OITAVOS-DE-FINAL DA LIGA DOS CAMPEÕES
1º LIGA COM 7 PONTOS DE VANTAGEM
5ª ELIMINATÓRIA DA TAÇA DE PORTUGAL
1º LIGA COM 7 PONTOS DE VANTAGEM
5ª ELIMINATÓRIA DA TAÇA DE PORTUGAL
Vou tentar exprimir tudo o que me vai na alma portista... "FAZEM FALTA PESSOAS COM LIBERDADE PARA DIZER O QUE PENSAM." Rui Madeira
"Não gosto de futebol, não gosto de ver futebol, nem a final da Champions"
"Recusei o FCPORTO e preferi o Sporting"
Não resta mais nada para além de esperar, sabendo-se que há quem faça desse saber um género de arte financeira. No FC Porto tem existido paciência à espera de reforços que demoraram a dar por bem empregue o investimento, o que, ainda assim, pode ser insuficiente para acreditar que algum dia Farías venha a provar que quatro milhões foi um preço justo e que os mais de 130 golos na Argentina foram marcados com defesas por perto.
Adiante. A favor de Farías e de boa parte dos reforços chegados esta época está um nome que se escreve com quatro letras: Pepe. Basta lembrar no que se disse e, pior ainda, no que se pensou do central brasileiro que os portistas descobriram no Marítimo. Lembro-me, por exemplo, de Pepe ter assistido Deivid para um golo do Sporting no Estádio do Dragão. Apesar disso, após ser bicampeão português, foi para Espanha, onde no domingo brilhou na vitória do Real Madrid sobre o Barcelona de Deco, outro ex-portista de cujo valor chegou a existir dúvidas. Hoje em dia estão entre os melhores do Mundo.
À falta de Rodríguez e Maxi, por exemplo, ao FC Porto resta esperar que Bolatti - nome escolhido à sorte entre os que chegaram - venha a valer metade do que lhe é atribuído por Maradona e esperar, nem que seja com a paciência que obriga a esperar sentado, que se transforme num Pepe.
Nesse sentido pode existir algum exagero na "via sacra de comentários" a que Mariano Gonzalez foi condenado, ainda mais quando parece ser a óbvia opção à ausência de Tarik, que em Janeiro parte para a CAN. Até porque, só para recordar mais um "exemplo Pepe", o agora aplaudido marroquino chegou a ser dispensado sem que uma única voz se levantasse à partida para o exílio no futebol holandês...
Nota
Lideranças
A liderança do FC Porto só encontra paralelo em dois dos melhores campeonatos europeus. Dir-se-á que é mais difícil ser líder em Itália e Espanha, mas também não será mais tranquilizador ter Júlio Cruz ou Crespo quando não há Ibrahimovic? Ou ter Van Nistelrooy que obrigue a empurrar Robinho para extremo-esquerdo?
Quando o FC Porto e o Real Madrid anunciaram o acordo para a transferência de Pepe para Espanha por 30 milhões de euros, houve quem torcesse o nariz, especialmente do lado de lá da fronteira. Do lado de cá, depois de duas épocas fantásticas, poucos tinham dúvidas sobre o valor do agora internacional português. Em Espanha, contudo, o negócio foi visto com o olhar desconfiado que sempre resulta da ignorância. Incapazes de olhar para o futebol português sem preconceitos, apesar das inúmeras provas de qualidade dadas nos últimos anos pelos clubes portugueses e pela Selecção Nacional, os espanhóis não acreditavam que 30 milhões de euros fosse um preço justo para um jogador comprado do lado de cá da fronteira.
Pois bem, Pepe foi a figura do Barcelona-Real Madrid para quase todos os jornais espanhóis. "É um central fabuloso, homérico", escreveu o "As", que ontem já o considerava "barato".
Aliás, um processo semelhante tem acontecido com Anderson, no Manchester. Depois de algumas desconfianças iniciais, o jovem brasileiro tem-se afirmado como titular indiscutível na equipa de Sir Alex.
Juntos, Pepe e Anderson renderam mais de 60 milhões de euros ao FC Porto, mas, mais do isso, servem hoje, a par de Deco e Ricardo Carvalho entre muitos outros, de certificado de garantia.
São a prova de que o FC Porto vende caro, mas vende muito bom. E o mercado está quase a abrir outra vez.
Paz……………
Saúde…………
Prosperidade…………
Amor………
e……………
Bla, bla, bla, bla, bla…
Relações sexuais incríveis …!!
Orgasmos inesquecíveis…!!
Que trabalhem honestamente e que lhes paguem o triplo..!!
Mil noites de prazer…!!
Farras com os amigos…!!
Que ganhem na loteria…!!
Que dancem e cantem…!!
Que mudem para uma linda casa…!!
Que comprem um Mercedes…!!
Que tenham grandes satisfações…!!
Mas, sobretudo, desejo……
É curioso como a felicidade tantas vezes depende muito mais da pequenez das expectativas de cada um do que da satisfação de objectivos mais ou menos ambiciosos.
A derrota do FC Porto na Madeira, por exemplo, fez a felicidade de meio-mundo, mas fê-lo apenas porque meio-mundo se satisfaz com pouco.
O que resulta, afinal, da 14ª jornada do campeonato?
O FC Porto continua na frente da classificação com sete pontos de vantagem sobre o Benfica e a nove pontos do Sporting. Os portistas têm a melhor defesa do campeonato, o melhor marcador da prova, o segundo ataque mais produtivo e ainda foram a única equipa portuguesa a garantir o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
É verdade que a vantagem já foi maior, mas também já foi mais pequena e se o FC Porto não tinha ganho nada quando tinha dez pontos de vantagem, certamente o Benfica não ganha nada por ter sete de atraso nem o Sporting é uma ameaça terrível a nove pontos de distância. De resto, é precisamente para isto que servem as vantagens, para continuar na frente quando as coisas correm mal.
Aliás, o FC Porto não foi menos campeão há um ano, terminando com um ponto de vantagem para o Sporting, do que tinha sido na época anterior, quando terminou com sete pontos a mais do que a equipa de Alvalade.
Mas, lá está, é tudo uma questão de expectativas e como dizia aquele anúncio, há quem se satisfaça por ficar "mais perto do que é importante".
No intervalo do F.C.Porto-Guimarães recebi o seguinte SMS de um amigo vimaranense: "Parece a PremierLeague".
Até aí, eu só tinha reparado que estava a ser um bom jogo, excepcional mesmo, se atendermos à regra dos jogos entre grandes e, digamos assim, mais pequenos, em que estes abdicam de jogar e se limitam às marcações, à redução dos espaços e aos mil recursos do antijogo.
Ora, sendo o jogo, na sua essência, um rito agónico, que exige o confronto, pode dizer-se que, nesses casos, não chega a haver futebol. Se o F.C. Porto-Guimarães agradou a tantos, foi justamente porque houve disputa aberta. E essa a matéria a que chamamos "bom jogo" e muitos confundem com espectáculo. E até do ponto de vista interesseiro dos pontos é vantajoso não ter a cabeça tão ocupada com a defesa, já que rende mais ganhar um jogo e perder outro do que empatar dois. Não é porter sofrido 17 golos que a U. de Leiria é o último classificado (o Villareal, em Espanha, já sofreu 19 e vai em segundo), mas por ter marcado apenas 6.
É, pois, esta persistente cultura defensiva que empata o nosso futebol e assegura a crónica mediocridade da nossa Liga, onde há pelo menos 10 Empata Futebol Clube. De tudo o que nos falta, o que mais falta nos faz é a mentalidade competitiva, razão porque não temos uma classe média apta a interferir ciclicamente com os três grandes.
Onde estão os nossos Sevilha, Villareal, Roma,Manchester City? O Guimarães, pelo que se tem visto, é um bom candidato a esse posto. Mentalidade não lhe falta. Nem adeptos de primeira, desses que aplaudem a equipa na hora da derrota. E até isso, de facto, nos lembrou a "Premier-League".
Mas quantos jogos assim podemos ver por cá? Poucos, não é? Ora ouçam: os ingleses codificaram o jogo a meio do séc. XIX e exportaram-no para todo o mundo. Ele tornou-se universal e durante muito tempo não foi preciso olhar para Inglaterra para se ver o verdadeiro futebol, que estava porto do o lado. Mas a vida deu uma volta e, agora, está na altura de voltar a olhar para lá e reaprender as noções essenciais, principalmente essa fidelidade ao espírito do jogo, que paira acima de quaisquer interesses.
É verdade, está outra vez na moda o corte inglês. E enquanto espanhóis e italianos (sim, até estes, que tinham o cattenaccio no sangue) já estão a afinaras suas culturas pelo padrão (outra vez) original e têm jogos mais abertos, disputados, com mais golos, nós continuamos a defender-nos ferozmente, embora não se saiba de quem ou de quê. Talvez do terrível Adamastor.Isto é, de nós próprios.
Ou será dos despedimentos? Deixo-o, leitor, entregue ao assunto, enquanto avanço para as últimas compras. Feliz Natal.
(digitalizado por mim do JN edição papel)
Mariano:
"Problema é a cabeça"
Afinal, qual é a justificação para o fraco rendimento? Mariano explicou-se. "O problema está na minha cabeça. Quis fazer tudo muito rápido, coloquei objectivos que não faziam sentido e queria também jogar logo desde o primeiro dia. Isso afectou-me. Mas, agora, estou a trabalhar com uma pessoa que me tem ajudado nisso. Sinto-me mais tranquilo". Outro problema, admite, foi lidar com a ideia de ter um contrato a prazo.
"O meu objectivo é ficar no FC Porto depois do empréstimo. Esse era precisamente outro dos problemas que me afectava a concentração: estava mais preocupado em jogar para convencer do que simplesmente em jogar. Espero que em 2008 possam ver o verdadeiro Mariano".
A ausência de Tarik pode ser vantajosa para concretizar esse objectivo. "Quaresma e Tarik estão a fazer uma grande época e estou aqui para ajudar. Vamos ver se consigo jogar mais. O sistema de jogo favorece-me, falta apenas ritmo e confiança". Um problema que, diz, se estende a Farías.
in OJOGO