Sou a favor de tudo o que contribua para que o jogo seja mais transparente, que os erros sejam cada vez menores e menos graves e que as discussões pós-jogos acabem ou diminuam de intensidade. As recentes alterações anunciadas vão contribuir para isso? Vão, mas em muito menor grau do que as ilusões que alguns têm.
Os testes com o vídeoárbitro aplicam-se em 4 situações:validação de golos, marcação de grandes penalidades, sanções disciplinares e erros na identificação de jogadores.
Todos temos acesso à disparidade de opiniões de ex-árbitros que escrevem e falam na nossa imprensa. Como é que a polêmica acabará?
Tomem como exemplo o Tribunal do OJOGO dos jogos deste fim de semana. Se algum deles, estivesse na posição do tal vídeoárbitro, teríamos dois jogos resolvidos completamente diferente, quer os lances dentro da área, quer no aspecto disciplinar, conforme fosse o Jorge Coroado ou o Pedro Henriques, por exemplo. Terminaria a polémica ? Não. Criaríamos mais um elemento para contestar violentamente.
Para mim, este vídeoárbitro nunca pode ser um único elemento isolado no estádio a ver pela tv, mas sim existir uma central- penso que seja assim no futebol americano, mas o José saberá melhor do que eu- onde uma equipa altamente independente decide por maioria ou unanimidade as decisões a tomar. A não o ser, prevejo mais um lugar de alto risco.
Também não percebo essa ideia de não obrigar um jogador lesionado a sair do campo. Num futebol com tanto anti-jogo só faltava mesmo essa ajuda extra para não haver futebol jogado por lesões atrás de lesões. Se actualmente já há equipas mestres nisso, a táctica do GR lesionado para quebrar o jogo, terá agora mais 10 reforços.
A transformação de um penalty, cartão vermelho em somente amarelo, é mais uma ideia para proteger o anti-futebol. Valerá a pena dar uma valente sarrafada num jogador isolado.
Veremos o que sai daqui. Uma coisa tenho a certeza: Não vai resolver a incompetência de uma equipa.
Nas muralhas da cidade
Há 19 horas