segunda-feira, março 17, 2014

DESCENDO À TERRA

Havia três maneiras de nos manter na lua: a estrelinha Luís Castro, eficácia ofensiva e que erros arbitrais não complicassem ainda mais o cenário. Nada disto aconteceu. Perdemos. Não jogámos futebol para merecermos muito mais. No primeiro jogo pós-era Luís Castro, disse que seria preciso mais que um lifting técnico; no jogo contra o Nápoles, desejei que a estrelinha Luís Castro continuasse a brilhar, tendo visto só a 2ª parte, mas que o José escalpelizou brilhantemente com imagens esclarecedores de todas as deficiências desse jogo e que nos têm atormentado esta época. Ou seja, não foi uma grande surpresa, pois a equipa não dava garantias de nada. E futebolísticamente, temos pouco a que nos agarrar do jogo de Alvalade: os lances de perigo surgiram quase sempre de uma inspiração individual de Quaresma e não de um momento colectivo ou sequer resultante de uma superioridade em momentos do jogo , ainda mais gritante na 2ª parte quando se faz o primeiro remate aos 77´e por sinal uma perdida soberba, mas um lance fortuito num mar de nada da equipa portista. Podemos apontar, o lance do golo em fora-de-jogo e se calhar uma ou outra situação, mas a realidade é que não houve futebol que sustentasse a defesa desses erros. Se queremos ser como os outros, então sim, fixemos neles. Não sei que peso vai ter esta derrota e os 5 pontos para o Sporting, em que condições vamos chegar a Itália, e neste estado em que corre tudo mal, o que alcançaremos no final da época e por isso mesmo é que eu sou defensor que quem começa o trabalho, que o termine e se avalie aí. Mas os adeptos são insuportáveis e fazem uma pressão imensa e quando Pinto da Costa se deixa influenciar, para mim é a prova não que se enganou no treinador mas que há erros que nem José Mourinho corrigiria. Paulo Fonseca pensou o mesmo. E em caso de desespero para ver se muda alguma coisa, foi pela via mais fácil. Parece não estar a resultar. Os defeitos infelizmente estão lá todos, só disfarçados aqui e ali e assim a probabilidade de "cair com estrondo" como dizia o José era uma questão de tempo ou sorte. Arranjemos forças para salvar ainda o que resta, mas sem grande convicção e confiança.