quarta-feira, outubro 22, 2014

MIGUEL SOUSA TAVARES - AGORA, BASTA DE BRINCADEIRAS, MISTER !

1- Passadas 48 horas, um tipo já consegue a calma suficiente para reagir sem ser à flor da raiva. Até já consegue mandar para o registo das memórias a abater as imagens daquela figura a festejar a vitória no Dragão, tal como se tivesse sido um dos jogadores sportinguistas em campo. E, conquistada essa calma, vou começar por dizer que não vou desde já render-me à fatalidade de ter de reconhecer que pela terceira vez consecutiva Pinto da Costa se enganou no treinador. Ainda não chegámos lá, nem eu cheguei. Porém, e como aqui venho escrevendo, Julian Lopetegui já começa a destabilizar o universo portista, com as suas originalidades, as suas manias, as suas incoerências e os seus sucessivos erros que saltam à vista de qual quer leigo. Não sei se ele saberá exactamente onde desembarcou, que clube é o FC Porto, mas, admitindo que sim, como é normal, já era tempo de perceber que não é o clube que está em teste para ele perceber se lhe serve para testar as suas originais ideias: é ele que (sem qualquer experiência anterior à frente de um clube) tem de provar que está à altura do FC Porto. Ou, por outras palavras, um pouco mais de humildade e menos de experimentalismo dariam jeito. Porque a Taça já lá vai e a humilhação de perder no Dragão às mãos do Sporting ninguém nos tira.

2- Não subscrevo a tese de que o Sporting foi muito superior ao FC Porto e, menos ainda, que lhe deu um banho de bola. Não subscrevo eu, nem subscreve a estatística: tivemos mais posse de bola, mais ataques, mais remates, mais cantos, mais oportunidades de golo. E tivemos toda a sorte do jogo contra nós, com excepção do remate de Nani a raspar no poste aos 36 segundos, reflexo daquilo que aqui escrevera na semana passada: a equipa nunca entrar concentrada nem com pressa nos jogos. De resto, oferecemos, do nada, o primeiro golo; oferecemos o segundo em consequência daquele insuportável joguinho de passes para trás e para o lado no meio campo defensivo, que nos custou já cinco golos sofridos nos últimos cinco jogos (embora também me tenha ficado a ideia que Montero estava em off-side quando assistiu Nani para o golo); e oferecemos ainda o terceiro, numa daquelas confusões em que a defesa é exímia — a que, como é fatal, logo se acrescentou a sorte de dois ressaltos a deixar a bola na bandeja de Carrilho. Em contrapartida, falhámos um penalty (falso) tão mal marcado que até doeu, vimos dois golos negados por Patrício e mais umas três bolas a limpar tinta aos postes. Bastaria que na jogada anterior ao terceiro golo do Sporting, Herrera, em posição excelente para rematar para golo, não tivesse começado a olhar para os lados para se livrar da responsabilidade e o FC Porto poderia ter empatado então e ter remetido todas as loas ao leão para a secção dos comentários antes de tempo.

3- Mas sim, o Sporting foi superior ao FC Porto, não nos factos ou nas estatísticas do jogo, mas em outros factores igualmente determinantes: na atitude da equipa e dos jogadores e no desempenho do seu treinador. Com a sua atitude competitiva, a sua disponibilidade para o jogo e a sua humildade competitiva, os jogadores do Sporting ganharam ao FC Porto por 3-1. Mas Marco Silva (o treinador que Pinto da Costa deveria ter ido buscar, e logo no ano passado), ganhou por 10-0 a Lopetegui. Como disse Manuel José, com os treinadores trocados, o FC Porto teria vencido tranquilamente este jogo. Qualquer um que percebe de futebol, percebe isto.

A vitória de Marco Silva foi total: na batalha do meio campo, na pressão à saída da bola da defesa portista, na organização defensiva. Ele estudou o adversário e preparou o jogo; Lopetegui, como de costume, inventou, baralhou, semeou a confusão e ficou sempre dependente da superior capacidade individual dos seus jogadores para suprirem a ausência de uma equipa, enquanto tal. Mas Marco Silva (e o Sporting, sejamos justos) deu ainda outra lição a Lopetegui: sete portugueses e um espanhol na equipa inicial derrotaram cinco espanhóis e nenhum português. E uma equipa feita com a prata da casa derrotou uma equipa comprada lá fora a peso de ouro. Foi uma Aljubarrota futebolística.

4- 0 primeiro erro de Lopetegui (que foi quem perdeu o jogo, ele e só ele), foi a habitual insistência na mudança de meia equipa de jogo para jogo. Com o plantei de luxo que lhe puseram à disposição, compreende-se que ele vá rodando jogadores. Mas rodar, sim, o núcleo central da equipa e não mais de dois, três jogadores por jogo. Rodar meia equipa de cada vez é outra coisa, é presunção e confusão. Pior ainda, se à rodagem constante da defesa, do meio-campo e do ataque, se soma a rodagem do sistema de jogo, duvido que algum jogador que ele manda lá para dentro saiba ao certo o que o treinador quer dele.

A rodagem, além do mais, tem de ter um critério, seja ele certo ou errado. Contra o Sporting, Lopetegui enfrentava o problema de ter alguns jogadores exaustos pelas viagens e jogos das suas selecções, outros mais poupados e outros absolutamente repousados. Qualquer um entenderia que, nestas circunstâncias, teria de poupar os mais cansados e utilizar os mais poupados. Ora, ele fez exactamente o contrário: os que tinham jogado e viajado para mais longe (Quintero e Jackson), ou Danilo (obrigado a exibir-se no Extremo Oriente para satisfazer a insaciável cobiça por dinheiro dos dirigentes da CBF), jogaram os 90 minutos - com consequências que serão pagas no jogo desta noite contra o Athletic Bilbao. Os jogadores mais poupados, e alguns motivados pelos jogos das suas selecções - Ricardo Quaresma, Ricardo Pereira, Rúben Neves e Alex Sandro, foram para o banco.

O terceiro erro grave de Lopetegui foi o de jogar sem alas, porque Quintero não é ala (e foi preciso derivar para o centro para mostrar o que vale) e porque Adrián López é um absoluto flop, em que ele insiste apenas para não ter de reconhecer o erro da sua contratação (Ricardo Pereira, por exemplo, é dez vezes melhor do que ele, com o contra de ser português). Numa equipa que tem extremos como Quaresma, Ricardo, Brahimi e Tello, deixar todos de fora e jogar com um não-extremo e um não-jogador é estar a pedir por elas. Para além disso, a exclusão de Quaresma, que Lopetegui recebeu super motivado e disponível, foi uma decisão mesquinha e que fatalmente irá ter consequências no ambiente da equipa.

E o seu último erro na escolha do onze inicial foi, obviamente, a teimosia em Casemiro. Já aqui o disse e repito: é um jogador sem categoria para o FC Porto e perigoso para a equipa, pelas inúmeras e desnecessárias faltas que faz e pelos cartões amarelos que trata de receber tão cedo que deixa o treinador com um problema nas mãos. Não foi só o golo que ofereceu, foi tudo o resto, a falta de classe e de inteligência a jogar que mostra em cada jogo e a todo o tempo.

Mas os erros de casting, a teimosia de querer parecer original mudando metade da equipa em cada jogo, não é tudo. Os portistas querem saber é quando é que Lopetegui estabiliza um onze-base e um sistema de jogo adaptado ao plantel de luxo que tem à disposição. Quando é que o sector recuado se deixa de vez daquele jogo suicida do passa-e-repassa lá atrás, quando é que o meio-campo consegue controlar um jogo e municiar a frente, quando é que o ataque simplifica os processos para chegar ao golo, quando é que alguém explica ao Jackson como se marcam penalties ou se escolhe outro para os cobrar, etc. Coisas básicas: trabalho de casa, horas de treino, ideias claras, simplicidade de processos, humildade táctica. Seria bom que começasse já hoje à noite.

in abola


Não tive hipóteses de colocar ontem, mas resume em perfeição o FC Porto actual...e como não vi o jogo, só um resumo e parece que foi mais do mesmo...tanto podíamos ter vencido, empatado ou perdido...com o público do Dragão nervoso e foi preciso o São Quaresma com ajuda espanhola para garantirmos a vitória e o quase apuramento...vá lá...a parte pior é que acabei de perder um comentador pós-jogo, o Carlos...que já não tem paciência:-)

Como não posso dizer muito mais enquanto não vir o jogo integral deixo alguns títulos quase todos a dizerem que o Quaresma salvou o...Flopetegui :-)))





O Lopetegui parece continuar a ver jogos que mais ninguém vê...mas vou comprovar mais logo...:-)





E os prejuízos de 40 milhões é "conjuntural e atípico" diz o chefe das finanças do FC Porto...como atípico foi o aumento de 30% do salário fixo do Pinto da Costa (mas isto é notícia lixo da manhã, por isso sujeita a confirmação), mas a ser verdade foi para compensar as perdas que ele tanto chorou no BES...:-))





Estou aqui a chorar que nem uma madalena pelo "roubo" dos calimeros...já se sabe que foi o Pinto da Costa...:-) Hoje as resmas de papéis devem esgotar em Lisboa, tendo em conta os comunicados que os calimeros vão fazer...:-)) Mas compreendo-os...com 10 fizeram uma bela figura...o Manchester City também parece que acabou a protestar com a arbitragem...



E que grande maluqueira:



Os famosos BATE, levaram 7 em casa...:-))))  O Chelsea dar 6 aos Maribor é normal...mas o Roma levar 1-7 sem sequer haver jogadores expulsos...é inacreditável...toma ITURBE!!! :-))))



Hoje que continue a maluqueira especialmente no Mónaco...