terça-feira, outubro 30, 2007

A PEDIDO DE MUITAS FAMÍLIAS

Não sei o que é que se passa com a malta , mas recebi uma quantidade brutal de emails a pedir a crónica do Miguel Sousa Tavares. Pronto, já que o FCPORTO têm a lata de não querer perder 8 jogos / 8 vitórias , lá tive que violar a suspensão do blog para atender este pessoal desejoso de ler o Miguelito. Aqui vai:






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TÍTULO DE CAPA:

FCPORTO DÁ CARTAS E O RESTO É PAISAGEM




TÍTULO DA CRÓNICA:

COMO PERDER UM JOGO CIENTIFICAMENTE







Quando chega a hora da verdade, nos grandes palcos europeus, sem «Apitos Dourados» nem bocas por fora, o FC Porto dá cartas e o resto é paisagem





1- Se eu mandasse, os jogos do Benfica só duravam 80 minutos, porque é só a partir dessa altura que o Benfica os resolve, depois de habitualmente ter gasto o tempo até aí a mostrar-se incapaz de os resolver. Já vão três jogos consecutivos e seis esta época, resolvidos pelas águias nos últimos minutos dos desafios. Camacho não se pode queixar da sorte que tem tido e que falhou a Fernando Santos, mas tanta repetição também não pode ser atribuída só à sorte. De certeza que há mérito da equipa em acreditar e lutar até ao fim, e de certeza que há muito demérito dos adversários e respectivos treinadores, que, nesta altura dos acontecimentos, já deveriam estar mais do que avisados, preparados e concentrados para as terríveis pontas finais do Benfica. Na Luz, domingo passado, o Marítimo mostrou, todavia, que não trazia a lição estudada. Aliás, mostrou como é que se consegue tudo fazer para perder um jogo que se poderia ter ganho.

Até aos quinze minutos de jogo, o Marítimo tornou claro que, se ali havia alguma equipa que sabia jogar à bola, eram eles e não o Benfica. Uma, duas, três oportunidades e golo, perante um estádio gelado com a facilidade com que a sua «melhor equipa dos últimos dez anos» era passada a ferro pelo futebol envolvente dos brasileiros do Marítimo. Depois, Ricardo Fernandes teve um assomo de má consciência perante tanta falta de respeito e resolveu oferecer o empate ao Benfica. Nada que tenha abalado os seus colegas: continuaram a entrar pela defesa do Benfica adentro como quem entra em casa sua, e veio o penalty e a expulsão de Quim, que poderiam soar como a sentença de morte do Benfica — para o jogo e para o campeonato. Parece que Makukula resolveu cobrar o penalty à revelia de Lazaroni e, para quem o estava a ver na televisão, percebeu-se logo, pela sua expressão, que muito provavelmente iria falhar, como falhou. A partir daí, o Marítimo apostou que não iria ganhar o jogo: displicência no ataque, total incompetência na defesa, falta de ambição para ir decididamente em busca da vitória, face a um adversário cansado por um jogo europeu quarta-feira e pela inferioridade numérica. E depois de mais uma oportunidade negligentemente desperdiçada pelo ataque insular, o Benfica chegou à vitória no contra-golpe. Ficou demonstrado que os «grandes» são «grandes» porque dispõem de mais dinheiro e mais adeptos, mas não só: também porque os «pequenos» não se atrevem a tentar deixar de o ser.

Quanto ao Benfica, diz-se que está assente que vai às compras em Dezembro. Parece-me que tarde de mais para a Liga dos Campeões e, pelo que se tem visto, provavelmente tarde de mais também para o campeonato. A menos que o objectivo oculto de Camacho seja a disputa do segundo lugar com o rival do Campo Grande.

2- O rival do Campo Grande atravessa uma série negra e deprimente, pela falta de estrutura competitiva que vem mostrando. A primeira linha é curta e vive de três ou quatro jogadores cujo rendimento determina o da equipa. Há «consagrados» (talvez depressa de mais), como João Moutinho, cujo futebol é previsível, repetitivo e sem rasgo; a segunda linha não existe e, tal como sucedeu com o FC Porto, os reforços da época foram um sonoro e indisfarçável fiasco. A diferença para o Benfica é que o Sporting não tem dinheiro para ir às compras em Dezembro e comprar por comprar está visto que não resolve problema algum, só acrescenta outro. Paulo Bento, que nunca viveu nada que se parecesse com abundância e facilidades, tem agora porventura o mais difícil desafio da sua jovem carreira de treinador, num momento em que já se escutam os primeiros sinais de impaciência e desagrado dos adeptos. Os que ainda acreditam que os milagres existem e não acontecem só em Fátima.

3- Pois, se o jogo do Benfica contra o Marítimo só deveria ter demorado 85 minutos, o do FC Porto contra o Leixões deveria ter demorado apenas oito — que foi quanto os portistas se dispuseram a jogar, depois de se verem a ganhar por 2-0 na infância do jogo. Chamam a isso «gestão», coisa de que as equipes usam e abusam, entre nós, e sem grande respeito pelo público que ajuda a pagar os ordenados dos jogadores. O FC Porto-Leixões, que assinalava o regresso deste confronto Porto-Matosinhos ao nível maior, foi um interminável bocejo, como se jogar futebol fosse assim uma coisa tão aborrecida. Valeu a oitava vitória em oito jornadas e, se sexta-feira o FC Porto conseguir vencer no Restelo, fica bem encaminhado para as dez vitórias em outros tantos jogos, o que seria notável.

Se já muitas vezes se tem falado desta impressionante série de vitórias sem exibições correspondentes, é justo também reconhecer que, faz amanhã oito dias, o FC Porto saiu de Marselha com um empate que merecia ter sido vitória e até folgada. Em Marselha, o FC Porto fez a melhor exibição da época, com uma entrada autoritária e categórica no jogo, teve bolas nos postes, viu os franceses adiantarem-se contra a corrente de jogo, mas os jogadores não desanimaram, foram em busca do empate e terminaram ainda em cima do Marselha e à procura dos três pontos. É nestes confrontos europeus ao mais alto nível que se vê bem como, de há largos anos para cá, o FC Porto cava uma diferença em relação ao Sporting e ao Benfica apenas comparável à que o Benfica dos anos sessenta do século passado tinha sobre os seus rivais domésticos. Quando chega a hora da verdade, nos grandes palcos europeus, sem «Apitos Dourados» nem bocas por fora, o FC Porto dá cartas e o resto é paisagem. Eu sei que dói, mas que querem?

4- Se tudo correr conforme o previsto, estreia-se depois de amanhã, numa sala perto de si, o muito previamente divulgado filme «Corrupção», com o qual alguns benfiquistas do mundo das artes quiseram mostrar a sua imparcialíssima versão do «Apito Dourado». Não entrando em cena a providência cautelar que seria de esperar, este filme inaugura uma nova forma de justiça popular, servindo, com base num único testemunho, a acusação, a «prova» e a sentença de condenação previamente estabelecida, relativamente a um processo que, na justiça real, ainda se encontra em fase de instrução. As intenções prosseguidas pelo filme são eloquentes da exigência ética dos seus autores e um exemplo do que seria a justiça se os juízes fossem escolhidos pelas suas cores clubísticas.

Não admira que o pessoal desta nobre empreitada se tenha desavindo entre si na mesa de montagem, com realizador e actriz principal para um lado, produtor e restantes actores para outro: eloquente, outra vez. Quanto à «testemunha» e musa do enredo, tão apaparicada antes pela realização e script, mudou de visual, fez extensões no cabelo e uma operação à barriga chamada qualquer coisa «aspiração», e optou por ficar do lado do produtor. Cheira-me que estará a alimentar aspirações a um novo passo na sua carreira artística multifacetada. Consta também que, além da versão do produtor, servida nos cinemas, haverá uma outra versão do realizador, servida em casa, para os amigos. E parece que, em vez de «Corrupção», se chamará «Uma amarga lição».



Texto digitalizado por mim do jornal Abola.

terça-feira, outubro 09, 2007

SUSPENSO



Este blog está suspenso de quaisquer actividades, até ao momento em que o FCPORTO sofra uma derrota para o campeonato.

Peço desculpa por qualquer incómodo que possa causar.

MIGUEL SOUSA TAVARES

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TÍTULO DE CAPA:

FCPORTO PRECISA DE UM MILAGRE




TÍTULO DA CRÓNICA:

UM POUCO MAIS DE AZUL..





O FC Porto vai com mais cinco pontos do que ia no ano passado por esta altura e já ganhou três jogos que perdeu em 2006. Isso é um facto incontornável e louvável. Mas também é facto que joga muito pior futebol, muito menos seguro, muito menos denominador, do que jogava na última época.


Que dizer deste surpreendente FC Porto, que joga um futebol incapaz de entusiasmar o adepto mais fácil e, todavia, segue, imperial, com sete vitórias em sete jogos do campeonato e bem lançado na Liga dos Campeões? Alguns jornalistas, daquela escola dos que estão sempre prontos para fazer rapapés aos treinadores e dirigentes, andam para aí a lançar piadas contra os «adeptos críticos» a quem os factos e as vitórias desmentirão todos os dias, e o próprio presidente Pinto da Costa lança indirectas, supostamente irónicas e sábias, aos «críticos», na revista do clube. E, todavia…

Todavia eu mantenho a substância das minhas críticas: a onda de aquisições (doze!) para a nova temporada foi um desastre. À excepção de Leandro Lima e Stepanov, que, com trabalho e oportunidades, ainda podem justificar o investimento, todos os outros não têm, à vista desarmada, qualquer valor que chegue para jogar no FC Porto e justificar os cerca de 15 milhões de euros gastos em compras, durante o mês de Julho. Pelo que, estes surpreendentes resultados vêm sendo obtidos com a mesma equipa que no ano passado foi campeã com um ponto de avanço sobre o Sporting — só que desfalcada «apenas» do Pepe, do Anderson e de outros, como o Ibson, o Alan ou o Vierinha. Só um milagre fará com que esta curta manta dê para as necessidades da época que, como se sabe, são as mesmas de sempre: ser campeão e chegar, pelo menos, à primeira eliminatória da Liga dos Campeões.

Contrariando a minha oposição de princípio à política de compras por atacado que é uma imagem de marca desta direcção, penso que o FC Porto, se quiser lutar a sério pelos seus objectivos habituais, tem de ir às compras em Janeiro. Mas, depois de ter visto o Sporting-Guimarães deste sábado, o que eu faria, para já, até teria custo zero: ir buscar dois jogadores que já são nossos. Um, é o Alan, que nunca deveria ter saído, porque é francamente melhor que, por exemplo, o Tarik ou o Mariano González; o outro é o jovem Rabiola, comprado ao Vitória de Guimarães e lá deixado por empréstimo, com o FC Porto a pagar a totalidade dos seus salários (porque não propusemos ao Manchester uma operação destas, mas ao contrário, em relação ao Anderson?). Jesualdo é que sabe porque escolheu quem escolheu e porque desprezou quem desprezou. Mas, face à fraqueza pungente dos reforços adquiridos, faz impressão ver tantos jogadores do FC Porto, francamente melhores, a brilhar noutros clubes, como o Vitória de Guimarães, o Setúbal, o Leixões ou a Académica. E nós a pagar os ordenados para os ver jogar pelos outros e a pagar os ordenados dos «reforços» para os ver jogar na bancada…

Por isso, quando os tais jornalistas de que acima falei, escrevem, muito diligentes, que Jesualdo calou os críticos que o acusavam de jogar sempre com a mesma equipa e nunca apostar nos reforços, eles «esquecem-se» do resto da história: é que os críticos não sabiam, ao contrário de Jesualdo, que os reforços eram tão fraquinhos. Faltava vê-los jogar. E, agora que os vimos, é óbvio que a única pergunta pertinente é esta: porque razão Jesualdo os quis ou deixou que lhos impingissem?

Essa é uma questão. A outra questão é a qualidade do futebol praticado e à vista de todos. O FC Porto vai com mais cinco pontos do que ia no ano passado por esta altura e já ganhou três jogos que perdeu em 2006. Isso é um facto incontornável e louvável. Mas também é facto que joga muito pior futebol, muito menos seguro, muito menos denominador, do que jogava na última época. No ano passado, por esta altura, estava eu aqui a elogiar, sem reticências, o futebol azul-e-branco; este ano, tirando o jogo de Braga, logo na primeira jornada, não vi motivos para qualquer entusiasmo. Eu sei que os campeões se fazem também ganhando jogos mal jogados; mas, independentemente dessas sete vitórias que aí estão, não acredito que se possa ser campeão sem nunca jogar francamente bem — apenas com atitude competitiva e cultura de vitória, que essas, felizmente, continuam a ser a imagem de marca das sucessivas equipes do FC Porto.

Há dias, por acaso, passei pela RTP-Memória e revi um célebre Milan-FC Porto, para a Liga dos Campeões, em 1987, onde Jardel fez a sua aparição retumbante na primeira linha da equipa, marcando dois golos que fizeram o FC Porto sair de San Siro com a vitória por 3-2. Era treinador António Oliveira (um dia explicarei porque entendo que ele foi um dos melhores treinadores que passaram pelo clube), e, só para se ter uma ideia da diferença de talentos entre essa equipa de então e a de hoje, atente-se no quadro de jogadores que Oliveira tinha à sua disposição, apenas no meio-campo e no ataque. No meio-campo, ele jogou com Sérgio Conceição, Barroso, Paulinho Santos e Zahovic; no ataque fez alinhar Edmilson e Artur. Depois, com aquela fantástica capacidade que ele tinha para fazer as substituições certas no momento certo, fez entrar Jardel, Rui Barros e Drulovic. E ainda deixou de fora, por lesão, Domingos! E o Milan, onde pontificavam jogadores como Maldini, Pannuci, Ambrozini, Marco Simone, Raizinger, Davids, George Weah, Desailly, Albertini, Boban e Roberto Baggio, levou uma lição de bola do Porto! Mas, a verdade é que, da actual equipa do Porto, apenas Ricardo Quaresma teria lugar naquele onze de Oliveira. E vale a pena recordar o comentário final de António Oliveira: «Como viram, ao contrário do que gosta de dizer a imprensa portuguesa, não foi preciso a ajuda do árbitro para ganharmos ao Milan, em San Siro». Já lá vão vinte anos desta lengalenga…

É por causa da memória destas coisas que o público do FC Porto é o mais exigente e o melhor público de futebol em Portugal — uma coisa tem que ver com a outra. Quem não está habituado ou se desabituou das grandes jornadas europeias, das grandes equipas e do grande talento, quer é ganhar de qualquer maneira — como sucede em Alvalade frequentemente, e na Luz, bastantes vezes. No Dragão é diferente: no Dragão queremos as vitórias, mas queremos também o grande futebol. Por isso, é que a ganhar por 1-0 a um inofensivo Boavista e mesmo na véspera de um jogo europeu decisivo na Turquia, o público do Dragão é capaz de assobiar a equipa, porque não está satisfeito com o espectáculo. No FC Porto é fácil ser treinador, por um lado, mas é difícil, por outro. É fácil, porque naquele clube tudo está pensado e organizado para triunfar e a cabina tresanda a ambição de vitória. Mas é difícil, porque ali não é possível pedir tempo aos adeptos nem viver com a desculpa de que são os árbitros que não nos deixam ganhar. E, para além das vitórias, nós queremos espectáculo, golos, futebol.

É por isso, podem crer, senhores jornalistas compreensivos e senhor presidente avesso a críticas, que eu tenho a certeza de que, apesar das sete vitórias e do alívio de Istambul, ninguém se sente ainda tranquilo nem satisfeito e a maior parte de nós continua a pensar, por exemplo, que não ter forçado a vitória contra o Liverpool foi uma oportunidade perdida (até porque o segundo lugar no grupo significa quase sempre a eliminação nos dezasseis avos-finais, às mãos de um «tubarão»).

E é por isso que o FC Porto tem de ir ou banco dos emprestados ou às compras, em Dezembro. Porque os golpes de génio do Quaresma ou os ocasionais flashes europeus do Lucho não vão chegar para as encomendas todas. Precisamos de mais um central de categoria, de dois médios criativos de ataque, de um extremo-direito e de um verdadeiro ponta-de-lança. É muita coisa. Pois é: foi uma pena ter desprezado o que nos dava jeito e ter ido buscar o que não precisávamos.



Texto digitalizado por mim do jornal Abola. Agradecimentos ao Fernando pela compra da mesma.

segunda-feira, outubro 08, 2007

7ªJORNADA: ACADÉMICA 0 - FCPORTO 1




7 jogos , 7 vitórias... Continuem a esse ritmo que eu não me importo:-)))

Quaresma - É por estes tiques de vedetismo que por mim já o tinha despachado...Têm tanto de bom jogador , como de um vedetismo mete nojo...então aquele ar de enjoado por ter sido substituído e ir directo para os balneários é de uma GRANDE FILHA DA PUTICE.




MARCADORES:

Lisandro 6 golos
Quaresma 2 golos
Raul Meireles 1 golo
Sektioui 1 golo
João Paulo 1 golo
Lucho 1 golo (1 gp)

INDISCIPLINA:

Qaresma 3 amarelos
Tarik 2 amarelos
Hélder Postiga 1 amarelo
Bosingwa 1 amarelo
Helton 1 amarelo
João Paulo 1 amarelo
Leandro Lima 1 amarelo
Lisandro 1 amarelo
Stepanov 1 amarelo

ASSISTÊNCIAS:

FCPorto-Sporting = 49709
FCPorto-Marítimo= 38519
FCPorto-Boavista= 31809


Mais um jornada que a coligação APITOS ENCARNADOS/ESVERDIADOS esteve em grande:




59' FALTA DE VUKCEVIC NO INÍCO DA JOGADA QUE DÁ O PRIMEIRO GOLO AO SPORTING do tamanho da falta de carácter de Paulo Bento e Viscondes Lda. A apanhar um banho de bola do Guimarães, nada melhor que uma ajuda de uma árbitro do...Porto.






43' GRANDE PENALIDADE NÃO MARCADA CONTRA O BENFICA por falta de Luisão sobre João Paulo dentro da grande- área do Benfica. Oh, srs...O João pode ser, lembram-se? Faz cá um jeito do caraças...





Continuamos a rir... Quando temos Elmanos Santos com dúvidas num PENÁLTI DO TAMANHO DA TORRE DOS CLÉRIGOS.

quinta-feira, outubro 04, 2007

quarta-feira, outubro 03, 2007

No Comments




P.S: Aguardo, com tranquilidade, a queixa que o Sporting vai fazer à UEFA por mais uma arbitragem escandalosa. Simplesmente porque o Sporting Clube e Kalimero pugna pela transparência do futebol e é inadmissível que uma entrada com o pé em riste à cabeça do guarda-redes e que resultou no primeiro golo dos Kalimeros não tenha sido marcada falta. Pela transparência, com toda a tranquilidade e falta de vergonha na cara!!!

terça-feira, outubro 02, 2007

MIGUEL SOUSA TAVARES

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TÍTULO DE CAPA:

KATSOURANIS NÃO PODIA EVITAR QUE A BOLA LHE BATESSE NO BRAÇO





TÍTULO DA CRÓNICA:

A CIGARRA, A FORMIGA E O KALIMERO




O Sporting não sabe perder e, por isso, adoptou a atitude do Kalimero, sempre a queixar-se dos «meninos maus» que lhe roubam a bola no recreio. É já uma cultura entranhada entre os sportinguistas, tão entranhada como o é a cultura de vitória entre os portistas ou a cultura de superioridade entre os benfiquistas.



Como se sabe, há três clubes chamados grandes no futebol português: a Cigarra, a Formiga e o Kalimero.

A Cigarra é o Benfica: faz-se tratar por «A Instituição» e auto-intitula-se de «maior clube do mundo» — com direito a diploma e tudo; diz que vai a caminho dos trezentos mil sócios e que terá uns trinta milhões de adeptos da «marca Benfica» espalhados pelo mundo inteiro; a sua grandeza é tão desmesurada, tão avalassadora, que nem é preciso ter, como este ano, uma equipa de futebol «que qualquer treinador do mundo gostaria de treinar», para que os títulos lhe caiam, naturalmente e por vassalagem alheia, aos pés. Porque acha que de há muito adquiriu por usucapião o direito natural aos títulos, «A Instituição» não acredita que estes exijam trabalho, talento e paciência. Resultado: não é campeão nacional em modalidade alguma, excepto em futebol de salão (que teve de começar a praticar exactamente para poder ser campeão em alguma coisa, tirando partido do facto de A Formiga não praticar a modalidade).

A Formiga é o FC Porto: passou décadas a prestar vassalagem aos Grandes de Lisboa, aceitando pacificamente o papel de animador inútil dos campeonatos. Até ao dia em que soltou o Grito de Ipiranga e nunca mais parou: ultrapassou confortavelmente o número de títulos nacionais do Kalimero e aproxima-se vertiginosamente dos da Cigarra e, em matéria de títulos internacionais, arrasou: face aos dois longínquos títulos de campeão europeu (numa época em que só três ou quatro boas equipas disputavam a Taça dos Campeões e em que, com estrelinha no sorteio, podia-se ir por ali fora), e face ao mítico título de uma obscura e já defunta Taça das Taças conquistada pelo Kalimero na noite dos tempos, a Formiga tem para apresentar, nos últimos 20 anos, uma Taça UEFA, uma Supertaça Europeia, dois títulos de campeão europeu e outros dois de campeão mundial. Este ano defende os títulos de campeão nacional de futebol, hóquei, andebol e já nem sei que mais. Épocas houve, nestes últimos anos, em que juntou simultâneamente todos os títulos de campeão das modalidades profissionais ou os títulos de campeão nacional de futebol em todos os escalões, dos infantis aos seniores. Tal qual como na fábula, tanto a Cigarra como o Kalimero gritam que os sucessos da Formiga são falsos e resultado apenas de batota — (nacional e internacional, presume-se). Repetem isto há vinte anos na esperança de que, como dizia Goebbells, repetir uma mentira até à exaustão a transforme numa verdade… por exaustão. A Formiga ri-se e segue em frente. Ela sabe que, para ganhar mais vezes do que os outros é preciso muito trabalho, muito talento, muita organização, muita humildade e uma cultura de vitória que não se consegue com simples proclamações de superioridade natural.

O Kalimero é Sporting e é o caso mais problemático. Os tempos mudam e os tempos mudaram em desfavor do Kalimero: no futebol nacional, tal como na vida política ou demográfica do país, os tempos evoluiram para a bipolarização e o Kalimero é o parceiro sobejante. Em vão, vive a proclamar que foram eles que trouxeram o futebol para Portugal, que são eles os gentlemen e guardiões do templo com a profusão de condes e barões que deram ao nosso futebol. A verdade é esta: o Kalimero tem hoje menos títulos, no futebol e no resto, menos adeptos, menos assistências e incomparavelmente menos projecção e conhecimento internacional do que a Formiga. Pior do que isso, eles — que se reivindicam de donos do fair-play e do bom gosto — sofrem de cada vez que comparam o seu novo estádio, com nome de Visconde, a essa coisa linear e deslumbrante que é o Estádio do Dragão, e desesperadamente sentem que, em cada nova geração de adeptos que chega ao futebol, são muito mais os dragões do que os leões.

O Kalimero não tem culpa disto e, ao contrário da Cigarra, tem feito tudo o que pode e deve para contrariar o inevitável. O Sporting — repito o que já aqui disse — é hoje o clube melhor administrado e o que mais faz para evitar a bancarrota em cuja iminência vivem todos os clubes portugueses (e mesmo que isso passe por sacar à Câmara Municipal de Lisboa negócios e benesses que deveriam fazer corar de vergonha os inspectores do IGAT que conseguiram descobrir graves irregularidades na construção do Estádio do Dragão, porque teria havido uns terrenos do clube permutados com a CMP e sobrevaliados, e assistiram depois, em respeitoso silêncio, a todos os negócios de favor celebrados pela CML com Benfica e Sporting para a construção dos seus novos estádios).

Dos três, o Kalimero é o que tem menos dinheiro e menos orçamento para o futebol, o que, em contrapartida, mais talentos cria e exporta, e o que mais faz das tripas coração para se manter na discussão ao nível do topo. Merece por isso um rol de elogios e só não merece todos porque lhe falta uma característica fundamental que distingue os verdadeiros desportistas e o verdadeiro fair-play das falsas nobrezas apregoadas: saber perder. O Sporting não sabe perder e, por isso, adoptou a atitude do Kalimero, sempre a queixar-se dos «meninos maus» que lhe roubam a bola no recreio. É já uma cultura entranhada entre os sportinguistas, tão entranhada como o é a cultura de vitória entre os portistas ou a cultura de superioridade entre os benfiquistas.

Como se tal não bastasse, o Kalimero usa, sem pudor algum, uma bitola com dois pesos e duas medidas, convencido de que ninguém nota a hipocresia. Quando acha que tem razões para se queixar do árbitro — o que sucede sempre que não ganha — arma um escabeche de todo o tamanho, com declarações inflamadas, comunicados patéticos ou rídiculas «procissões de luto»; quando são benficiados — o que acontece muito mais vezes e quase sempre quando jogam em Alvalade — calam-se muito caladinhos e assobiam para o ar. Dizem que só não foram campeões no ano passado porque sofreram um golo marcado com a mão, mas fingem não ter visto o golo que entrou dentro da sua baliza e não valeu ou os erros que lhes permitiram sair do Dragão com uma vitória. Este ano, passaram uma semana revoltados porque o árbitro não lhes marcou um penalty na Amadora, que não teria qualquer influência no resultado, mas calaram-se quando, em Alvalade e contra o Setúbal, o árbitro esqueceu um penalty a favor do Vitória, que teria modificado o resultado.

O «escândalo» desta semana é porque, dizem eles, lhe roubaram dois penalties na Luz ( o mesmo árbitro que os fez ganhar no Porto, em Abril passado…). Ora, penso que, se há alguém insuspeito a analisar um Sporting-Benfica, é um portista. E o que eu vi é que, dos três lances contestados no jogo, o único que oferece dúvidas acabou a beneficiar o Sporting: um penalty que João Moutinho terá cometido mesmo a terminar o jogo. O primeiro penalty reclamado pelo Sporting faz parte daquela categoria de penalties de que os sportinguistas reclamam aos dois ou três por jogo, já por hábito instalado. E o segundo, é preciso ter muito má-fé e uma total falta de vergonha para o reclamar. O país inteiro viu que não houve penalty algum, que o Katsouranis, a menos que fosse decepado, não podia evitar que a bola lhe batesse no braço. O juiz de linha viu mal e marcou penalty, o árbitro viu bem e não o marcou. Sustentar que deveria ter prevalecido a opinião do juiz de linha, mesmo que ela implicasse uma vitória falsa como Judas e com o argumento de que foi assim que o Benfica ganhou na Amadora, deita por terra, sem honra alguma, quaisquer veleidades de se armarem em donos do desportivismo.

Aliás, eu fartei-me de rir, ao ler no sábado e ontem o relato da «histórica reunião» promovida pela Bola entre os presidentes do Benfica e do Sporting. Almoçando antes do jogo, não tiveram dificuldades em entenderem-se na conclusão de que são ambos vítimas das arbitragens, em benefício do «Outro», e irmãos na luta contra o suposto «Sistema» (de que eles controlam tudo: Federação, direcção da Liga, Comissão de Arbitragem e Comissão Disciplinar). Mas — pensei eu com os meus botões — bastaria que houvesse um casosinho ou inventado como tal no jogo do dia seguinte, e lá se ia a harmonia, a irmandade e a luta comum contra as arbitragens e o «Sistema». Dito e feito.

PS: Paulo Bento transformou-se agora no farol dos treinadores sem luz à vista. O problema, Jorge Costa, é que o golo do Guimarães foi mesmo golo e não hoube falta alguma sobre o Madrid. E o problema é que os seus jogadores vêm mostrando, jogo após jogo, que a culpa não é dos árbitros. Você, que tão bem conhece e tão bem interpretou a cultura de vitória do FC Porto, é novo de mais como treinador para se refugiar na cultura do Kalimero.



Texto digitalizado por mim do jornal Abola. Agradecimentos ao Fernando pela compra da mesma e por ter actualizado aqui o blog na minha ausência. Isto está mau, este blog está quase a ir com os anjinhos:-))



Já agora não percam, Jorge Maia no Ojogo:

Grande dupla



Já tinha saudades dos Marretas. A minha personagem favorita era o urso Fozzie, talvez por me identificar com o fatalismo da figura, um cómico persistente embora sem graça, mas logo a seguir na minha lista de preferências, num honroso segundo lugar "ex aequo", estavam os dois velhotes, Waldorf e Statler. Surgiam sempre lado a lado, muitas vezes de copo na mão, sentados num camarote lateral, e criticavam acintosa, quase maldosamente, todos e cada um dos "sketches" dos outros Marretas, apontando o dedo, explorando fraquezas e rindo a bandeiras despregadas, como se não fizessem, eles próprios, parte de todo o espectáculo. Pois bem, posso estar enganado, mas quase posso jurar que eram eles na primeira página de um diário desportivo, ontem. Estavam diferentes, mas o tempo pode ter esse efeito. De resto, há indícios de que podiam ser eles. Continuavam de copo na mão, a rir, a criticar e a apontar o dedo aos outros, como se não fizessem, eles próprios, parte do circo. Falavam de mudar gente no futebol, como se não tivessem sido eles, o de bigode antes, e o outro depois, a desenhar a esquadro o elenco das duas últimas direcções da Liga. Gracejavam a propósito da necessidade de credibilidade do negócio, para a qual contribuem regularmente com críticas mais ou menos desbragadas à arbitragem de acordo com o benefício ou prejuízo instantâneo dos respectivos clubes. Uns cómicos. A prova viva de que, seguindo a longa tradição de Bucha e Estica, de Tom e Jerry, e do Senhor Feliz e do Senhor Contente, as grandes duplas da comédia estão bem vivas e aos pontapés.

6ª JORNADA: FCPORTO 2 - BOAVISTA 0



6 jogos , 6 vitórias. É verdade que o futebol podia ser melhor , mas aqueles que vão para lá assobiar METAM O FILHA DA PUTA DO ASSOBIO NO CU!!! FIQUEM EM CASA!!! O FCPORTO NÃO PRECISA DE VÓS.

Depois de algum críticos afirmarem que o FCP era Quaresmadependente, como ele agora não têm jogado grande coisa, espero que agora digam que somos Lisandrodependentes. Daqui a algumas semanas vão arranjar outro FCP dependente!!!



MARCADORES:

Lisandro 6 golos
Quaresma 2 golos
Raul Meireles 1 golo
Sektioui 1 golo
João Paulo 1 golo


INDISCIPLINA:

Qaresma 3 amarelos
Tarik 2 amarelos
Hélder Postiga 1 amarelo
Bosingwa 1 amarelo
Helton 1 amarelo
João Paulo 1 amarelo
Leandro Lima 1 amarelo
Lisandro 1 amarelo

ASSISTÊNCIAS:

FCPorto-Sporting = 49709
FCPorto-Marítimo= 38519
FCPorto-Boavista= 31809

segunda-feira, outubro 01, 2007

OS BATANETES II




AHAHAH...HILARIANTE!!!! JÁ NÃO ME
RIA TANTO HÁ MUITO TEMPO!!
!



Já tivemos a versão Os BATANETES I:





Agora temos a nova versão OS BATANETES II:



Eh,eh,eh...Olha os Batanetes a verem a vida a fugir-lhes!!!

Mas Batanetes, não se preocupem. O Jesualdo promete que só aumenta a distância até Dezembro, depois é sempre a descer até a um final emocionante!!!

Não consigo parar de rir. Esta primeira página do pasquim é de ir às lágrimas. Um dos Batanetes ainda agora passou uma eliminatória com o caso mais escandaloso dos últimos tempos; o outro Batanete ganhou um trofeú à custa de uma grande roubalheira. Não há dúvida: são uns coitadinhos de uns batanetes. Mas o mais curioso, é ver o Soares Franco nestas figuras...Eh,eh,eh. Deve ser esta a nova geração de dirigentes. Quando vêem as coisas ficarem pretas recorrem ao mercado negro:-)))

Mas uma coisa eles têm razão, quando dizem: " É PRECISO MUDAR PESSOAS" . Os adeptos do Benfica e Sporting já andam a pensar nisso e por este caminho vai ser mais rápido do que eles pensam:-)