in JN, edição em papel, 30 Novembro 2008
Investigações sem falta de homem
Há 1 dia
Vou tentar exprimir tudo o que me vai na alma portista... "FAZEM FALTA PESSOAS COM LIBERDADE PARA DIZER O QUE PENSAM." Rui Madeira
"A qualidade dos campeonatos também é completamente diferente. A maioria dos jogos em Espanha são de grande qualidade, equilibrados e nivelados por cima. Em Portugal nem sempre são de qualidade, passaram a ser de certa forma equilibrados mas nivelados por baixo."
"Com as diferenças orçamentais existentes estas coisas acontecem. Não se pode ter boca de rico e bolsa de pobre. Sendo assim, temos de nos contentar com o espectáculo que o Barça nos ofereceu e dar-lhes os parabéns a todos, porque de facto foram melhores."
"Para terminar, seria bom reter que nem o Olympiacos é tão forte nem o Benfica tão fraco, ainda que este resultado seja daqueles que não esquecem. Sei do que falo."
" Se tiverem que perseguir alguém persigam o Paulo Bento e não os jogadores."
Luís Fabiano continua sem marcar
A História repete-se? Parece que não, mas não há certeza! O que se repete e, neste caso, há exemplos a esmo, são as estórias, sobretudo quando o sujeito delas é o mesmo. Ainda todos se lembram dele, de Luís Fabiano, o Fabuloso que esteve no FC Porto. Foi-se embora e disse cobras e lagartos dos dragões, dos seus dirigentes, do futebol português, em geral. Ninguém teve paciência, ninguém esperou pela sua adaptação a uma nova realidade; os golos, com trabalho, apareceriam a seu tempo, que precisava de mais minutos nas pernas, mais oportunidades, como se diz nestes casos. Foi para Espanha, para o Sevilha. Três meses não chegaram para a adaptação ao futebol espanhol.
Em declarações ao diário desportivo "As", foi ao bornal das frases feitas e aí vai disto.
"Ricardo Oliveira (Bétis) também tardou um pouco a marcar o primeiro", disse o Fabuloso, continuando:"Todos os atacantes têm momentos destes. Fernando Torres esteve sem marcar e agora marca. Sei que isto passa se trabalhar e se todos me apoiarem, pois sabem que só aqui estou há três meses e que esta liga é complicada".
Reconheceu, por outro lado não estar "em bom momento". E continuou: "Faz-me falta marcar para ter um pouco mais de confiança", sublinhando que "também é importante ganhar jogos para ganhar essa confiança" e alinhar numa "sequência importante de partidas". No fim-de-semana, o Sevilha jogou em Vigo, com o Celta, e perdeu por 2-1. Houve duas grandes penalidades contra os galegos e Luís Fabiano falhou a primeira. Na segunda, quando se preparava para tentar de novo a sorte, Maresca pediu ser ele a atirar, que estava com "confiança". E marcou. Quanto ao futuro, o Fabuloso diz não temer que os adeptos lhe voltem as costas, pois os "aficcionados do Sevilha são bons e apoiam sempre".in Ojogo
O atacante Luís Fabiano, de 28 anos, (lembram dele?) pode ser o reforço do Corinthians, em janeiro. O jogador, que se recupera de uma lesão muscular na perna direita, está sem espaço no Sevilha, da Espanha, e interessa a MSI, parceira do Timão.
Consigo, que jogador nunca estaria no banco?
Nenhum. Essa é uma grande diferença entre mim e Jesualdo Ferreira. Para mim não há jogadores titulares. Para mim são todos iguais e jogam apenas os que estiverem em melhores condições.
0 que mais destaca nesse trabalho?
Jesualdo Ferreira é um treinador com grande capacidade de organização de exercícios, capaz de englobar todos os jogadores no trabalho. A maioria dos treinadores orienta o treino a pensar nos jogadores que vão jogar, os outros ficam à parte. Ele conta com todos, é a sua grande virtude. Marcou-me muito e aprendi com ele.
Oportunidade ou oportunismo?
Não acredito que a lealdade tenha um prazo de validade. Lembrei-me disso a propósito da entrevista de Carlos Azenha publicada há dias no Diário de Notícias. A certa altura o ex-adjunto de Jesualdo Ferreira explica que uma das principais funções do treinador-adjunto é ser um "apaga-fogos", expressão usada para descrever a necessidade de controlar os jogadores insatisfeitos. Na mesma entrevista, contudo, refere que Quaresma foi "eventualmente" um problema para Jesualdo Ferreira. Ora, parece-me apenas lógico concluir que se Quaresma chegou a ser um problema para Jesualdo Ferreira é porque o "apaga-fogos" não fez o seu trabalho. De resto, houve outra coisa que me chamou a atenção: a frequência com que Carlos Azenha insistiu na ideia de que vê o jogo de forma completamente diferente de Jesualdo Ferreira. Talvez na altura em que deu a entrevista essa descolagem, para além de oportunista, lhe parecesse lisonjeira. Mas, tendo ele sido o adjunto e Jesualdo Ferreira o treinador principal, é legítimo concluir dessa descolagem que os dois títulos conquistados pelo FC Porto nas últimas épocas tiveram muito pouco que ver com a forma como Azenha vê o jogo. Esclarecedor.Jorge Maia in OJOGO
"A administração da SAD, pelos estatutos, é remunerada desde que seja executiva e nunca nenhum administrador fez preço para a sua colaboração. Há uma comissão de vencimentos formada pelo doutor Domingos Matos - que, por acaso, além de presidente do conselho fiscal da SAD é administrador da Cofina, proprietária do grupo de jornais que mais falam e questionam os vencimentos dos administradores do FC Porto -, pelo doutor Alípio Dias - presidente do Conselho Superior da SAD e administrador do BCP - e pelo conhecido empresário Jorge Armindo. E quando a comissão de vencimentos me veio entregar a proposta para os vencimentos da administração, nem abri o envelope. Chamei o funcionário respectivo e disse-lhe: "Tem aqui isto, proceda em conformidade". Portanto, se alguma crítica possa ser feita (e não creio que deva ser feita) é à comissão de vencimentos."Pinto da Costa , Junho de 2007
O FC Porto tem, pelo menos, um talismã? Tem. E chama-se Dínamo de Kiev.
Os ucranianos fizeram parte crucial do roteiro vencedor da Taça dos Campeões Europeus de 1987 e ontem voltaram a ser determinantes para o próximo futuro dos portistas.
O triunfo não afastou apenas o espectro de eliminação dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, incluindo-se na hipótese as implicações económico-financeiras. Em vez de vítima de um KO, o FC Porto aplicou-o ao adversário e bem pode ter estancado uma crise de resultados - e de confiança, e, e… - cuja continuidade teria consequências vastas, embora o discurso oficial vá em sentido inverso.
Assinalada a importância do resultado obtido em Kiev - até para o ranking português na UEFA - convém não alimentar a tradicional passagem das análises do oito para o 80. Embora tonificadora, a vitória de Kiev não foi consequência de uma exibição brilhante nem sequer elimina o que se vê sem recurso a uma lupa: o actual FC Porto tem muito caminho para andar para atingir um patamar de rendimento acima do sofrível. O tempo, naturalmente, permitirá extrair conclusões em vários domínios - da consolidação vs. articulação do modelo táctico à retoma de uma boa condição física de unidades cuja classe está acima de qualquer suspeita. Mas, passa também pela confirmação ou não do que para já é latente: alguns dos jogadores adquiridos no último mercado ou estão a demorar a ganhar raízes na equipa ou, pura e simplesmente, não têm classe para tamanha empreitada.Fernando Santos in Ojogo