Gilberto Madaíl aguarda a chegada do técnico, ausente no Brasil, para
ouvir a sua versão
BERNARDINO BARROS
Mais uma vez "estalou o verniz" a um senhor que se chama Luis Filipe
Scolari, mas agora passou das marcas, pois não sabendo aguentar com a
pressão, resolveu fazer juz ao nome, sargentão, usando uma linguagem de
caserna, com insulto grave a uma jornalista, mas que engloba toda a
classe jornalística.
Como se diz na nossa terra, que não é a dele, mas que é onde o senhor
ganha o sustento, e ao que dizem um gordo e chorudo sustento, quem não
se sente não é filho de boa gente, mas há outra verdade, Scolari só
atinge quem lhe fez, durante dias a fio durante o Euro 2004, uma corte
descarada e que culminou com a sua elevação a um pedestal, onde nunca
deveria ter sido colocado. Usa agora, e até devo dizer usa e abusa, de
invocar o nome do povo em vão. Ainda não lhe disseram, ou não quer
saber, que o povo não é burro e sabe ver o que está à frente dos olhos,
não come tudo o que lhe querem dar. Por isso, creio que deveriam ter
avisado o senhor brasileiro, que se ontem estavam cerca de 27.500
pessoas em Alvalade, foi porque para além dos bilhetes efectivamente
vendidos(cerca de 19.000), os restantes, foram oferecidos às portas do
estádio para que o recinto leonino estivesse bem mais composto. O povo
sabe o que quer e ficou sentido com a exibição miserável da selecção no
Liechenstein. Como se diz na terra do senhor treinador da selecção
portuguesa, não "adianta tapar o sol com a peneira", Miguel reconheceu e
classificou a exibição de vergonhosa, Gilberto Madaíl também não ficou
agradado pela exibição portuguesa, chegando a dizer que "só vem à
selecção quem quiser e se empenhar do mesmo modo que o fazem nos
clubes", ou seja toda a gente, até o povo, que o empate com os amadores
do Liechenstein foi má demais para ser verdade e foi considerada de
escandalosa.
Acho que está na altura de dizer basta a quem anda a brincar há muito
tempo com o futebol português, com as atitudes que o senhor Scolari tem
tido desde que cá chegou. Dá-se ao desplante de não assistir a jogos no
norte do país, porque "é muito longe". Sempre denonstrou a sua
arrogância em relação a dirigentes e jornalistas, não gostando de ser
"incomodado" com perguntas embaraçosas, respondendo com má cara. Corre
mais o país, sempre para sul e para as ilhas, para entronizações em
confrarias dedicadas aos comes e bebes, do que a ver jogos de futebol.
Acha que observar no estrangeiro, jogos de equipas que têm jogadores
portugueses, é uma pura perda de tempo, porque no sofá de sua casa e com
o comando na mão tem acesso a ver os jogos que quer. Permite-se durante
dois anos insistir numa selecção a que teimosamente chamou sua, para ao
primeiro desaire, Grécia na abertura do Euro 2004, mudar a agulha e
recorrer ao que os jornlistas, e o povo senhor Scolari, clamavam há
muito tempo.
Alicerçar a estratégia da selecção na poderosa equipa do FC Porto, foi o
que lhe valeu chegar ao título de vice-campeão. Só que com a ajuda de
alguma comunicação social, foi glorificado como o mais inteligente dos
técnicos à face da terra. Puro engano, porque como tinha demonstrado na
final do Euro, como o provou agora em Vaduz, que é fraco comandante no
banco. Acho que está na hora de dizer basta, e perguntar a quem de
direito: Senhor Gilberto Madaíl, se fosse um treinador português a ter
este comportamento seria ainda técnico da sua selecção? Para os
jornalistas que o endeusaram e agora levam o troco, será altura para
lhes perguntar o que teriam já dito, escrito, se estas atitudes fossem
tomadas por um treinador português?
Responda quem souber ou quiser, para a minha freguesia eu escolheria
outro prior.
Os cobardes adoram linchamentos
Há 4 horas