Uma réplica dos jogos contra o Eintracht e Guimarães só não aconteceu por mero acaso. As virtudes e os defeitos estiveram todos lá, especialmente estes o que me leva a supor que serão mais difíceis de rectificar do que seria suposto. Quando um dos últimos do campeonato consegue discutir o jogo palmo a palmo no Dragão e só é traído nessa ambição, ou por causa dela, porque sofre um golo de contra-ataque em que uma equipa inteira do Arouca estava na área do FC Porto, atrevimento impensável até há uns tempos atrás, há muita coisa a corrigir. E desta vez até nem há erros individuais graves a apontar, mas a fragilidade organizativa , de consistência e até a nível psicológico, deixam os corações azuis e brancos sempre em aflição. Dizia eu no 1º jogo desta época que o V.Setúbal criou mais problemas ao FC Porto num só jogo como em quase
todos os jogos do FC Porto da época passada e mesmo com 10. Passados um bom par de meses, estamos no mesmo patamar senão mesmo para pior. Teria preferido uma vitória sólida, consistente, sem dar veleidades ao adversário do que uma goleada que dá uma falsa demonstração de superioridade e até pesada punição para os problemas que o Arouca colocou ao FC Porto. Quaresma fez umas afirmações no fim do jogo(jogadores que podiam dar mais, mas agora estão com a cabeça limpa e vontade de jogar), que podem ter correspondência num futuro próximo, mas sinceramente não se notaram neste jogo. Seja como for, com o campeonato perdido, saúda-se a recuperação de dois pontos para o Sporting, nas vésperas de uma visita a Alvalade. E que o Luís Castro com mais tempo de trabalho consiga trazer esta equipa para outros patamares, em jogos difíceis que se avizinham, pois caso contrário só vejo incertezas e inseguranças. Um dos aspectos positivos da mudança de técnico, é o chamado estado de graça . Este mesmo jogo com o técnico anterior, teria arrebentado com os tímpanos em vários momentos no jogo.