Ao contrário do que poderia fazer supor o aforismo recorrente segundo o qual qualquer treinador do FC Porto se arrisca a ganhar, ou se calhar precisamente por causa dele, treinar os bicampeões nacionais está longe de ser tarefa fácil. E não é fácil, desde logo, porque o sucesso se tornou um hábito e uma banalidade entre os portistas.
Liderar o campeonato com sete pontos de vantagem sobre o segundo classificado depois do primeiro terço da prova, vencer Benfica na Luz e Sporting no Dragão, garantir o primeiro lugar no mesmo Grupo da Liga dos Campeões onde também joga um gigante como o Liverpool, tudo e mais alguma coisa não justifica mais do que um encolher de ombros despreocupado entre os adeptos portistas que nem sequer perderam muito tempo a festejar o triunfo sobre o Besiktas na terça-feira. E esse é um problema para Jesualdo Ferreira.
A fasquia, no FC Porto, está colocada tão alto e é atingida com tanta frequência que tudo o que o treinador do FC Porto já conseguiu esta temporada não passa de um bom aquecimento.
De resto, é o próprio Jesualdo Ferreira o primeiro a percebê-lo quando admite que o FC Porto ainda não ganhou nada. O que também não é exactamente verdade. Ganhou mais de dez milhões de euros na Liga dos Campeões, por exemplo, e isso sem contar com as receitas de bilheteira, ou seja, o suficiente para amortizar os reforços contratados no início da temporada. E o direito a ser tratado com o respeito que sempre mereceu, mas que nem sempre lhe dedicam muitos daqueles que nunca ganham nada.
VALORIZAÇÃO
Bolsa e Deco
As acções do FC Porto valorizaram-se com o apuramento da equipa para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. De resto, o FC Porto é cada vez mais um clube valorizado. Deco, por exemplo, escreveu no seu diário publicado no site da UEFA que gostaria de evitar equipas como o Liverpool, o Arsenal e o FC Porto na próxima fase da Champions.
Do que estás à espera, Putin?
Há 5 horas