A guerra dos bilhetes
SEJAMOS sérios: não há argumentos— pormais imaginativos, jurídicos ou beligerantes que queiram ser—para justificar que num estádio com 65 mil lugares se ceda o número ridículo de 1008 bilhetes (ou doismil ou três mil) aos adeptos visitantes. O que se está a passar neste jogo da Luz com o FC Porto (e o que se passou em Alvalade, em Janeiro) é inaceitável sob qualquer ângulo de análise. Despreza as noções mínimas de desportivismo e fair play, agrava condições de apoio já à partida desiguais, retira colorido, entusiasmo e vibração ao espectáculo. E potencia conflitos, tanto por extremar ódios e rancores (Filipe Vieira parece andar sob grande tensão…) como por obrigar adeptos do clube visitante a comprar bilhetes para bancadas onde se vêem rodeados por multidões adversas. No Euro-2004 não se destinou em Alvalade um amplo sector do estádio aos adeptos da Espanha e da Holanda? E na Luz não foi Portugal obrigado a abrir mão de algumas generosas bancadas para os adeptos da Inglaterra e da Grécia? O exemplo só se aplica com estrangeiros e por força da UEFA?
por Jose António Lima.
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