Havia acordo total com Felipe Scolari
O Benfica chegou a estabelecer um "acordo total" com Luiz Felipe Scolari, a poucas semanas do início do Euro'2004 realizado em Portugal. O seleccionador nacional só não foi para o clube da Luz, porque o eco desse acordo chegaram aos jornais, pela violação de uma cláusula de confidencialidade incluída no acordo. Esta é mais uma das revelações de José Veiga no livro "Como Fazer do Benfica Campeão", escrito pelos jornalistas José Marinho e Camilo Lourenço, que amanhã será lançado no mercado livreiro.
"Chegámos a um acordo total. Luiz Felipe Scolari ficou encantado com o projecto e com as condições. Nesse dia fiquei convencido de que Scolari seria o novo treinador do clube. Havia sintonia de ideias, chegámos a falar de jogadores, discutimos hipotéticos reforços", relata José Veiga, que, na altura, ainda não integrava a estrutura de gestão da SAD, mas já colaborava activamente com o Benfica na planificação do futebol e no mercado.
O antigo director-geral da Benfica SAD revela, inclusive, que Scolari indicou como possíveis reforços os defesas Gilberto e Roque Júnior, não se melindrando com o facto de o Benfica "estar de bolsos vazios".
O sucessor de Camacho seria Trapattoni, que, segundo Veiga, esteve para ser despedido (conferir ao lado). A saída de Fernando Santos também foi preparada "ardilosamente", explica, denunciando a falta de organização e de liderança no Benfica.
No OJOGO