Antes de viajar para fazer coisas noutro lado, abordemos o que Pinto da Costa disse na recente Assembleia Geral do Clube, coisas impressionantes "pelo outro lado" de que se gaba:
Pinto da Costa garantiu que há muito tempo que o clube se está a mexer: " Não foi por acaso que o Mário Figueiredo foi colocado na Liga, mas também não foi por acaso que foi posto fora. Estamos a trabalhar para encontrar soluções." (fonte: OJogo)
Pinto da Costa está a "trabalhar", está a mexer-se pelo outro lado. É nisto que eles pensam. Não pensa em trabalhar para melhorar o futebol português, torná-lo mais transparente, mais verdadeiro. Não, ele pensa sim, em "trabalhar" para colocar lá algum pau mandado, que seja controlável e que tenha chegado lá à custa do padrinho, logo devedor de muitos favores. Ele acha que não ganha, porque já não controla ou deixou de controlar como gostaria. É um nojo este tipo de discurso.
Mas há aqui mais aspectos delirantes.
Quem colocou Mário Figueiredo na Liga, foi o Sporting de Bruno de Carvalho e o Marítimo de Carlos Pereira o seu novo amigo.
Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa posteriormente foram "salvar" a Liga com Luís Duque desses malfeitores.
Luís Filipe Vieira apoia Luís Duque pelo reconhecimento do trabalho de salvação da Liga, mas Pinto da Costa à última da hora, alia-se , para espanto de muitos, a Bruno de Carvalho ( o maior apoiante do Mário Figueiredo), para colocar um ex-árbitro na Presidência da Liga, Pedro Proênça.
Digam lá, se isto faz algum sentido?
"Não foi por acaso que o Mário Figueiredo foi colocado na Liga". Não, foi o Bruno de Carvalho e o Carlos Pereira que lá o colocaram.
"Não foi por acaso que foi colocado fora". Não. Foi Luís Filipe Vieira e alegadamente Pinto da Costa.
Entretanto Luís Filipe Vieira fica isolado.
Pinto da Costa, Bruno de Carvalho e Carlos Pereira unem-se em torno do Pedro Proênça.
Bruno de Carvalho diz que o que se joga fora das quatro linhas é pior do que se imagina. E disse que se envergonha do mundo do futebol e nunca se calará na defesa da verdade desportiva, da dignificação e credibilização do futebol.
E para combater essas vergonhas, foi contratar o Jorge Jesus, essa ave rara de dignidade e carácter, um exemplo de verdade desportiva, que estava no tal clube que só ganhava pelas tais vergonhas do futebol português.
Depois foi buscar o Octávio Machado, símbolo-mor do tal clube da Fruta e das putas que também só envergonha o futebol português.
Ainda foi reforçar-se para Assembleia do Clube, o dirigente político que deixou um desfalque de 30 milhões no município que geriu durante décadas.
Tudo isto alimentado pela máfia angolana e pela máfia banqueira portuguesa, os tais "viscondes falidos", mas que todos nós pagámos directa ou indirectamente.
Entretanto assistimos a inúmeras vitórias pífias, inclinadas e tangentes que os alimentaram durante jornadas a fio e pulhice verbal a toda a hora.
Isto é o dirigismo nacional do passado e do presente. Arranjem-me um balde para vomitar.
Nas muralhas da cidade
Há 20 horas