terça-feira, julho 27, 2004

Inevitável e Irrecusável

Pois é, confirmou-se o que toda a gente esperava: RICARDO CARVALHO vendido por 30 milhões para o Chelsea. Um negócio irrecusável e de grande sucesso para o FCPORTO...

Fiquei satisfeito pela ida para o Chlesea ficando o Real Madrid a chuchar no dedo, fruto da sua arrogância e sobranceria. Bem feito!!!


Se o muito dinheiro que o FCPORTO arrecadou for bem aplicado , não temos rival nos proximas anos aqui em Portugal!!!

Felicidades Ricardo Carvalho, tivestes um comportamento exemplar!!!






Resumindo os negócios que o FCPORTO fez este ano, o Manuel Tavares no Ojogo, escreve um artigo interessante:


A vitória que lhe faltava
Muito dificilmente Pinto da Costa deixará de averbar a vitória que ainda
lhe faltava: a da excelência da gestão pura e dura na FC Porto, Futebol,
SAD. Depois dos títulos europeus só lhe faltava esta vitória do futebol
como negócio capaz de gerar lucros

MANUEL TAVARES

O FC Porto faz mais um grande negócio porque 30 milhões de euros (seis
milhões de contos na nossa antiga moeda!) por um defesa-central é uma
cifra à prova de bala. Melhor dizendo: por muito que o presidente, a
administração inteira, o treinador e toda a equipa técnica e sobretudo
os sócios e adeptos achem-se que Ricardo Carvalho era o pilar
imprescindível da defesa do FC Porto, as próprias contingências do
futebol (lesões, castigos, performance desportiva, sortes e azares da
própria vida do comum mortal) tornam um negócio desta envergadura numa
oportunidade irrecusável.

Com este encaixe financeiro, a FC Porto, Futebol, SAD transforma o
título europeu em mais-valias na inimaginável casa dos 77 milhões de
euros (15,4 milhões de contos) com as transferências de José Mourinho
(seis milhões de euros), Paulo Ferreira (20 milhões), Deco (21 milhões)
e agora Ricardo Carvalho (30 milhões). Talvez agora se perceba melhor a
segurança com que Pinto da Costa disse em recente entrevista a O JOGO
que se demitiria caso tivesse de recorrer a uma redução do capital
social para ultrapassar a barreira do famoso artigo 35 do Código das
Sociedades Comerciais. Ou seja: o presidente do FC Porto já tinha uma
perspectiva muito séria de transformar o título europeu dos dragões em
mais-valias que cobrissem boa parte dos capitais próprios comidos pelos
sucessivos défices de exploração da FC Porto, Futebol, SAD, os quais, em
obediência ao famigerado artigo 35, não podem ser inferiores a metade do
capital social sob pena da sociedade ter de ser dissolvida.

Para Pinto da Costa e para a sua equipa de administradores hoje é
certamente um dia memorável porque se todos lhes reconheciam a
supremacia na gestão desportiva porque os títulos não mentem, já o
negócio global, ou seja, o equilíbrio financeiro da FC Porto, Futebol,
SAD, estava longe de gerar a mesma unanimidade. E até havia quem
apostasse que o despesismo do presidente acabaria por tornar quase
inútil o título europeu na involução de um prejuízo acumulado de 59,3
milhões de euros desde a formação da sociedade em 1997 até Junho de
2003.

Claro que parte das mais-valias obtidas neste defeso acabarão por ser
reinvestidas num plantel que passou a contar com Quaresma, Seitaridis,
Paulo Assunção, Rossato, Pepe, Raul Meireles e Areias e ainda espera a
formalização de Diego -- no mínimo... Mas muito dificilmente Pinto da
Costa deixará de averbar a vitória que ainda lhe faltava: a da
excelência da gestão pura e dura. Sempre com os olhos postos nas
vitórias desportivas, as quais, neste momento da vida do clube, passam
pela renovação de uma equipa que justamente por ter ganho tudo só tem a
ganhar em ser renovada em torno de um núcleo de históricos para quem o
dinheiro já não é tudo.