Não sei como ainda questionavam a titularidade do Rúben Neves. Transpira classe por todos os poros. Em todos os jogos do FC Porto que realizou foi sempre um dos melhores jogadores. Hoje voltou a ser ele e mais dez. Saiu e até se notou logo a ausência. Classe até na marcação de cantos e livres. Quanto ao resto, um jogo medíocre do FC Porto, posse de bola, mas muitos maus passes e oportunidades de golo, zero. E acabou por ser um dos piores jogadores em campo a dar o golo da vitória, na única oportunidade golo. Mas mesmo esta mediocridade exibicional chegou e sobrou para uma ridícula equipa francesa. As cautelas defensivas, que seriam contundentemente criticadas se o treinador fosse português e não poliglota, mostraram-se completamente desnecessárias face à mediocridade da equipa francesa, que diga-se até tiveram as melhores oportunidades de golo, o que não deixa de ser espantoso. Correu bem, a vitória é justa, pois no fundo ganhou a menos medíocre. Mas o FC Porto deslumbrante que alguns imaginam numa realidade virtual que não a real, esteve prestes a sair de França perante equipa tão fraca com um nulo que deixava tudo em aberto. Sim, há um penálti sobre Jackson, mas são lances que já nos habituámos a não serem marcados em livres e cantos. Há pelos menos um por cada lance desse género. O espanhol está com estrelinha mas não com futebol em campo. Precisa de melhorar muito. Para já só há futebol para embalar e adormecer. E há matéria-prima mais que suficiente para outro tipo de futebol. Mas enquanto ganhar, está tudo bem. Que não está, evidentemente. Ver a gestão das vedetas vai ser muito interessante. O ar de frete do Quaresma quando entrou foi sublime. E o Ádrian deve estar também radiante com este início de época. Aguardemos pelas próximas aventuras, mas com mais qualidade do que esta. A Liga dos Campeões estará próxima se o nível dos franceses for este. Daqui a 8 dias tiramos as provas.