quarta-feira, novembro 30, 2005

Rui Santos - A escola de Vieira


A profissão de vendedor de kits é tão digna como a de ‘opinador’...

1. O sr. presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira (LFV), anda nervoso e disso deu prova na entrevista que concedeu esta semana à RTPi. Antes, já se tinha encarregado de anunciar, em Toronto, que ia “denunciar os jagunços”, pelo que a sua prestação televisiva contava com essa promoção-extra. No Canadá disse, então, LFV que “há gente nos jornais que devia ser banida”.

Na entrevista à RTPi quis visar-me, alegadamente porque o ofendi (e com ele, que presunção!, todos os benfiquistas) no meu último artigo ‘Chuchas e kits’, cujo título tem, como é de elementar compreensão, um enquadramento específico. Basta ler. E, lendo, não deixo de concordar com aquilo que LFV afirmou na citada entrevista: “o ‘chucha--kit’ não existe”. Não existe mesmo.

Para além de muitas coisas que não lhe ensinaram quando era tempo disso é que ofensa e crítica não são a mesma coisa. Aliás, LFV pode chamar lixo às pessoas, pode levantar suspeitas não fundamentadas, pode afirmar que há jornalistas a querer fazer negócios com os jogadores, pode dizer, também, que alguns jornalistas escrevem aquilo que lhes mandam escrever, e em relação a estas duas acusações a única coisa que o desafio a afirmar, preto no branco, é que diga claramente quem anda a beber, a comer e a fumar à conta dele e de outros dirigentes; quem anda a tentar fazer negócios com transacções de jogadores. QUEM PAGA A QUEM?

O discurso não é novo e postura sobejamente conhecida. Já todos sabíamos que LFV sempre conviveu muito mal com a crítica (não é o único, mas é um dos casos mais assanhados) e parece claro que se julga com poder para banir. Deve ter lido mal os estatutos. Aliás, esse é um dos problemas do sr. Filipe Vieira. Tem muita dificuldade em ler e mais ainda, como é óbvio, em interpretar o que se escreve. Acha-se muito competente a juntar números e cifrões mas é manifestamente incompetente a juntar letras. Não vou aconselhá-lo a regressar à escola, porque isso poderia ser considerado uma ofensa e seria tempo perdido; de resto, o ensino já tem problemas suficientes a afectá-lo. Mas aconselho-o pelo menos que arranje alguém mais competente, não apenas para lhe escrever os discursos mas sobretudo para lhe traduzir os artigos. Aliás, mesmo com a assessoria que lhe é prestada, LFV tinha a obrigação de recolher melhor informação porque, ao contrário do que julga, há ‘opinadores’ que também são jornalistas. É o meu caso. Possuo a carteira profissional n.º 1199, completo em Janeiro 30 anos a escrever para os jornais, no final da década de setenta já opinava sobre questões relacionadas com o futebol juvenil e o futebol português e, ao longo deste tempo, nunca me detectaram qualquer problema do foro psicológico.

Acompanho o futebol, profissionalmente, há três decénios (entende?), promovi a modalidade pela base, investi tudo na minha profissão e, durante este longo tempo, não me recordo de o ter visto. Não sei o que ele fez no futebol nem o que contribuiu para o seu desenvolvimento. LFV não sabe nem procura saber. O que o irrita, solenemente, é que não me controla. Nem com charutos, nem com almoços, nem com jantares, nem com cães, nem com cadelas, nem com encontros privados para discutir estratégias editoriais. LFV é o presidente do Benfica e o Benfica precisa de se reerguer. Apesar do rol de promessas não cumpridas; apesar de mandar calar os seus próprios jogadores e multá-los; apesar das mentiras que diz (a propósito, saí de ‘A Bola’ por vontade própria e não estou minimamente convencido daquilo que afirma, era o que faltava!), desejo-lhe as maiores felicidades no seu trabalho. Vou continuar a fazer o meu. Não sonhe comigo que não vale a pena. O Benfica precisa da sua atenção para outros assuntos (nomeadamente para esclarecer o ‘caso Mantorras’) e não para andar à caça às bruxas. Essa mania da perseguição também concorre para ler mal e interpretar pior. O Benfica é demasiado grande para ter de suportar discursos sem nível. Só tem classe quem pode e não quem quer. Tenho pena! Muita pena mesmo! A profissão de vendedor de kits é tão digna como a de ‘opinador’. Com uma grande diferença: os ‘opinadores’, que eu saiba, não compram passes de jogadores. Os vendedores de kits compram – e são capazes de ser adeptos de diversos clubes ao mesmo tempo, deixando para trás um rasto de falência.

Os verdadeiros campeões não são aqueles que ganham títulos e fortunas na bola. Não são aqueles que passam a vida a dizer que não se servem do futebol. Os verdadeiros campeões são aqueles que são capazes de fazer bem. Genericamente, na vida. Nela há os equilibrados e os equilibristas. É um facto incontornável. A diferença, às vezes, esbate-se. E o inferno está cheio de presunçosos.

Há palavras ocas e feias que representam muito pouco na boca de certas pessoas, mesmo quando elas se acham donas de tudo. Apesar das dúvidas lançadas a este respeito na sociedade portuguesa, ainda penso que vale a pena recorrer aos tribunais para que não se crie a sensação de que o poder de certos cargos pode concorrer para a destruição de direitos inalienáveis consagrados na Constituição. O sr. presidente do Benfica talvez pense que também pode controlar a Justiça e os Tribunais do mesmo modo como pensa que é capaz de controlar a Liga, a Federação, a Arbitragem, a UEFA, a FIFA, os Partidos Políticos, as Forças Armadas, a Assembleia da República e o Papa. Ele parece não perceber o que é viver em democracia mas nós, que aprendemos todos os dias, temos a obrigação de transmitir os ensinamentos que a vida nos proporciona. Esse é o meu modesto contributo porque, também perante a ignorância, devemos mostrar magnanimidade.

2. Considerando o que aconteceu em Braga, o Benfica tem, entre muitos outros, um problema para resolver. Que vai fazer com Simão? A melhor proposta que se conhece, do Liverpool, situa-se nos 15 milhões de euros e data de fim de Agosto. Os ingleses não parecem dispostos a dar muito mais e têm alternativas a Simão. Significa que, se não houver propostas atractivas de maneira a satisfazer o clube da Luz e o jogador, os responsáveis têm sempre o argumento de que o Benfica precisa de conservar os seus melhores atletas. A verdade é que, nessas circunstâncias e numa situação desportiva mais difícil, vão ter de compensar Simão, que viu em Agosto goradas as hipóteses de ver engordada a sua conta bancária.

Por outro lado, é tempo de se perceber o que está a acontecer no Departamento Médico dos ‘encarnados’. Esticar até estourar?

Rui Santos in CM, Hilariante...

MIGUEL SOUSA TAVARES


Unidos na desgraça

BENFICA e FC Porto estão finalmente unidos: unidos na desgraça holandesa. Para quem esperava que a contratação de dois treinadores holandeses por parte dos dois maiores clubes portugueses viesse revolucionar o respectivo jogo, trazer ao nosso campeonato a versão moderna do tal «futebol total» que imortalizou a escola holandesa e pôr um e repor o outro no trilho da Europa de luxo, estes primeiros três meses da experiência holandesa têm sido frustrantes. Ambos estão à beira de ser implacavelmente afastados da Liga dos Campeões e em risco até de o serem também da Taça UEFA, desperdiçando a sorte que os colocou em dois grupos classificativos perfeitamente acessíveis, e depois de públicas e reiteradas demonstrações de medo, falta de ambição, de estratégia e de clarividência. E se, internamente, o Benfica caminha vários passos atrás do FC Porto, num impensável 6.º lugar, também é verdade que já venceu no Porto, onde Koeman deu uma lição de estratégia a Adriaanse. Ontem, mercê de uma vitória feliz em Barcelos — uma vez mais devida ao talento de Ricardo Quaresma e após mais uma exibição miserável, em que Adriaanse voltou amostrar todas as suas qualidades estáticas no banco — o FC Porto ganhou oito pontos de avanço sobre o Benfica. Mas tudo pode ficar mais nivelado entre ambos (nivelado por baixo), se, na próxima sexta-feira, conforme é de temer, também Paulo Bento for ao Dragão ensinar a Co Adriaanse como é que se ganha um jogo importante. Olhando para este primeiro terço de campeonato e para o que treinadores portugueses têm feito à frente de equipas como Nacional, Sp.Braga e Vitória de Setúbal, só podemos concluir que se Koeman e Adriaanse fossem portugueses já estariam despedidos.


Bem vistas as coisas, Koeman tem mais desculpa do que Adriaanse. O Benfica dispõe de pouco mais de metade do orçamento do FC Porto, tem tido menos apoio do público no seu estádio e tem, sobretudo, pior equipa e pior banco. Com a lesão de Simão tornou-se evidente, para quem ainda pudesse ter dúvidas, que todo o futebol de ataque do Benfica depende dele, passa por ele e conclui-se quase sempre com ele. Com a lesão dos dois guarda-redes principais foi a vez de abanar de alto a baixo toda a estrutura defensiva, remetendo o Benfica para uma série de seis jogos sem vencer e para uma atitude competitiva própria das equipes que tudo temem e nada arriscam. Isso não justifica todos os erros de Ronald Koeman—como a ideia de jogar com quatro centrais, dois laterais e dois trincos, em Paris, praticamente em «casa», contra uma equipa menor da cena europeia e num jogo em que só lhe podia interessar ganhar. Mas a verdade é que a actual equipa do Benfica é o resultado de uma penosa reestruturação, iniciada há dois anos atrás e a partir praticamente do nada. E, a menos que apareça um Abramovitch caído do céu, nenhuma equipa é capaz de passar de banal a bestial em dois anos. Independentemente dos erros cometidos, Koeman tem ao seu dispor o que tem—e o que tem é manifestamente pouco para as ambições alimentadas pelos seus dirigentes. Não é por acaso que estes já puseram em marcha a campanha de sensibilização dos árbitros e da Comissão de Arbitragem, aliás fundada em pretensas razões de queixa ridículas: quando não se tem cão, caça-se com gato.


Já no FC Porto, as coisas são radicalmente diferentes. O que não tem faltado ali são milhões ao desbarato para comprar jogadores em série—doze a quinze em cada ano que passa — e pagar salários de luxo ao primeiro que aparece ao virar da esquina.E se Adriaanse pode dizer que a equipa não é dele, mas do presidente (o que é verdade), também é duvidoso que fosse melhor ao contrário, a avaliar pelas estapafúrdias equipas que escala para pôr a jogar, ou até pelo único jogador por si escolhido — o turco Sonkaya, que conseguiu a proeza de fazer as bancadas do Dragão destilar saudades do Secretário. Adriaanse tem e teve tudo para conseguir estar hoje numa posição intocável perante os adeptos, a começar por um fulgurante início de época, unanimemente elogiado por todos.E tudo a sua teimosia e a sua soberba levou...O futebol de ataque, que deslumbrou ao ponto de levantar críticas pela sua ousadia, foi caindo, caindo, ao ponto de entrar a jogar em casa, num jogo em que só a vitória interessava, contra o medíocre Glasgow Rangers, desfalcado e em crise profunda, sem nenhum ponta- de-lança e reduzido na prática e 10 jogadores, pela teimosia em voltar a insistir no inútil Jorginho. Em cinco jogos da Liga dos Campeões, Adriaanse perdeu três, empatou um, equivalente a derrota, e só ganhou um, graças a dois ressaltos felizes.E, revendo o filme de cada um dos seus quatro desaires, é justo reconhecer que todos eles foram perdidos por influência directa do treinador—tal como sucedeu contra o Benfica. Em todos eles tornou-se gritantemente evidente que Adriaanse não estudara os adversários, não tinha nenhuma estratégia para os jogos, escalou equipas sem lógica visível, fez substituições sem nexo, e não conseguiu segurar nenhuma das situações de vantagem de que dispôs em todos eles. Tranquilamente, podia ter agora 11 pontos e o primeiro lugar garantido: tem quatro e fortes hipóteses de terminar o grupo em último lugar. É certo que ainda pode conseguir o milagre, mas, não só não o merece, como nada poderá já apagar a imagem repetida dos sucessivos erros de pura incompetência acumulados. Pinto da Costa bem pode — num acto que no passado deu frutos mas que agora surge como uma deslocada provocação aos adeptos—prolongar-lhe o contrato de dois para três anos, sem que os resultados ou o mérito o justifiquem. Mas, a continuar assim, o problema do presidente do FC Porto, para a próxima época e a seguinte, vai ser o de convencer os sócios de lugar cativo a renovarem os seus lugares. E, sem eles, não há público no Dragão nem dinheiro para o festival de compras do Verão.


Ontem à noite, contra o Gil Vicente, foram os gritos dos adeptos, por exemplo, que obrigaram Co Adriaanse a perceber, quase no fim, aquilo que qualquer adepto habitual de futebol já tinha percebido: que era preciso refrescar o ataque, tirar aquele estranho caso patológico em que se transformou o Jorginho e tirar o mais que desgastado Lisandro López. Se ficasse aqui a enumerar todas as situações gritantes, evidentes, em que o treinador do FC Porto foi a única pessoa no estádio a não perceber o que se estava a passar no jogo, nunca mais acabaria. Eu olho para ele e vejo-o sempre sem expressão, sem reacção, incapaz de comunicar com os jogadores, de transmitir ordens para dentro, de ver o jogo decorrer conforme uma estratégia planeada (como fazia Mourinho), ou, ao menos, de corrigir as coisas no decorrer do jogo (como fazia António Oliveira). Vejo-o sim dar asas aos jogadores e depois liquidá- los sem explicação; promover a indiscutíveis jogadores que nada provam e subitamente desprezar outros que toda a gente percebe que são mais-valias, como já sucedeu com Quaresma e agora sucede com McCarthy. Tudo sem nexo, sem critério, sem correspondência com o que se vê durante os jogos. Tudo aparentes caprichos de um vaidoso que não tem currículo para o ser. Adriaanse deveria ter aprendido a lição de Mourinho: não é vaidoso quem quer, mas quem pode.

FC Porto reduz prejuízos e passivo no 1º trimestre da época

Reabertura do mercado em Janeiro traz novas oportunidades

FC Porto reduz prejuízos e passivo no 1º trimestre da época

O FC Porto reduziu o seu passivo no primeiro trimestre fiscal, que findou a 30 de Setembro. A redução foi de 8,3%, ou 11 milhões de euros, e deixa o passivo nos 122,4 milhões de euros, anunciou a SAD do clube em comunicado.

A SAD portista manteve prejuízos, mas estes foram agora menores, passando de 8,2 para 5,7 milhões.

As vendas e prestação de serviços subiram 11% para 8,4 milhões.

Os proveitos operacionais da empresa aumentaram 4% face ao homólogo, e os custos operacionais diminuíram 13%, ou 2,3 milhões.

As despesas com salários também recuaram 19%, ou 1,8 milhões de euros, face ao homólogo, situando-se nos 7,4 milhões de euros no trimestre em causa. O rácio de salários sobre proveitos operacionais diminuiu de 90% para 70%.

Já os resultados relativos a passes dos jogadores atingiram os 3,2 milhões negativos, acima dos 2,2 milhões do homólogo.

Contenção nas despesas e investimentos para esta época

«No exercício 2005/6 a sociedade perspectiva o sucesso desportivo num enquadramento orçamental rígido. O orçamento aprovado pelos accionistas prevê uma estratégia de contenção nas despesas e nos investimentos. As contas divulgadas neste primeiro trimestre estão em perfeita sintonia com a estratégia definida e com o orçamento aprovado», refere a SAD no comunicado.

O plantel 2005/6 foi reforçado com os investimentos realizados nos jogadores Marek Cech, Helton, Fatih Sonkaya, Sokota, Alan e Jorginho. Recorde-se que os argentinos Lucho González e Lisandro López, apesar de terem sido contratados em Abril de 2005, apenas iniciaram a sua prestação desportiva na época em curso.

«Este grupo constitui o plantel mais jovem da Liga Portuguesa (média de idades de 24 anos) o que revela que o esforço de investimento tem sido direccionado para jovens com elevado potencial desportivo e de valorização», diz ainda a SAD.

De resto, há ainda a ter em conta que «as mais valias com transferências ocorrem nas janelas de transferências (Janeiro ou fim de época), permitindo dessa forma corrigir deficits de exploração apresentados em períodos de prestação de contas intermédios. Ainda assim, neste período está contabilizada a mais valia líquida decorrente da transferência de Nuno Valente para o Tottenham Hotspurs».

A queda de 19% nos custos com pessoal «é em parte explicada pelas despesas contabilizadas no 1º trimestre de 2004/5 relativas a rescisões contratuais acordadas com alguns jogadores e com a equipa técnica», especifica a empresa.

Parceria com PT garante proveitos globais fixos de 21,2 milhões

Na estrutura de proveitos, a SAD destaca o facto dos proveitos operacionais excluindo proveitos decorrentes de transferências terem crescido 9% face ao 1º trimestre 2004/5. «Este crescimento é em parte explicado pela renegociação do acordo de patrocínio com a Portugal Telecom, que agora se estende até 30 de Junho de 2011». Esta parceria comercial permite à SAD garantir, nos próximos 6 anos, «proveitos globais fixos de 21,2 milhões de euros que poderão crescer em função da performance desportiva durante a vigência do contrato».

O crescimento de receitas está também relacionado com o aumento dos espectadores no Estádio do Dragão. «De facto neste início de época as assistências aos jogos, nomeadamente as receitas decorrentes da venda de bilhetes jogo a jogo, registaram um crescimento considerável que demonstra uma maior confiança na equipa», conclui.

Rolling Stones no Dragão em 2006



A banda Rock britânica Rolling Stones vai voltar a pisar palcos portugueses a 12 de Agosto de 2006, para um espectáculo no Estádio do Dragão, no Porto, num concerto englobado na digressão europeia do mais recente álbum do grupo ‘A Bigger Band’.

Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood e Charlie Watts iniciam a digressão em Barcelona no dia 27 de Maio e terminam a 18 de Agosto em Dublin. Os Rolling Stones começaram a digressão mundial no passado dia 21 de Agosto, em Boston, nos EUA.

Baptizada de ‘A Bigger Bang World Tour’, a digressão tem por móbil a promoção do novo disco do grupo (’A Bigger Bang’) a editar a cinco de Setembro. Em palco, porém, Jagger, Richards, Wood e Watts não vão deixar de interpretar os mais importantes clássicos da banda.

Depois da passagem pelo Estádio Cidade de Coimbra em 2003, os ‘Stones’ regressam aos palcos lusos para satisfação dos milhares de fãs portugueses.


GIL VICENTE 0 - FCPORTO 1

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SOMOS OS PRIMEIROS !!!!!

Infelizmente ., mais uma vez não pude acompanhar como queria o jogo..só vi um pequeníssimo resumo nos telejornais e não posso dizer muito...a não ser que a avante puta ressabiada do Pravda lampião colocou uma primeira página muito engraçada...os mesmos que se esquecem das milhentas situações a favor do clube do seu coração e que nunca aparecem em primeira pagina. Hilariante é também o estudo o avante no dia seguinte, dizem eles.... "estudo objectivo" dos pretensos casos a prejudicar os lampiões. E qual é a objectividade deles? A objectividade baseia-se nos palhaços lampiões jornalistas do avante que acompanharam os jogos do seu clube do coração...ehehehehehe...qual ex-arbitros a analisarem os casos pela TV, qual especialista em arbitragem,qual nada....o que os palhaços lampiões jornalistas escreveraam sobre o jogo é o que é!!! Imparcialidade acima de tudo!:-))))

No Benfica - Belenenses, os lampiões como aquilo já não dá mais queixam-se dos arbitros por tudo e por nada...pedem penaltis por cada situação!!! Há razões de queixa de ambas as partes...

Entretanto vi no Sporting - Guimarães, Carlos Martins a fazer um falta claríssima para amarelo, seria o segundo amarelo, consequente vermelho (Sporting com menos um jogador ainda na 1ªparte e excluído do FCPorto-Sporting) mas ficou em campo e deu a marcar o primeiro golo do Sporting, e fez o segundo...É o Sistema!!!

TOP Marcadores FCPORTO:

César Peixoto 4 golos
Hugo Almeida 3 golos
Lisandro 3 golos
Lucho 3 golos
Quaresma 2 golos
Ricardo Costa 1 golo
Alan 1 golo
McCarthy 1 golo
Jorginho 1 golo
Ivanildo 1 golo (1 Taça)

TOP Disciplina FCPORTO:


Bruno Alves 1 vermelho directo ( 2 jogos castigo, 2 cumpridos)
Ricardo Costa 3 amarelos ( 1 Taça)
Raul Meireles 3 amarelos ( 1 Taça)
Cesar Peixoto 3 amarelos
Jorginho 2 amarelos
Sonkaya 2 amarelos ( 1 Taça)
Paulo Assunção 2 amarelos ( 1 Taça)
Pedro Emanuel 2 amarelos
Hugo Almeida 1 amarelo
Bruno Alves 1 amarelo
Ibson 1 amarelo
Lucho Gonzalez 1 amarelo
Bosingwa 1 amarelo
Chech 1 amarelo
McCarthy 1 amarelo
Quaresma 1 amarelo
Lisandro 1 amarelo
Diego 1 amarelo





MODALIDADES

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BASQUETEBOL

FCPORTO 79 - CAB MADEIRA 68

1ºFCPORTO 85.71%
2ºOVARENSE 85,71%

P.S: O inglês kojo Mensah-Bonsu é novo reforço, ex-CAB Madeira, substituindo o lesionado Reed Rawlings que deixa o plantel.


HÓQUEI EM PATINS

FCPORTO 6 - HC CAMBRA 1

1ºBENFICA 17
2ºOLIVEIRENSE 17
3ºBARCELOS 16
4ºFCPORTO 16
5ºJ.VIANA 16

P.S: O argentino Emanuel Garcia foi punido com seis meses de suspensão, depois de ter acusado nandrolona...o FCPorto vai rcorrer, tendo em conta que situações análogas o ano passado foram punidas com 3 meses...

Ainda o caso Feher

Bem, pode ser que assim o benfica pague o que deve à família do Feher que meteu um processo em tribunal contra o benfica...


O juiz da 8.ª Vara do Tribunal Cível do Porto decidiu ontem que o Benfica nada terá de pagar ao FC Porto pela formação do malogrado Miklos Fehér.
O caso arrasta-se há muito tempo e já foi julgado pela Comissão Arbitral Paritária da Liga, que julga estes conflitos no âmbito desportivo. O FC Porto começou por reclamar 6 milhões de euros pela formação do futebolista húngaro que faleceu ao serviço do Benfica, tendo aquela comissão entendido que só tinha direito a receber 600 mil euros.
O Benfica não ficou satisfeito com esta decisão e levou o caso para as instâncias judiciais comuns, onde agora ficou a saber que não terá de pagar nem 6 milhões de euros, nem 600 mil euros.
As duas partes serão agora informadas da fundamentação da sentença lavrada na 8.ª Vara Cível do Tribunal do Porto, pelo juiz Alberto Costa, que terá entendido não haver direito a qualquer tipo de compensação pelo tempo que Fehér passou no FC Porto, o seu primeiro clube em Portugal.

FUTEBOL JOVEM

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FCPORTO B

PAREDES 2 - FCPORTO 0

1ºPAREDES 14
14ºFCPORTO B 6 (-2 jOGOS)


JUNIORES A

RIO AVE 1 - FCPORTO 1

1ºFCPORTO 26
2ºBOAVISTA 26


JUNIORES B

BOAVISTA 0 - FCPORTO 1

1ºLEIXÕES 31
2ºFCPORTO 30
3ºBOAVISTA 23


JUNIORES C

FCPORTO 4 - SALGUEIROS 0

1ºFCPORTO 31
2ºFEIRENSE 21

sábado, novembro 26, 2005

Pinto da Costa

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Jorge Costa:


"O Jorge Costa tem um passado no FC Porto, é um atleta com contrato e, esteja no clube ou não, merecerá respeito de toda a gente. Tem comigo uma relação sincera, leal e verdadeira, e falamos sempre olhos nos olhos. Aliás, basta ler algumas páginas do livro que lançou para se perceber isso. O que o Jorge decidir terá sempre o meu apoio. Cá ou fora, o Jorge será sempre um elemento do FC Porto e um grande dragão".

"De momento. não há nada. Li e ouvi que vão sair este ou aquele. Falei com o Jorge Costa, dei-lhe a minha opinião e, não vou dizer que estou convencido, mas admito que ele vai continuar. Embora compreenda algumas das razões que apontou para o seu descontentamento, a decisão será dele, mas espero que não saia nenhum jogador".

Co Adriaanse:

"Quando se fez o contrato, assinou por dois anos e, se houvesse uma adaptação, ficou logo assente e escrito que seria por mais um ano.
Há muito tempo, já não me lembro quando, combinámos que estava adaptado, estávamos satisfeitos e passámos à prática o que já estava discutido. Não foi uma decisão de agora, foi tomada seguramente há mais de um mês. E accionámos a opção devido à sua maneira de trabalhar, à organização, à satisfação dele com o plantel, para além de sentirmos que cada vez mais o plantel está identificado com ele".

Liga dos Campeões:

"Só dependíamos de nós e agora não. Temos de ganhar o nosso jogo e o Inter tem de vencer em Glasgow. Está mais difícil, mas estamos esperançados. Os adeptos estão descontentes, tal como eu, jogadores e treinador, mas isso não resolve nada. É necessário fazer com que as coisas corram melhor".

Sporting:

"Ouvi na rádio que, com o FC Porto, as relações são inexistentes. Ele não disse nenhuma mentira. São inexistentes por iniciativa nossa e não vejo nenhuma razão para as alterar".

Nuno Gomes:

"Se vocês publicaram isso [denúncia], e deve ter sido informação da Liga, deduzo que tenha sido o FC Porto, mas não posso garantir".


sexta-feira, novembro 25, 2005

Que ganhe pelo menos juizo...

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FC Porto exerce opção

Adriaanse renova até 2008

O FC Porto prolongou o contrato com o treinador holandês por mais um ano, accionando a opção que já estava prevista no contrato original. Um voto de confiança que sai a público num momento de alguma contestação ao técnico que, desta forma, fica ligado ao clube até 2008.

quinta-feira, novembro 24, 2005

O mesmo filme...

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Não pude acompanhar nem ao vivo, nem via tv , nem rádio...acompanhei o jogo por aqui:

O FC Porto empatou esta noite no Dragão com o Glasgow Rangers, por 1-1, num jogo em que dominou totalmente apenas permitindo dois remates à equipa escocesa: um deles deu o golo do empate. Agora, os portistas têm de ganhar em Bratislava ao Artmedia e esperar que o Inter ganhe em Glasgow, ao Rangers. FICHA DO JOGO: FC Porto 1-1 Glasgow Rangers (intervalo) (Lisandro 59'; McCormack 82'). Equipas oficiais – FC PORTO: Vítor Baía; Bosingwa, Pepe, Pedro Emanuel e César Peixoto; Paulo Assunção; Jorginho, Diego e Lucho; Quaresma e Lisandro. GLASGOW RANGERS: Waterreus; Ricksen, Andrews, Kyrgiakos e Murray; Hemdani; Namouchi, Rae, Ferguson e Lovenkrands; Jeffers. Árbitro: Herbert Fandel (Alemanha).
FILME DO JOGO
1' - Começou a partida. Saiu o FC Porto.
1' - Primeiro remate do jogo. Quaresma entra pelo lado esquerdo, flecte um pouco para o meio e atira, mas à figura de Waterreus.
4' - Cruzamento de Bosingwa da direita e Lisandro desvia para as mãos de Waterreus.
7' - Novo cruzamento da direita de Bosingwa, e cabeceamento de Lisandro, por alto.
10' - O FC Porto está a pressionar, à procura de espaços para atirar para o golo, e o Glasgow Rangers limita-se a defender, não tendo ainda rematado à baliza de Vítor Baía.
15' - O FC Porto continua a fazer o seu jogo, mas o Glasgow Rangers não sai da sua defesa.
20' - Vítor Baía acaba de tocar pela segunda vez na bola. Com os pés, e em ambas as vezes por atrasos de bola dos seus companheiros.
25' - O jogo de paciência portista mantém-se.
30' - O FC Porto terá que jogar mais rápido, porque a teia escocesa continua apertada e os portistas já não rematam há mais de 20 minutos.
36' - Remate de Quaresma, sobre a esquerda, à malha lateral da baliza de Waterreus.
45' - Final da primeira parte.
46' - Recomeçou o jogo com uma substituição no FC Porto. Saiu Pedro Emanuel e entrou Hugo Almeida.
48' - Cruzamento de Paulo Assunção, Quaresma deixa passar a bola, e Hugo Almeida desvia, ao lado.
49' - Remate de Lucho, fraco e para fácil defesa de Waterreus.
50' - O FC Porto continua denodadamente à procura do golo, mas, apesar de contar com mais um avançado, não consegue penetrar na densa defesa escocesa.
52' - Canto da direita marcado por César Peixoto e cabeceamento de Jorginho por alto.
58' - Cartão amarelo para Hemdani, por mão na bola.
59' - GOLO DO FC PORTO. Cruzamento da direita de Bosingwa e cabeceamento de Lisandro a inaugurar o marcador.
62' - Substituição no Glasgow Rangers. Saiu Rae e entrou Thompson.
62' - Cartão amarelo para Murray por falta dura sobre Quaresma.
63' - Segunda substituição no FC Porto. Saiu Diego e entrou Bruno Alves. Co Adriaanse não facilita e recompõe a defesa.
68' - Primeiro remate do Glasgow Rangers em toda a partida. Ferguson atirou de longe, mas por cima da baliza de Vítor Baía.
70' - O Glasgow Rangers adianta-se finalmente no terreno, mas o FC Porto está atento e não permite veleidades ao adversário.
75' - Nova substituição no Glasgow Rangers. Saiu Jeffers e entrou McCormack.
78' - Última substituição no Glasgow Rangers. Saiu Lovenkrands e entrou Burke.
82' - GOLO DO GLASGOW RANGERS. Cruzamento da direita do ataque escocês, cabeceamento de Burke ao poste contrário para o centro, onde apareceu McCormack apareceu a empatar o jogo. Foi o segundo remate do Glasgow Rangers em todo o jogo.
88' - Grande perdida do FC Porto. Cruzamento da esquerda de Quaresma e três remates consecutivos: de Hugo Almeida, de Lisadro e de Paulo Assunção. O último tiro saiu ao lado, depois da bola bater num defesa.
90' - O árbitro manda jogar mais dois minutos.
90+1' - Final do jogo.

Já temia este resultado quando o Co Adriaanse ameaçou mudar a equipa...duas vitórias seguidas era uma coisa boa demais...azar? Claro e muito...Perdemos pontos muito injustos em Glasgow, Artmedia e ontem...a eficácia dos adversários têm sido uma coisa "escandalosa"!, mas por outro lado ganhamos ao Inter quando não o mereciamos e perdemos bem em Milão. Moral da história, preferia ter perdido contra o Inter em casa e ganho quando efectivamente o mereciamos, enfim...

Eu sei que não vai acontecer, dado o histórico da época passada, mas espero que o fim de época chegue depressa para o Co Adriaanse levar um pontapé no cu...prometeu tanto e está a ser uma desilusão completa...e quando parece que as coisas estão a ir no bom caminho, lá vem o inventor estragar tudo...

Quanto ao futuro na competição...eu acho que o Inter de Milão ganha mais fácilmente em Glasgow do que o FCPORTO ao Artmedia...logo não espero nada de bom...concentrem-se na Liga...

Top Marcadores Champions

Pepe 2 golos
Lucho 1 golo
Diego 1 golo
McCarthy 1 golo
Hugo Almeida 1 golo
Lisandro 1 golo

Top Disciplina Champions

Bosingwa 2 amarelos
Quaresma 2 amarelos
Lucho 1 amarelo
Hugo Almeida 1 amarelo
Pepe 1 amarelo

Classificação Grupo H

1ºInter 8-3 »12 pontos
2ºRangers 6-6 »6 pontos
3ºArtmedia 5-9 »5 pontos
4ºFC PORTO 8-9 »4 pontos

MODALIDADES



ANDEBOL

FCPORTO 27 - MADEIRA SAD 27

1ºBELENENSES 30
2ºFCPORTO 21 (-2 JOGOS)


BILHAR - SUPERTAÇA DE POOL FEMININO

FCPORTO VENCEDOR DA SUPERTAÇA

quarta-feira, novembro 23, 2005

MIGUEL SOUSA TAVARES


Eles existem, os génios

E, depois, existem os génios, os predestinados, aqueles que não nasceram para mais nada que não rigorosamente para jogar futebol. Este sábado vi dois génios do futebol em acção, um ao vivo no estádio e outro pela televisão: Ricardo Quaresma, no Dragão, e Ronaldinho Gaúcho, em Chamartin.

COMO em todas as outras áreas da actividade humana, também no futebol existem várias espécies de praticantes: os maus e os medíocres, que, por pudor ridículo, nunca são classificados como tal; os banais e os razoáveis, muitas vezes confundidos com grandes jogadores; e os bons e muito bons, que mal tocam na bola se distinguem dos demais. E, depois, existem os génios, os predestinados, aqueles que não nasceram para mais nada que não rigorosamente para jogar futebol. O maior génio que alguma vez vi pisar um campo de futebol chamava-se Johan Cruyff, era holandês e deslumbrou no Ajax e no Barcelona. Nos tempos em que ele jogava em Espanha eu ia ao fim-de-semana de Lisboa a Monsaraz para o ver jogar na televisão espanhola, que se captava junta à fronteira. E valia a pena. Este sábado vi dois génios do futebol em acção, um ao vivo no estádio e outro pela televisão: Ricardo Quaresma, no Dragão, e Ronaldinho Gaúcho, em Chamartin. Mas vamos por partes.

1- Sp. Braga-Benfica. Depois da paupérrima exibição contra o Marítimo, o Sp. Braga puxou dos galões de líder do campeonato e fez pela vida face a um Benfica que voltou a cometer o mesmo erro de Manchester: começar a defender o resultado ainda na infância do jogo. Pelo que se viu, apenas o Sp. Braga poderia e mereceu ter ganho; o Benfica, ao contrário do que havia feito no Dragão, limitou- se a esperar pela sorte grande. Dois minutos depois da hora pareceu repetir-se o fado do campeonato passado: João Ferreira resolveu ver um penalty que ninguém mais viu e nenhum jogador do Benfica se atreveu a reclamar. Foi uma machadada no benfiquismo das gentes de Braga e a demonstração do ditado que reza «amigos, amigos, negócios à parte». Mas, três minutos volvidos (dos oito de prolongamento dados pelo árbitro!), o Sp. Braga repôs a verdade, através de um golo obtido não em fora de jogo mas irregular, porque o seu marcador arrancou para a jogada em fora de jogo. Houve logo quem, pressurosamente, dissesse que um erro compensava o outro, uma interpretação muito bondosa: o offside foi daqueles que só se detectaram após visionamento em câmara lenta, um erro perfeitamente justificável do fiscal de linha; o penalty foi uma injustificável decisão do árbitro, aliás tardiamente assinalada. No mais, restou aquele gesto de Nuno Gomes, que as câmaras de televisão inadvertidamente captaram, após o golo da vitória do Sp. Braga, e em que ele insinuou que os adversários estariam dopados. Que fará do significado desse gesto a douta Comissão Disciplinar da Liga— vai investigar a veracidade da insinuação, vai obrigar o Nuno Gomes a fazer prova do que insinuou ou vai fingir que não viu? Aposto na última.

2- FC Porto-Académica. Passaram a semana inteira a jurar-nos que não restaria um único bilhete por vender no Sp. Braga-Benfica. Ia ser a maior assistência de sempre no sumptuoso palco desenhado por Souto Moura — os de Braga, eufóricos com a carreira da equipa local, mais as multidões que o Benfica sempre arrasta: 30.100 espectadores no total. Afinal, promoção à parte, foram 21.449 espectadores em Braga e 30.108 no Dragão, para um jogo banal. Desta vez o ataque azul funcionou, foram cinco golos, deveriam ter sido quatro, poderiam ter sido seis ou sete. Houve um golo invalidado ao FC Porto e outro (o terceiro da série, a 19 minutos do fim) validado sem a bola ter entrado. Mas tudo se resumiu a uma questão de números, mais um menos um, nada que tenha que ver com o desfecho ou a justiça do triunfo azul. Lamentável, por isso mesmo, que à saída, na rádio, tenha tido de ouvir Nelo Vingada a declarar que perdeu graças às «ajudas da arbitragem» de que o FC Porto terá beneficiado. Não é a primeira vez que o vejo lamentar-se nestes termos, e com a mesma falta de razão e sentido das coisas, após perder com o FC Porto. Será uma questão pessoal, uma aversão ao azul? Teria sido mais bonito se Nelo Vingada, por exemplo, tem justificado a derrota com o tremendo desconcerto que as arrancadas, os toques de calcanhar, os cruzamentos, os golpes de génio de Ricardo Quaresma lançaram na retaguarda coimbrã. Não é para isso, também, que os treinadores de futebol deveriam servir — para elogiarem e chamarem a atenção para o que o futebol tem de luminoso, de entusiasmante? Se o tem feito, além do mais, poderia ter contribuído com a sua parte para tentar evitar nova injustiça que o seleccionador nacional prepara: deixar Quaresma de fora do Mundial da Alemanha.

3- A 750 quilómetros dali, em Madrid, Vanderlei Luxemburgo, vergado ao peso de uma humilhante derrota caseira contra o rival de sempre, teve, mesmo assim, a nobreza de atitude de prestar homenagem ao homem que acabara de destroçar o Real: Ronaldinho Gaúcho, o melhor jogador do Mundo na actualidade. Há uns anos atrás assisti em Chamartin a outra noite em que outro prestidigitador ao serviço do Barcelona, de seu nome Rivaldo, liquidou o orgulho merengue a golpes de puro génio. A diferença é que, nessa noite de então, incapazes de reprimir o ódio visceral pelos da Catalunha, os espectadores do RealMadrid respondiam a cada golo do fabuloso n.º 10 dos rivais com gritos de «Rivaldo, hijo de puta!». E agora foi diferente: os dois golos finais de Ronaldinho, verdadeiras obras de arte de todos os tempos, receberam a homenagem de um estádio inteiro em silêncio e alguns mesmo a aplaudirem-no.

4- O futebol tem coisas verdadeiramente incompreensíveis. Entre nós talvez o maior motivo de espanto, ou pelo menos de admiração, é a notável carreira dos jogadores comandados por Norton de Matos e abandonados pela sua direcção: seis vitórias em onze jogos, quarto lugar ex æquo com o Sporting e com dois pontos a mais que o Benfica. Já no final do jogo do Dragão tinha-se visto o presidente que não paga salários a atender o telemóvel, em tom triunfante, como se o empate então obtido devesse, um átomo que fosse, à sua pessoa ou à sua linda gestão. Agora, após o triunfo por 3-0 na Figueira, o notável Chumbita Nunes afirmou que ele era «um prémio para o esforço que temos desenvolvido ». Que «temos»? É preciso ter lata!

segunda-feira, novembro 21, 2005

FCPORTO 5 - ACADÉMICA 1

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Fartei-me de rir do Nelo Vingada...apanha 5-1 , estava a perder por 2-0 , quando o FCPORTO marcou o 3 golo que não chegou a entrar, é verdade, mas teve a lata de no fim só falar na arbitragem...engraçado...eu gostava de lhe perguntar porque razão deixou o LIRA no balneário ao intervalo...pois é, devia ter sido EXPULSO na primeira parte. Um grande palhaço, pois já teve arbitragens muito mais escandalosas com resultados mais equilibrados contra as equipas da segunda circular e nunca se indignou desta maneira. Nada que já não estejamos habituados!!!

Foi um sábado muito interessante, especialmente depois de ver o João Ferreira a marcar um penálti nos descontos que não existiu a favor da lampionagem(é novidade?)...teve azar...o fiscal-de-linha apanhou um cisco :-))) e o Braga ganhou. Bravo!!!

TOP Marcadores FCPORTO:

César Peixoto 4 golos
Hugo Almeida 3 golos
Lisandro 3 golos
Quaresma 2 golos
Lucho 2 golos
Ricardo Costa 1 golo
Alan 1 golo
McCarthy 1 golo
Jorginho 1 golo
Ivanildo 1 golo (1 Taça)

TOP Disciplina FCPORTO:

Bruno Alves 1 vermelho directo ( 2 jogos castigo, 2 cumpridos)
Ricardo Costa 3 amarelos ( 1 Taça)
Raul Meireles 3 amarelo ( 1 Taça)
Jorginho 2 amarelos
Sonkaya 2 amarelo ( 1 Taça)
Cesar Peixoto 2 amarelo
Pedro Emanuel 2 amarelo
Hugo Almeida 1 amarelo
Bruno Alves 1 amarelo
Ibson 1 amarelo
Lucho Gonzalez 1 amarelo
Bosingwa 1 amarelo
Chech 1 amarelo
McCarthy 1 amarelo
Paulo Assunção 1 amarelo ( 1 Taça)
Quaresma 1 amarelo
Lisandro 1 amarelo
Diego 1 amarelo

MODALIDADES

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ANDEBOL

FCPORTO 36 - GINÁSIO DO SUL 21

1ºBELENENSES 24
2ºFCPORTO 19 (-1JOGO)


BASQUETEBOL

LUSITÂNIA 66 - FCPORTO 87

1ºBELENENSES 83,33%
2ºFCPORTO 83.33%
3ºCAB 83,33%
4ºOVARENSE 83,33%


HÓQUEI EM PATINS

JUVENTUDE DE VIANA 3 - FCPORTO 3

1ºBENFICA 14
2ºOLIVEIRENSE 14
3ºCANDELÁRIA 14
4ºBARCELOS 13
5ºFCPORTO 13
6ºJ.VIANA 13


BILHAR - CAMPEONATO NACIONAL POR EQUIPAS

FCPORTO 4 - BENFICA 0
FCPORTO 4 - ALAB 0

1ºFCPORTO 12
2ºNORTON MATOS 12
3ºLEIXÕES 9

FUTEBOL JOVEM

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JUNIORES A

FCPORTO 5 - GONDOMAR 0

1ºFCPORTO 25
2ºBOAVISTA 23


JUNIORES B

FCPORTO 5 - ACADÉMICA 0

1ºLEIXÕES 28
2ºFCPORTO 27
3ºBOAVISTA 23


JUNIORES C

BOAVISTA 2 - FCPORTO 3

1ºFCPORTO 28
2ºPENAFIEL 20

sexta-feira, novembro 18, 2005

Mundial'2006

Lembram-se da espinha dorsal de Vale e Azevedo? Isto é, da espinha dorsal da selecção que Vale e Azevedo queria no Benfica antes daquele pequeno equívoco jurídico lhe ter dado cabo do projecto? Não foi a ideia mais descabida que lhe ocorreu, já descontando a que o meteu na cadeia. A selecção é um bom barómetro do sucesso que os clubes vão tendo e esse vínculo, diz-nos a ciência, é ainda mais rigoroso nos países cujos seleccionadores chamam os melhores futebolistas disponíveis.

Do onze genialmente engendrado por Scolari à segunda jornada do Euro'2004, o FC Porto possuía a espinha dorsal, uma clavícula, dois fémures e, pelo menos, quatro costelas, sem falar nos ossos da baía, quer dizer, da bacia que a inspiração do brasileiro decidiu ignorar*. Mesmo assim, ficou na equipa um esqueleto quase à altura do título europeu ganho pelos portistas um mês antes. É verdade que custou, mas a qualidade daquela versão do FC Porto acabou bem retratada, assim como a fase actual encontra um correspondente feliz na selecção de sub-21, assente em Hugo Almeida, Quaresma e Raul Miereles. Para pôr as coisas da forma menos simples possível, o FC Porto de Adriaanse é a equipa que pode ser, tal como a de 2004 foi a que já tinha sido.

Agostinho Oliveira, pela positiva, e Scolari, por omissão, traçam uma bissectriz bastante próxima e até unânime do que é o FCP neste momento. É por isso que, de uma forma forçada e extemporânea mas muito conveniente para quem tem de escrever comentários todos os dias sobre o mesmo clube, a convocatória de Scolari para o campeonato do Mundo deve ter no FC Porto e nos portistas observadores interessados, porque, se é possível que Hugo Almeida e Quaresma lá estejam e se, de facto, as chamadas à selecção acompanham o êxito ou inêxito dos clubes, a presença desses ou até de mais dragões na lista será um bom sinal. Mesmo que não seja um objectivo.

*excerto devidamente aprovado em assembleia geral, com duzentos votos a favor e vinte contra, pelo lóbi pró-Vítor Baía.

José Manuel Ribeiro no Ojogo

Sorteio da Taça: Naval - FCPORTO

NAVAL - FCPORTO

Muito bom sorteio...assim não dá para adormecer, nem para fazer experiências com jogadores menos rodados(espero)...

Diogo Valente

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Era uma das minhas escolhas, já desde o início da época juntamente com o Nelson...veremos como se adapta e evolui...

quinta-feira, novembro 17, 2005

pois é...

2. Seria faltar ligeiramente à verdade dizer-se que o futebol é incontestável, mas pelo menos é decisivo: ou se ganha ou não. É por isso que é justo reconhecer as vitórias do Benfica numa série de campeonatos, todas nos últimos dias. O do número de sócios contados a olho, o da verdade e o dos presidentes que mais vezes se descrevem a si próprios como impolutos e homens de família. Diante de todos estes êxitos, de facto não tem importância nenhuma o quarto lugar na Liga nem os dois pontos ganhos nos últimos três jogos.

José Manuel Ribeiro no OJogo

Miguel Sousa Tavares

«Lobbies» e outras coisas

O «lobby contra o Ricardo», por mais que Scolari finja não perceber, não tem razões obscuras mas apenas aquilo que está à vista de todos. E já não se compõe só de amigos de Baía ou portistas mas agora também de benfiquistas, sportinguistas e todos quantos não tenham medo de ter opinião.



1- Fui dos primeiríssimos a criticar a escolha definitiva de Ricardo para titular da baliza da Selecção por parte de Scolari. Escrevi então que, muito embora o considerasse um grande guarda-redes entre os postes, achava que lhe faltava em absoluto uma qualidade hoje fundamental num guarda-redes: dominar o jogo aéreo. Houve quem ripostasse que eu escrevia assim porque era portista e amigo do Baía — ambas as coisas são verdadeiras, e muito me honram, mas não me determinam. Hoje quase toda a gente reconhece que o que Scolari fez e vai fazendo com Vítor Baía (sem lugar entre os três guarda-redes portugueses escalados para o Europeu, no ano em que os treinadores europeus o elegeram o melhor guarda-redes do ano) não encontra qualquer justificação do ponto de vista desportivo ou humano. Para não ter de qualificar a atitude, direi simplesmente que ela é inqualificável e, embora muitos, a começar pelos colegas de Baía na Selecção, se mostrem dispostos a fingir que a coisa passou, eu não só não a esqueço como extraí dela conclusões, essas sim, definitivas acerca da pessoa do seleccionador nacional. Quanto ao que tinha escrito sobre Ricardo, bastou a forma como perdemos a final do Europeu contra a Grécia para que a justeza da minha observação ficasse à vista de todos. Depois disso nunca mais voltei ao assunto e fiquei deliberadamente calado quando, há uns tempos atrás, os sucessivos falhanços de Ricardo o remeteram para o banco de suplentes no Sporting e, de repente, pareceram ter despertado uma súbita unanimidade de críticas até aí nunca vistas. Não gosto de malhar em quem já está em baixo e, além disso, entendo que o principal responsável nem era Ricardo mas sim Scolari. Ricardo era muito melhor guarda-redes antes de Scolari o ter transformado no caso exemplar do seu autoritarismo. Teria ido então muito a tempo de corrigir ou melhorar o que estava mal no seu jogo aéreo (onde Baía continua a ser o melhor guarda-redes português, talvez de todos os tempos), em vez de, atiçado pelo seleccionador, ter revelado sempre uma falta de humildade tamanha que chegou a explicar que um «frango» não era um «frango» mas sim uma «questão técnica» muito complexa, cujo entendimento escapava aos leigos. Dois anos depois Ricardo vê-se forçado a continuar a tentar explicar atabalhoadamente por palavras o que não consegue explicar através dos jogos. E Baía continua a explicar, nos jogos e fora deles, que, além do mais, há uma coisa que o caracteriza e não lhe vem nem das convocatórias para a Selecção nem sequer dos 28 títulos que fazem dele o jogador em actividade que mais coisas conquistou em todo o mundo: classe. E, por esse ponto de vista, não pode restar a menor dúvida de que quem ganhou esta guerra mesquinha foi sempre e só Vítor Baía. E assim chegámos às vésperas da convocatória para o Mundial, tendo já toda a gente percebido que, independentemente da forma em que cada um está ou estiver daqui a uns meses, o Ricardo será convocado e titular e o Vítor Baía voltará a ser ignorado. Independentemente da injustiça gritante desta espécie de critério do seleccionador, agora há um facto novo e evidente: o povo da Selecção percebeu e teme que tudo possa ser deitado por água abaixo no Mundial por uma saída em falso do Ricardo — como ainda este fim-de-semana vimos, contra a Croácia. Daí os assobios, que são injustos para Ricardo, não para Scolari. O«lobby contra o Ricardo», por mais que Scolari finja não perceber, não tem razões obscuras mas apenas aquilo que está à vista de todos. E já não se compõe só de amigos de Baía ou portistas mas agora também de benfiquistas, sportinguistas e todos quantos não tenham medo de ter opinião.

2- Eis uma coisa que, pelos vistos, não é nada apreciada pela actual direcção do Benfica: não ter medo de ter opinião. O presidente, esse, fala todos os dias sem parar e sempre com um microfone atento a qualquer suspiro ou murmúrio seu, de Fornos de Algodres a Toronto, Canadá. Nunca lhe falta incentivo, nunca lhe falta pretexto, nunca lhe falta assunto, nem que seja para denunciar a oposição interna como «jagunços» que cometem os crimes de «dizer mal da direcção» e «pensarem que me podem tirar do clube», ou para apelar ao banimento de alguns «que escrevem nos jornais» e que são «um lixo» que ele não tem paciência para comprar «pagando uns almoços e uns charutos ». Mas para os jogadores a lei é outra: a direcção do Benfica não admite que eles tenham qualquer opinião, nem que seja para falarem da família ou da sua vida fora do futebol. E, por isso, quem abre a boca é multado: Moreira, Mantorras, Ricardo Rocha, Simão. No tempo em que o Benfica era governado pelos «senhores de colarinho branco», para usar a expressão do actual presidente do clube, Portugal vivia em ditadura, onde ninguém podia também abrir a boca, e eu habituei-me a ver o Benfica como o símbolo dos que não se calavam —em contraste com o Sporting, que sempre foi tido como o «clube do regime» e dos «aristocratas ». O Benfica era presidido por um marquês mas era o clube do povo, o clube onde estavam os democratas e o grande Eusébio. Esse Benfica não há ninguém que não tenha respeitado e admirado. Hoje o Benfica é presidido por um homem que se autoclassifica como «humilde» e vê nos que o atacam «gente sem valores, sem família, sem animais para acarinhar, uns frustrados da vida». De facto, não estou a ver Duarte Borges Coutinho a dizer coisas destas ou a multar os jogadores por abrirem a boca. Outros tempos, outros estilos? Não, mais que isso: outra atitude, outro clube.

3- No final da época passada o benfiquista António Figueiredo, presidente do Estoril, viu-se confrontado com um terrível dilema: o seu Estoril precisava de pontos para se manter na I Divisão e o seu Benfica precisava de pontos para ser campeão. Optou por vender o jogo ao Benfica, aceitando disputar o desafio decisivo marcado para a Amoreira no estádio do Algarve, suposto campo neutro, onde estavam 29.782 adeptos do Benfica e 24 do Estoril. No final despediu o treinador, porque ele ousou criticar uma arbitragem que o País inteiro viu ter sido determinante para a vitória do Benfica. O Benfica foi campeão e o Estoril caiu na II Divisão. Mas tudo se justificava, do ponto de vista do presidente do Estoril, pelo facto de o jogo em Faro proporcionar receitas tão extraordinárias que permitiriam ao Estoril liquidar os ordenados em atraso aos jogadores. Agora, ainda a época vai no início, e já os jogadores do Estoril ameaçam ir-se todos embora porque o clube continua a não lhes pagar. Moral da história: mais vale uma águia a voar que um só pássaro na mão.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Descubra as diferenças...

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Ando com falta de tempo para escrever, muito trabalho, muito trabalho e como não tenho a sorte de ter como patrão o Co Adriaanse...que ricas folgas...4 de uma só vez, e parece que ainda vai haver mais uma esta semana, e já nem quero pensar em quantos dias serão no final do ano...e o mais curioso, é ler o Jorge Nuno agora e o que disse a respeito do Adriaanse e comparar com o discurso dos motivos da dispensa do Del Neri e do Fernandez...relembro, no primeiro, disse que era admissivel dar folgas no estágio...Co Adriaanse fez igual ou pior...no caso do Fernandez temos a história do fim do ano, com os jogadores a chegarem atrasados, dizia na altura PDC que isto era inadmissivel...pois, pois...agora é o proprio treinador que dá 4 de uma só vez, depois de ter já coleccionado quase um mês de folgas, quando a equipa está a jogar da forma como toda a gente sabe.

O que tenho a dizer sobre os dois da imagem:

Dois grandes Filhos da P***. Um na selecção em relação ao Vitor Baía e o outro no FCPORTO em relação ao Jorge Costa...um NOJO!!

Miguel Sousa Tavares

Bastante atrasado , mas interessante...

De cima para baixo

Fica mal aos responsáveis do Benfica o recurso à eterna desculpa da arbitragem para justificar um resultado que, pelo futebol visto, acabou até por ser lisonjeiro


1- Vi o Braga jogar logo no início do campeonato, em casa contra o FC Porto, e o que vi foi a equipa defender, defender, defender, até sair como nulo que unicamente ambicionou. Este fim-de-semana, voltei a ver o Braga, em novo teste difícil, contra o Marítimo. E a história repetiu-se: defendeu, defendeu, defendeu, com dois fogachos inconsequentes apenas na segunda parte. Mas, desta vez, encaixou a primeira derrota do campeonato e sem que tivesse a menor razão para ashabituais queixas nestas circunstâncias de forças estranhas que não nos deixam ir mais longe — antes pelo contrário, deve à benevolência de Lucílio Baptista, o pior árbitro português em actividade, o facto de não ter tido de jogar 80 minutos com 10 jogadores. No final, ouvi Jesualdo Ferreira a queixar-se de ter perdido um jogo em que o adversário não fora superior e a jurar que o Braga tinha dominado toda a segunda parte e criado suficientes oportunidades para empatar ou ganhar. Concluí que vimos jogos diferentes, mas também que os restantes jogos do Braga, que eu não vi, não terão sido muito diferentes...

2- Ex aequo com o Sensacional da Madeira, na segunda posição, está o FC Porto, graças à vitória obtida em Paços de Ferreira, à custa de um bom quarto de hora inicial, mais um rasgo de inspiração de Quaresma, e depois mais de uma hora de futebol soporífero (e em que, diga-se em abono da verdade, o adversário conseguiu fazer ainda pior, não tendo criado uma única oportunidade de golo em todo o jogo). Com essa desmaiada vitória, Co Adriaanse saiu vivo, depois da inacreditável barracada que fez em Milão, onde não houve asneira que não tenha ensaiado, arrastando a equipa uma vezmais para a derrota e desmentindo todas as suas teses sobre o futebol de ataque. A grande verdade é que hoje ninguém é capaz de prever o que vai fazer o FC Porto, jogo a jogo. Ninguém é capaz de prever, sequer, qual vai ser o sistema de jogo, a estratégia, a equipa. Manifestamente, Adriaanse está à toa, com tiques de ditador desnorteado e perdido — como aliás vai sendo bem visível na própria expressão da sua cara, durante os jogos. Jogadores que eram indiscutíveis desaparecem de repente, como se excomungados no acto: já calhou a vez a Postiga, Ricardo Meireles, Paulo Assunção, Ricardo Quaresma, César Peixoto, Ibson, Lizandro López, Ricardo Costa, Bruno Alves, e agora, McCarthy e Diego. Em contrapartida, outros que acumulam desastre sobre desastre, como Bosingwa e Jorginho,mantêm-se de pedra e cal... até que ele acorde um dia maldisposto ou com um ataque de lucidez e os varra de imediato para a equipa B ou arredores. Nesta completa roleta-russa em que se transformou a definição de um onze-base (?), ninguém consegue entender os critérios das entradas e saídas, se o homem prefere jogar com dois pontas-de-lança ou só um, com dois extremos, um ou nenhum, com dois, três, quatro ou cinco médios, com dois ou com três centrais. A única coisa segura é que joga só com um guarda-redes, porque isso não pode evitar. Aos poucos, Adriaanse está a tornar-se no factor de perturbação da equipa. E eu que tanta esperança tinha nele...

3- Em quarto lugar, temos o Benfica, que escapou com danos graves de uma semana igualmente complicada. Depois do empate na Figueira e do balde de água gelada servido pelo Villarreal, teve o azar de apanhar um falso jogo fácil em casa, contra uma das equipas mais bem treinadas e que melhor futebol jogam. O Rio Ave dominou, de facto, o jogo da Luz, sem recorrer à táctica do autocarro, sem jogo faltoso, sem simulações de lesões nem perdas de tempo, antes ocupando o campo todo e nunca desistindo de atacar. Se o empate contra a Naval tinha sido injusto para o Benfica, o empate contra o Rio Ave foi feliz. Por isso, fica mal aos responsáveis do Benfica o recurso à eterna desculpa da arbitragem para justificar um resultado que, pelo futebol visto, acabou até por ser lisonjeiro. Mas o jogo da Luz suscitou-me, de facto, várias questões técnicas ao nível da arbitragem, de que desconheço a resposta e gostaria de ver esclarecidas. A primeira questão tem que ver com o segundo golo do Rio Ave, julgado offside pela generalidade da crítica, pois que, quando a bola é cruzada para a área do Benfica, Gaúcho, que estava deslocado, vai passá-la a Chidi, que faz o golo. Se o lance se tem passado assim, não há dúvida de que há offside. Mas, se bem vi e julgo que sim, há uma diferença, que faz toda a diferença: quando a bola é cruzada, Chidi está em jogo e Gaúcho está, de facto, adiantado. Mas a bola não vai para Gaúcho e sim para Chidi, que depois a passa àquele, que entretanto já estava em posição correcta. Gaúcho devolve a seguir a Chidi, que faz o golo. Ou seja: enquanto está deslocado, Gaúcho não tem interferência alguma na jogada, e quando a tem, já está em posição correcta. Deve ou não considerar-se que tirou vantagem da posição inicial? A segunda questão tem que ver com o primeiro golo do Benfica, resultante de um livre directo sobre o limite da área. Ficaram dúvidas na altura se a falta teria sido sobre a linha da área ou fora dela, e um dos comentadores da TVI afirmou que tinha sido sobre a linha e logo era penalty. A minha pergunta é simples: a linha limite da área faz parte da área ou é fora dela? A terceira dúvida tem que ver com o segundo golo do Benfica, igualmente resultante de um livre directo sobre o limite da área. Mas esse livre é ocasionado por uma emergência defensiva (ficou ainda a dúvida se com falta ou sem ela), motivada pela cobrança imediatamente anterior de um outro livre, quatro metros atrás, e que os jogadores do Benfica marcaram sem dar tempo à formação de barreira defensiva, sem apito do árbitro e até, pelo que me pareceu, sem a bola estar parada. Foi assim recordo, que há cinco anos, o Boavista venceu o FC Porto no Bessa e, com essa vitória, veio a ser campeão com um ponto de avanço sobre os portistas. Pergunto-me se nos livres frontais à baliza e próximos da área os árbitros devem ou não esperar que a barreira se forme e só consentir a cobrança após o seu apito? É que uns fazem uma coisa e outros fazem outra e até já vi, como nesse Boavista-Porto, o mesmo árbitro seguir critérios diferentes no mesmo jogo...

4- E em quinto lugar está o periclitante Sporting, que lá ganhou ao Leiria, sem que desta vez se tenham ouvido queixas contra a arbitragem... Mas querer comparar aquele golo não assinalado ao Leiria e em que todas as imagens mostram que a bola é sacada pelo menos uns 70 centímetros de dentro da baliza, com aquele suposto golo consentido pelo Baía na Luz no ano passado e que nenhuma imagem até hoje conseguiu comprovar, é, no mínimo, querer confundir as coisas deliberadamente.

5- As dúvidas levantadas por Alexandre Magalhães às contas divulgadas pela SAD do FC Porto são legítimas, pertinentes e demasiado sérias para serem tratadas nos termos displicentes em que o fez a comissão de vencimentos da SAD. Não defendo que os administradores das sociedades desportivas não devam ser remunerados, como os de quaisquer outras sociedades. Mas os números divulgados por Alexandre Magalhães são impressionantes e para mais acrescidos de participação nos lucros relativos ao exercício de 2003/04. Aqui cabe perguntar como é que um só exercício positivo, entre tantos negativos, confere direito a gratificação e como é que uma sociedade que jamais distribuiu ou distribuirá dividendos pelos seus accionistas e cujas acções valem metade do preço de subscrição, se permite distribuir gratificações pelos seus administradores— sobretudo quando tem um passivo acumulado de 122 milhões de euros. E também é legitimo perguntar como é que, após dois anos plenos de receitas extraordinárias, o passivo, em lugar de diminuir, aumentou. Esperam-se esclarecimentos.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Ne me kits pas



A ver se eu fiz bem as contas: o Benfica tinha 94 mil sócios e vendeu 60 mil kits, dos quais vinte mil não pagaram nem validaram a proposta; isso soma cerca de 134 mil sócios. Por último, se foram efectivamente vendidos 40 mil kits, se o Benfica precisava de vender 206 mil para chegar aos 300 mil sócios e se 40 mil corresponde a 19,4 por cento de 206 mil, como é que se pode sustentar que Luís Filipe Vieira conseguiu cinquenta por cento do seu objectivo? É o problema de ter seguido humanísticas em vez de ciências.

José Manuel Ribeiro in OJogo

quarta-feira, novembro 09, 2005

Bravo...

"Os melhores cientistas portugueses estão no estrangeiro, o Prémio Nobel vive no estrangeiro, o melhor vinho do Porto pertence aos ingleses, Colombo é de Génova e o futebolista com mais títulos é português, mas não representa Portugal".


Pedro Paradela de Abreu, editor da autobiografia de Baía


P.S: Um traficante de droga , presidente de um clube disse isto em Maio sem que ninguem lhe tivesse pedido nada:

" Se em Outubro não tivermos 300 mil sócios saio do Benfica!".

Ontem veio afirmar:

"... Se calhar muita gente ficaria feliz se tivesse de abandonar o Benfica..."


É fantástico.É caso para dizer, deitou os foguetes apanhou com as canas e ainda se vangloriza com isso...serve perfeitamente para um clube de mentecaptos...

terça-feira, novembro 08, 2005

Cholari, já o podes convocar...

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É uma das revelações divertidas da autobiografia de Vítor Baía, que é hoje apresentada no Palácio da Bolsa, e é bom que os portistas que ainda não sabem a leiam com cuidado, sobretudo quando folhearem a página 25: é aí que o guarda-redes confessa que foi durante algum tempo adepto do Benfica, uma herança do pai. "Só passei a ser portista quando tive consciência de que podia decidir por mim", escreve.

Umas páginas mais à frente, descobre-se que o Benfica o tentou contratar e - através do empresário Manuel Barbosa, que falou com o pai do guarda-redes - terá havido mesmo a oferta de um tentador sinal de 50 mil contos.

Um ror de dinheiro, na altura e agora, que mereceu de Vítor Baía uma resposta negativa.
"Em Portugal, só no FC Porto".

Paços de Ferreira 0 - FCPORTO 1

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Com muito falta de tempo, não vi o jogo , mas gostei do resultado...

O que mais adorei da jornada, depois de ter visto algumas primeiras paginas, foi o rei do vigaristas, José Veiga queixar-se da arbitragem....ehehehehh...num jogo onde pelo resumo que vi, há dois livres forjados que dão os dois únicos golos da lampionagem...é preciso ter lata...mas o mais curioso é que vi também o Koeman muito ofendido com a arbitragem , o mesmo que já têm um troféu ganho na vigarisse, a Supertaça Olegário Benquerença...estes meus não tem pudor...

Co Adriaanse:

"Foi uma semana muito difícil para nós depois do jogo com o Inter".

"Trabalhámos bastante e regra geral jogámos bem nos primeiros 45 minutos, ainda que o nosso melhor período tenha sido até aos 25 minutos".

"O ideal é jogar bem os 90 minutos, mas isso não foi possível depois de uma semana tão complicada em face do jogo da Liga dos Campeões".

"Temos de conquistar os nossos pontos sem olhar para os resultados das outras equipas".

"Nem sempre se defende bem quando não se sofre golos, mas é óbvio que me deixa satisfeito o facto do adversário não marcar".

"Não estamos a marcar tantos como queria. Na segunda parte tivemos boas oportunidades, mas o Hugo Almeida estava em fora-de-jogo".


TOP Marcadores FCPORTO:

César Peixoto 3 golos
Hugo Almeida 3 golo
Quaresma 2 golo
Ricardo Costa 1 golo
Alan 1 golo
McCarthy 1 golo
Jorginho 1 golo
Lisandro 1 golo
Ivanildo 1 golo (1 Taça)

TOP Disciplina FCPORTO:

Bruno Alves 1 vermelho directo ( 2 jogos castigo, 2 cumprido)
Ricardo Costa 3 amarelos ( 1 Taça)
Raul Meireles 3 amarelo ( 1 Taça)
Jorginho 2 amarelos
Sonkaya 2 amarelo ( 1 Taça)
Cesar Peixoto 2 amarelo
Pedro Emanuel 2 amarelo
Hugo Almeida 1 amarelo
Bruno Alves 1 amarelo
Ibson 1 amarelo
Lucho Gonzalez 1 amarelo
Bosingwa 1 amarelo
Chech 1 amarelo
McCarthy 1 amarelo
Paulo Assunção 1 amarelo ( 1 Taça)
Quaresma 1 amarelo
Lisandro 1 amarelo

sexta-feira, novembro 04, 2005

As notícias mentirosas...

Esclarecimento sobre remunerações da Administração da F.C. Porto - Futebol, SAD

A Assembleia Geral Ordinária da F.C. Porto - Futebol, SAD, realizada no passado dia 28 de Outubro, aprovou por maioria de 99,99 por cento as contas relativas ao exercício de 2004/05, tendo registado apenas o voto contra de um accionista.

Esse accionista promoveu, entretanto, em diversos Órgãos de Comunicação Social, considerações incorrectas que deturpam a realidade remuneratória do Conselho de Administração da F.C. Porto - Futebol, SAD.

Os valores reproduzidos na Imprensa são referentes às remunerações de todos os administradores executivos das sociedades da F.C. Porto - Futebol, SAD, grupo que inclui igualmente a PortoComercial, a PortoEstádio e a PortoMultimédia, e não apenas aos quatro administradores executivos da F.C. Porto - Futebol, SAD, informação que está patente no Ponto 7 do «Anexo às Demonstração Financeiras» do Relatório e Contas de 2004/05.

Além disso, e como se pode constatar no Ponto 5 do Capítulo 4 da rubrica «Relatório sobre o Governo das Sociedades», os mesmos valores incluem a quantia de 618.073 Euros, referente à gratificação atribuída pela primeira vez ao Conselho de Administração da F.C. Porto - Futebol, SAD, em função dos resultados económicos obtidos na época 2003/04.

Assim sendo, e como vem expresso nos documentos divulgados pela CMVM, teremos um total de 1.679.707 Euros, que englobam as remunerações de todos os administradores do grupo F.C. Porto - Futebol, SAD, e que, mantendo a mesma lógica, resultaria numa média de 17.140 Euros por mês.

Importa recordar que a Comissão de Vencimentos tem por finalidade fixar a remuneração dos titulares dos Órgãos Sociais da sociedade e definir a política de remunerações a aplicar a membros do Conselho de Administração da F.C. Porto - Futebol, SAD. Esta comissão é actualmente composta pelo Dr. Alípio Dias, Dr. Domingos Matos e Dr. Jorge Armindo.

Neste âmbito, e face à discrepância entre as notícias difundidas e a realidade expressa no relatório, o Conselho Fiscal e a Comissão de Vencimentos decidiram emitir um comunicado que o www.fcporto.pt reproduz na íntegra:

COMUNICADO

No seguimento notícias veiculadas pela Comunicação Social acerca da remuneração do Conselho de Administração da F.C. Porto - Futebol, SAD, subscrevem o Conselho Fiscal e a Comissão de Vencimentos da sociedade os seguintes esclarecimentos:

1 - As remunerações do Conselho de Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD foram fixadas pela Comissão de Vencimentos e devidamente auditadas pelo Conselho Fiscal;

2 - O Presidente do Conselho de Administração e os restantes administradores da F.C. Porto – Futebol, SAD têm direito, desde Agosto de 1997, a uma remuneração fixa e a uma remuneração variável, esta última dependente dos lucros apresentados no final de cada exercício;

3 - As remunerações atribuídas durante o exercício de 2004/05 aos elementos dos Conselhos de Administração das sociedades incluídas no grupo F.C. Porto – Futebol, SAD ascenderam a 2.297.780 Euros, correspondendo 1.679.707 à parte fixa da remuneração e 618.073 à variável;

4 - O Conselho Fiscal elaborou um parecer para o Relatório e Contas de 2004/05 no qual considera que «as demonstrações financeiras consolidadas e o Relatório de Gestão estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis» e em consonância com o estipulado pela Comissão de Vencimentos.

Porto, 03 de Novembro de 2005

O Presidente do Conselho Fiscal

O Presidente da Comissão de Vencimentos


in www.fcporto.pt

Léo lima dispensado !?!!?!?!?!?



Este meu tem um azar com os treinadores..eheheh


Léo Lima dispensado por não agradar ao treinador

Foi dispensado no início da temporada do FC Porto e agora a história voltou a repetir-se, desta feita no Santos. Léo Lima deixou o clube de São Paulo a poucas jornadas do final do Brasileirão, juntamente com mais três jogadores do plantel, por uma mera opção do treinador Nelsinho Baptista, que explicou ontem a decisão durante uma conferência de Imprensa. "Estes quatro jogadores não agradaram tecnicamente. Foi apenas uma questão técnica, pois entendi que eles não conseguiram desenvolver no Santos o mesmo futebol apresentado noutras equipas", referiu.

Léo Lima foi contratado a meia da temporada transacta ao Marítimo, mas nunca se conseguiu afirmar no FC Porto, tendo Co Adriaanse optado por dispensar o médio-ofensivo ainda durante o estágio de pré-temporada. O Santos recebeu-o por empréstimo, mas poucos meses depois decidiu imitar o FC Porto, ou seja, voltou a dispensá-lo. O médio brasileiro deverá agora egressar a Portugal e ao FC Porto, com quem tem contrato até 2009. O empréstimo a um clube português, na reabertura de mercado em Janeiro, é uma das hipóteses em aberto.
in OJogo

Koeman e não bufem

Aqui vai um comentário para todos os gostos. Quem quiser pode entendê-lo como mais uma censura a Adriaanse; quem não quiser, está autorizado a ver nele um pequeno argumento em defesa do holandês. A base é o onze do FC Porto, ou melhor, a falta de bases no onze do FC Porto. De uma época de reconstrução para outra época de reconstrução, dos jogadores utilizados regularmente sobram Baía, Bosingwa, Pedro Emanuel e Quaresma na equipa titular. Quatro jogadores, nenhum deles do meio-campo e um (Bosingwa) adaptado a outra posição. A conclusão obrigatória é que não se aproveitou nada do trabalho anterior - e é neste ponto que o pessoal aí em casa (em casa seja de quem for, bem entendido) pode escolher:

a) foi Adriaanse que não quis dar continuidade e isso foi um erro;

b) Adriaanse não quis dar continuidade e isso não foi um erro;

c) não sobrou nada a que dar continuidade.

Arrumado este pressuposto, atentemos à comparação que é feita entre Adriaanse e o compatriota Koeman. O primeiro está em segundo lugar no campeonato, depois de ter defrontado as três equipas que o acompanham à cabeça da prova, e tem menos um ponto na Liga dos Campeões. Perdeu em Milão e não ficaram dúvidas de que a responsabilidade foi dele. O segundo está no quarto lugar do campeonato. Quando perde em casa para a Liga dos Campeões, usando cinco titulares da época passada (em seis possíveis), do meio-campo para a frente, a culpa é do guarda-redes dos juniores? A culpa é de um jogador que só lá está porque alguém no Benfica arriscou a dispensa do terceiro guarda-redes, num acto de gestão que pelos vistos não merece qualquer censura? Sem querer defender Co Adriaanse, até porque seria incoerente fazê-lo depois de comentar algumas decisões inexplicáveis que tomou, não vejo por que razão um treinador que herdou um meio-campo e um ataque quase intactos, que apesar disso está a ter uma prestação desportiva pior do a que do compatriota e que foi, pelo menos, cúmplice na economia de um terceiro guarda-redes no plantel, há-de merecer um tratamento menos severo ou passar por mais competente. A não ser que o pobre Rui Nereu também tivesse a missão de marcar golos.


O ESTRATEGA
Portugal, país de estúpidos

Já agora, não seria mau pôr mais vezes os olhos em José Veiga. No Estádio do Dragão, depois do clássico, insistiu em falar à Imprensa num local - vigiado por seguranças - em que o FC Porto nunca permitiria a presença de jornalistas, com intenções que só ele poderá explicar; agora, constatou que a Liga não teve pressa suficiente em agendar uma assembleia geral para emendar regulamentos de forma a permitir ao Benfica a inscrição de um guarda-redes fora de época e desistiu da contratação. Ou melhor, desistiu do quê? Ia contratar um guarda-redes por duas semanas com o dinheiro dos 230 mil kits que não vendeu? E a Liga não deixou, foi? Às vezes, a Liga é tão mázinha. E o José Veiga tão espertinho. E nós, os outros portugueses todos, tão estúpidozinhos.


José Manuel Ribeiro in Ojogo

Miguel Sousa Tavares

Elogio dos «Grandes»

Quer o FC Porto-Vitória de Setúbal quer o Naval-Benfica mostraram à exuberância a pobreza em que o jogo pode cair quando uma das equipas luta apenas pelo «pontinho» e não pelos três pontos (e já nem digo pelo espectáculo...)

1- Dois jogos, vistos televisivamente este fim-de-semana, serviram para reforçar a ideia que há muitos, muitos anos, defendo, antes de ter virado quase consensual: a necessidade e enorme vantagem competitiva que resultaria de reduzir a I Liga a 12 clubes.

Quer o FC Porto-Vitória de Setúbal quer o Naval-Benfica mostraram à exuberância a pobreza em que o jogo pode cair, quando uma das equipas luta apenas pelo pontinho e não pelos três pontos (e já nem digo pelo espectáculo...). É claro que, do ponto de vista das equipas pequenas, a atitude é legítima e compreensível: quando não se tem armas para atacar, defende-se. Mas, apesar de tudo, há uma diferença entre uma equipa se ver, no decurso do jogo, forçada a recuar e apenas defender por pressão do adversário, ou entrar já em campo deliberadamente disposta a renunciar a qualquer veleidade de vitória e se limitar à táctica que José Mourinho baptizou de «autocarro estacionado em frente da baliza».

No Dragão, embora Norton de Matos tenha dito que o que sucedeu é que o FC Porto empurrou o Vitória para trás durante o jogo inteiro, a mim o que me pareceu é que os seus jogadores não se importaram nada de ser empurrados para trás e não foi, seguramente, por força do vento ou do adversário que o Vitória disputou o jogo com nove, e às vezes, dez jogadores, sempre à espera da bola e do adversário na zona da sua grande área. E a prova que poderiam ter feito diferente é que, nos cinco minutos finais e como forma inteligente de aliviar uma pressão insuportável, escolheram finalmente abrir-se um pouco em todo o campo, tendo conseguido até o seu único remate à baliza... ao minuto 93!

É evidente que, mesmo assim, o FC Porto poderia ter ganho o encontro: bastaria que o árbitro tivesse visto um de dois penalties a favor não assinalados (ó contabilistas selectivos: anotem estes dois pontos...), ou que um dos 17 cantos ou dos 16 remates tivesse dado golo. Ou, melhor ainda: que o F C Porto não voltasse a mostrar quão distante anda daquele futebol feito de técnica em velocidade permanente, aquele carrossel ofensivo do princípio da época que tanto me empolgou. Nenhuma dúvida que esse futebol que gerou tanta admiração e tanta controvérsia, parece, pelo menos momentaneamente, perdido pelas sucessivas traições defensivas, que obrigaram a tudo rever e tudo acautelar. Mas também há que ser justo e reconhecer que é bastante mais difícil atacar um jogo inteiro contra o autocarro do que defender um jogo inteiro instalado dentro do autocarro. Para resultar em golos o futebol precisa de espaços e, paradoxalmente, com a táctica do autocarro a única equipa que dispõe sempre de espaço para atacar... é a dona da viatura.

Na Figueira da Foz, o enredo foi o mesmo, com a agravante de o Benfica ter de fazer as despesas todas do jogo num campo de dimensões reduzidas e transformado em qualquer coisa de intermédio entre um prado e um batatal. E, por aqui justamente, se começa a ver os malefícios de haver demasiadas equipas na I Liga e de o seu critério de selecção ser apenas o da classificação. A Naval não tem um campo com condições para a I Liga. Daí não vem mal ao mundo: ninguém deve ter vergonha por ser pobre. Só que também não é possível defender o futebol, o espectáculo e a presença de público nas bancadas quando se tem para oferecer um campo de dimensões reduzidas, com um relvado onde é impossível jogar bem e que, por vezes, chega a parecer que é maltratado de propósito para defender o mau futebol contra o bom (há dias, um treinador de uma equipa pequena que recebeu um grande dizia que nem sequer tinha estragado deliberadamente o relvado durante a semana: registe-se o seu desportivismo e a confissão de que há tácticas ocultas para além daquelas que se vêem em jogo...).

Tanto a Federação como a Liga sempre foram avessas à diminuição do número de clubes no escalão superior e dito profissional. Porque cada clube é um voto e, quanto mais clubes pequenos houver a votar, maior a possibilidade de aliciar o seu voto. Por isso é que há clubes a disputar a I Liga sem dinheiro para pagar salários, por isso é que há clubes que não cumprem sistematicamente as suas obrigações fiscais, com a íntima colaboração da Liga, por isso é que há campos sem condições para jogar futebol de primeira, por isso é que se permite escandalosamente que o preço de um bilhete para uma bancada coberta na Luz ou no Dragão custe o mesmo que para uma bancada onde chove, no campo da Naval. E por isso é que, mesmo um clube como a Naval, em ano de estreia na I Liga, e mesmo contra Benfica e FCPorto, não consegue encher nem metade das bancadas.

Para a história fica o sagrado pontinho sacado por Setúbal e Naval ao F C Porto e Benfica e dois empates injustos que estes tiveram de encaixar. Mas fica também a certeza de que, à vista de todos, quem deveria estar atento e colher as lições de casos como a da irresponsável gestão do Vitória de Setúbal, vai assistindo, tranquilamente, à programada liquidação do futebol profissional como espectáculo de massas.

2- Ainda sobre a Naval- Benfica, há outro tema que dá que pensar: como se justifica que a Naval, que nem sequer tinha jogado para a Taça a meio da semana, tenha dado o estoiro a vinte minutos do fim, e o Benfica, que tem a Taça e a Liga dos Campeões, não? Quando Jaime Pacheco explica a derrota caseira do Guimarães às mãos do Paços de Ferreira como cansaço do jogo europeu de dez dias atrás, fica por explicar porquê o cansaço não é igual para todos. Porquê equipas como o Benfica e o FC Porto, que estão a jogar ao mais alto nível europeu, que têm sistematicamente os seus jogadores mais influentes a jogar nas Selecções, ainda aguentam fazer jogos inteiros a pressionar e a atacar, e os pequenos, que não têm essa sobrecarga e cujo tipo de jogo é muito mais descansativo, dão o berro quando jogam contra os grandes?

Manuel Cajuda, que tanto gosta de se ouvir falar, poderia falar sobre isto. É que, se todos compreendemos que, quem não tem grandes jogadores na equipa não se pode bater tecnicamente de igual para igual com os grandes, já não se percebe porquê também fisicamente não se conseguem bater. Que eu saiba, a preparação física não depende da qualidade futebolística dos atletas: depende sim da quantidade e aplicação no esforço dispendido durante a semana.

(Já agora, gostava também que Manuel Cajuda, que, no final, quase pedia desculpa à «Instituição» por lhe ter roubado dois pontos — ele que se confessou benfiquista de coração, assim como toda a família e o próprio cão — explicasse como é que conseguiu não ver que o grande perigo do Benfica, na última meia hora, vinha da liberdade concedida a Nélson, que corria livremente pelo corredor direito fora, ali mesmo, junto ao banco do treinador da Naval? Que tal ter posto al i alguém , naquela auto-estrada desguarnecida, para travar o Nélson ou ameaçar o flanco aberto pelas suas subidas?).

3- Carlos Freitas, novo director do futebol do Sporting, viu mãozinha do árbitro no empate conquistado no Bessa. Diz ele que poderiam ter chegado ao 0-3 se o árbitro tem assinalado um muito discutível penalty na área do Boavista. Mas esqueceu-se de dizer que nunca teriam chegado ao 0-2 se o árbitro não tem assinalado um canto que não existiu e não tivesse depois deixado de ver a falta atacante que precedeu o golo na cobrança do canto.Vira o disco e toca o mesmo.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Últimos

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P.S: Sejam bem-vindos lampiões à nossa companhia no último lugar dos respectivos grupos da Liga dos Campeões...Eu não trocava o nosso último lugar pelo vosso...

Preso por ter oito

1. Não é o típico oito ou oitenta e também não é um bom exemplo de quem é preso por ter cão e depois por não ter. Adriaanse foi preso por ter oito e agora está a ser preso por ter oitenta. A infracção é a mesma, só mudou o grau, e chama-se descrença: o holandês não acredita que o centro de gravidade das equipas está no meio-campo e que no devido respeito por essa zona pode estar a resposta para muitos dos problemas do FC Porto - ou então falhou com estrondo na tarefa de criar uma combinação de médios adultos, conhecedores das funções, que saiba controlar ou pelo menos discutir o controlo dos jogos em conjunto. É essa a anomalia comum ao FC Porto ofensivo e defensivo. Em qualquer dos casos, a saída de Paulo Assunção é uma daquelas acções que, no futebol actual - rendido ao poder dos médios -, justificaria um auto de fé. Inexplicável.

2. Perder no Estádio de San Siro é normal - era o que faltava que equipas como o FC Porto ou o Benfica estivessem obrigados a varrer trambolhos do tamanho do Inter ou do Manchester United -; perder a capacidade de circular a bola ou de a manter é que já não se entende. O que aconteceu em Outubro? Como é que uma equipa capaz de fazer, com frequência, dez passes exactos consecutivos se vê, de repente, incapaz de completar dois? Com o fim do ataque desbragado foram-se as virtudes todas? Inexplicável.

3. A culpa não foi de Raul Meireles. E antes dele também não foi de Diego nem de Ibson. Adriaanse não disse que foi, mas apontou o dedo genericamente naquelas direcções, como fez a outros, em ocasiões anteriores, se calhar sem qualquer intenção de os prejudicar. O certo é que, tendo em conta o volume de procedimentos disciplinares, começa a esgotar-se o número de bons jogadores sem motivos para lhe ter rancor. Sem querer discutir o onze do FC Porto, porque muita gente há-de fazê-lo por mim em todas as direcções, ninguém pode deixar de duvidar das possibilidades de uma equipa que dispensa, em simultâneo, Diego, Postiga, Ibson, Lisandro López e um McCarthy de carne e osso (o actual é um ectoplasma). Inexplicável.


José Manuel Ribeiro in OJogo

quarta-feira, novembro 02, 2005

Esperado...

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Resultado normal e justo tendo em conta tudo aquilo que o FCPORTO têm vindo a fazer a partir do jogo contra o Marítimo...vai de mal a pior...e Co Adriaanse deixou de ser holandês , arrogante, apologista de futebol atacante para se tornar mais um treinador à portuguesa...que mediocridade...nem com livres milagreiros do Romeu II!!!

Quero um DELETE ao cérebro do Co Adriaanse e que volte tudo como no ínicio, onde criávamos milhentas situações de golo, faltando ser mais eficaz,com um futebol de ataque contagiante, mesmo com os péssimos elementos na defesa que tinhamos na altura...

Também o cérebro do Pedro Emanuel parou no lance do penalti...

Ainda está tudo em aberto, mas não estamos a jogar nada, e nunca foi tão fácil ganhar ao Inter...

Top Marcadores Champions

Pepe 2 golos
Lucho 1 golo
Diego 1 golo
McCarthy 1 golo
Hugo Almeida 1 golo

Top Disciplina Champions

Bosingwa 2 amarelo
Lucho 1 amarelo
Hugo Almeida 1 amarelo
Quaresma 1 amarelo
Pepe 1 amarelo

Classificação Grupo H

1ºInter 4-3 »9 pontos
2ºRangers 5-5 »5 pontos
3ºArtmedia 5-5 »5 pontos
4ºFC PORTO 7-8 »3 pontos