in ojogo
«Tenho a certeza, estava a 70 metros e vi, e o senhor também porque já viu as imagens. O Slimani meteu a mão nas costas do Miguel Rodrigues. Se não viu devia ter visto. A 70 metros eu vi. A lei diz que não se deve empurrar para ficar em situação para cabecear.»
in maisfutebol
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CLAP...CLAP...CLAP..era tão previsível...os indícios estavam todos lá...é fanfarrão quando o andor o leva ao colo e mesmo assim aproveitando a onda do momento até tinha a lata de provocar nessas situações...quando o andor não é levado ao colo e há alguma seriedade...lá vem o Jagunço Vale e Azevedo Verde e peixeirada à calimero para justificar os resultados...ainda diziam que os calimeros estavam diferentes...está nos genes:-)))
O Luis Sobral no maisfutebol tira-lhe a pinta:
É capaz de ter chegado o tempo em que é preciso escrever duas ou três coisas sobre Bruno de Carvalho.
Tem feito um bom trabalho. Escolheu bem o treinador, formou o plantel possível, tem sido coerente e consistente. Em muitos momentos, comunica bem com os adeptos. Tem um discurso ajustado com a estrutura do futebol, o que parece simples mas muitos já provaram que é complicado.
Percebe-se que a primeira fase era esta, estancar a dor, organizar, equilibrar. Por esta altura talvez já se esperasse um pouco mais sobre o que deve seguir-se. Menos sportinguismo de almoço e mais explicação sobre o que se pretende. Apostar na Academia, dar tempo aos mais jovens, eventualmente não voltar a ter, nos próximos anos, como objetivo ser campeão? Será isto mais um ano, três, dez?
Além deste Bruno de Carvalho, que dirige, até ver muito bem, o clube, há o outro, o que se senta no banco.
Esse Bruno de Carvalho, o adepto, é o que festeja os golos e abraça dos jogadores no final dos jogos felizes. Ou dirige-se aos árbitros quando as coisas não saem bem. Foi assim na Luz, voltou a ver-se este sábado, depois do empate em Alvalade.
Por alguma razão, os adeptos estão nas bancadas, longe dos árbitros e dos microfones. É que os adeptos amam e sofrem. Para eles quem apita está sempre do contra, nunca há faltas para grande penalidade na sua área e os seus avançados nunca estão fora de jogo, os auxiliares é que veem mal. Ou bem de mais. Os adeptos são, muitos deles, isto. E isto tem de ser mantido a alguma distância do jogo e de quem procura vê-lo de forma isenta.
A presença de Bruno de Carvalho no banco é uma exceção a essa regra. Uma exceção perigosa, do meu ponto de vista. O exemplo que deu no final do dois jogos referidos foi muito mau. Face à forma de dirigir populista que adotou desde o início, este tipo de comportamento poderá um dia ter consequências muito negativas.
Bruno de Carvalho, o adepto, tem também um acesso insólito aos microfones. Quando perde usa-o para insultar quem não está de acordo com as suas ideias. Esta prática, além de demonstrar uma preocupante incapacidade para conviver com a crítica, é inaceitável. E potencialmente perigosa.
Quem pensa como adepto não sente sequer a necessidade de propor algo que ajude a melhorar o que critica. Os adeptos só querem duas coisas: ganhar ou, em caso de frustração, encontrar rapidamente um culpado para o desaire. Deve ser por isso que Bruno de Carvalho ainda não conseguiu tempo para apresentar um documento com ideias que ajudem a melhorar o futebol português.
O presidente do Sporting, pelo contrário, tem quem lhe publique um index dos que ousam não estar de acordo com a sua doutrina. Refletir é um pouco mais complexo, de facto.
Bruno de Carvalho tem de decidir se deseja continuar a ser um adepto ou se pretende tornar-se um dirigente capaz de deixar obra não só no Sporting como também no futebol português. Como disse que ia pensar na vida, esperemos.
NOTA: quando oiço discursos como o de Bruno de Carvalho depois do jogo com o Nacional tenho vergonha do futebol português. Na verdade, nada disto é novo. Só mudam os nomes. Hoje Bruno, ontem Luís, Jorge, João, Pimenta, Bartolomeu, Valentim. Coisa triste e lamentável esta.