terça-feira, outubro 04, 2005

Aonde está o Conselho de Disciplina Lampiónico? Versão 3.0

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Jogo FC Porto-Estrela da Amadora, minuto 64'. Emerson ignora a bola, voltando-lhe as costas para se concentrar no seu alvo: Lucho González. A cotovelada com que o brasileiro agrediu o médio argentino do FC Porto não resultou da disputa acesa de um lance com o adversário, não foi um reflexo de defesa, nem um acidente involuntário. Foi um acto de violência premeditado com a frieza calculista que só pode resultar de patologia do foro psiquiatrico ou de uma sensação de impunidade que o cartão amarelo mostrado por João Vilas Boas só serviu para justificar e que a multa de 50 euros aplicada pela Comissão Disciplinar da Liga reforça.

Fosse a mesma cotovelada disparada à queima-roupa por um jogador do FC Porto e lá teriam os senhores juizes da CD da Liga que voltar a correr das férias, ainda com os calções a pingar e a toalha amarrada no cabelo, para punir exemplarmente o agressor. Assim, repete-se o filme da última temporada. Enquanto os jogadores do FC Porto forem só as vítimas, os meritíssimos juizes do CD da Liga fazem como os três macacos da lenda, embora esses sejam genericamente considerados sábios: não vêm, não falam e não ouvem. Limitam-se a guardar os sumaríssimos na mesma gaveta onde estiveram trancados durante toda a primeira volta da última temporada, para lhes sacudir o pó e pô-los a uso ao primeiro sinal de falta de espírito cristão por parte dos portistas. Quando jogadores como Lucho González se cansarem de oferecer a outra face a cotovelos alheios sem a proteção que lhes devia ser garantida pelos árbitros, quando eventualmente passarem de vítimas a agressores, lá vai estar a CD no papel de Santo Ofício, a explicar que já chega, que há cotoveladas e cotoveladas e que é preciso actuar com firmeza para evitar abusos. De preferência, reclamarão as luzes da ribalta em vésperas de um clássico, porque pura e simplesmente não conseguem evitar a queda para o melodramático. É só uma questão de tempo.

Jorge Maia in Ojogo em 27 Agosto 2005

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Marítimo - FCPORTO

80' Que punição merecia Sergipano por cuspir na cara de Ricardo Costa?

Jorge Coroado: "Em termos futebolísticos, deveria ter visto um cartão vermelho directo. Em termos de urbanidade e civismo, deveria ser punido de forma severa e exemplar. "

Rosa Santos:"Deus escreve certo por linhas tortas, pois mais tarde acabou por ser expulso por acumulação de amarelos. Teve uma atitude porca, muito pior do que atingir um adversário a pontapé. "

Soares Dias:"O jogador do Marítimo teve uma atitude grosseira ao ter cuspido na cara do Ricardo costa e deveria ter visto o cartão vermelho."

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Benfica - Guimarães

65' A entrada de Petit sobre Targino era merecedora de cartão vermelho?


Jorge Coroado: "Petit, de forma feia, violenta e desrespeitadora da ética profissional, foi deliberadamente com a sola da bota aos gémeos do jovem Targino. Mais experiente e mais velho, o jogador do Benfica tem a obrigação de saber o mal que podia ter causado ao colega. O árbitro, assinalando a falta, não deve ter receio e deve ter coragem para agir sobre aqueles que se julgam imunes pelas camisolas que usam. Vermelho era a cor do cartão a usar. "

Soares Dias: "Ficou por mostrar um cartão vermelho pois foi uma entrada violenta sobre Targino que até o levou a sair. Não compreendemos por que razão não foi mostrado um cartão que só podia ser vermelho. "

Rosa Santos:"A lei diz que estas entradas de agressão ao tendão de Aquiles têm de ser punidas pelos árbitros. O senhor Petit foi violentíssimo e tinha de ser expulso. Para se ser um grande árbitro é preciso ter-se coragem e este juiz mostrou não a ter. "


Fico a aguardar pelos sumaríssimos do Conselho Lampiónico da Liga...eu sei que são regras a aplicar exclusivamente em jogadores do FCPORTO, mas podiam por uma vez ou outra cometer uma pequena loucura, como por exemplo castigar esse caceteiro-mor PETIT!!!