Uma primeira parte simplesmente vergonhosa, talvez inchados de tantos elogios que andaram a receber até do seu presidente por uma simples vitória contra o eterno rival que confirmou-se hoje apareceu no Dragão sem 6 habituais titulares. Ir para o intervalo a perder por 1-0, foi um autêntico milagre Castrista, dada a quantidade de oportunidades e domínio do adversário. Perante esta inenarrável primeira parte, o que viesse na segunda seria sempre melhor. E não houve melhor estrelinha do que começar a marcar, mas como habitue esta época, este FC Porto não dá confiança nenhuma, a não ser aos iludidos que não viram como Arouca, Belenenses criaram mais problemas do que os expectáveis, a derrota lógica em Alvalade e o milagre e a estrelinha da sorte na eliminatória com o Nápoles, salvando-se no meio disto tudo, a vitória na última quarta contra o Benfica B. Logo, para aqueles que não fizeram campanhas contra este ou aquele treinador e tentam ver somente o futebol exibido, este resultado não surpreende ninguém, mesmo tendo melhorado na segunda parte, mas ninguém pode falar em injustiça na vitória do Nacional, equipa que já não ganhava há 6 jogos e o FC Porto já não perdia há 7 anos com eles. As arbitragens nunca ajudam, mas não é da agora, por isso nem vale a pena falar nelas, resta-nos o futebol jogado. E esse, por muito que a intoxicação dos experts do futebol teórico nos queiram vender como uma coisa muito melhor, no fundo é igual com virtudes e defeitos dos anteriores.Já por isso é que estamos nesta situação. Sim, José, gostei de relembrar esse jogo contra o Sporting, quando ainda havia um estado de graça como agora, e onde o futebol até parecia maravilhoso, pelo menos nesse exemplo, o pior veio depois, quando os erros estúpidos surgem, a estrelinha foge e as arbitragens pioram o cenário. Dizia eu na sexta-feira, que bastou um jogo para que todo um folclore saísse à rua. Questionava se não seria melhor consolidarmos a exibição de quarta, pois afinal foi um único jogo."Não seria melhor esperarmos por uma consolidação de exibições, pois até aqui, e citando um texto que li: "tínhamos um percurso trémulo e repleto de incertezas exibicionais" , já para não falar na concretização de objectivos, que foi para isso que se trocou de treinador? Não, o FC Porto actual é muito esquisito. Vai da euforia à depressão num instante." Está aí a resposta. O segundo lugar e acesso directo à Liga dos Campeões já foi. O que se seguirá? Esperemos que o Sevilha não seja um Nápoles, e penso que não seja nem de perto, pois caso contrário só com mais um milagre.