sexta-feira, março 28, 2014

BASTOU UM JOGO

Não foi preciso muito. Bastou um jogo mais bem conseguido perante o eterno rival, para voltarem as entrevistas e primeiras páginas com um Pinto da Costa diria quase eufórico pelo estado actual da equipa, quando recentemente o FC Porto passava por turbulência, desde esperas a autocarros, ambientes hostis no Dragão, culminando com a troca de treinador e nem uma palavra para os adeptos.

Mas mais surpreendido fico com este foguetório, quando vimos de uma sequência de jogos, perante adversários do fundo da tabela onde se ganhou com dificuldades, fazendo lembrar o passado recente, mas vendendo-nos como uma coisa muito diferente para melhor, especialmente a intoxicação de certos experts do futebol teórico que comentam essas partidas na tv, vindos de uma derrota com o adversário directo pelo 2º lugar onde fomos claramente inferiores, pese embora algumas incidências, mas que transformou uma desvantagem de 4 pontos que o técnico anterior deixou para 5 pontos e sentenciou quase definitivamente a entrada directa na Liga dos Campeões e vindos também de uma eliminatória europeia onde a estrelinha brilhou como nunca e se mais palavras fossem necessárias estão aí as imagens que dissipam qualquer ilusão, e quando o motivo desta súbita euforia é um FC Porto-Benfica em que o adversário desprezou o jogo, fazendo descansar as peças que mais tem utilizado, e notou-se logo, quando entraram alguns minutos em jogo, pese embora alguns portistas se comportem agora da mesma maneira que criticavam anteriormente quando o FC Porto desprezava certas provas e Benfica fazia tudo para ganhá-las dado a falta de outros objectivos, mas isto é a confirmação que a generalidade dos adeptos comportam-se da mesma maneira sejam de que clube forem, mas perante tudo isto, é difícil de entender este entusiasmo. Não seria melhor esperarmos por uma consolidação de exibições, pois até aqui, e citando um texto que li: "tínhamos um percurso trémulo e repleto de incertezas exibicionais" , já para não falar na concretização de objectivos, que foi para isso que se trocou de treinador? Não, o FC Porto actual é muito esquisito. Vai da euforia à depressão num instante. Mas tudo começou na pré-época com a verborreia por parte de quase todos os agentes do FC Porto que levaríamos tudo à frente, até a Liga dos Campeões. Escrevi logo em Agosto que não percebia essa euforia. Estamos em fins de Março, próximos do 1 de Abril. Pinto da Costa ressuscita depois de um único jogo decente e nas circunstância que foi. Quero acreditar que tudo isto é uma brincadeira de 1 de Abril.