NOVO TREINADOR: SÓ HÁ UMA EXPLICAÇÃO

Todo o universo portista ficou um bocado surpreendido com este nome, que não tem curriculum de relevo, a não ser como seleccionador jovem. Talvez aí resida a justificação da escolha do FC Porto: A consciência que jovens jogadores com potencial tem tido dificuldades em se afirmar rapidamente no plantel e uma tentativa de apostar mais na formação. Só assim se compreende.

A apresentação também não trouxe nenhum motivo para empolgamento e até esperança. Foi banal no discurso, não prometeu nada, não se quis comprometer com nada, não arrebatou ninguém. Dizem os jornais que até estava nervoso, ainda para mais com tanta figura directiva na sua frente. Diz quem o conhece, que é respeitador com os adversários, mas fala pouco, o que desde logo contraria a corrente do momento, e que muitos até atribuíram como factor do fracasso desta época , o fraco discurso do Paulo Fonseca. Pelos vistos, este não tem melhor. O Luís Castro era melhor comunicador mas de nada lhe valeu. Que seja um excelente comunicador para os seus jogadores e que estes o respeitem e compreendam é o que me interessa. O Pinto da Costa também justificou a escolha com o sucesso espanhol nas finais. Esqueceu-se de dizer que essas equipas espanholas quase todos elas têm treinadores estrangeiros.

Dito isto resta aguardar pelos resultados desportivos. Num clube como o FC Porto em que se pedem sempre resultados imediatos, o discurso da formação, da aposta jovem, é muito bonito na teoria, na prática os adeptos não querem saber para nada. Se ganhar, será bestial, se perder uma besta. Como todos. O mesmo para quem escolheu.

Resta desejar o maior sucesso, mas se há uma coisa boa para a próxima época, é que a arrogância, a sobrançaria do início da época passada foram completamente dizimadas e pululam agora noutros lados. Ainda bem.