Cada entrevista de Scolari a um órgão de comunicação social brasileiro revela o trauma que este senhor tem para connosco, gente do Norte, gente do Porto, gente do F. C. Porto, gente que trabalha e que ganha seriamente o seu salário. Realmente é muito estranho a forma como este senhor, se é que de um senhor se trata, tem vindo a gerir a sua relação com uma das melhores equipas do mundo, sobretudo desde que chegou a Portugal.
Mesmo que tenha sido conversado por alguém que lhe deu umas dicas sobre como se comportar em Portugal, este senhor já teve tempo de perceber que, ou não fala mais do assunto, cá e no Brasil, ou se fala só arranja motivos para que cada um de nós e, em particular os apaixonados pelos dragões, se desinteresse pela nossa selecção.
Eu dou por mim, sempre que este senhor explica, se é que explica, a ver muito mais longe a possibilidade de nos unirmos em torno da selecção que não é a dele pois para ele é o seu emprego, por sinal bem melhor pago do que o espectáculo que proporciona. E a equipa mal constituída, mal organizada e sem alma, lá vai dando uns pontapés e uns chutões para a frente para aliviar a pressão...
E os responsáveis assobiam para o lado com um ar muitíssimo inteligente e devolvendo a culpa para cima de gente como eu, que, como não gosta do que vê, diz aquilo que pensa e tudo isto porque sou português, porque gosto de futebol, porque admiro o meu F. C. Porto, a sua organização, a sua vontade de vencer. Porque nada tenho a ganhar ou a perder por expressar o que me vai na alma e concerteza na de muitos dragões que gostariam de ver a nossa selecção jogar à Porto. Uma equipa que proporciona excelentes espectáculos de futebol e também ganha...
Talvez gente invejosa pelas condições dos outros... De gente assim, também não gosto...
PS: Na frente tudo como dantes, um a zero e mais três pontos... Pode ser em Aveiro, os primeiros festejos do bicampeonato. Eu estarei lá...
Joaquim Borges Gouveia
Professor Universitário
in JN
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