terça-feira, junho 05, 2007

Negócios




Alcides Freire no Ojogo:



Anderson foi embora e foi uma tragédia. Parece que nesse dia a Lua caiu lá do alto e houve mesmo notícias de que o Sol adormeceu, despertando tarde, enfraquecido e já depois de saber que o menino-prodígio estava a bordo de um avião rumo a Manchester. Amuado, lá ajudou à fotossíntese. Visto assim, o defeso não podia começar da pior forma para os portistas, naturalmente incapazes de oferecer ilimitada resistência à "aliança dólares-libras" que torna os campeões ingleses invasores temíveis. Não foi uma derrota por KO, é certo, mas difícil seria evitar perder por pontos. Por contos, no caso qualquer coisa como seis milhões de contos. Em moeda antiga a notícia talvez tenha outro impacto. O Manchester também pagou 1,5 milhões de euros ao Grémio, pela formação de Anderson. Parece pouco, mas sempre são 300 mil contos. Pode ser uma questão psicológica, mas de facto 30 milhões de euros - mais 1,5 milhões que foram directamente para o clube de Porto Alegre - parece ser um mau negócio. Dito assim em euros, mesmo tratando-se de uma jovem promessa que este ano esteve meio ano lesionada, pode parecer pouco. Tão pouco que alguém ache possível chamar-lhe um mau negócio. Como se acenar a seis milhões de contos fosse um erro.

Como se pudesse parecer pouco o FC Porto aceitar o que o Barcelona pagou ao Paris Saint-Germain por Ronaldinho, na altura, em 2003, já um craque universal. Ou alguém acredita que para o ano Anderson valeria 12 milhões de contos, perdão, 60 milhões de euros? Nem o Ronaldinho.

Goleador no banco
Hélder Postiga


Hélder Postiga disse que do banco não pode marcar golos. É um facto, enunciado pelo avançado no final do Bélgica-Portugal. Daí a ver na frase do avançado mais uma acusação de mau feitio de Jesualdo Ferreira, parece excessivo. Até porque poderia o portista estar a referir-se a Scolari, que tem optado por Nuno Gomes. Ou não?