segunda-feira, janeiro 23, 2006

Tretas soltas



Palhaçadas no Hoquei...

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Emanuel Garcia já pode jogar

A dois meses de cumprir o castigo pelo controlo antidoping positivo, Emanuel Garcia viu a pena ser reduzida a quatro meses de suspensão, pelo que já poderá ser utilizado no próximo sábado, dia em que o FC Porto enfrenta os suíços do Thunerstern, na segunda jornada da Liga dos Campeões. O avançado argentino, que acusara nandrolona no controlo realizado na fase final da época passada, viu agora ser anulada a decisão do Conselho de Disciplina da FPP por não existirem factos concretos e legais que confirmassem a intenção de dopagem.

Emanuel Garcia regressa a tempo de reforçar a equipa portista na fase importante da Liga dos Campeões, na qual procura o apuramento para a final-four a disputar em Torres Novas. O avançado acrescentará poder de fogo para a batalha com o Bassano e Follonica, os adversários italianos do Grupo A.


400 golpes na invejal
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400 golpes na inveja

Tal como os grandes jogadores de campo falham penalties, os grandes guarda-redes às vezes dão "frangos". Mas Vítor Baía já deu tantos pontos ao FC Porto que pode dar os frangos que quiser. Terá sempre a minha desculpa e a da maioria dos adeptos do FC Porto. É, de longe, o melhor guarda-redes português de sempre, com uma carreira absolutamente ímpar. Campeão português não sei quantas vezes, vencedor de todas as provas europeias, é o jogador do mundo que mais títulos ostenta. Quando os meus amigos do Benfica ou do Sporting me dizem mal dele para me irritar respondo "O dinheiro que vocês não pagariam para terem tido Baía nos vossos clubes durante estes anos todos!" Sobre a sua passagem pelo clube catalão costuma- -se ouvir ou ler que "foi uma experiência menos feliz" ou "falhada". Mas não se lê que a passagem de Figo pelo Real Madrid foi "falhada". Seria um disparate. Vítor Baía foi o guarda-redes do Barcelona de Bobby Robson, ganhou todas as provas, excepto o campeonato de Espanha. Quantos jogadores não gostariam de falhar dessa maneira? Foi o ano em que Ronaldo jogou como nunca mais jogou.

O dito falhanço - que ignora umas lesões e quatro operações - foi de outros e deve ser analisado dessa perspectiva. Enquanto Baía regressou ao FC Porto a tempo de ganhar o que se sabe, do seu substituto holandês no Barcelona, Hesp, não se ouviu falar muito mais, e de Louis van Gaal - outro holandês - pode dizer-se o que Ricardo II diz na peça homónima de Shakespeare "A partir daqui é sempre a descer que vou." Pois, pois, já aconteceram coisas parecidas a dois treinadores que passaram pelo FC Porto com o espírito das limpezas inquisitoriais.

Ivic disse que Gomes estava "finito". Gomes foi para o Sporting e, na sua última época como jogador, só não foi o melhor marcador por dois golos!

Octávio tentou fazer a Jorge Costa o que Ivic fez a Gomes. O "bicho" - que em Inglaterra ficou conhecido pelo nome igualmente carinhoso de "tank" - regressou a tempo de ganhar dois campeonatos, a Taça UEFA, a Liga dos Campeões e a Taça Intercontinental. E cá para mim, que não sei o que se passa lá dentro, ainda tinha dado muito jeito este ano. Tivesse ele jogado 15 minutos dos jogos europeus e talvez o FC Porto não tivesse sido eliminado. Nem precisava de correr. Bastava estar lá, com o seu facies inspirador de respeito, com a sua arte de estar no sítio certo que um jovem de vinte e poucos anos não pode ter.

De Ivic e Octávio se pode dizer o mesmo que de Van Gaal a partir dali foi sempre a descer que foram. Ah, como eu detesto os treinadores que julgam que para afirmar autoridade precisam de dizer a alguns dos melhores: "Tu comigo não jogas!". O que vale a Scolari - o campeão do mundo que pior futebol jogou - é que os jogadores da seleção portuguesa são bons. Vítor Baía sempre. Completa agora 400 jogos.



O sócio lampião segue à risca instruções da instituição:

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F.C. Porto-Naval não terá treinadores no banco

Co Adriaanse e Álvaro Magalhães já foram notificados da suspensão de 15 dias que lhes foi imposta pelo Conselho de Disciplina da FPF. Os dois treinadores cumprirão castigo já no próximo encontro, curiosamente entre as suas duas equipas, pelo que o F.C. Porto-Naval deste sábado não terá nenhum dos técnicos principais no banco.
Adriaanse e Álvaro foram penalizados depois do Naval-F.C. Porto da última quarta-feira para a Taça de Portugal, no âmbito de um artigo que enquadra protestos ou actos incorrectos em relação à equipa de arbitragem.
Esta situação já tinha acontecido na época passada com Victor Fernandez e José Peseiro e a pena pesada explica-se pela disparidade entre os regulamentos da Liga e da Federação. Os protestos de Álvaro e Adriaanse expressos no relatório do árbitro, se fossem analisados à luz do regulamento da Liga, apenas resultariam em multa. Na Federação, são enquadrados no abrigo do artigo 101, que aliás até fala de actos praticados por dirigentes, e que prevê suspensão de 15 a 30 dias. Já foi proposta a revisão do regulamento da FPF de modo a não haver tanta disparidade, mas isso ainda não acontceeu


Onde param as acções do Estoril?

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A série de equívocos que tem acompanhado a participação de José Veiga no capital da Estoril Praia - Futebol, SAD parece não ter fim. Em 2004, O JOGO tentou descobrir as três empresas que compraram mais de 41% do capital da SAD. A missão foi complicada. Tanto a Mexes, como a KCK e a Primera são verdadeiras empresas-fantasma, com moradas falsas, contas em falta, objectos socias desconhecidos e directores misteriosos. Nas moradas indicadas como sede das empresas, no centro de Londres, ninguém conhece ou ouviu falar delas.

No ano passado, o presidente do conselho de administração da SAD do Estoril, António Figueiredo, anunciou que as participações detidas por aquelas três empresas teriam passado para as mãos do grupo Southern Cross, liderado por Bruce Anderson. Estranhamente, este investidor inglês nunca manifestou qualquer interesse pelo clube. Sabemos que tem 59 anos e que desempenha cargos em mais de 60 sociedades. Contactado diversas vezes por O JOGO, por fax ou através de misteriosos intermediários, em Londres, Anderson recusou-se sempre a prestar quaisquer comentários sobre a participação do grupo na SAD portuguesa.

Entre as várias sociedades que utilizam o nome Southern Cross e estão ligadas a Bruce Anderson, muitas delas declaram, curiosamente, a mesma morada - o 4º andar do nº 33 de Cavendish Square, em Londres - utilizada pela KCK, Mexes e Primera. Nesta morada, porém, o nome de todas estas sociedades é completamente desconhecido.

Quem está realmente por detrás destas empresas? Numa entrevista a uma rádio portuguesa, no dia 3 de Janeiro, Figueiredo confirmou, afinal, que Veiga é a "pessoa que detém 80 por cento das acções da SAD" e que a solução para os problemas da sociedade terá sempre de passar por ele - José Veiga. Poucos dias mais tarde, Figueiredo tentou corrigir: "Não falo sobre ele [José Veiga]. Confirmo apenas que as três empresas, a quem o director vendeu acções, estão disponíveis para as liquidar".

Novo equívoco. Segundo apurou O JOGO junto da Companies House - o registo comercial central de todas as sociedades inglesas - a Mexes, a KCK, a Southern Cross Group Holdings e a Southern Cross (City), de Bruce Anderson, foram todas dissolvidas ao longo de 2005, enquanto o Southern Cross Group PLC está em processo de liquidação. Onde param, então, estas 208.835 acções do Estoril?


Má estreia do capitão Jorge Costa:

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Adriano:

Adriano chega cedido a título de empréstimo até ao final da época, com direito de opção fixado em dois milhões de euros, 25 por cento (500 mil euros) dos quais pertença do Nacional. As restantes parcelas do passe do avançado estão repartidas pelo Cruzeiro (60%) e pelo próprio jogador (15%).