- O
Clube das Francesinhas presenteou-nos com mais uma exibição de encantar nesta época superiormente preparada. E fê-lo perante o portentoso Copenhaga, conseguindo a suprema humilhação de deixar-se dominar pelos noruegueses em pleno Dragão.
Diga-se que não faltarão quem tente desculpar com a lengalenga de que já não há jogos fáceis , que afinal nem são toscos. Sim, uns toscos até parecem menos toscos perante uns toscos pouco melhores.
Este portentoso Copenhaga, que até chega a dominar no Dragão, passou a pré-eliminatória pela margem mínima contra o portentoso Apoel:1-0, 1-1.
Este portentoso Copenhaga, o ano passado nem os playoffs da Liga Europa passou. Há dois anos, não passou o playoff da LC e na Liga Europa obteve umas brilhantes 4 derrotas e 1 empate; no ano anterior, na fase de grupos conseguiu 4 derrotas e 1 vitória; e nos anos anteriores, aspas aspas, sempre eliminado dos Playoffs da LC ,sendo preciso recuar 6 anos para um brilharete nesta prova.
Foi a este nível que o Clube das Francesinhas chegou, quando até temos desculpas para empates vergonhosos, e especialmente por aquilo que foi permitido ao adversário fazer, coisa que num passado recente não seria tolerado.
Mas claro, temos que dar tempo ao tempo, que já interroguei aqui (
Coerências) . Desta vez, nem com mais uma expulsão (3 jogos europeus, 3 jogos em superioridade numérica deve ser record uefeiro) lá fomos.
Valha-nos a benesse do grupo.
- Até ao momento, acho que o Clube das Francesinhas, tem feito exibições medonhas. Houve o milagre Romano, com as particularidades conhecidas, mas a única excepção teria sido o jogo contra o V.Guimarães elogiado por tantos, e eu nem escrevi nada , pois queria ver no que ia dar, dado que tinha ficado com a impressão que o V.Guimarães jogou à vontadinha, de olhos nos olhos, criou perigo primeiro que nós, jogou muito aberto, a disputar o jogo pelo jogo, estendida no terreno, ou seja, uma antítese do futebol nacional e acabou por sofrer dois golos fortuitos, numa tabela de um jogador do FC Porto e num auto-golo logo no início da segunda parte que os deitaram abaixo. Até aí só vi equilíbrio e perigo. Mas pronto, bastou uns toscos noruegueses para colocar a nu todas essas virtudes que tantos viram no jogo anterior.
- O desespero e desorientação do Clube das Francesinhas esteve bem patente nos aplausos sem qualquer sentido dados à abécula, que foi também um dos principais responsáveis pelo estado a que chegámos, o tal fundo do poço, onde estamos agora. E mais uma vez foi igual a si próprio, a partir de uma fase no seu percurso no FC Porto: zero. Não desequilibra, não tem imaginação e o Clube da Francesinha foi igual ao dos últimos anos de deserto.
Olha-se para Benfica e Sporting e a quantidade e qualidade de opções desequilibradoras é absurda.
- Isto começa a ser tão normal, que o Clube das Francesinhas nem se apercebe que à 4º jornada tem a pior classificação e diferença para o 1º desde a época de ressaca depois da conquista da Liga dos Campeões do José Mourinho. Claro que é cedo, mas é só mais uma marca nesta normalidade derrotista dos tempos actuais.
- O presidente do Clube das Francesinhas, sempre ávido a aparecer nas vitórias, dedicou a vitória contra o Guimarães aos marcoenses. E a quem é que dedicou o empate contra o Copenhaga? Ao Rui Gomes da Silva e os inimigos nas redacções em Lisboa vermelhos, a quem classifica como os responsáveis pelas nossas derrotas?
- A época vai ser longa, para o bem e para o mal. Do que tenho visto temo que seja mais para o mal e como já disse só uma distracção adversária permitirá sonhar com alguma coisa. Esperemos que esteja bem enganado.
Entretanto enquanto não somos um Clube de Futebol a sério, tem lógica que sejamos o
Clube das Francesinhas. Por mim, que detesto Francesinhas, preferia Bom Futebol. Mas são novos tempos. Habituem-se.