sexta-feira, junho 06, 2008

INVEJA MEDÍOCRE - RUI MOREIRA




O FC Porto foi excluído da Champions por não ter recorrido para o CJ da FPF pela perda de pontos determinada pela Liga, o que levou a FPF a comunicar à UEFA que a decisão era final. Ora, a informação era falsa pois, como o CJ já admitira, o recurso de Pinto da Costa no mesmo processo aproveita, também, ao clube. Será esta falta de uma decisão final que servirá de base ao recurso que, desta vez, será apresentado e, apesar de serem raros os bem sucedidos, acredito que este será um deles. Mais certo estaria se, até lá, o CJ ilibasse Pinto da Costa e, por arrasto, o clube. Em vez de se perder em queixas fúteis, Madaíl deve pedir ao CJ que acelere a decisão, para proteger a FPF das consequências da sua responsabilidade processual.

Internamente, este não é o tempo para discutir o fracasso do calculismo. Por isso, o Presidente fez bem em assumir a sua paternidade, acalmando os adeptos. É no seu bom juízo que estes depositam, agora, a esperança.

É impensável desbaratar, hoje, o departamento jurídico, porque não se muda de equipa ao intervalo. Tiraremos as consequências quando conhecermos o epílogo e, se for caso disso, pediremos ao Presidente uma chicotada psicológica na administração da SAD, da mesma forma que, se o clube tivesse falhado o apuramento por razões desportivas, já teríamos pedido a cabeça do treinador.

Desengane-se a gentalha que aplaude o fim do domínio portista. Bastaria, aliás, olhar ao que se passou em Guimarães para perceber que, por estas bandas, os contratempos ajudam a cerrar fileiras. Nestes dias pardos, em que somos alvo da inveja medíocre, que Miguel Sousa Tavares denunciou, só não há margem para traições, hesitações ou choradeiras.