Lembram-se da campanha contra o Pizzi?

Ainda este fim-de-semana falei nos tesourinhos deprimentes que são os canais de clube, e a ginástica desonestamente intelectual com que avaliam os acontecimentos do seu clube versus o do inimigo, a que o do FC Porto não foge à regra.

Como eles nunca nos surpreendem, leio na imprensa que ontem saiu mais um para nos rirmo-nos.

Perante os acontecimentos do fim-de-semana e não só, a desculpa estafada: “Lançaram um campanha para tirar o Felipe do FC Porto-Benfica”. E eis os números senhores, nunca foi expulso em Portugal, e no Brasil só uma expulsão por acumulação de amarelos, logo é um Santo que anda pelos campos de futebol. Se não é expulso é sinónimo que não comete ilegalidades para isso. Falso, obviamente.

Mas isto tem piada, tendo em conta a campanha que o FC Porto montou e se calhar justamente, como é actualmente sobre o Felipe, contra por exemplo o Pizzi , o ano passado. Então não era ele que também não via vermelhos?

Claro, se não punem as faltas que cometem, continuarão limpinhos.

O Pizzi que o FC Porto se atirou com unhas e dentes, e muitas vezes bem justificável, também só tinha visto 1 cartão vermelho e por acumulação de amarelos até ao ano passado em toda a sua carreia e já andou por Espanha; o ano passado viu outro, por acumulação de amarelos também. Também não viu nenhum nas competições europeias.

Então não era um Santo como o Felipe?

É por estas e por outras que ouvir os directores de comunicação dos clubes, os canais associados é absolutamente uma perda de tempo. Nunca conseguem despir a camisola para uma análise séria, pois isso significava a assunção de culpa que seria aproveitada pelo inimigo para fazer o jogo inverso. Ou seja, um pantanal deprimente de clubite fanática aguda.

Ouvir as reacções do Sporting e Benfica sobre o fim-de-semana só vem corroborar o que disse. Sobre os pulhas de Alvalade já sabem há muito o que penso. Esta última do Benfica de querer a detenção do director de comunicação do FC Porto é só mais um episódio. Baratas tontas. Podiam era "enjaulá-los" a todos e não ficassem por aí.