Em resultado das classificações obtidas na terceira fase da Carlsberg Cup, será o seguinte o posicionamento das equipas no sorteio:
Pote A: Sporting e Benfica
Pote B: Porto e V. Guimarãesin LPFP
Aliás, ainda sobre esta prova, uma opinião interessante do Luis Sobral no Maisfutebol:
Taça da Liga: melhor nem por encomenda
Para contentamento da Liga, do patrocinador e das estações de televisão que transmitem a Taça da Liga, os quatro apurados para as meias-finais formam um grupo perfeito.
No segundo ano de vida, a Taça da Liga será decidida entre as equipas que mais adeptos levam aos estádios em Portugal. Melhor era impossível.
Para este cenário contribuiu o mérito dos quatro clubes, mas sobretudo um formato que os protegeu e praticamente conduziu pela mão até às meias-finais.
Curiosamente, a Taça da Liga parece agradar mais aos adeptos do que aos treinadores. Aliás, enquanto alguns (sobretudo o F.C. Porto, o que não se entende) aproveitam para rodar jogadores, o que desprestigia a competição, aqueles vão aos estádios em número razoável. O Benfica-Belenenses, com 35 mil espectadores num sábado à tarde, teve mais espectadores do que a grande maioria dos jogos do campeonato.
Do meu ponto de vista, as críticas dos treinadores fazem pouco sentido.
A Taça da Liga foi a melhor ideia que o futebol português produziu nos últimos anos.
Permite jogos diferentes entre equipas dos campeonatos profissionais. Captou um patrocinador «do futebol». Gera receitas extraordinárias para «grandes» e «pequenos». Permite testar jogadores. É mais uma oportunidade de conquistar troféus, à disposição de treinadores e futebolistas.
As questões sobre a protecção dos grandes fazem pouco sentido. Na Liga dos Campeões e Taça UEFA os mais fortes também são protegidos (são cabeças-de-série, entram em prova mais tarde) e aparentemente ninguém se incomoda. Isto sucede porque a competição só adquire dimensão se os melhores lá estiverem. E quanto mais tempo melhor, de forma a que os patrocinadores lucrem.
Impressiona que treinadores e administradores não consigam ter uma posição comum sobre o negócio de que ambos fazem parte.
Quanto aos «pequenos», devem empenhar-se em praticar um futebol positivo. Aproveitar estes jogos para ensaiar esquemas menos defensivos e testar os plantéis ao limite. Se querem ser levados a sério devem crescer e aparecer. E isso passa, já agora, por políticas de contratação inteligentes e aposta coerente nos escalões de formação, única forma de equilibrar as contas.
Dito isto, é um facto que o calendário da Taça da Liga é estranho. Nunca se sabe quando há jogos, nem existe uma hora mais ou menos comum. Percebe-se que uma prova como esta dependerá sempre da televisão, mas é necessário encontrar o equilíbrio entre a necessidade de fazer receita e as vontades do público.
E, já agora, dava jeito rever o calendário da próxima época. Cada vez que o campeonato parece estar para começar é interrompido. Não parece, mas para a semana jogar-se-á a última jornada da primeira volta.