Presidente da UEFA diz não aceitar que os futebolistas sejam propriedade de instituições financeiras e vai proibir a "propriedade de terceiros nas suas competições".
O presidente da UEFA, Michel Platini, mostrou-se satisfeito, esta segunda-feira, com os resultados da regra do "Fair Play Financeiro" e garantiu que o organismo vai brevemente proibir a existência de fundos de investimentos no futebol europeu.
Em entrevista ao sítio oficial da UEFA, o dirigente francês admitiu que a tecnologia da linha de golo poderá ser utilizada no Europeu de 2016 e reforçou a intenção de realizar o campeonato da Europa de 2020 em 13 países diferentes.
"Ao todo, de 237 clubes avaliados, apenas nove não cumpriam os regulamentos de 'Fair Play Financeiro'. Desse pequeno grupo de clubes, todos aceitaram as medidas que foram aplicadas e assinaram acordos de liquidação. O facto de nenhum ter recorrido dessas decisões é forte indício de que foram justas", afirmou Michel Platini.
Com esta nova medida da UEFA, as dívidas dos clubes europeus passaram de 57 milhões de euros, em junho de 2011, para 1,8 milhões de euros, em setembro de 2013.
"O nosso objetivo nunca foi expulsar clubes das nossas competições, mas ajudá-los a melhorar a sua capacidade de competir ao mais alto nível de forma financeiramente sustentável", referiu.
Michel Platini voltou a mostrar-se "completamente contra" a existência de fundos de investimento no futebol e prometeu que a UEFA vai lutar pela sua proibição, caso a FIFA não avance para com essa medida nos próximos tempos.
"Sou totalmente contra esse modelo e acredito que pode ameaçar a integridade das nossas competições. A FIFA diz que está a estudar o assunto, mas se não se decidir, avançaremos nós. Não podemos aceitar que os jogadores sejam propriedade de instituições financeiras. A UEFA vai proibir a propriedade de terceiros nas suas competições", frisou.
Com a tecnologia da linha de golo implementada no Mundial2014, que arranca na quinta-feira, o presidente da UEFA admitiu que pode utilizar a medida no Euro2016, mas sempre com a presença em campo dos árbitros de baliza.
"Para o Euro2016, há uma possibilidade de usarmos a tecnologia, mas sempre em conjunto com os nossos árbitros assistentes adicionais. Este assunto será discutido pelo nosso Comité de Arbitragem, após o que o Comité Executivo da UEFA tomará a decisão final. Temos sido muito felizes com a implementação dos árbitros assistentes adicionais e acredito que é a melhor maneira de minimizar os erros cometidos nas áreas chave do jogo", defendeu.
Sobre o Euro2020, que pela primeira vez será disputado em vários países, Platini reafirmou que irá ser "muito bonito" ver a competição "passar por culturas diversas" e disse que está "ansioso" pelo anúncio das 13 cidades que vão servir de anfitriãs.
Um exemplo de integridade:
in abola