Há coisa de três anos, mais mês, menos mês, o FC Porto foi acusado de desbaratar o plantel que tinha conquistado a Liga dos Campeões. É claro que, mesmo na altura, desbaratar era uma expressão forçada, até porque estavam em causa as transferências de Ricardo Carvalho para o Chelsea por 30 milhões de euros, a de Deco para o Barcelona por 15 milhões mais Ricardo Quaresma, subavaliado na altura em seis milhões de euros, e a de Paulo Ferreira, também para o Chelsea, por 20 milhões de euros.
Contudo, foi isso que se disse. Que o FC Porto tinha desbaratado o plantel que conquistou a Liga dos Campeões.
Aliás, dias mais tarde, as críticas foram um pouco mais longe, acusando o clube de ter desbaratado em aquisições falhadas o dinheiro que tinha recebido enquanto desbaratava a equipa campeã europeia.
Entretanto, com essa mão-cheia de aquisições falhadas nas quais desbaratou os milhões da Liga dos Campeões, o FC Porto ganhou mais uma Taça Intercontinental, dois campeonatos, uma Taça de Portugal e duas Supertaças.
Ora, nem de propósito, três anos depois, o FC Porto está outra vez a desbaratar.
Desta vez, está a desbaratar o plantel construido com as aquisições falhadas em que desbaratou o dinheiro ganho a desbaratar a equipa campeã europeia. Confuso, não é?
E ainda fica pior. Porque é inevitável perguntar como raios pode o FC Porto estar a desbaratar por 70 milhões de euros um plantel que já tinha sido desbaratado antes por 65 milhões, mais Ricardo Quaresma, essa pechincha?
Como pode o FC Porto ser assediado desta forma por alguns dos gigantes europeus se tinha desbaratado os milhões ganhos na sequência da final de Gelsenkirchen numa série de contratações falhadas?
Enfim, tantas perguntas, tão poucas respostas.
Só verdades
Há 6 horas