorde-se que contra a Itália, a Nova Zelândia, achando, e com razão, que foi desrespeitada quando, antes do início do jogo, executava o seu habitual cerimonial com cânticos e gestos de incentivo e os transalpinos voltaram as costas, arrasou-os, atropelou-os e, por fim, humilhou-os, acabando a partida em ritmo de treino. Hoje nada disso se passou, o encontro foi entusiasticamente disputado do primeiro ao último minuto, com respeito mútuo, facilitando o trabalho da equipa de arbitragem, sem grandes casos para resolver. Depois do apito final do árbitro, os jogadores saudaram-se amistosamente. Portugal, não obstante o resultado, sai deste jogo com mais prestígio, pois tem uma selecção que luta do princípio ao fim, que proporciona bons momentos de râguebi.
3' O golo anulado ao FC Porto é, de facto, irregular? Bruno Alves está em fora-de-jogo?
JC-No momento em que o passe foi efectuado para Bruno Alves e quando foi cabecear a bola junto à linha de baliza, um defesa da casa colocava-o em posição legal. Foi precipitação do assistente, que não soube esperar e assinalou indevidamente um fora-de-jogo a quem não participou na jogada.
SD-No momento em que a bola cruzada para o interior da área, Bruno Alves ainda estava em jogo, ou seja, estaria em linha com o penúltimo defesa. Não havia razões para ser marcado fora-de-jogo que, de facto, não existe.
RS-Mais uma má prestação de outro árbitro-assistente, neste caso José Oliveira. Cometeu um erro crasso, por falta de conhecimento ou por falta de atenção no lance em questão. No momento do passe, Bruno Alves estava, no mínimo, em linha, em relação ao penúltimo defesa.