Nas muralhas da cidade
Há 21 horas
Vou tentar exprimir tudo o que me vai na alma portista... "FAZEM FALTA PESSOAS COM LIBERDADE PARA DIZER O QUE PENSAM." Rui Madeira
Enrico Cerezo reconheceu que o Atlético de Madrid está à procura de "boas soluções e bons jogadores" para reforçar a equipa em Janeiro, uma vez que encerraram o dossier Quaresma. "O FC Porto não o quer vender", sublinhou de forma contundente o dirigente, poucos dias depois do próprio jogador ter enviado uma carta à SAD portista a dizer que não está interessado em abandonar o Dragão nos tempos mais próximos.
Consequências
O Atlético de Madrid já não quer Quaresma. O amuo dos colchoneros é a terceira consequência "gravosa" da carta que "Harry Potter" enviou à SAD do FC Porto, pedindo, antes de mais, para que não o deixasse ir para o clube espanhol. O que se compreende, já que seria o mais ou menos o mesmo do que optar por ver de graça o Quim Barreiros porque a outra opção era gastar dinheiro para ir ver os Rolling Stones a Copacabana. Mais de um milhão esteve na praia do Rio Janeiro, Quaresma não se importou de perder dinheiro e manter-se num clube que joga para ganhar no discurso e nos actos. O clube colchonero é um evidente caso de quem gasta para sustentar o discurso e por aí se fica, pelas meras palavras. O Atlético de Madrid é o actual quinto classificado e jura que luta apenas por um lugar na Liga dos Campeões. Em 2004, Quaresma assinou pelos campeões europeus a tempo de ser campeão do Mundo de clubes e de perder uma supertaça europeia... A outra consequência danosa do anúncio do presidente madrileno atinge de forma certeira o coração da competitividade do Bwin Liga. Basta atentar na importância de Quaresma na equipa azul e branca, capaz de resolver a tragédia com que foi encarada a lesão de Anderson. Sem o brasileiro, Quaresma foi a solução para um FC Porto que sobreviveu ao período pós-Katsouranis sem um arranhão e apenas com vitórias. A terceira consequência, selada agora com a declaração do presidente do Atlético, atinge em cheio as finanças do FC Porto porque fez evaporar dos cofres eventuais 15 milhões de euros, o preço pelo qual o jogador teria sido negociado pelos clubes. Feitas as contas, só Jesualdo Ferreira pode dar-se por feliz, porque continuará com Quaresma. Até ver.
Renovação, parte V
Uma mão cheia
Mais um voto confiança. Como fizera com Jesualdo Ferreira, Lucho, Pepe e Vieirinha. Desta feita o FC Porto accionou o direito de opção e comprou o passe de Fucile por 400 mil euros.
FCPORTO - Atlético » 7 Janeiro 2007
O FC Porto tem uma média de apenas 2,3 amarelos por jogo. Quanto aos vermelhos, nem vê-los...
Não há ranking estatístico que consiga escapar ao FC Porto ultrapassado que está o primeiro terço de temporada. A equipa de Jesualdo Ferreira lidera a tabela classificativa do campeonato, com mais golos marcados e menos sofridos (em igualdade com o Sporting) do que qualquer outro adversário, para além de ter Hélder Postiga como melhor goleador da competição, com sete tentos apontados até ao momento. Mas não é tudo. O FC Porto também comanda a classificação referente à disciplina, sendo a equipa que menos vezes foi admoestada com cartões pelos árbitros. Depois de ultrapassadas as 11 primeiras jornadas, os dragões contabilizam apenas 25 amarelos, perfazendo uma média ligeiramente superior a dois cartões por jogo (2,3 para ser mais preciso), contra os 27 vistos pela equipa do Sporting, a segunda classificada neste particular. No entanto, a formação orientada por Jesualdo Ferreira ainda não teve nenhum jogador expulso no decorrer da época, sendo a única equipa que se pode gabar de ter terminado os 11 jogos disputados até ao momento com todos os jogadores em campo.
Esta tendência da equipa do FC Porto foi herdada do ano passado, quando, sob o comando técnico de Co Adriaanse, chegou ao final da época como a terceira formação mais disciplinada. O técnico holandês conseguiu, na altura, inverter a tendência assustadora da temporada de 2004/05, na qual os azuis-e- brancos se transformaram na equipa mais indisciplinada da época, com um total de 115 cartões, nove dos quais de cor vermelha. Outros tempos.
"O FC Porto é líder em itens sem lugar para subjectividade: ataque mais concretizador, defesa menos batida, equipa penalizada com menos cartões e, com naturalidade, líder isolado da Bwin Liga."
O médio brasileiro do FC Porto Anderson é um dos três finalistas do prémio «Golden Boy», galardão do jornal italiano Tuttosport que distingue o melhor jogador sub-21 a actuar no futebol europeu.
Além de Anderson, actualmente lesionado, os finalistas são o argentino Leo Messi (Barcelona), que venceu no ano passado, e o espanhol Cesc Fabregas (Arsenal).
O vencedor será anunciado este fim-de-semana após a votação de 30 jornalistas desportivos de diferentes países.
"Disseram-me que era o Paulo Paraty o árbitro... Agora dizem-me à última hora, vêm-me dizer que já não pode ser o Paulo Paraty por causa do Belenenses", lamentava-se Vieira a Valentim, enquanto respondia às sugestões dadas por este."Não quero Lucílio nenhum! (...) O António Costa?! F... Isso é tudo Porto! (...) O Duarte, nada, zero! (...) O Proença também não quero!".Só o nome de João Ferreira agradou ao presidente do clube da Luz. "O João pode ser",disse, depois de conhecer os candidatos possíveis. A lista era reduzida, porque Pinto de Sousa considerava que o jogo tinha de ser apitado por um árbitro internacional e havia-o dito a Vieira e a Valentim Loureiro.
"Perdemos o jogo, mas não a dignidade"
"Sofremos um autogolo na sequência de uma falta que não existiu. Ao intervalo, sentimos que podíamos discutir o resultado durante a segunda parte, mas, depois, jogámos 45 minutos com menos um elemento e sofremos o segundo golo com menos dois, pois, incompreensivelmente, o árbitro não permitiu a substituição com o jogo parado”, comentou.
“Mas aconteceram situações muito mais graves durante a partida”, continuou Ulisses Morais: “No lance que deu origem à lesão de Kanu, o jogador do Benfica deveria ter sido castigado com o cartão vermelho. Existiu um conjunto de situações que fizeram com que saíssemos daqui com a derrota. Quando formos respeitados mais vezes no futebol, talvez consigamos outros resultados.”
De que cor é a camisola do Benfica? Às vezes é como sempre deveria ser vermelha, cor de papoila quando saltita. Outras vezes, porém, olhamos e vemos lá uma espécie de cor de burro quando foge, algures entre o cinzento e amarelo.
"Os jogadores têm de saber o que é vestir a camisola do Benfica", foi o recado que Luis Filipe Vieira deu aos rapazinhos que correram em Braga. E onde estava ela, a camisola do Benfica? Os próprios adeptos encontram aí um estorvo à sua identificação com a equipa e têm-se queixado da anomalia. E como eles têm razão. Aliás, com a ocultação da verdadeira camisola esbatem-se também conceitos como "amor à camisola" ou "sentir, suar ou defender a camisola". E como querem os dirigentes que os jogadores defendam a camisola se eles próprios não foram capazes de o fazer?
Dantes, as actualizações ficavam-se pelo design das golas, debruados, decotes, e o equipamento alternativo era de uma cor neutra salpicada com notas da cor de referência. Depois passou-se a ousadas variações dos padrões e, aos poucos, chegou-se a um outro equipamento, sem as cores do clube, e que é usado mesmo quando não é necessário (contra o Celtic, por exemplo).
Está mal. As camisolas do futebol não precisavam de ir aos salões de moda. Símbolos são coisas sagradas e intocáveis, não devem mudar de aspecto ou de lugar sob pena de deixarem de o ser.
Esta ofensiva mercantil que varre o futebol, autêntica barbárie disfarçada de modernidade inevitável, onde tudo, sem excepção, se compra e vende, está a devastar sem piedade as conotações simbólicas dos clubes. É que estes rapazinhos também se fartam de correr. Primeiro, fizeram das camisolas painéis publicitários. Agora estão a comprar os nomes de estádios e os mais rápidos já começaram a comprar os nomes dos clubes. Sim, é verdade, o Inter de Milão tem negociações adiantadas para a venda do nome do clube a um Banco. E, sendo assim, já não está longe o Vodafone-F. C. Porto, o Somague-Sporting e o Caixa Geral de Depósitos-Benfica. E as camisolas, claro, terão as cores que tiverem.
Há salvação? Não me parece. Quem pode agora parar a marcha do comboio infernal? A própria FIFA, a quem competia zelar pelos aspectos simbólicos e totémicos, dorme descansadamente com o inimigo. Mas há sempre alguém que resiste e gera a possibilidade da esperança. Os adeptos mais inconformados do Manchester United fundaram um novo clube, o United of Manchester, que joga no escalão mais baixo e tem sempre três mil adeptos nas bancadas.
Ora, isto não é ainda a salvação, até porque esses adeptos continuam certamente a seguir os jogos do outro Manchester, mas quando eles se dirigem, nas tardes de sábado, ao campo do United of Manchester, à procura de mais pureza, devem voltar a sentir a consolação de quem regressa gloriosamente á infância para voltar a contar, do princípio, a mesma história.
Quando vemos que o mundo, à nossa volta, se desmorona, só nos resta recomeçar a criação do mundo.
"Se fosse possível, gostaria de voltar ao FC Porto e quero ser outra vez o melhor marcador do campeonato português. Quero provar que o Jardel está aí e não acho isso tão impossível esta época. Quem vai na frente, tem seis golos, eu tenho dois. Tudo dependerá da sorte e da vontade de Deus", observa.Se já estivesse num grande, o seu registo seria por esta altura bem superior.
"Já teria uns 10 ou 15 golos. O esquema do FC Porto, por exemplo, seria muito bom para mim nesse aspecto; lá teria mais oportunidades", explica.
1)
José Veiga esteve num dos camarotes do Estádio da Luz como convidado da antiga entidade patronal para assistir ao jogo com o FC Copenhaga. Como não faz mais parte da SAD encarnada e, que se saiba, não comprou o kit sócio que levou o Benfica até ao Livro do Guiness, terá sido graças a um convite que viu o Benfica regressar às vitórias. Esta coincidência entre o regresso de José Veiga e das vitórias é que pode ser perniciosa para Luís Filipe Vieira. Mas, adiante. Há uma fotografia - e sabe-se como ela pode valer mil palavras - que é, contudo, capaz de desmentir a ideia de um afastamento absoluto. De dedo erguido - o polegar direito, explique-se - saudou a multidão desfrutando da companhia de um ex-árbitro assistente. E se é público o poder de influência de um restaurante, de que Devesa Neto gosta, no futebol, então é caso para dizer que não é uma decisão judicial que afastará Veiga do universo do pontapé da bola, pelo menos, dos momentos que antecedem o pontapé de saída.
2)
Agora parece oficial. Luiz Felipe Scolari apresentou a candidatura a treinador do Benfica. Pelo menos essa é a leitura que se pode fazer da presença do seleccionador nacional no Estádio da Luz para assistir ao jogo dos encarnados com os campeões dinamarqueses. A conclusão não pode sequer ser contestada pelo candidato, que viu na presença de Carlos Queiroz no Portugal-Cazaquistão a razão para revelar as intenções do treinador português do Manchester United. Os outros 15 treinadores da Bwin Liga podem estar praticamente descansados, em especial os que estão em equipas fora de Lisboa.
Contas
Passivo
Pinto da Costa afirmou que bastaria ter vendido alguns jogadores para resolver o passivo de 30 milhões, resultante do último exercício. Pode ser que não seja preciso. O sucesso do empréstimo obrigacionista já atingiu os seis milhões de euros e a Liga dos Campeões já rendeu, pelo menos, outros seis milhões...
"Se não comprarmos um bom avançado, continuaremos a jogar bonito e a perder"
Carta de Quaresma à Administração da F.C. Porto, SAD
Ricardo Quaresma endereçou esta quinta-feira uma missiva à Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD dando conta da sua vontade de permanecer nos Campeões Nacionais. O www.fcporto.pt reproduz na íntegra o teor da carta do extremo azul e brancos.
«Exma. Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD:
Face a inúmeras notícias que têm sido veiculadas em diversos Órgãos de Comunicação Social, venho por este meio informar a Exma. Administração de que não pretendo representar o Atlético de Madrid. A minha vontade é manter-me no F.C. Porto.
Ricardo Quaresma
Porto, 23 de Novembro de 2006».
O futebol tem graça. José Veiga abandona empurrado por um assunto que não faz dele mau (nem bom) director-geral. O caso não tem a ver com a Federação nem com a Liga, e, em princípio, também sai grátis ao Benfica. Nenhum animal foi molestado durante a cobertura da TVI anteontem à noite. Nenhum árbitro foi ofendido. Nenhum pai teve de inventar uma artrose para explicar ao filho o que tinha no dedo aquele senhor tão bem penteado por fora. José Veiga retira-se porque, a partir de agora, terá de comer a sopa sentado no chão, uma realidade que, objectivamente, só diz respeito ao José Veiga e à sopa. O futebol não melhora só porque se corre com as pessoas que comem a sopa sentadas no chão. Enquanto motivo para desertar é confrangedor.
Veiga não se demite depois de ter sido apanhado a exibir o dedo médio num estádio, como se tivesse saído do liceu apenas na semana passada, e demite-se porque o tribunal lhe levou os sofás?
O Benfica aguenta nos quadros pessoas sem maneiras, mas não pode lá ter pessoas sem sofás?
Infelizmente para a saúde do recente FC Porto-Benfica (ver trabalho na página 26), Veiga perdeu a mobília demasiado tarde. Se fizermos contas ao papel que teve em tantas das escusadas controvérsias do clássico, é fatal concluir que um arresto dos móveis três semanas mais cedo teria feito muito bem ao clássico. E maravilhas à coluna de Veiga.
Dedo no ar
As testemunhas do FC Porto foram ouvidas anteontem na Liga no âmbito do processo disciplinar levantado ao director-geral do Benfica. Uma diligência que servirá, quanto mais não seja, para ver até que ponto a nova Comissão Disciplinar quer realmente meter o dedo nesta matéria.
Benfica esteve na origem de nove das controvérsias que rodearam o jogo com o FC Porto, contra duas levantadas pelos dragões.
Clássico que se farta
O racismo é a quinta acusação feita ao FC Porto em 25 dias de "jogo", incluindo 11 polémicas, cinco queixas à Liga, 40 chamadas à primeira página, três comunicados, etc, etc, etc.
Vinte e cinco dias. Talvez não seja um recorde, porque o Benfica-FC Porto de há duas épocas levou quase um ano inteiro a acabar, às costas de Olegário Benquerença e do golo fantasma de Petit, mas vinte e cinco dias é sempre um prazo anormal para um jogo de futebol, mesmo um clássico. Não foram, ressalve-se, vinte e cinco dias desaproveitados. A acusação de insultos racistas, reafirmada agora por Mantorras, encerra (?) uma antologia sociológica do futebol nacional das mais completas que já se viu: houve problemas de distribuição de bilhetes; árbitros acusados (antes e depois do jogo); insultos de grande valor estilístico ("engavetado", "Pinóquio"); um jogador arrumado por três meses e outro acusado de o ter magoado de propósito; discutiu-se se a Direcção do Benfica devia ou não comparecer no estádio; analisou-se ao detalhe o dedo médio de José Veiga; houve queixas formais contra, pelo menos, seis pessoas e, a fechar o ciclo de amplos debates temáticos, este do racismo, que Portugal nunca teve e, pelos vistos, estava mortinho por ter.
O futebol nacional saiu, portanto, mais rico do FC Porto-Benfica e, feitas as contas, as honras do enriquecimento devem ser atribuídas ao clube de Lisboa, responsável por nove das onze polémicas levantadas durante estes 25 dias, bem como por cinco das seis declarações públicas que vários comentadores responsabilizaram pela degradação do ambiente - ou sete, se quisermos considerar o dedo médio de José Veiga uma declaração pública. Na troca de acusações, também há uma ligeira vantagem do Benfica. O FC Porto foi acusado de ter levado o árbitro Carlos Xistra a expulsar Micolli no jogo entre o Benfica e o Estrela da Amadora; de xenofobia; de intrusão irregular de uma ou mais pessoas no túnel dos balneários e, de forma subreptícia, de ter manipulado o relatório de, pelo menos, um dos delegados da Liga. Em contrapartida, o dono da casa acusou as visitas de lhe terem lesionado propositadamente um jogador. A nível pessoal, Pinto da Costa recebeu os cognomes habituais: Luís Filipe Vieira insinuou corrupção, ao afirmar que ele estaria "engavetado" se não fosse presidente do FC Porto, e José Veiga chamou-lhe mentiroso através da tradicional e sempre refrescante metáfora do Pinóquio.
A cobertura jornalística deste evento longo e multifacetado ficou-se por 40 chamadas às primeiras páginas nos três jornais desportivos. A maioria delas foram manchetes, mas a duplicação das capas, uma para o sul e outra para o norte, complica demasiado a contagem. Dos envolvidos, só os treinadores intervieram mais do que o presidente do Benfica; três vezes Jesualdo Ferreira, quatro vezes Fernando Santos. Segue-se José Veiga, autor de duas declarações a respeito do clássico, a do Pinóquio e outra para reclamar a flagelação de Carlos Xistra, garantindo, em simultâneo, a vitória no Dragão "mesmo sem Miccoli".
11 polémicas diferentes
5 queixas à Liga
3 comunicados
2 árbitros contestados
40 chamadas à primeira página nos jornais desportivos
1 lesão grave
5 declarações públicas de dirigentes do Benfica
1 declaração pública de Pinto da Costa
- Benfica esquece-se de pedir bilhetes para o clássico dentro do prazo regulamentar. Segue-se um primeiro pedido de compreensão ao FC Porto, depois o silêncio dos dragões e por fim a notícia de que o Sport Lisboa se conforma com as consequências do lapso.
Origem: Benfica
- Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa repartem primeiras páginas. O primeiro diz do segundo que precisa do FC Porto "para não ser engavetado"; em resposta, o segundo comenta o tema de conversa escolhido pelo primeiro: "De que vai ele falar? Do Benfica europeu que vai ao Celtic levar 3-0?"
Origem: Benfica
- Acabado o jogo com o Estrela da Amadora, Fernando Santos primeiro e José Veiga depois, um mais directo do que o outro, acusam o árbitro Carlos Xistra de ter ajudado o FC Porto com a expulsão de Micolli.
Origem: Benfica
- A Direcção do Benfica, pela boca do presidente Luís Filipe Vieira, anuncia que não comparecerá no Dragão.
Origem: Benfica
- A Comissão de Arbitragem nomeia para o jogo o árbitro Lucílio Baptista. O Benfica faz saber que a escolha lhe desagrada.
Origem: Benfica
- Culminando um par de dias repletos de declarações feitas por grandes personalidades benfiquistas, Luís Filipe Vieira anuncia que, afinal vai ao Dragão, "porque nunca deixou de acompanhar a equipa". Perdida nos arquivos da memória fica uma outra garantia do presidente do Benfica, dada à estampa uns dias antes: "Quem quiser saber as pessoas que estão envolvidas no processo [referia-se ao dossiê anónimo sobre o Apito Dourado que lhe foi entregue em casa] basta estarem atento aos jogos a que eu não vou"
Origem: Benfica
- No dia a seguir ao jogo, o FC Porto decide apresentar duas queixas na Comissão Disciplinar da Liga, uma contra o médio Katsouranis, pedindo a suspensão pelo tempo que durasse a recuperação de Anderson (lesionado pelo grego) e a outra contra José Veiga, pelos gestos obscenos que o director-geral do Benfica dirigiu ao público, durante o clássico.
Origem: FC Porto
- Benfica queixa-se do FC Porto à Liga por causa da presença de "pessoas estranhas ao jogo no túnel dos balneários".
Origem: Benfica
- Remetendo a uma declaração semelhante de Fernando Santos sobre o árbitro Carlos Xistra, Jesualdo Ferreira diz que também teve a premonição de que Anderson se ia magoar no FC Porto-Benfica. Santos mata a polémica, respondendo-lhe apenas que não é "adivinho".
Origem: FC Porto
- Benfica queixa-se do conteúdo dos relatórios do árbitro e dos três delegados da Liga. A respeito destes últimos, alega a presença irregular de um deles no jogo.
Origem: Benfica
- Benfica queixa-se de insultos racistas dirigidos por adeptos do FC Porto ao angolano Mantorras.
Origem: Benfica
"Plasmawall" no Dragão
A sala de Imprensa do FC Porto, no Estádio do Dragão, tem instalado o maior PlasmaWall do País, com tecnologia Dead Zone Free – sem zonas mortas nas junções dos plasmas. O equipamento, com a dimensão de 4x3, incorpora um conjunto de 12 plasmas de 42 polegadas, formando uma única superfície. Localizado atrás da mesa de conferências de Imprensa, será o novo suporte de publicidade dinâmico, que vai substituir o tradicional painel de publicidade estática. Com a nova tecnologia, o FC Porto pode alterar e actualizar “online”, a qualquer momento, os conteúdos que pretende difundir.
" SLB, SLB, SLB, FILHOS DA PUTA, SLB, FILHOS DA PUTA SLB", ou
" EM CADA LAMPIÃO HÁ UM CABRÃO"
" VEIGA FILHO DA PUTA"
"Tem a ver com aspectos psicológicos"
P- Como se explica o reaparecimento de Hélder Postiga?
R - Pode ser do ar das Caxinas, por estar a viver de novo em casa. Acho que o Co Adriaanse deu cabo da cabeça a alguns jogadores, entre eles o Hélder Postiga. Sofreu bastante com o holandês voador. Ora, o Postiga é daqueles jogadores que precisa de ser acarinhado, mais ainda depois de dois ou três anos complicados, em que não conseguiu afirmar-se. Para além da recuperação psicológica, o reaparecimento também tem a ver com os excelentes alas que a equipa tem, como o Quaresma e o Lisandro. Estou convencido de que ainda pode ser um jogador fantástico.
"Com Jesualdo o futebol é mais português"
P - O facto de o FC Porto ter saído de um ciclo complicado de jogos com resultados positivos tornam-no o candidato mais forte ao título?
R - Esta época a competição entre os três grandes vai ser renhida e não há para já um favorito. É claro que o FC Porto ficou com alguma vantagem depois dos resultados nos clássicos, mas o campeonato ganha-se com as equipas pequenas. Depois de uma pré-época desastrosa, com um novo treinador antes do início do campeonato e um plantel à imagem de Adriaanse, a equipa melhorou bastante. Com Jesualdo o futebol é mais português. O FC Porto tem uma matriz de jogo que passa de geração em geração e o Jesualdo interpreta bem essa ideia. Com Jesualdo é mais caldo verde.
Ratzinger só há um
José Veiga jamais será presidente do FC Porto. Dessa chuva pode ele tirar o cavalinho.
Os nomes desfilam. Agora são Jorge Costa, António Oliveira, Fernando Gomes. No passado foram Oscar Cruz, Pôncio Monteiro, Alexandre Pinto da Costa. No futuro hão-de ser Vítor Baía, Antero Henriques, Jorge Mendes. Não interessa. Pinto da Costa não vai sair da presidência do FC Porto enquanto for vivo - e procurar sucessores, sejam eles da oposição ou da própria posição, é para já um mero exercício de coleccionador. De todos os ditos pré-candidatos, porém, um está garantidamente posto de parte: José Veiga, actual director desportivo do Benfica e antigo presidente da Casa do FC Porto no Luxemburgo. Tido como candidato a candidato à sucessão de Pinto da Costa, o ex-agen-te geriu sempre mal o processo. Primeiro, zangou-se com o ídolo dos portistas. Depois, falidas as suas empresas, fez-se empregado do rival de Lisboa. Finalmente, festejou um golo do Benfica no Dragão com gestos obscenos que, sendo talvez dirigidos a Pinto da Costa, todos os adeptos do FC Porto entenderam como dirigidos ao clube ele próprio. Processá-lo por isso é uma tolice, claro. Recordá-lo no futuro, pelo contrario, é justo castigo. Foi sábado passado: acabou-se tudo para Veiga.
"Se não comprarmos um bom avançado, continuaremos a jogar bonito e a perder"